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quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Algo da História do Lima

Capítulo 8


Prof. Silvano Schoenberger.

Para entender melhor a história do Santuário, não se pode ignorar a história da Paróquia de Patu. Pe. Evaldo Bette, referindo-se a escritos do velho livro de Tombo do Santuário de Nossa Senhora dos Impossíveis, cita: “... o capitão Geraldo Saraiva de Moura fez o capitão Inácio de Azevedo Falcão e sua mulher Cosma Leitão de Carvalho, doar a Nossa Senhora das Dores, quarenta braças de terra, se constituindo a si mesmo administrador de Nossa Senhora das Dores..., quarenta braças pegando do lugar onde está determinado a fazer a capella da dita senhora... e logo pelo dito aceitante administrador capitão Saraiva de Moura foi dito que ele aceitava esta escritura como administrador de Nossa Senhora das Dores... Sítio Patu de Dentro aos 7 de julho do ano de Nosso Senhor Jesus Cristo de 1777..., Villa de Portalegre, Capitania do Rio Grande do Norte, Comarca da Paraíba”.
Em 1779, o Pe. Bartolomeu Monteiro, missionário itinerante, inicia a construção da capela de Nossa Senhora das Dores, no sítio Patu de Dentro. Depois de construída, a capela ficou bastante abandonada. Em 27 de fevereiro de 1849, por ocasião de sua visita pastoral, o cônego Manuel José Fernandes, representando o bispo da Paraíba, escreve no livro de tombo: “... esta capela de Nossa Senhora das Dores do Patu de Dentro, filial da Matriz de Apudy... era pouco ornada de paramentos, sem administrador e tudo em desordem e confusão...”
Em 1852 foi fundada a Paróquia de Patu. O primeiro vigário [de 1852 – 1856] se chamava Pe. Estolano. De acordo com diversos relatos, teria desrespeitado uma moça e a família para vingar-se teria colocado veneno no cálice. Ingerido ou não o veneno, o certo é que sobreviveu. O segundo vigário de Patu se chamava Pe. Pedro Leite Pinto [1856 – 1860]. O terceiro é Pe. Domingos Pereira de Oliveira [1860 – 1872]. Consta que teve muitos filhos e filhas na convivência com a escrava Severina, para a qual conseguiu carta de alforria. Pe. Domingos está sepultado no cemitério velho de Patu. O quarto vigário é Pe. Pedro Soares de Freitas [1873 – 1891]. 5º Pe. Vicente Giffone [1891 – 1895]. 6º Pe. Tertulino de Queiroz [1895 – 1902]. 7º Pe. Abdon Lima [1902 – 1903]. 8º Pe. José Antônio da Silva Pinto [1903 – 1909]. 9º Pe. João Alfredo da Cruz [1910 – 1912]. 10º Pe. José Soares de Albuquerque [1912 – 1913]. 11º Pe. Emídio Cardoso [1913 – 1914]. 12º Pe. Misael de Carvalho [1914 – 1919]. 13º Pe. Aarão Andrade [1919 – 1921].
Aos 14 de setembro Dom Antônio Santos Cabral, bispo da recente diocese de Natal, visita Patu e estuda a possibilidade da vinda dos Missionários da Sagrada Família, para antender aos romeiros no Santuário Nossa Senhora dos Impossíveis e se encarregar da paróquia e da cura de almas desta população que, no dizer do bispo está abandonada espiritualmente.


Digitação: Luma Náthally.



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