Na eleição presidencial de 1960 foi eleito presidente do Brasil Jânio Quadros (PTN), que por sua vez não conseguiu eleger seu candidato a vice-presidente, Milton Campos, na época a eleição para presidente e vice-presidente era desvinculada, podia-se eleger um presidente de uma chapa e o vice de outra. Quem foi eleito vice-presidente da República foi João Goulart (PTB), militante de esquerda, defensor das reformas de base que o Brasil necessitava.
Jânio Quadros foi eleito presidente e 8 meses depois renunciou
Jânio Quadros alegando vários fatores que estavam impedindo o mesmo de governar o país renunciou 8 meses depois de sua posse, abrindo espaço para o seu vice-presidente, João Goulart, assumir a presidência da república. O fato de João Goulart assumir a presidência do Brasil causou inquietações nos militares pois eles não queriam um comunista e subversivo na presidência, segundo era tratado João Goulart pelos militares.
O vice-presidente João Goulart assumiu e foi deposto pelos militares
Como forma de tirar o poder das mãos de João Goulart como presidente do Brasil, criou-se um movimento para se implantar no país o regime Parlamentarista onde o poder reside no Congresso Nacional. Foi realizado em todo o Brasil um plebiscito perguntando a população se queria o sistema de governo Parlamentarista ou Presidencialista. O povo escolheu o sistema Presidencialista mantendo assim o presidente João Goulart como presidente do Brasil.
A insatisfação dos militares continuava grande por que eles não queriam João Goulart governando o Brasil. O plebiscito popular que exigiu a volta do presidencialismo, colocando Goulart no de fato poder, referendou o anseio por mudanças as quais começaram a acontecer com medidas nacionalistas que entraram em choque direto com os interesses dos Estados Unidos da América (EUA) e dos grandes latifundiários brasileiros.
A UDN (União Democrática Nacional), o IBAD (Instituto Brasileiro de Ação Democrática, o IPES (Instituto de Pesquisas Sociais), apoiados e financiados pelos EUA utilizaram os meios de comunicação de massa para vender a idéia de um governo comunista no poder.
Uma campanha que rapidamente ganhou a adesão da Igreja católica e das forças armadas, com a organização de grandes manifestações anti-governamentais, as marchas “da família, com Deus, pela liberdade”.
O anúncio da reformas de base "reforma agrária" feito por João Goulart desagradaram os militares e os latifundiários
Em um comício, em 13 de março de 1964, o presidente João Goulart manifestou abertamente sua intenção de promover a reforma agrária, juntamente com a emancipação das refinarias e a desapropriação das terras situadas às margens das rodovias e dos açudes públicos.
A partir de então, a agitação contra o seu governo cresceu. Conflitos irromperam em São Paulo e Belo Horizonte, provocados pelos grupos de direita.
Os Estados Unidos, na surdina, incentivou os militares com o Golpe de 1964
Os EUA, através de agentes da CIA, exploraram os conflitos internos e a luta de classes para intervir a favor de seus próprios interesses.
Tudo foi feito discretamente, pois os EUA acreditavam que as camadas populares não aceitariam um golpe se desconfiasse da participação da CIA.
Portanto, os norte-americanos manejaram os cordéis por trás dos bastidores, manipulando e financiando os setores de direita, obtendo significativos resultados.
O Jornal O Globo e outros órgãos de imprensa apoiaram o Golpe de 1964
Sob o apelo da religião católica e a defesa da integridade da família, contra o comunismo, a imprensa, através do Jornal O Globo, Estadão e tantos outros órgãos de imprensa e considerável parcela da classe média compraram a idéia que a inflação era gerada pela tendência esquerdista do governo Goulart.
Irromperam várias passeatas anticomunistas e grupos começaram a se organizar pedindo a derrubada de Jango. O congresso Nacional por sua vez, aproveitando uma viagem que Jango fez ao Rio Grande do Sul decretou a vancância do cargo de presidente do Brasil, destituindo Jango do poder e abrindo espaço para os militares tomarem conta do governo durante duas décadas. Foram décadas difíceis, tristes, com sofrimentos, torturas e completo impedimento da democracia, fatos esses que não queremos nunca mais ver em nosso país, DITADURA NUNCA MAIS.
Fonte: Site para entender a história. Fábio Pestana
DITADURA NUNCA MAIS
Um período de amargura
O nosso país viveu
A época da ditadura
Que tanta gente sofreu
Num país de desenganos
Durante vinte e um anos
Em poder de generais
Foi-se esse tempo infeliz
Hoje todo mundo diz
Ditadura nunca mais.
Tempo de dominação
E abuso de autoridade
Ameaça e repressão
Por desprezo à liberdade
Com a ditadura hostil
Naquele tempo o Brasil
Só andava para trás
Hoje o povo ergue a cabeça
E quer que não aconteça
Ditadura nunca mais.
Esse passado sem glória
Foi para nunca voltar
Muitos guardam na memória
Mas ninguém quer relembrar
Tanto massacre e tortura
Medo, mordaça e censura
Pelo regime voraz
Que só causou desespero
Liberdade ao brasileiro
Ditadura nunca mais.
Jamais casuísmos crônicos
Existindo nos Estados
Nem senadores biônicos
E governos nomeados
Sem votar pra Presidente
Prevaleciam somente
Atos ditatoriais
A todos causando ofensa
Hoje brada a livre imprensa
Ditadura nunca mais.
Precisa ser melhorada
Pra o povo a cidadania
E ser mais consolidada
A nossa democracia
Com justas leis em vigor
Que o regime repressor
Reapareça jamais
O país quer crescimento
Paz e desenvolvimento
Ditadura nunca mais.
Autor: Zé Bezerra
Para que os Jovens de Hoje Reflitam. Não queremos essas cenas nunca mais em nosso país.
Desaparecidos