Francisco de Oliveira Rocha, filho de Joaquim de Oliveira Rocha e de Helena Fernandes, nasceu em Patu aos 31 de outubro de 1923, terceiro de quatro irmãos. Francisco estudou em Mossoró onde no ano de 1945 se graduou como Bacharel em Ciências Contábeis e Atuariais pela Escola Técnica de Comércio União Caixeiral. Prestou serviço militar durante a segunda guerra mundial e em 1947 constava como ex-combatente. Mudou- se para São Paulo onde já residia seu irmão Antônio Rocha. Em 1950 mudou-se para os Estados Unidos. Após dois anos retornou e foi morar em Mangaratiba, Rio de Janeiro, onde iniciou sua vida empresarial com transportes coletivos, depois em Brasília na época do presidente Juscelino Kubitschek. Também em Manaus e São Luís, junto com seu irmão Antônio Rocha fundou a Indaiá Águas Minerais, cujos garrafões de vidro eram importados do México. Sua residência Potiguar em Brasília mantinha as portas abertas e emprego garantido para pessoas que fossem de Patu, dispostas a trabalhar e dessa maneira mantendo honestamente a família. É de conhecimento geral que grande quantidade de patuenses trabalharam com Chico Rocha como motoristas de sua frota de ônibus.
Em novembro de 1974 elegeu-se deputado federal por seu estado, na legenda do Movimento Democrático Brasileiro (MDB), partido de oposição ao regime militar instalado no país em abril de 1964. Assumindo o mandato em fevereiro de 1975, tornou-se membro da Comissão de Transportes da Câmara dos Deputados. Concessionário de empresas de transportes em alguns estados e no Distrito Federal. Em junho de 1976 apresentou um projeto na Câmara, que permitiria ao empregado sem condução própria receber do empregador os gastos de locomoção entre a residência e o local de trabalho. Nesse mesmo ano, bacharelou-se em direito em Brasília. Como parlamentar na Câmara Federal recebeu algumas condecorações: Medalha do Pacificador - Ministério do Exército, 1966; Medalha de Prata da Polícia Militar do Distrito Federal, 1966; Título de Cidadão Itaguaiense, 1968. Chico Rocha também integrou as seguintes missões oficiais: Membro, delegação de parlamentares brasileiros em visita ao Japão em 1977; Membro da comissão representante da Câmara dos Deputados na posse do Excelentíssimo Sr. Governador do Rio Grande do Norte, Tarcísio Maia, em Natal, RN em 1975. Em maio de 1978 pediu na tribuna da Câmara Federal o banimento do ex-presidente da República Jânio Quadros por não considerá-lo, em seu direito, quando criticou a aliança política entre Laudo Natel e Ademar de Barros Filho, acrescentando que o ex-presidente não deveria fazer qualquer declaração tendo em vista sua pequena atuação como chefe de governo. Em novembro de 1978 candidatou-se ao Senado pelo Rio Grande do Norte, ainda na legenda do MDB, mas não conseguiu se eleger, apesar de ser filiado ao MDB, Chico Rocha não recebeu apoiou do ex-governador Aluízio Alves, que preferiu apoiar o nome do candidato da ARENA - Aliança Renovadora Nacional – Jessé Pinto Freire - candidato do governo militar. Com a extinção do bipartidarismo em 29 de novembro de 1979 e a consequente reformulação partidária, filiou-se ao Partido Democrático Social (PDS) e nessa legenda concorreu a uma cadeira na Câmara dos Deputados pelo estado do Rio Grande do Norte no pleito de novembro de 1982, obtendo apenas uma suplência. Afastado temporariamente do cenário político, em outubro de 1994 voltou a disputar uma vaga na Câmara dos Deputados, pela legenda do Partido Democrático Trabalhista (PDT). Não sendo bem sucedido, não voltou mais a candidatar-se a nenhum mandato eletivo. Chico Rocha casou-se com Dione Ribeiro Dantas Rocha, com quem teve quatro filhos. Mesmo distanciando- se da política, Francisco Rocha nunca deixou de trabalhar, sempre com os olhos voltados a sua cidade Patu que nunca deixou de guardar na memória esse grande filho seu, brasileiro que com seu trabalho, ajudou a muitos patuenses a vencer na vida lá fora e aqui em sua cidade natal. Ele conseguiu, enquanto deputado federal, o repasse de verbas para o Ginásio Municipal e verbas para a Maternidade Dr. Aderson Dutra, bem como para o Projeto Casulo que funcionava no Conjunto cidade do Sol.
No ano de 2008 ele veio a Patu e participou da convenção política que indicou os candidatos a prefeito e vice do município para o pleito daquele ano, Ednardo Moura, prefeito, Aluísio Dutra, vice-prefeito.
Francisco de Oliveira Rocha faleceu no dia 31 de outubro de 2013 em Manaus, no dia que completava 90 anos de idade. Seu sepultamento aconteceu no cemitério público de Patu no dia 01 de novembro de 2013. Contamos aqui a história de um grande patuense, que lutou muito para ocupar o seu espaço e venceu na vida, empresário e político, que chegou a Câmara Federal, sendo eleito pelo povo Potiguar e pelo povo de Patu e que merece fazer parte da história de nosso município.
Reportagem de Aluísio Dutra de Oliveira.
Apoio: Mirina Rocha.
FONTES: Câmara dos Deputados – Brasília DF.
Jornal do Brasil.
Chico Rocha quando esteva pela última vez na Fazenda Lajes - Patu RN