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quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Algo da História do Lima

Pe. Frederico Pastors fundou a Liga Católica Jesus, Maria , José em 1.936

Capítulo 12


Prof. Silvano Schoenberger


A precariedade e outras dificuldades.




Em substituição a Pe. Francisco Scholz chegou ao Lima, o Pe. Frederico Pastors em 1935, como 3º administrador. Quando D. Jaime chegou a Mossoró em 26 de abril de 1936, o meio mais correto de se locomover a Patu, era de trem. O bispo logo procurou valorizar aos padres Missionários da Sagrada Família, comprando inclusive deles semanalmente para o seminário, manteiga de boa qualidade, produzida nas terras do Santuário. Neste sentido é interessante notar a importância dada pelos padres ao vaqueiro Pompílio devido a sua dedicação e trabalho incansável. Na época, Pe. Frederico era chamado pelos colegas de tetrarca do Lima, por ser ao mesmo tempo, vigário de Patu, Martins, Portalegre e Alexandria, pois os padres cooperadores que exerciam o serviço pastoral nas diversas comunidades, residiam oficialmente no Lima. Com a intenção de manter capim para o gado e para os cavalos, quando voltavam ao menos uma vez por mês da lida pastoral, mandou construir uma segunda barragem uns 400 metros acima da já existente. Os cavalos eram muito importantes, para a locomoção na época em que quase ninguém possuía carro. Com as primeiras chuvas, a barragem ficou aterrada e hoje ainda oferece um gostoso banho de bica. Ainda em 1936 construiu a casa paroquial de Patu. Fundou a Liga Jesus , Maria e José, organização de homens católicos, que mereceu elogios no resto do Estado. Seu jeito radical e suas constantes ocupações, tentando melhorar as condições de vida no Santuário, fizeram com que por vezes tratasse de maneira diferenciada as pessoas, dando mais atenção aos grandes e desconsiderando os pequenos, entre eles os pobres romeiros. Lembra a crônica que ele usava o jeito do ciclista: inclinado em cima e dando ponta pés em baixo. Por isso, a maioria das pessoas o temia. Não se pode, no entanto negar sua espiritualidade. Normalmente o povo crê que padre não pode ter defeito nenhum. No caso já deveria nascer santo, o que na realidade não significa ser idiota. Talvez, porque já naquela época algumas pessoas os consideravam ingênuos, os padres enfrentavam dificuldades com alguns mal intencionados que procuravam invadir as terras, colocar gado, tirar madeiras, tomar banho na barragem e praticar todo tipo de desmando. Tudo isto, aliado à ignorância do povo, tornava amarga a administração do Santuário. Quando seu amigo Dom Jaime em outubro de 1941 foi transferido para Belém do Pará, Pe. Frederico também não tardou muito a se mudar a Recife em fevereiro de 1942.


Foto ilustrativa. Imagens Google



Os cavalos e burros eram muito importantes, para a locomoção na época em que quase ninguém possuía carro

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