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sábado, 26 de novembro de 2011

Algo da História do Lima



Capítulo 11


Silvano Schoenberger



Ano de 1927. Pe. Francisco Scholz se dedicou a construir um abrigo para os romeiros. No dia 11 de junho correu a notícia, de que Lampião e seu bando, viriam ao Lima. Na realidade, o grupo entrando no RN por Luís Gomes, passando por Pau dos Ferros, Boa Esperança (Antonio Martins) e Mombaça (Frutuoso Gomes), mataram em Lucrecia três homens. O bando continuou por Gavião (Umarizal), seguindo a Mossoró, onde foi derrotado. Pe. Geraldo Van de Geld, assombrado com os rumores trazidos pelo povo, enterrou uma boa porção de litros de vinho canônico, usado para a celebração da missa, temendo cair nas mãos dos bandidos. Passado um tempo, ao desenterrar os litros, qual não foi sua surpresa quando percebeu que a maioria estava vazia. As formigas, depois de haverem carcomido as rolhas de cortiça, fizeram o vinho ser bebido pela terra. No mesmo ano foi concluída a construção da grande e bonita residência dos padres. Na sua visão apostólica, Dom José, bispo de Natal, sugeriu a criação das dioceses de Mossoró e Caicó. Dom José foi transferido para Niterói e substituído por Dom Marcolino Esmeraldo Dantas, sagrado bispo aos 19 de maio de 1929. Em 28 de julho de 1934 pela Bula “Eclesiarum Omnium” de Pio XI foi criada a Diocese de Mossoró, porém o primeiro bispo, Dom Jaime de Barros Câmara, vindo de Santa Catarina, apenas tomou posse no dia 26 de abril de 1936. Em 1928 veio ao Lima o Pe. João Wagner. No seu espírito criativo, dizia estar apenas plenamente satisfeito, no dia em que tivesse um planador que lhe possibilitasse voar do Lima a Patu e arredores. Ainda bem que essa idéia, hoje já é uma realidade e sendo motivo de turismo. Em 1° de janeiro de 1929, Pe. Francisco Scholz benzeu e inaugurou a Capela de Almino Afonso. Ainda merece destaque um acontecimento bastante comentado na região. Dona Elisa Maia, mulher decidida e temida por alguns, tinha uma filha que fugiu com um rapaz para casar no Lima. Dona Eliza veio com um grupo de vaqueiros. Subiram a vereda a cavalo e cercaram a Capela para impedir o casamento. Mas, Pe. Francisco, Igreja trancada, apenas com os noivos e testemunhas, já estava finalizando a cerimônia. Depois disso, só houve um jeito: a conformação. Observação: De acordo com a explicação de Dona Carmelita de Morais Rocha, da Fazenda Lajes, Dona Eliza Maia morava no Prado, entre Catolé do Rocha e Almino Afonso. A filha se chamava Virgínia e o rapaz Seledon, do Junco [Messias Targino], vulgo “doutorzinho”, irmão de Joaquim de Oliveira Rocha. Mais tarde, o casal foi morar em São Paulo. Tiveram um filho, Paulo, hoje engenheiro.


Pe. Geraldo Van de Geld, assombrado com os rumores trazidos pelo povo, enterrou uma boa porção de litros de vinho canônico, usado para a celebração da missa, temendo cair nas mãos dos bandidos. Passado um tempo, ao desenterrar os litros, qual não foi sua surpresa quando percebeu que a maioria estava vazia. As formigas, depois de haverem carcomido as rolhas de cortiça, fizeram o vinho ser bebido pela terra.


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