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quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

UERN abre para vagas para candidatos da Lista de Espera do SiSU

Os candidatos que se inscreveram na Lista de Espera do SiSU para cursos da UERN devem preencher, pela internet, o formulário Declaração de Interesse por Vaga. O envio deve ser feito até às 23h59 do dia 09 de março de 2018. Durante essa etapa, não há a necessidade de apresentar documentos de forma presencial.

Após esse passo, a UERN irá publicar, no dia 20 de março de 2018, uma nova lista, contendo os candidatos convocados para entrega presencial da documentação exigida, em número igual ou superior ao de vagas disponíveis para cada curso. A entrega presencial acontecerá entre os dias 9 e 12 de abril.
Os candidatos que entregarem a documentação e não se classificarem dentro das vagas farão parte de um cadastro de reserva, podendo ser convocados para a ocupação de vagas remanescentes, provenientes de desistência ou cancelamento.
Por sua vez, o candidato convocado na cota destinada a pessoa com deficiência deverá ser previamente submetido à avaliação da junta multiprofissional da UERN, devendo apresentar-se no horário das 18h30 às 19h30, no período de 2 a 6 de abril, no prédio da Faculdade de Ciências da Saúde (FACS/UERN).

Especial: A CADEIA VELHA DE POMBAL

Texto de Verneck Abrantes de Sousa

A cidade de Pombal localiza-se no alto sertão da Paraíba, foi o primeiro núcleo populacional do interior sertanejo. Foi ela quem deu origem a outros núcleos habitacionais da região. Na velha cidade, entre outros marcos históricos, destaca-se a Velha Cadeia, que mantêm ainda suas linhas arquitetônicas, denunciando em nosso tempo, a introdução de um marco da era imperial no alto sertão paraibano. Desativada como presídio, a Velha Cadeia deveria ser o Museu do Cangaceiro, o que bem caracterizaria sua história, mas o projeto não foi adiante. Alicerçada no ano de 1848, famosa porque concentrava presos perigosos do Estado e cangaceiros da década de 20 e 30 do século passado, a Velha Cadeia não abriga mais presos, mas uma instituição denominada de Casa da Cultura, necessitando de mais zelo e maior identificação com sua história. 
Em suas celas de parede largas e piso de tijolos rústicos passaram muitos criminosos que marcaram época, a exemplo: Donária dos Anjos, que durante a seca de 1877, segundo a própria, “para não morrer de fome”, matou uma criança e comeu sua carne. O bandido “Rio Preto”, que se dizia, tinha um pacto com o diabo: “era curado de bala e faca, no seu corpo os punhais entortariam as pontas e as balas passariam de raspão”. Ferido à bala por vingança, “Rio Preto” morreu dentro da velha cadeia. Outro preso famoso foi Chico Pereira, que após a morte de seu pai se fez um dos grandes chefes do cangaço no sertão da Paraíba. Os fanáticos Pretos da “Irmandade dos Espíritos da Luz”, chefiados por Gabriel Cândido de Carvalho, depois da prática de crimes, também tiveram sua participação na história da velha cadeia.
Mas entre muitos acontecimentos, um se destaca pela audácia: Jesuíno Brilhante, cangaceiro inteligente, com certa instrução educacional, foi protagonista da história, que se deu da seguinte forma: Lucas, irmão de Jesuíno, cometeu um crime em Catolé do Rocha, foi preso e remetido, havia tempo, para cadeia de Pombal, onde estavam mais de 50 presos da cidade e de outras vizinhanças. Como o julgamento estava demorando, Jesuíno tomou a decisão de libertar o irmão. Às duas horas da manhã de 19 de fevereiro de 1874, numa quinta feira, chovendo bastante, não havendo ronda noturna, Jesuíno Brilhante, seu irmão João Alves Filho, o cunhado Joaquim Monteiro e outros, perfazendo um total de oito cangaceiros, todos montados a cavalos, atacaram de surpresa a Velha Cadeia, que na época era guarnecida por um cabo, onze soldados da Guarda Nacional e um da Polícia. Despertando-os a tiros, dizendo em voz alta os nomes dos primeiros atacantes, destacados como os mais importantes do bando, dando viva a Nossa Senhora, os oitos cangaceiros conseguiram dominar todos os soldados. Enquanto isso, os presos acendiam velas e lamparinas para iluminar as celas. Os cangaceiros se apoderaram das armas e munições, distribuiriam com presos que, aos poucos, iam ganhando liberdade e ajudando no ataque. Arrebentaram cadeados, fechaduras, dobradiças, grades e saleiras com pedras, machados e outros instrumentos. Foi um verdadeiro levante, na maior algazarra. Depois se retiraram gritando pelas ruas, quando já se tinham evadido 42 presos de justiça, ficando 12 que não quiseram fugir. Os fugitivos tomaram rumos diversos, não constando nos autos a captura de um só criminoso. Nunca tantos presos deveram tanto, a tão poucos bandoleiros.
Hoje, a Cadeia Velha, que resiste à passagem do tempo, é um marco da era imperial encravada no sertão da Paraíba, uma relíquia da memória pombalense, que faz parte do centro histórico da nossa querida cidade. Então, quando estiver em Pombal, visite a Cadeia Velha – A Casa da Cultura – os seus passos serão os de muitos que ali passaram e fizeram história, infelizmente, de muitos crimes. 

terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

Artigo: A COZINHA DA CASA-GRANDE DA FAZENDA ARACATI



Benedito Vasconcelos Mendes

A Fazenda Aracati era uma propriedade de criar gado bovino, ovelhas e cabras, de meu avô paterno, José Cândido Mendes. De janeiro a setembro, meus avós ficavam  nesta fazenda cuidando do gado e fazendo queijo de coalho e manteiga da terra (manteiga de garrafa). Os últimos três meses do ano eles passavam no Sítio Frecheiras, na Serra da Meruoca, produzindo rapadura, farinha e goma de mandioca.                                                                                                           A ampla e bem equipada cozinha da casa-grande da Fazenda Aracati tinha um grande fogão à lenha, com trempe de cinco bocas e um forno de tijolo, de formato semiesférico, para assar bolo e carnes, especialmente perus e galinhas caipiras recheados e coxão de porco. A cozinha tinha duas portas (a dos fundos e uma que dava para um dos alpendres laterais e duas janelas em paredes diferentes, onde uma abria para o quintal e a outra para o alpendre). Ao lado do fogão, duas cantareiras. Uma de alvenaria, com duas grandes jarras de barro, de boca larga, com água para o gasto. A outra cantareira era de madeira e suportava dois pequenos potes, com água para beber. Todos estes recipientes tinham as bocas cobertas com tecido de algodãozinho, com elástico e com tampas de madeira. Vizinha às cantareiras estava uma bancada de alvenaria com uma grande pia de lavar louças, no centro. Encostado à parede, em frente ao fogão, próximo à porta dos fundos, ficava um pilão deitado de três bocas (uma para pilar  milho, a do meio para fazer paçoca de carne seca e a outra boca para pilar café, torrado no caco de barro). Uma das  janelas  da cozinha (a que se abria para o quintal) dava para um jirau feito de pau-branco, que era usado para secar as panelas de ferro, tachos de cobre e as panelas de barro. As duas robustas prensas de miolo de aroeira, de dois fusos, para prensar queijo, situavam-se próximas à parede,  ao lado da porta dos fundos. Os cinchos de madeira, de formato retangular,  eram para queijos de cinco quilos.
Durante o dia, as janelas e as bandas de cima das portas da cozinha permaneciam abertas. Presos  a tornos de aroeira chumbados na parede, observava-se o abano, a urupema, a colher de pau, a quenga de coco com cabo, o coador de café, o pano de coar  água, o ralador de coco, o ralador de milho verde, a tábua de cortar queijo, a tábua de carne, um cesto de aselha cheio de panos de queijo (feitos de algodãozinho, para enrolar os queijos durante a prensagem) e algumas cuias e cuités. As panelas e a chaleira de ferro, a cuscuzeira de ágata, os tachos de cobre de diferentes tamanhos e as panelas de barro ficavam sobre uma grande mesa retangular de cedro, encostada na parede. Esta mesa não tinha cadeiras nem bancos. Era usada somente para guardar, sobre ela, panelas, caco de barro para torrar café, tachos e, também, para a preparação de queijo, manteiga e alimentos em geral, para o pessoal da casa. Em suas duas grandes gavetas, guardava-se os talheres, a faca de carne (faca peixeira de 12 polegadas),  a machadinha de cortar osso e as louças (pratos rasos, pratos fundos, pratinhos de doce, xícaras e pires). Sobre o fogão, suspensos nos caibros, dois cambitos de cinco ganchos, que eram usados para pendurar  os coalhos de boi salgados. No processo de fabricação do queijo de coalho, a coagulação do leite era feita com coalho de boi (parte do estômago, denominada abomaso). Cada corda de tucum, que sustentava o cambito, atravessava o centro de uma cuité, para evitar a descida de ratos. Era interessante observar que a cozinha tinha o cento livre, onde tudo era distribuído radialmente, junto às paredes. Também não tinha cadeiras, com uma única exceção, a cadeira da minha avó, que ficava em uma das cabeceiras da mesa.
Os grandes e deliciosos queijos de coalho, pesando aproximadamente cinco quilos cada, depois de preparados sob a supervisão de minha avó, eram prensados envoltos em tecido de algodãozinho (pano de queijo), nas prensas de dois fusos. Depois de prensados, para escorrer o excesso de soro, que caía em gamelas de madeira, feitas de gameleira, eram desenrolados para cortar as aparas, as quais  eram saboreadas por aqueles que estivessem no momento na cozinha. Os queijos eram colocados para curar nas tábuas de queijo, que ficavam penduradas por grossos arames nos caibros da cozinha. Cada arame, que sustentava a tábua, passava pelo centro de uma cuité, com a boca para baixo, para evitar a descida  de algum rato, que por ventura existisse no telhado da casa. Depois de curados, os queijos eram armazenados mergulhados na farinha, dentro de grandes caixões de cedro. Para a produção de manteiga da terra, a nata era batida em uma batedeira de madeira. Depois de pronta, a manteiga era acondicionada em garrafas escuras,  muito bem limpas e secas. As rolhas de sabugo de milho eram flambadas em um tição com chama (pedaço de lenha acesa), para matar fungos e bactérias e, assim, evitar que a manteiga se estragasse. O soro que sobrava do processo de fabricação de queijo era fornecido aos porcos e cachorros.
Diariamente, minha avó fazia um potinho  de barro de coalhada (cerca de 5 litros), que era servido no jantar, adoçada com raspa de rapadura e misturada com cuscuz ou farinha de mandioca.

Governo demonstra total indisposição para iniciar negociação com servidores da UERN

ADUERN, Sintauern, DCE, Reitoria e representantes dos comandos de greve técnico e docente, participaram, na manhã de hoje (26) de audiência com o Governo do Estado, que novamente afirmou não ter nenhuma proposta para os servidores e servidoras, que amargam o atraso no pagamento dos salários de Janeiro, Fevereiro e do 13º de 2017.
Para a chefa de Gabinete do RN, Tatiana Mendes Cunha, não há nenhum motivo para que os servidores da UERN estejam em greve, uma vez que a situação caótica do estado tem atingido todas as outras categorias e que o tratamento relegado à universidade não é diferente do que outros trabalhadores e trabalhadoras do funcionalismo público estadual vêm recebendo.
“Não há nenhum tratamento diferenciado com a UERN, ela está recebendo nos mesmos moldes que outras categorias à exceção da segurança, que teve tratamento diferenciado. A saúde está  sendo paga graças a um recurso federal, que tem garantido os salários dos ativos em dia. A educação básica tem recebido graças aos recursos do FUNDEB. Faço esta reunião como um apelo para que a UERN acabe com esta greve. Não concordamos que haja motivos para continuar um movimento deste por tanto tempo. Ninguém deve ficar tanto tempo sem trabalhar”  afirmou a Secretária.
A presidenta da ADUERN, Rivânia Moura rebateu a fala de Tatiana lembrando que nenhum trabalhador, de qualquer categoria, pode ser obrigado a trabalhar sem receber salários. Rivânia destacou o documento conjunto elaborado pela Reitoria ADUERN, SINTAUERN e DCE que demonstra a preocupação e a responsabilidade com a Universidade bem como a disposição para o diálogo com o governo. Ressaltou que o apelo deve ser feito para o governo e que não há possibilidade de encerrar o movimento grevista sem que haja uma proposta coerente para os servidores da universidade.
O Presidente do SINTAUERN, Elineudo Melo, rebateu o apelo feito pela chefa de gabinete mostrando que diariamente recebe apelo dos técnicos da universidade, que, em função dos atrasos salariais tem tido dificuldades para garantir necessidades básicas como transporte e alimentação.
“Não pensávamos que estaríamos hoje lutando para receber nossos salários. Nossa expectativa era que receberíamos janeiro e fevereiro em dia. Não vamos sair daqui e pedir para a categoria voltar a trabalhar sem seus salários, temos servidores que estão pagando para trabalhar” destacou  o Presidente do Sintauern, Elineudo Mello.
A estudante Glisiany Plúvia, que preside o DCE da UERN, foi enfática em afirmar que os estudantes querem o fim do movimento  grevista, mas que isso não pode acontecer antes que os salários dos servidores sejam pagos e as bolsas estudantis sejam garantidas. Ela lembrou que a luta em defesa da universidade é cotidiana e o descaso do Governo é um verdadeiro inimigo para o funcionamento da instituição.
“Eu queria estar estudando. Não queria estar numa reunião com um Governo que não apresenta nenhuma proposta. Quem estuda na UERN sabe que lutamos cotidianamente por uma série de coisas: condições de estudo, melhorias na estrutura, bolsas estudantis em dia, segurança. Como o Governo diz se preocupar com a greve e os impactos dela no SISU se não apresenta nenhuma alternativa que resolva esta crise?” questionou a Presidenta do DCE Glisiany Pluvia
O Reitor da UERN, Perdro Fernandes, também foi taxativo na defesa do movimento grevista. Ele lembrou que em algum momento tentou dialogar com as categorias para que o movimento fosse encerrado, mas a crise se tornou tão aguda e agressiva na vida dos servidores da UERN, que é impossível retornar aos postos de trabalho sem nenhuma proposta para as categorias.
“ Em algum momento chegamos a pedir o fim da greve, mas não tem como. É impossível chegar para os professores e para os técnicos e pedir que voltem a trabalhar sem nenhuma proposta que coloque os salários em dia. Não tem como pedir que um servidor trabalhe sem receber. Esperamos a sensibilidade do Governo para que encontre uma alternativa para esta situação” destacou o Reitor Pedro Fernandes, lembrando que foi enviado um ofício unificado dos segmentos da universidade ao Governo cobrando uma proposta que resolva a crise.
Participaram da audiência também, o dirigente do Sindicato Nacional dos Docentes das Insituições de Ensino Superior (ANDES), Josevaldo Cunha, os parlamentares Larissa Rosado (PSB) e Souza Neto (PHS) além de representantes da equipe administrativa da UERN. Todos fizeram intervenção no sentido de tentar encontrar junto ao governo uma proposta para que as categorias em greve possam avaliar.
Repasse sindical – A presidenta da ADUERN, Rivânia Moura, aproveitou a audiência para cobrar o repasse das consignações sindicais da ADUERN, atrasados há 4 meses ( novembro, dezembro, janeiro e fevereiro). O Governo vem descontando as porcentagens dos salários dos sindicalizados e não envia os valores para as contas do sindicato.
O secretário de finanças, Gustavo Nogueira, afirmou desconhecer os reais motivos para o atraso dos repasses. Ele disse que o Governo tem tentado manter em dia este compromisso e que buscaria maiores informações para solucionar essa questão.
Aposentados – O secretário de administração Christiano Feitosa, explicou que para  o Governo os aposentados da UERN, bem como os inativos de todas as categorias do funcionalismo público estadual, devem ser levados para o IPERN, que é o sistema único de previdência do Estado. Para o secretário, a mudança não vai alterar o direito dos aposentados, inclusive no que diz respeito ao auxílio saúde. Para a ADUERN, a justificativa não é convincente e desrespeita uma importante reivindicação da categoria.  
Fonte: ADUERN.

O dia que o Açude do Paulista Foi Ameaçado de Arrombamento

O ano de 2008 foi muito bom de inverno em Patu e em toda região. Naquele ano o registro pluviométrico, segundo a EMPARN, foi de 1.397 milímetros. No início do mês de abril de 2008 foram registradas fortes chuvas em Patu de 118, 126 e 141 milímetros onde encheram vários açudes do município como: Pé da Serra, Vicentinho e Morada Nova, todos eles trasbordaram para o açude Paulista que rapidamente encheu.
No dia 04 de abril de 2008 por volta das 23:55 h o açude Paulista iniciou sua sangria trazendo muita alegria pois o mesmo fazia muito tempo que não transbordava. No dia (08/04/2008) choveu forte em Patu, no momento da chuva surgiu uma notícia na cidade do possível arrombamento do açude de propriedade do senhor Antônio Suassuna, localizado no Pé da Serra do Lima. Na época a polícia fez um alerta a todos os moradores dos bairros Epitácio Andrade e Nova Patu sobre a situação. Muitos dormiram em escolas e na Capela de Santa Teresinha. O açude de Vicentinho, na época, recebeu reforço da empresa responsável pela obra que estava sendo feita na BR 226, trecho Patu-Almino Afonso onde foram colocadas pedras nos locais dos sangradouros.
O açude Paulista continuava transbordando e recebendo mais águas, pois as chuvas continuavam fortes naquele mês de abril de 2008. Às margens da RN 117 estava tudo alagado com a sangria do açude que abriu outro espaço, onde uma parte da sangradouro rompeu abrindo valas para outros locais, sendo um sinal de alerta para açude da Fazenda Lajes.
As águas começaram a escavar a parede do açude Paulista e assombrou a população de Patu pois havia riscos de arrombamento. Na manhã do dia (09/04/2008), uma equipe de homens contratados pela prefeitura municipal de Patu começaram a trabalhar para reverter a situação onde trabalharam o dia todo para abrir o sangradouro do açude Paulista e tentar desviar a água para não atingir a parede. A equipe de trabalhadores não foi suficiente para resolver o problema. A prefeitura solicitou uma escavadeira da Empresa EIT - Empresa Industrial Técnica - que trabalhou vários dias para evitar que a água atingisse a parede do açude. A população de Patu acompanhava tudo da ponte do açude preocupada com aquela situação de risco de arrobamento do mesmo, fato esse que chamou a atenção também da imprensa que passou a informar noticias para todo o estado sobre a situação de alerta da cidade de Patu, com relação às fortes chuvas caídas no município, onde recebeu a cobertura jornalística dos seguintes veículos de comunicação: Jornal de Fato, TV Ponta Negra, Inter TV Cabugi, Gazeta do Oeste, Jornal O Mossoroense, Correio da Tarde, Blog do Campelo, Blog da Paróquia de Patu, Blog do Márlio Fortes e Blog da Folha Patuense, entre outros. No dia 10 de abril de 2008 o Açude Tourão também transbordava, onde há vinte anos anos não transbordava, chegando a uma lâmina de água de mais de 50 cm sobre o seu sangradouro.
Aquele mês de abril de 2008 ficou registrado na história de Patu como das grandes chuvas caídas no município onde as mesmas ameaçaram o açude Paulista de ser arrombado.
Aqui fica outro alerta. Passamos sete anos de seca, durante esse período será que houve alguma espécie de manutenção dos açudes do município? As previsões estão dizendo que a partir deste ano de 2018 as precipitações pluviométricas serão acima da média. Existe um velho ditado que diz, "É Melhor Prevenir do Que Remediar".

Reportagem: Aluísio Dutra de Oliveira
Fotos: Aluísio Dutra de Oliveira.

Pequenos açude arrombados



Muitos passaram a noite na Capela de Santa Teresinha


Casas alagadas
Açude Morada Nova


Dona Carmelita Rocha também veio olhar os trabalhos de recuperação da Parede do Açude Paulita

A imprensa noticiou tudo sobre as fortes chuvas em Patu-RN



Jovens comemoraram a sangria do açude deitados no asfalto






As águas abriram um buraco na parede do açude








segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

A História de Zé do Sinal. O Homem que Comprou seu Caixão 11 Anos antes de Morrer.

José Ferreira dos Santos, conhecido popularmente como Zé do Sinal, nasceu no dia 17 de março de 1924 no sítio Gameleira, município de Patu RN. José Ferreira dos Santos aos 17 anos de idade resolveu ir embora de Patu e viajou com outras pessoas do sítio Gameleira para o estado do Maranhão em busca de trabalho e de uma vida melhor. Chegando lá ele foi procurar trabalho e vendo a experiência de pessoas de lá trabalhando com plantas, aprendeu o ofício, a arte ou a profissão de retirar sinais das pessoas, método comum naquela região de florestas e de muitas variedades de plantas. Após um período trabalhando no estado do Maranhão ele resolveu voltar ao Rio Grande do Norte, onde fixou residência na cidade de Mineiro, atualmente, Frutuoso Gomes. Nesse período que residiu em Frutuoso Gomes ele conheceu a jovem Maria de Lurdes dos Santos, natural de Almino Afonso, mas que residia em Frutuoso Gomes onde namorou e depois casou. Desse relacionamento nasceu a primeira filha, no ano de 1956, Maria da Conceição Ferreira conhecida por Ceição de Zé do Sinal, professora da rede estadual de ensino há 28 anos e secretária do Ginásio Comercial de Patu há 44 anos. Com a grande seca de 1958 Zé do Sinal e família resolveram tentar a vida no estado de Goiás passando por lá dois anos. Em 1960 Zé do Sinal resolveu voltar para Frutuoso Gomes. A viagem foi em caminhão Pau de Arara sendo muito difícil e ainda mais que sua esposa estava grávida da segunda filha que estava quase para nascer. 
No caminho, passando pelo estado de Minas Gerais a esposa de Zé do Sinal, dona Maria de Lurdes, sofreu fortes dores para da a luz. O transporte Pau de Arara teve que fazer parada em uma casinha na beira da estrada para atender melhor a dona Lurdes. Por coincidência e providência divina a dona do casebre na beira da estrada era parteira, onde a mesma fez o parto e nasceu a segunda filha do casal, Maria José Ferreira, residente hoje na cidade de Olho D'água do Borges RN. As pessoas que vinham no pau de arara esperaram cinco dias para que dona Lurdes se recuperasse um pouco do parto e depois seguiram viagem para o Nordeste, cidade de Frutuoso Gomes, onde ao chegar o seu Zé do Sinal registrou a sua segunda filha. Em Frutuoso Gomes seu Zé do Sinal continuou trabalhando na sua profissão de retirar sinais até o ano de 1968 quando resolveu residir em Patu e continuar trabalhando no oficio que aprendeu no estado do Maranhão. Seu Zé do Sinal também tem um filho de outro relacionamento, Jonas Ferreira Santos, atualmente residindo em Mossoró. 
A fama de retirar sinais se espalhou em toda região onde pessoas de várias partes o Nordeste vinham a Patu para ele retirar sinais do corpo. Certa vez um pai de família estava desesperado porque seu filho contraiu uma grande enfermidade e foi desenganado pelos médicos. Seu Zé do Sinal foi procurado para ver se ainda tinha como salvar o seu filho. Zé do Sinal disse que fazia o serviço, mas não ia garantir, porque era grave a situação e os médicos já tinham desenganado o jovem rapaz. Seu Zé do Sinal aplicou o remédio do mato e mandou que o pai voltasse com o filho em trinta dias para ver como ele estava. O pai voltou com o filho onde o mesmo já estava muito bem, tinha se recuperado, praticamente curado da enfermidade contraída. Seu Zé do Sinal foi muito bem pago pelo serviço e ainda ganhou de presente três vacas por ter curado o filho, e assim dezenas de histórias iguais a essa aconteceram na rotina de trabalho de seu Zé do Sinal. Outro episódio interessante aconteceu quando o seu Zé do Sinal viajou até a cidade de Sousa-PB para receber uma conta de um serviço que prestou, chagando lá o cliente disse que não tinha dinheiro para pagar e perguntou a seu Zé do Sinal se ele recebia um caixão de defunto pela conta. Para não perder de tudo seu Zé aceitou a proposta e trouxe para sua casa um caixão de defunto. As pessoas quando viram ele chegando perguntavam. Quem morreu? Pra quem é esse caixão? E seu Zé do Sinal respondia que era para ele quando morresse.
Ele chegou em casa com esse caixão para espanto da família e guardou em um armazém no muro de sua casa, onde permaneceu com esse caixão em casa durante 11 anos. No ano de 1995 a sua esposa Maria de Lurdes faleceu, deixando seu Zé do Sinal viúvo e a missão de continuar criando e formando seus filhos com a renda do seu trabalho, mas, por ironia do destino e situações que não se explica, a natureza que deu o sustento a família de seu Zé do Sinal também tirou a sua vida. Em 2006 ele foi a Serra de Patu buscar umas plantas para fazer as suas garrafadas de remédio do mato e foi atingido duramente por um exame de abelhas que provocou a sua morte. Passou vários dias internado no Hospital Municipal onde veio a falecer nos braços da sua filha Ceição, no dia 22 de março de 2006 aos 82 anos de idade. Quando a família foi buscar o caixão no armazém que ele já tinha adquirido há 11 anos, ao abrir o mesmo, encontrou: um paletó novo, um véu para cobrir o caixão, um perfume, um ventilador para ser usado no velório e a quantia de 3.500,00 para custear as despesas do seu sepultamento. Seu Zé do Sinal faleceu mas não deixou nenhuma dívida, deixou uma casa para cada filho. Sua filha Ceição disse que seu pai foi muito bom e dedicado a família, morreu deixando três filhos e netos que são: Paulo Jacir, Nievra Bianca e Maria Gabriela. Seu Zé do Sinal está sepultado no cemitério público de Patu, mas que, no seu seu túmulo não consta o nome José Ferreira dos Santos e sim Zé do Sinal onde todos aprenderam a conhece-lo através da sua profissão, ofício ou arte que ficou registrado na história de Patu e de toda região.

Fotos dele e da família








Ventilador deixado dentro do caixão





Greve na UERN continua. Docentes exigem que governo apresente uma saída para a crise

Em assembleia realizada na manhã de hoje (23) na sede da ADUERN e que contou com participação de mais de 200 professores e professoras, foi deliberada a continuidade do movimento grevista iniciado no dia 10 de novembro de 2017. A categoria avaliou que não há como encerrar a greve sem uma proposta para os atrasos salariais e a falta de um calendário de pagamento.
A ADUERN participa, na próxima segunda-feira (26) às 11h, de nova audiência com o Governo do Estado onde irá exigir uma proposta para os servidores da UERN. Até o momento, a universidade é o único segmento que ainda não iniciou um processo de negociação junto ao Governo, que já apresentou propostas para outras categorias.
A presidenta da ADUERN, Rivânia Moura, destacou que o Governo precisa apresentar uma proposta que resolva o impasse com a UERN. De acordo com  ela, não basta apresentar soluções momentâneas ou parciais para um problema que é de extrema gravidade e que vem precarizando severamente as condições de vida dos trabalhadores da universidade
“Não é qualquer proposta vinda do Governo que vamos aceitar. Queremos que o Governo se manifeste e resolva estes atrasos que vem minando as condições de vida dos trabalhadores e trabalhadoras da UERN. Hoje tivemos uma unanimidade: a greve não pode acabar enquanto não tivermos ao menos a certeza de quando iremos receber salários. Temos disposição para resistir e lutar, pelos nossos direitos e nossa dignidade”, destacou Rivânia.
A diretoria da ADUERN também avaliou  que é fundamental que sejam realizadas novas mobilizações na Assembleia Legislativa para garantir a permanência dos aposentados  na folha de pagamento da UERN, uma vez que o Governador vetou a emenda que previa a manutenção dos inativos na folha. “Consideramos a importância de nossos aposentados e da história de vida dedicadas a UERN que eles têm. Somos uma só categoria e, portanto, essa situação afeta todos os professores e professoras”  afirmou a presidenta da ADUERN
Os servidores da universidade, assim como boa parte do funcionalismo público estadual, vêm amargurando atrasos salariais desde Janeiro de 2016. Desde então as categorias convivem com a insegurança e a falta de um calendário de pagamento que respeite os trabalhadores do estado. Hoje a grande maioria dos docentes da UERN aguarda pelos salários referentes aos meses de Janeiro, fevereiro e o 13º salário de 2017.
Fonte: ADUERN.

Cheia de rio faz população improvisar em travessia aérea



Em Cacimba de Areia-PB, os cidadãos atravessam o Rio Farinha, que está com muita água, numa cadeira pendurada num cabo de aço — uma tirolesa.
Em um vídeo que circula nas redes sociais, o popular idoso Raimundo Ferreira, conhecido como Raimundo de Nadinha, do Sítio Carnaúba, “voando” por cima do rio.
Os moradores de Cacimba de Areia vão solicitar do Governo do Estado a construção de uma ponte no local.

Serviço: TJRN disponibiliza a emissão de certidões em seu site

Direito e Cidadania


O cidadão que necessita obter uma certidão encontra no site do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norteuma série de opções disponíveis. Assim, se antes o interessado precisava se dirigir a um cartório ou a um fórum para obter sua certidão e esperava um prazo para resposta, com este serviço ele pode conseguir o documento na comodidade de seu lar ou onde estiver, recebendo-o instantaneamente pela internet.
Desde 2013, o TJRN disponibiliza em seu site a emissão da Certidão de Antecedentes Criminais. Apenas no ano de 2017, foram disponibilizadas 47.696 certidões negativas deste tipo. O que significa praticidade, celeridade e comodidade ao usuário.
Após fornecer suas informações pessoais ao sistema, o usuário tem a opção de imprimir a certidão, realizar o seu download ou de recebê-la em seu endereço de e-mail. O documento é devidamente autenticado e sua validade pode ser conferida posteriormente.
Além das certidões do tipo criminal, também estão disponíveis certidões sobre Ações e Execuções Cíveis e Fiscais; Interdição, Tutela ou Curatela; e de Falência ou Recuperação Judicial.
Texto: Assessoria de Comunicação do TJRN.
Fonte: www.tjrn.jus.br./ Via O Messiense.

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

Greve de juízes irrita STF e mina auxílio moradia

A presidente do STF, Cármen Lúcia, não vive seus melhores dias na corte. A resistência dela em pautar temas polêmicos, como a prisão após condenação em segunda instância, é criticada por outros ministros. Mas a tentativa da Ajufe de emparedá-la com a ameaça de uma greve –uma reação à possível extinção do auxílio-moradia– restaurou o espírito de corpo. Até os integrantes mais corporativistas avisam que esse início de rebelião não encontrará guarida no Supremo.

O grupo mais próximo a Cármen Lúcia aposta na reação da opinião pública para desmobilizar os juízes federais. Mesmo ministros que simpatizam com causas como o reajuste salarial dizem que a luta pelos penduricalhos é hoje a principal fonte de desgaste para o Judiciário.

Professores da UERN avaliam movimento grevista na sexta-feira


Professores e professoras da UERN se reúnem em assembleia na próxima sexta-feira (23) às 9h, para avaliar o movimento grevista e traçar os rumos da mobilização docente.  A greve, que já ultrapassa os 100 dias, tem como principal ponto de reivindicação o pagamento dos salários atrasados.
Os servidores da universidade, assim como boa parte do funcionalismo público estadual, vêm amargurando atrasos salariais desde Janeiro de 2016. Desde então as categorias convivem com a insegurança e a falta de um calendário de pagamento que respeite os trabalhadores do estado.
A greve da UERN teve início no dia 10 de Novembro de 2017, após decisão da categoria por ampla maioria. Durante este período foram realizadas diversas atividades unificadas com outras categorias e assembleias gerais na ADUERN que avaliaram coletivamente as estratégias do movimento paredista.
Hoje a grande maioria dos docentes da UERN aguarda pelos salários referentes aos meses de Janeiro, fevereiro e o 13º salário de 2017.
A Presidenta da ADUERN, Rivânia Moura destacou a importância da participação da categoria na assembleia. “Estamos convocando esta nova assembleia por compreender a necessidade de reunir a categoria e dialogar sobre o atual momento da greve. Iremos fazer uma avaliação das perspectivas do movimento, pensando que o Governo segue em apresentar nenhuma proposta para os servidores da UERN, mas já abriu negociação com outras categorias”
Dia Nacional de Lutas – A ADUERN participou, na ultima segunda-feira (19) do Dia Nacional de Luta contra a aprovação da reforma da previdência. A manifestação reuniu centenas de trabalhadores e trabalhadoras de várias categorias do funcionalismo público e da iniciativa privada.

Fonte: ADUERN.

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

A História do Cantor que Pousou seu Avião na BR 226, Entrada da Cidade de Patu-RN

O cantor e piloto de avião Waldonys José Torres Meneses já está acostumado a pilotar o seu avião e aterrizar onde o mesmo acha que deve e tem condições, fato esse já registrado em vários locais do Brasil. Aqui em Patu não foi diferente. O cantor tinha um contrato de show a realizar na cidade de Antônio Martins, festa do padroeiro Santo Antônio, no dia de 11 de junho de 2009. Ele chegou a tarde em seu avião, pousando seu monomotor na BR 226, entrada da cidade de Patu. Waldonys aterrizou e estacionou tranquilamente o avião no posto Nossa Senhora dos Milagres, ao lado da BR 226, e seguiu para a pousada Cidade do Sol de Josemar Godeiro, onde ficou hospedado. É comum Waldonys viajar em seu avião particular para as cidades onde faz shows. Na época, o professor Aluísio Dutra de Oliveira fez a seguinte indagação ao cantor: Como é que você faz faz para pousar nas BRs e não bater nos veículos. Ele respondeu, que lá de cima verifica se tá tudo limpo e desce rapidinho, como aconteceu em Patu, mas, disse ainda, tem que ter coragem para fazer essa manobra. 
Em outubro de 2009 a ANAC - Agência Nacional de Aviação Civil - esteve em Patu para investigar o pouso do piloto e cantor Waldonys. Na ocasião uma comissão formada por técnicos da ANAC, constituída por Esperidião Neto - Especialista em Regulação e Fátima Maia, da Comissão de Investigação - estiveram em Patu no dia (27/10/2009) para investigar o pouso do cantor cearense Waldonys que foi realizado na BR 226. Os técnicos da ANAC colheram informações de pessoas que viram o pouso do avião em Patu, bem como reportagens publicadas nos diversos blogs e jornais da região. Patu não foi o único caso de pouso do avião do cantor Waldonys. A imprensa já registrou vários casos como: Pouso na BR 304, próximo a cidade de Santa Maria-RN, pouso em cidades do Ceará e na cidade de Francisco Dantas.
 O cantor Waldonys é considerado um ótimo piloto de avião, inclusive o mesmo já se apresentou, especialmente, na esquadrilha da fumaça, onde o mesmo possui registro publicado em DVD. Em Patu ele também já fez shows de acrobacias aéreas arrancando os aplausos da população. Waldonys é um excelente acordeonista “sanfoneiro”, é afilhado do rei do baião Luís Gonzaga, sendo considerado um dos melhores sanfoneiros do mundo. O homem é bom tocando sanfona bem como pilotando avião.

Reportagem: Aluísio Dutra de Oliveira.
Esperidião Neto - Especialista em Regulação da ANAC

 Fátima Maia, da Comissão de Investigação

 Pouso de Waldonys na cidade de  Francisco Dantas - RN




 Luís Gonzaga, Waldonys e Sivuca


Waldonys e o prof. Aluísio Dutra de Oliveira