A Folha Patuense

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quinta-feira, 4 de julho de 2024

Especial.

Sonho Alcançado.



A jovem Lícia Marie Soares de Moura, filha do advogado patuense, José Severino de Moura e da Assistente Social, Pau Ferrense, Lúcia Maria Soares de Moura, logrou êxito ao concluir o curso superior de medicina. Lícia Marie estudou o ensino médio no Colégio Diocesano de Mossoró-RN, aluna sempre dedicada aos estudos, sendo uma  das primeiras alunas da turma. Fez o Enem, ingressando na Universidade de Sobral CE, no semestre seguinte passou no vestibular da UNP em Natal onde concluiu o curso.

Hoje, é oficialmente  médica, estando mãos  com o documento oficial do CRM - Conselho Regional de Medicina. Parabéns, mais uma jovem que lutou, estudou, teve  o apoio incondicional da sua família e hoje já está atuando como médica. 


quinta-feira, 27 de junho de 2024

Especial: Vitória e Conquista Através da Educação.



Um jovem da cidade de Patu-RN, alcançou o sonho que muitos outros jovens almejam na vida, através da educação e de muita luta, dedicação e esforço da sua família. Everton Linhares Moura, é natural de Patu/RN, filho de Evandro Carlos Oliveira Moura E Livânia Cely Almeida Linhares Moura. Everton concluiu o Curso de Medicina pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte/UFRN – Campus Central – Natal/RN, a solenidade de colação de grau e baile de formatura acontecerão em Natal/RN, dias 31/07/2024 e 03/08/2024 respectivamente. 



Everton, no decorrer do seu curso, antecipou algumas disciplinas e com isso obteve previamente o diploma e Inscrição no Conselho Regional de Medicina – CRM/RN, sendo desde o 24/06/2024 oficialmente Médico. O seu primeiro plantão como Médico já ocorreu em 27/06/2024 (hoje) no Hospital do Município de Carnaubais. Os pais e demais familiares estão orgulhosos da conquista do filho, fruto de grande esforço pessoal, pois sempre foi inteligente e determinado e fez valer o incentivo dos mesmos que, acreditam que a educação é o melhor caminho para o futuro.

Evandro e Livânia são pais de outros dois filhos que igualmente enveredaram pelo caminho dos estudos: Laís Linhares Moura, Bacharel em direito e atualmente é servidora do TJ/RN, comarca de Patu/RN e Lucas Linhares Moura é Estudante do 2º. Ano Medicina pela UNP - FIES 100%. Everton Linhares de Moura é integrante de algumas famílias patuenses: Almeida/Cardoso, Braga/Linhares e Moura. “A educação é arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo” Nelson Mandela.

Reportagem: A Folha Patuense.

terça-feira, 4 de junho de 2024

Patu-RN Sediará o I Fórum do Cangaço de Jesuíno Brilhante.

A Cidade de Patu-RN, região Oeste do Rio Grande do Norte, vai sediar nos dias 21 e 22 de junho de 2024, o I Fórum do Cangaço de Jesuíno Brilhante - 180 anos de nascimento do cangaceiro. O evento será realizado através da parceria das seguintes entidades: SBEC - Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço, Prefeitura Municipal de Patu, através da Secretaria de Turismo, Cultura e Eventos, Universidade do Estado do Rio Grande do Norte, através do Departamento de Ciências Contábeis e APLA - Academia Patuense de Letras e Artes. A prefeitura municipal de Patu, está organizando e dando total apoio para a realização deste importante evento, através do prefeito Rivelino Câmara e do Secretário de Turismo, Cultura e Eventos, Kleriston Dantas. 

I Fórum do Cangaço de Jesuíno Brilhante.

"180 Anos do Cangaceiro Patuense."

Programação.

Sexta feira. 21/06.

Local : Auditório Campus Avançado de Patu RN.

07:30 h Credenciamento.

09:00 h Abertura.

Fala das autoridades.

09:30 h Conferência de Abertura.

Tema: Lugares de Memória do Cangaceiro Jesuíno Brilhante. 

Conferencista: Pesquisadora Luma Hollanda - João Pessoa PB.

Intervalo do Almoço.

14:00 horas: Mesa Redonda.

A Força Pública  e as  Representações nas Histórias de Jesuíno Brilhante

Expositores:  Kydelmir Dantas (Nova Floresta PB e Marcelo Litwac (Natal-RN).

Coordenação: SBEC.

18:00 h.

Momento Cultural no Café de Jesuíno Brilhante.

Lançamento do Livro do Major Marcelo Litwak sobre Jesuíno Brilhante.

Participação Kydelmir Dantas.

Cordel sobre Jesuíno Brilhante - Poeta Zé Bezerra.

Apresentação de Poesias sobre Jesuíno Brilhante - Artista Atson  Suassuna.

Apresentação Trio Jesuíno: "Música Corujinha".

Apresentação de Repentistas.

Forró com o Trio Jesuíno.

Sábado 22/06.

07:00 h Visita a Casa de Pedra do Cangaceiro Jesuíno Brilhante.

Sítio Cajueiro - Patu RN.

14:00 h Mesa Redonda:

A Sagacidade  do Cangaceiro Jesuíno Brilhante.

* A Perseguição do Preto limão 

* O Assalto à Cadeia de Pombal

* O Fogo de Imperatriz.

Expositores: José Tavares de Araújo Neto (Pombal PB),  Rodolfo Maia (Catolé do Rocha PB) e Danyllo Maia (Catolé do Rocha PB).

Coordenação: APLA.

15:30 h Entrega da comenda Jesuíno Brilhante 180 Anos.

16 h Encerramento.

segunda-feira, 20 de maio de 2024

Especial: O artista plástico Rogério Dias

 Por Márcio de Lima Dantas



Integra a geração pós Marieta  Lima, tendo seguido cronologicamente a profícua geração personificada em Joseph Boulier e Varela,  sendo que o que mais se destacou  e se fez grande artista visual foi  Vicente Vitoriano, hoje residindo em  Natal. A arte desse artista que adentra  por muitos caminhos estilísticos do  fazer artístico consolidou-se principalmente por um geometrismo com  forte apelo às pinturas corporais ou  de adereços das etnias indígenas.  Valendo lembrar que o autor não  trabalha com um colorismo que  chame atenção para fortes apelos de contrastes de cores. Há uma  suavidade nos tons selecionados  para aproximar as cores em contrastes. Com efeito, eis que temos  telas com planos justapostos entre cruzando-se em diversas direções.  Se atentarmos com cuidado, veremos uma espécie de centro para  onde os planos confluem, como se  fossem vetores que buscam algo  tal um vórtice, causando um efeito  estético de grande beleza, sobretudo pela leveza das cores e pelo não  uso de excessos cromáticos. O artista contenta-se em compor a partir  de um limitado número de cores,  nunca fazendo uso de sombreamentos ou tons.

A cor permanece  pura dentro do seu plano, o que faz  a beleza é a justaposição de linhas  retas ou linhas curvas, muitas vezes  fazendo uma mescla dos dois tipos.  A obra de Rogério Dias vem de  muito longe. Sempre trabalhou com  arte. Limitei-me aqui ao componente indígena, pois creio que é onde  se expressa com mais propriedade  e bastante capaz de provocar harmonia tendo em vista as tradições  das nossas etnias. Há em sua obra  muito de composições abstratas,  variações indefinidas entre ser concreto ou ser abstrato. De grande importância é o fato do  artista trabalhar na elaboração de  Logomarcas de empreendimentos  comerciais. Embora seja uma espécie de trabalho que se reveste do  funcional, do utilitário, que busca  a identificação de um comércio ou  coisa que o valha, o autor não se  limita a algo que busque puramente  o apelativo e a identificação. Acredito  que é nesse tipo de atividade onde  expressa sua maior capacidade de  artista: o ser capaz de transformar  algo feito para o uso banal de placas,  timbres, escritórios, capas de livros,  em objetos de arte.

Ou seja, o que  tem valor utilitário também detém  valor estético. Não é algo tão simples de se conseguir. Nesse tipo de  atividade se permitiu uma liberdade  que não encontramos em outros  trabalhos. Falo do uso de cores  quentes, fortes, luminosas, dotadas  do poder de chamar atenção para si.  Configurando contrastes inusitados,  combinando o que não é habitual,  em formas que evocam de alguma  maneira o objeto fruto da logomarca.  Gostaria de citar apenas algumas.

As logomarcas da Rádio Centenário,  Granja São Camilo, Cooperativa Terra  Livre e Terra viva, acredito que foi  onde demonstrou sua maestria no manuseio das cores atreladas às formas. São todos de grande imponência e beleza. O triunfo da cor sobre  um plano, numa forma abstrata que  obriga o expectador a refletir qual a  relação entre o ícone que representa determinado objeto ou comunidade  de homens com fim comum. Bem  claro. Rogério Dias é domador de cores, transfigurando objetos e doando apenas a simplicidade de cores  fortes em múltiplas formas.

Fonte: Jornal de Fato.

segunda-feira, 13 de maio de 2024

Projeto Custo de Vida calculou o Custo da Cesta Básica na cidade de Caraúbas-RN

O Projeto de Extensão Custo de Vida, do Departamento de Ciências Contábeis – Campus Avançado de Patu – desenvolvido na cidade de Caraúbas-RN, pesquisou e calculou o custo da cesta básica durante dez meses naquela cidade Oestana. O projeto teve como pesquisadora de campo a aluna bolsista do Curso de Ciências Contábeis, Marcela Alves Braga, sob a coordenação do professor Aluísio Dutra de Oliveira, do Departamento de Ciências Contábeis – Campus Avançado de Patu. O projeto teve como objetivo pesquisar mensalmente as variações de preços a partir de uma cesta básica de produtos,  composta por três grupos de produtos: Alimentação, Higiene Pessoal e Limpeza Doméstica. Na cidade de Caraúbas-RN, a coleta de preços foi realizada em diversos estabelecimentos comerciais, onde teve início no mês de Julho de 2023, permanecendo até o mês de abril de 2024. Os custos das cestas básicas nos últimos dez meses foram os seguintes: Julho/2023: 1.342,49; Agosto/2023: 1.370,04; Setembro/2023: 1.460,17; Outubro/2023: 1.433,43; Novembro/2023: 1.377,90; Dezembro/2023: 1.346,16; Janeiro/2024: 1.448,21; Fevereiro/2024: 1.666,46; Março/2024: 1.446,32; Abril/2024: 1.460,77. A média do custo da cesta básica, nos últimos seis de 2023 na cidade de Caraúbas-RN, foi de R$ 1.388,36, ficando esse valor acima do salário-mínimo vigente no período, que foi de R$ 1.302,00. A média dos primeiros quatro meses de 2024 foi de R$ 1.505,44, também ficando esse valor acima do salário-mínimo vigente que é de 1.412,00. O Projeto Custo de Vida faz parte das atividades de UCE – Unidade Curricular de Extensão – do Curso de Ciências Contábeis, onde alunos do curso aplicam os seus conhecimentos através das atividades de extensão nos seus municípios.


terça-feira, 7 de maio de 2024

Em Patu RN

 


Especial: Além deste sertão: a pintura de Celina Bezerra





É curioso observar a trajetória da profa. norte-rio-grandense Celina Bezerra. Advinda das terras quentes da região do Seridó, de antigas famílias ali chantadas, desde muito, inicialmente dedicou-se ao magistério, tendo se aposentado como professora do Departamento de Educação da UFRN. Pintora bissexta que era, agora dedica-se à literatura e às artes plásticas. Quando disse “curioso” quis deixar implícito o fato de umas das primeiras manifestações artísticas do Homo sapiens foi a pintura nas cavernas, vindo depois as diversas formas não fonéticas de escritura, para depois vir a ser como o que se configurou como elementos da linguagem, nos dias de hoje. Quis com isso lembrar que Celina Bezerra procedeu de maneira inversa: foi da palavra às artes plásticas. De outra feita, não podemos esquecer o belo livro de memórias, com forte conteúdo histórico e etnográfico, escrito conjuntamente com dois irmãos: Meninos de sítios: falando sobre cultura sertaneja (BEZERRA, Celina; ARAÚJO, Laércio Bezerra de; AMMANN, Safira Bezerra. Natal: Gráfica Nordeste, 1997). Os primeiros trabalhos em telas revelam ainda a presença dos seus mestres; vindo, hoje, a definir-se com traço vigoroso e particular, dotada de um pathos que dispõe sua letra e seu número, distintos dos tantos quantos optam por retratar paisagens ou personagens que dizem respeito a nossa geografia humana ou das paisagens encontradas pelo interior afora.

É notável a marca diferente que a dispõe num lugar outro que não o da mesmice de repetir não só os temas recorrentes, mas, sobretudo, a maneira como são dispostos tais elementos, que nos conduz, inexoravelmente, a um travo de déja vu, com forte carga de caricatura, proporcionando a reprodução de literalmente um “quadro”, condizentes com as realidades encontradas hoje, num mundo globalizado, no qual todo lugar se assemelha, tanto em nível comportamental quanto no que diz respeito às edificações. Ao contrário dos muitos que entoam o coro do saudosismo, Celina Bezerra optou por um outro caminho, a saber, compreender a pintura não como conteúdo, mas como forma, como maneira de transfigurar aspectos da realidade de um lugar, o Sertão, desde sempre objeto das artes plásticas produzidas na região Nordeste. 

Para quem está acostumado às representações pictóricas de aspectos relacionados ao sertão -  que fomos acostumados a chamar de “interior”: miséria, seca, cangaceiros, retirantes - pode parecer esquisita uma retratação que refoge a esse lugar comum ou ao horizonte de expectativas do intérprete. Expectativa essa eivada de signos plenos de um discurso dominante que grassa sobretudo nos aceiros por onde anda a classe média, desejosa de se sentir diferente, a partir do contraste com o patético ou o que se apresenta como antípoda de tudo o que se encontra à sua frente e faz de conta que não vê, resultado que é de relações sociais perversas, sobremodo calcada na má distribuição de renda.

Para artistas ou escritores com maior voltagem universal, a noção de sertão despontou como objeto trabalhado esteticamente para além do senso-comum, para além do lugar vincadamente caricatural e factível de ser usado pela mídia como elemento de preconceito, mormente quando se procede ao contraste com as paisagens retratadas do sul/sudeste do Brasil. Refiro-me a autores como Guimarães Rosa, Graciliano Ramos ou Cornélio Pena, nos quais sertão não é um espaço geográfico delimitado, povoado por seres que sofrem o permanente embate com as forças físicas da natureza, perfazendo uma aura de impotência, fatalidade, que apela para o dó e a chamada “solidariedade”. Sertão, como foi representado por esses romancistas, é um lugar mental, espaço íntimo inerente a todo e qualquer senciente, afinal o sofrer, advindo do embate com o meio natural ou resultado de relações íntimas de um eu em desassossego, é parte da condição humana, quer seja de dentro ou de fora. Ora, sofrer é como a morte: só quer uma desculpa, vindo a resumir a condição do homem nos seus confrontos com a realidade. Nesse sentido, sertão é um estado no qual resplende o calor e a transparência dos que caminham pelas veredas da lucidez. Não podemos esquecer que a noção de sertão é anterior a presença lusa em terras brasileiras, provando que não deve ser compreendida como área delimitada geograficamente, mas como um conceito a ser compreendido como advindo de uma determinada experiência histórica. 

Como afirmei, o vocábulo sertão já era usado desde o século XIV para indicar o que se encontrava distante da capital Lisboa que, por extensão, passou a nomear tudo o que era oposto ao chamado mundo conhecido, quer dizer, os vastos espaços que entravam interior a dentro, detendo-se pouca ou quase nenhuma informação acerca deles. Com efeito, não estava muito distante o deslizar semântico, engendrado pelos poetas e romancistas, de sertão como categoria mental, simbolizando os vastos espaços interiores nos quais não chega o poder da Ordem (ego e super-ego), Guimarães Rosa que o diga. Em síntese, sertão não passa de um conceito, de uma imagem construída historicamente.

Na pintura de Celina Bezerra, as ditas paisagens sertanejas são puro pretexto para o hábil exercício dos domínios da técnica de retratar o que está posto no nosso entorno, e que se efetiva através de vastos planos, no qual as cores predominantes são os tons de azul e as nuances de ocre, sintomáticas cores denunciando o equilíbrio entre a alma e o corpo, a imaginação e o empírico, o céu e a terra, cuja simbólica remete à necessária harmonia entre duas dimensões que quase sempre ocupam espaços distintos. Ora, “o sertão está em toda parte”.*

Um gênero tradicional, o paisagístico, numa época tardia como a nossa, em que já se encontra praticamente exaurida a capacidade de reproduzir, atestamos na pintura de Celina Bezerra ainda o fascínio despertado não mais pelo conteúdo, mas por meio da forma, que se constata por pinceladas entrecruzadas, - lembrando um pouco o impressionismo -, feitas de cores neutras ou esmaecidas.

Mais uma coisa, para os que não se convenceram ainda de que o “sertão é o mundo”*, como repisa Riobaldo, o protagonista de Grande sertão: veredas, reporto-me à paisagem da cidade de Paris durante o inverno: tem coisa mais parecida com a nossa Caatinga, quando da estação seca, o que indigitaram como nosso verão? Se lá é o frio, aqui é o tépido, entretanto, ambas as paisagens contém os mesmos elementos: as árvores decíduas perdem suas folhas; a cor predominante é o cinza, os seres ensimesmados, taciturnos, impotentes diante dos elementos físicos que campeiam seu jugo e mando, impondo um certo travo fatalista no olhar, algo parecido com resignação, coisa não tão distante das populações submetidas periodicamente às secas.

Vale lembrar que “sertão” é sinônimo de “interior”. Se no exterior ocorre o embate com as forças físicas, no interior há quase sempre um desconserto consigo mesmo, conduzindo as desavenças que acometem a todos, indiferentes da origem ou etnia. Em suma: digladia-se sempre em duas frentes. Não há como fugir. A bonança é apenas um intervalo entre dois momentos de lidas. 

Quem havera de imaginar que o sertão da escritora e pintora Celina Bezerra, iria ao encontro de concepções sempre avançadas que foram, quando de sua cristalização no campo literário, ou seja, além de SER TÃO vasto quanto as possibilidades humanas, num vergado arco que liga sentimentos antípodas: da alegria à tristeza, do palor à nódoa, do bem ao mal. Tudo numa esquisita harmonia que só a lógica do inconsciente, a lógica da arte permite. De qualquer maneira, “Sertão é o sozinho. Sertão: é dentro da gente”*. E isso ninguém pode negar ou nos tirar: TÃO SER. 

* Falas de Riobaldo.



quinta-feira, 18 de abril de 2024

Especial: Arte e Reciclagem

 Por Márcio Lima Dantas.



Elson Henrique de Oliveira Mesquita, nascido em Almino Afonso, (1988) trabalha com  esculturas à base de reciclagens há cerca de 3 anos. Começou trabalhando no Museu do  Sertão, com o Prof. Benedito Vasconcelos. O surgimento do seu ofício assomou a partir  de ter ficado desempregado. Curioso despertar, para quem tenta compreender os  meandros da arte na alma daqueles que detêm o talento da intuição artística. 

Parece que a vida só quer uma desculpa para ungir alguém com a capacidade de  produzir um objeto de arte, eivado de singularidade e destoante dos demais objetos que  povoam o que chamamos de Realidade. Com Elson, foi o fato de estar desempregado.  Poderia ser qualquer outro? Sim, pois as Moiras (O Destino) são vestidas do elemento  surpresa, nunca deixando entrever o que resguarda para as criaturas. 

Para efeito de compreensão, podemos classificar a obra do artista em duas formas  básicas de construir os objetos. Temos os que são elaborados a partir de sucata, de peças  que pertenceram a engrenagens ou partes de coisas feitas a partir do ferro ou do aço.  Creio que é aqui onde o artista se sai melhor, onde revela um grande senso de  originalidade ao congregar numa peça, - como a elegante cabeça de um cavalo ou um  belo touro -, o conjunto de mínimas peças que pertenceram a outras máquinas, outros  mecanismos. Resta a despótica ostentação de seres paralisados, como a referendar a  capacidade de se reorganizar o mundo a partir do que foi desfeito ou descartado. Um  universo edificado com aquilo que se convencionou que não há mais valor, vindo a ser  obra de arte de grande feitura, com esmero e irradiando beleza para o expectador. 

Creio não ser tão fácil criar a partir do que a sociedade de consumo descartou como algo  que não detém mais valor prático, utilitário, relegando às sucatas, aos monturos e aos  depósitos com sua mescla de inertes peças, num conjunto aleatório. E que tão somente o  olhar sagaz do artista consegue divisar uma outra forma a partir daquilo que é basculho. 

Eis uma alma dotada de sensibilidade artística, que consegue extrair das rumas do que  fora outrora algo uno e como uma função um outro haver, justapondo peças para vir a  engendrar um novo objeto, agora não mais com caráter utilitário, mas com valor  estético, valendo por si e não como parte de um todo. 

A segunda categoria de objetos que Elson constrói tem em vista, sobretudo, animais que  pertencem ao cotidiano do viver rural. É o majestoso touro, com seus belos chifres,  ostentando sua virilidade. Para mim, os mais curiosos são os bodes, mormente um  elaborado com alumínio. Este animal iconifica a capacidade de resistência face a um  meio que nem sempre oferece as condições propícias a um viver mais confortável. Há  que se debelar o clima e a vegetação da caatinga. Nesse sentido, representa o estoicismo 

de quem deve se adequar a um meio hostil, para sobreviver. É consabido a capacidade  do bode de se fazer perdurar diante do que o meio proporciona, sendo capaz de  sobreviver com o que a natureza oferece. 

Algo bastante curioso na elaboração dos bodes é a necessidade que o artista tem de  ressaltar a “masculinidade” desses animais, como se quisesse dizer de uma força atávica  que a natureza imprimiu no animal. As proporções parecem querer dizer de serem  dotados de uma força que os consagra como capazes de enfrentar um meio ambiente  nem sempre favorável, sobretudo na estação seca da região Nordeste. 

Mas o trabalho de Elson não se limita a esses dois conjuntos básicos que aqui  classifiquei. Sua obra é multifacetada, representando desde personagens universais  como D. Quixote e Sancho Pança, até outros mais regionais, como Antônio  Conselheiro. Há uma bela cabeça de águia dourada, de fatura extremamente elaborada.  Essa capacidade de representar ícones que pertencem ao Imaginário Ocidental  demonstra uma rara sensibilidade artística: a de pensar o todo tendo sempre em vista as  partes que serão justapostas, algo não passível de ser elaborado por qualquer um, mas  advindo de uma imaginação que reelabora um mundo a partir do que um outro deixou  de lado, abandonou, tornou sucata, fez de um antigo mecanismo partes largadas em  algum lugar qualquer.



quarta-feira, 17 de abril de 2024

Foto Recordação.

 Padre Henrique Spitz Benzendo o Veículo do Comerciante Neto Dutra



Especial: Edilson Araújo: verde que te quero verde.

Por Márcio de Lima Dantas.

Verde que te quiero verde. 

Verde viento. Verdes ramas.  

El barco sobre la mar 

y el caballo en la montãna. 

Federico Garcia Lorca 




A pintura de Edilson Araújo (Ouro Branco RN, 1950) estabelece relações com diversas  tradições e personalidades no âmbito das artes visuais. Mas primeiro vou me debruçar sobre aspectos dessa pintura, eivada de uma opulenta singularidade quando posta, para  efeito de comparação, ao lado de outras produzidas no Rio Grande do Norte. Falo desse  conjunto de artistas filiados à chamada representação naif. Com efeito, hoje, o estado do  Rio Grande do Norte nada deve a ninguém, não apenas por deter autodidatas de extrema  beleza e domínio técnicos, capazes de compreender exatamente o que estão fazendo, bem  como ter esses artistas integrando acervos públicos ou galerias de arte. 

E se a maioria, só para ficar em um exemplo, não manuseia a perspectiva, buscando a  profundidade, nem por isso invalidada a qualidade técnica e o reconhecimento não só do  meio artístico, que quase sempre integra o acervo de exposições coletivas e individuais,  mas de fazerem parte do mercado da arte. Consabido é de o quão laborioso se faz colocar  obras de determinados pintores em um mercado muito concorrido, no sentido de que nem  sempre há pessoas interessadas em adquirir obras de arte. Sendo assim, tarefa árdua a de  deter um público de gente com interesse de não apenas chancelar a qualidade de um pintor  e sua obra, mas ir para além dos elogios, adquirindo telas para se firmar como alguém  que sabe da estética como integrante do modus vivendi de uma determinada coletividade. 

Sim, antes de adentrarmos pelos principais aspectos da obra de Edilson Araújo, gostaria  de evocar o fato de termos na historiografia das artes visuais uma das mais importantes,  ou melhor, talvez a mais importante do Rio Grande do Norte. A saber, foi aqui que nasceu  e dedicou sua vida ao trabalho: Maria do Santíssimo (São Vicente RN, 1890- idem 1974).  Uma vida plena de curiosidades, repleta de enigmas, ao retratar por meio de pincéis feitos  de palitos de coqueiro, e como tinta, a anilina, e que as categorias da Arte não alcançam, sentem dificuldades em dar conta, dada a fartura de pequenos paradigmas, lançando seus  vetores simbólicos para certas auras que só a noção de arquétipos podem abraçar 

esponsais possibilitadores de tornar inteligível essa curioso trabalho estético, que é muito  mais uma seara de formas habitantes de regiões soturnas do humano. 

Mas voltemos ao pintor de Ouro Branco. É por demais interessante observar o quanto de  tradições ou de pintores evocam ou remete, talvez um dos naifs com mais referências  implícitas que o nosso estado acolhe no seu atual panorama de artes visuais, em se  tratando dos chamados ingênuos ou primitivos. Dito isso, vamos por partes.

Lembra, e muito, a maneira como o também naif Heitor dos Prazeres elabora a fisionomia  do humano em suas telas: sempre estão de perfil, sendo que, diferente de Edilson Araújo,  as personagens retratadas perfilam-se em movimento, como se acompanhassem uma  qualquer dança, imprimindo uma graça e uma alegria por se encontrarem face às  vicissitudes, mas com nesgas de soluções abertas por cada um. E por ter e deter a sapiência  como uma sua caudatária, espécie de carta na manga, conseguida na trajetória de dias, eis  o que se comemora do triunfo diante do imponderável das forças da vida, soprando sua  borrasca interminável. 

Sem, contudo, se deixar alquebrar, compreendendo que um fazer parte da vida também é  a necessidade de uma legítima resignação. Penso que nessa forma de ser e de se comportar  há uma resposta que muito mais do que um simples aceitar, é um salto qualitativo que  nos veste com o manto da sabedoria. 

Não posso deixar de lembrar aqui a Arte Egípcia e a obrigatoriedade de uma  representação tendo como pano de fundo a Lei da Frontalidade (pernas e rosto, de lado;  olhos e tronco, de frente). Essa maneira de conjugar as figuras não tem uma regularidade  em todas a telas de Edilson Araújo, algumas fogem a essa lei outrora encontrada nos  afrescos de paredes em túmulos no antigo Egito. 

Evidencia-se, por meio de um conjunto de paradigmas pictóricos, oriundos da tradição da  arte de representar ingênua ou primitiva, uma sempre presente atenção a tudo o que nos  cerca, quer seja da natureza ou da cultura, isso significa deitar um olhar amoroso tanto  sobre os pássaros, árvores, flores, quanto sobre o homem envolvido no seu trabalho, nas  festas ou nas lavouras. 

Contudo, essa maneira de observar presta-se à chance de extrair o sumo que venha a  preencher o vaso insigne da sabedoria e de uma possível arte do bem viver,  compreendendo que o alento primacial encontra-se no valorizar as coisas simples,  outorgando ao que é bom e bonito o status de uma placidez ansiosamente buscada pelo  espírito humano, submetido às tempestades emocionais, às atribulações que chegam de  surpresa, à impermanência e sua lei que diz: tudo é impermanente, só o que é permanente  é a impermanência. Quem havera duvidar de? 

Sendo necessário uma atitude que nos demanda a coragem de reter por nossa conta e risco  à rodagem que nos leva aos aceiros paralelos à estrada principal, o que nominam como  Normalidade. Assim sendo, de certo ponto de vista, viver é escolher o que nos concerne,  os sítios nos quais vicejam identidade e números capazes de definir nossa satisfação,  sossego, tranquilidade, enfim, os campos vibracionais que circunscrevem uma identidade  capaz de nos aquietar e encontrar razões no viver. 

Outra coisa, há excesso de elementos justapostos, dizemos isso no melhor sentido, na  medida em o que o conjunto perfaz uma grande harmonia. Não queremos dizer que essa  espécie de excesso queda-se pura e simplesmente para achegar figuras em diversas cores,  numa profusão que funciona como “enfeite”. Longe de mim afirmar isso. Ora, acontece  que esse fato expede um diálogo com a nossa tradição Barroca. Como sabemos, o Brasil  foi um dos países no qual o Barroco mais prosperou, sendo uma grande parte tardio,  porém não capaz de invalidar, a quantidade e a qualidade obras primas (haja vista o  patrimônio histórico de Minas Gerais e em todo o Nordeste.

Esse ethos ornamental, longe de mim dizer que este suplanta o valor estético, uma vez  que logrou êxito por meio de uma sempre presente harmonia dos elementos que compõem a cena, justapostos quase sempre de maneira arbitrária. Quero dizer, não segue princípios  lógicos, permitindo ao artista conjugar cenas ou figuras sem o uso do que chamam de leis. 

Mais que coisa bonita! Eis o voo de pássaros, árvores com frutos, homens e mulheres na  labuta do dia a dia, dias de comemoração e festas, só uma écloga poderia organizar esse  louvor do mais puro deleite, conduzindo os sentidos a crer, e saber, que a vida não se  limita a inglória luta imposta pelas circunstâncias, tendo aqui os embates do presente e os  anseios e medos com relação ao futuro. 

Por fim, não nos custa discorrer um tanto acerca da cor predominante nas telas de Edilson  Araújo. Causa uma espécie de empatia logo que nos achegamos diante de uma das suas  inúmeras representações, valendo lembrar que todo o espaço em branco é preenchido por  matizes da cor verde, quintessência da natureza. Ora, desde sempre a simbólica dessa cor  esteve associada à natureza e, por extensão, incluir o perímetro de uma semântica  relacionada ao equilíbrio e à harmonia: saúde, frescor, vitalidade. Verde é vida, evocando  à renovação periódica das nossas duas estações: a seca e a das chuvas. Esta é sempre bem vinda e esperada, por meio de calendários que o senso comum manuseia elementos,  superstições, demonstrando sua presença no imaginário de Nordeste. Embora não sendo  possível abandonar os serviços de meteorologia da região.












sexta-feira, 22 de março de 2024

Cariri Cangaço - Território de Grandes Econtros.

 


Depois do grande sucesso do Cariri Cangaço realizado no município de Catolé do Rocha-PB, agora será a vez dos municípios de Afogados da Ingazeira, Carnaíba, Ingazeira e Iguaracy sediarem este importante evento que evidencia a história do Cangaço no Nordeste.

de 18 a 21 de Abril, o Cariri Cangaço Afogados da Ingazeira, realizará uma grande programação. 

Veja!!!

CARIRI CANGAÇO AFOGADOS DA INGAZEIRA

Carnaíba – Ingazeira – Iguaracy

Pernambuco – Nordeste do Brasil

18 de abril de 2024 - Quinta-Feira

NOITE

NOITE SOLENE DE ABERTURA

CINE TEATRO SÃO JOSÉ

Rua Newton César de Macedo Lima, s/n – Afogados da Ingazeira

18h  Abertura Festiva da Feira de Livros

19h Início da Noite Solene 

Mestre de Cerimônia

Marcelo Litwak

Apresentação Artística

Grupo de Xaxado Bandoleiros da Solidão

Formação da Mesa Solene de Abertura

MANOEL SEVERO BARBOSA – Curador Cariri Cangaço

ALESSANDRO PALMEIRA– Prefeito Municipal de Afogados da Ingazeira

ANCHIETA PATRIOTA- Prefeito Municipal de Carnaíba

LUCIANO TORRES – Prefeito Municipal de Ingazeira

ZEINHA TORRES – Prefeito Municipal de Iguaracy

AUGUSTO MARTINS – Presidente da Comissão Organizadora

JOSÉ PATRIOTA – Deputado Estadual 

PADRE LUIZ MARQUES FERREIRA – Diocese de Afogados

HESDRAS SOUTO – Presidente do CPDOC 

ALBERTO RODRIGUES – Presidente do IHGP

LEMUEL RODRIGUES- SBEC Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço

ARCHIMEDES MARQUES – Academia Brasileira de Letras e Artes do Cangaço

ADRIANO CARVALHO – Academia Brasileira de Estudos do Sertão

NARCISO DIAS – GPEC Grupo Paraibano de Estudos do Cangaço

ANGELO OSMIRO – GECC Grupo de Estudos do Cangaço do Ceará

WASTERLAND FERREIRA- GECAPE Grupo de Estudos do Cangaço de Pernambuco

JULIERME WANDERLEY – Conselho Cristino Pimentel – Borborema Cangaço

19h Hino Nacional 

Banda de Musica Municipal Bernardo Delvanir Ferreira

19h15 – Entrada do Estandarte do Cariri Cangaço

Conselheiros Cariri Cangaço: Célia Maria Parahybana – João Pessoa PB

Capitão Quirino Silva – João Pessoa PB

19h40 – Apresentação do Cariri Cangaço

Conselheiro LUIZ FERRAZ FILHO – Serra Talhada PE

TAILENE BARROS – Serra Talhada PE

19h50 – Cumprimentos aos Convidados

MANOEL SEVERO BARBOSA – Curador Cariri Cangaço

ALESSANDRO PALMEIRA– Prefeito Municipal de Afogados da Ingazeira

AUGUSTO MARTINS – Presidente da Comissão Organizadora

JOSÉ PATRIOTA – Deputado Estadual 

20h30 – Entrega de Comendas “Mérito Cultural Cariri Cangaço”

Prefeito Alessandro Palmeira – Sandrinho

Entregue por Conselheiro Zezito Maia – Catolé do Rocha PB

Gastão Cerquinha da Fonseca(in memorian)

Entregue por Conselheira Elane Marques – Aracaju SE

3.Joel Ferreira Lima – Museu da Saudade

Entregue por Conselheiro Luiz Ferraz Filho – Serra Talhada PE

José Rufino da Costa Neto – Dedé Monteiro

Entregue por Conselheiro Moustafa Veras – Afogados da Ingazeira PE

Nivaldo Alves Galindo Filho – Nill Junior

Entregue por Conselheira Ana Gleide Leal – Floresta PE

21h – Posse de Novos Conselheiros Cariri Cangaço

HESDRAS SÉRVULO SOUTO DE SIQUEIRA CAMPOS FARIAS

Estola e Diploma entregues por Conselheiros

ANDRÉ VASCONCELOS – Triunfo PE

LUMA HOLANDA – João Pessoa PB

ORLANDO NASCIMENTO CARVALHO

Estola e Diploma entregues por Conselheiros

MANOEL BELARMINO – Poço Redondo SE

JOÃO DE SOUSA LIMA – Paulo Afonso BA

21h 10 – Conselheiros Mirins

HENRIQUE DINIZ FERRAZ NOVAES

Estola e Diploma entregues por Conselheiro

CLÊNIO NOVAES e HELGA DINIZ – São José de Belmonte PE

FELIPE ANTÔNIO CAMPOS TELES PEREIRA DE MENEZES

Estola e Diploma entregues por Conselheiro

LOURO TELES e JOSEANE TELES – Calumbi PE

21h 30 – Homenagem “Mulher Arretada Cariri Cangaço”

Manoel Severo e Tailene Nogueira Barros

Ângela Maria Recife PE

Catarina Venâncio João Pessoa PB

Eliana Pandini Entre Rios BA

Glaucia Ferraz Serra Talhada PE

Helga Diniz Floresta PE

Isalete Alencar Paulo Afonso BA

Joseane Teles Calumbi PE

Maria Oliveira Poço Redondo SE

Ranaíse Almeida Capoeiras PE

Risonete Rodrigues João Pessoa PB

Rosane Ferraz Recife PE

Rose Sousa Poço Redondo SE

Sulamita Burity Campina Grande PB

21h 50 – Homenagens pela ABLAC

Archimedes Marques e Elane Marques

22h – Passagem do Estandarte do Cariri Cangaço

Atual Sede : Afogados da Ingazeira PE

AUGUSTO MARTINS – HESDRAS SOUTO – LUIZ FERRAZ FILHO – LOURO TELES 

MOUSTAFA VERAS – TAILENE BARROS – LUMA HOLANDA

Próxima Sede: Jardim CE

ADRIANO CARVALHO – LUIZ LEMOS – JOÃO PAULO SOUZA

22h10 Encerramento

19 de abril de 2024- Sexta-feira

MANHÃ

8h -SAÍDA PARA VISITA TÉCNICA

Serra da Colônia – Local do Nascimento de Antônio Silvino

CARNAÍBA – PE

9h – SOLENIDADE 

9h10 Entrega da Comenda Mérito Cultural 

Prefeito de Carnaíba, Anchieta Patriota

Entregue por Conselheiro Leonardo Gominho 

9h20 CONFERÊNCIA DE CAMPO NA SERRA DA COLÔNIA

As Origens de Antônio Silvino 

Hesdras Souto Tuparetama PE

Antônio Silvino sob o Olhar da Família

Rafael Borges  Caruaru PE

Bisneto de Antônio Silvino 

10h – CAPELA DE SANTO ANTÔNIO DA COLÔNIA

Entrega e Consagração Comenda de “Lugar de Memória Cariri Cangaço”

Padre Luizinho Marques

Entrega por Conselheiros Joaquim Pereira e Wescley Dutra

11h30 – VISITA DE CAMPO

Museu do Rádio

 Rua Sete de Setembro, Afogados da Ingazeira

11h45 Entrega da Comenda Mérito Cultural 

Museu do Radio

Nill Junior

Entrega por Conselheiros Archimedes e Elane Marques

13h – ALMOÇO EM AFOGADOS DA INGAZEIRA 

TARDE LIVRE

NOITE

18h30 – PAINEL E DEBATES

Auditório da Câmara Municipal

Rua Dr. Roberto Nogueira Lima, 236, Afogados da Ingazeira – PE

19h – LANÇAMENTOS E APRESENTAÇÃO DE LIVROS

As andanças de Antônio Silvino pelos sertões do Seridó e Curimataú

Fabiana Agra Picuí PB

Manoel Netto – No rastro de Lampião

Leonardo Gominho Floresta PE

Manoel Batista de Morais – Cangaceiro Antônio Silvino 

Célia Maria Silva João Pessoa PB

Carnaíba: Memórias, Transformações Espaciais e Socioculturais

José Anchieta de Siqueira São Paulo SP

19h30 – CONFERÊNCIAS

ANTONIO SILVINO – O Rifle de Ouro

Julierme Wanderley  Campina Grande PB

AS VÁRIAS FACES DA PRISÃO DE ANTONIO SILVINO

Debate com Painelistas

Geraldo Ferraz Recife PE

 Ivanildo Silveira Natal RN

Fabiana Agra Picuí PB

Rafael Borges Caruaru PE

Luiz Ferraz Filho Serra Talhada PE

Hesdras Souto Tuparetama PE

22h Encerramento

20 de abril de 2024- Sábado

MANHÃ

8h -SAÍDA PARA VISITA TÉCNICA EM INGAZEIRA

Ingazeira – Passagens de Antônio Silvino

INGAZEIRA – PE

9h – SOLENIDADE –IGREJA MATRIZ DE SÃO JOSÉ

INGAZEIRA – PE

9h10 Entrega da Comenda Mérito Cultural 

Prefeito de Ingazeira, Luciano Torres

Entregue por Conselheiros Clênio Novaes e Junior Almeida

9h20 CONFERÊNCIA DE CAMPO E 

O GRANDE ENCONTRO DA FAMÍLIA MORAES

(Descendentes de Antônio Silvino)

As Passagens de Antônio Silvino 

Hesdras Souto e Osmano Moraes

9h50 Comenda para Antônio Silvino

“Personagem Eterno do Sertão”

Família Moraes

Entregue por Conselheiros, Carlos Alberto Silva e Josué Macedo Santana

10h – VISITA ÀS CASAS DAS IRMÃS DE ANTONIO SILVINO

10h30 -SAÍDA PARA VISITA TÉCNICA EM JABITACÁ

Jabitacá – Passagens do Cangaceiro Meia-Noite

IGUARACY – PE

11h – SOLENIDADE –IGREJA NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO

JABITACÁ, IGUARACY – PE

11h10 Entrega da Comenda Mérito Cultural 

Prefeito de Iguaracy, Zeinha Torres

Entregue por Conselheiro Ângelo Osmiro

11h15 Entrega e Consagração Comenda de 

“Lugar de Memória Cariri Cangaço”

Igreja Nossa Senhora da Conceição

Entrega por Conselheiros Geraldo Ferraz e Narciso Dias

11h20 CONFERÊNCIA DE CAMPO

Passagens do Cangaceiro Adolfo Meia-Noite

Moustafá Veras Afogados da Ingazeira PE

12h30 Retorno Afogados da Ingazeira

TARDE LIVRE

NOITE

18h30 – PAINEL E DEBATES

Auditório da Câmara Municipal

Dr. Roberto Nogueira Lima, 236, Afogados da Ingazeira – PE

19h – LANÇAMENTOS E APRESENTAÇÃO DE LIVROS

Antônio Matilde – O Mestre de Armas de Lampião

Bismarck Martins Pocinho PB

Lampião em Serrinha do Catimbau

Junior Almeida Capoeiras PE

Francisco Ricardo Nobre, o Inglês da Volta e sua descendência

 de Yoni Sampaio & Geraldo Tenório Aoun Recife PE

por Joaquim Pereira Recife PE

Diário do Cangaço – Das origens da cidade de Vila Bella 

a ascensão de Lampião 

Paulo Cesar Gomes  Serra Talhada PE

19h30 – Entrega de Comendas “Mérito Cultural Cariri Cangaço”

Tenente João Bezerra da Silva (in memorian)

Entregue por Conselheiro Bismarck Martins – Pocinho PB

Tenente João Gomes de Lira (in memorian)

Entregue por Conselheiro Louro Teles – Calumbi PE

19h40 – CONFERÊNCIAS

Tenente João Bezerra da Silva: O Comandante de Angico  

Paulo Britto  Recife PE

Tenente João Gomes de Lira: Memórias de um Soldado de Volante

Rubelvan Lira Nazaré do Pico PE

Clóvis Lira Afogados da Ingazeira PE

Manoel Arão: O Maior Literato de Afogados de Todos os Tempos

Saulo Duarte Flores PE

22h – APRESENTAÇÕES ARTISTICAS NA PRAÇA

21 de abril de 2024- Domingo

MANHÃ

8h -SAÍDA PARA VISITA TÉCNICA EM CARNAÍBA

8h45 VISITA AO MONUMENTO AO POETA ZÉ MARCOLINO

Santo Antônio – Carnaíba PE

9h VISITA AO MUSEU DE ZÉ DANTAS

Praça de Eventos Milton Pierre s/n Centro – Carnaíba PE

Apresentação da Banda de Pífanos do Riacho do Meio

Cíço do Pife e Joel do Museu da Saudade

9h10 Entrega da Comenda Mérito Cultural ao Museu de Zé Dantas

Entregue por Conselheiro Emmanuel Arruda

10h VISITA À CASA E BUSTO DE ZÉ DANTAS

ENCERRAMENTO

CARIRI CANGAÇO AFOGADOS DA INGAZEIRA

Carnaíba – Ingazeira – Iguaracy

Pernambuco –Nordeste do Brasil

Realização

Instituto Cariri do Brasil

Conselho Alcino Alves Costa – Cariri Cangaço

Apoio na Realização

Prefeitura Municipal de Afogados da Ingazeira

Prefeitura Municipal de Carnaíba

Prefeitura Municipal de Ingazeira

refeitura Municipal de Iguaracy

Apoio Institucional

SBEC – Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço

ABLAC – Academia Brasileira de Letras e Artes do Cangaço

ABRAES – Academia Brasileira de Estudos do Sertão Nordestino

GECAPE – Grupo de Estudos do Cangaço de Pernambuco

GPEC – Grupo Paraibano de Estudos do Cangaço

GECC – Grupo de Estudos do Cangaço do Ceará

Borborema Cangaço

CPDOC – Centro de Pesquisa e Documentação do Pajeú

IHGP – Instituto Histórico e Geográfico do Pajeú

CARIRI CANGAÇO