Algo da História do Lima
Prof. Silvano Schoenberger
Capítulo 2
O coronel Antônio de Lima, ouvindo dizer que seu plano era impossível, respondera que não haveria impossível para ele e construiu uma capela no alto da serra indicando-a uma frase de orgulhosa suficiência: aí está a Igreja dos Impossíveis. Colocou! na capela uma imagem de Nossa Senhora do Rosário, mas a evocação popular fixou o nome: Nossa Senhora dos Impossíveis, difundindo-se rapidamente a evocação e a devoção. O desembargador Luiz Fernandez, em setembro de 1906, ainda viu um ex-voto, contando de um quadro representando uma cura milagrosa operada por Nossa Senhora na pessoa de um Filipe Néri Cardoso no ano de 1760. A capela é dois anos anterior, mas sua fama taumatúrgica já se espalhou de serra em serra por todo o oeste ganhando as capitanias vizinhas. Esta era a origem do que se conservava vivo na fé, confiança e amor a nossa Senhora dos Impossíveis.
E mais adiante continua o grande Luís Câmara Cascudo: “A serra maciça, clara, com nódoas de vegetação, apruma-se numa verticalidade impressionante. Durante a noite ainda brilham os olhos verdes e magnéticos das onças famintas. De um alcantilado um homem despencou-se gritando por Nossa Senhora e ficou rente à rocha, inexplicavelmente suspenso, até que o retirassem do abismo. Mostram o lugar assustador. Quando em 1758, o coronel Antônio de Lima apontou o cimo da serra, onde a capelinha ia erguer-se, disseram: Impossível!... Pois é possível a Nossa Senhora dos Impossíveis! E construiu o Santuário, cuja fama santificadora se espalha em duzentas léguas ao redor. Nonato Mota, conta uma viagem de Antônio de Lima [o que chama apenas de Lima] a Lisboa, onde sua eloquência e maneiras conquistaram o príncipe Dom João VI. Lenda ou verdade? No Patu, a tradição é que ele fora buscar a imagem; como a capela é de 1758 deduz-se que a jornada verificou-se nesta data e não depois. Nonato Mota liga Antônio de Lima Abreu Pereira a uma divisão de fronteiras entre as capitanias do Rio Grande do Norte e da Paraíba: o Lima e o capitão Geraldo Saraiva disputaram-se por causas de terras no Patu, onde ambos residiam”.
E mais adiante continua o grande Luís Câmara Cascudo: “A serra maciça, clara, com nódoas de vegetação, apruma-se numa verticalidade impressionante. Durante a noite ainda brilham os olhos verdes e magnéticos das onças famintas. De um alcantilado um homem despencou-se gritando por Nossa Senhora e ficou rente à rocha, inexplicavelmente suspenso, até que o retirassem do abismo. Mostram o lugar assustador. Quando em 1758, o coronel Antônio de Lima apontou o cimo da serra, onde a capelinha ia erguer-se, disseram: Impossível!... Pois é possível a Nossa Senhora dos Impossíveis! E construiu o Santuário, cuja fama santificadora se espalha em duzentas léguas ao redor. Nonato Mota, conta uma viagem de Antônio de Lima [o que chama apenas de Lima] a Lisboa, onde sua eloquência e maneiras conquistaram o príncipe Dom João VI. Lenda ou verdade? No Patu, a tradição é que ele fora buscar a imagem; como a capela é de 1758 deduz-se que a jornada verificou-se nesta data e não depois. Nonato Mota liga Antônio de Lima Abreu Pereira a uma divisão de fronteiras entre as capitanias do Rio Grande do Norte e da Paraíba: o Lima e o capitão Geraldo Saraiva disputaram-se por causas de terras no Patu, onde ambos residiam”.
Digitação: Luma Náthally Dutra
Obs: Não perca o 3º Capítulo dessa história no próximo domingo. [30/10]
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