Capítulo 3
Continua Câmara Cascudo “... Saraiva ganha a questão e o Lima apelou para El Rei e viajou para acompanhar o feito. O Lima era um dos advogados mais notáveis naquele tempo, informa Nonato Mota. Obtida a audiência, é recebido pelo El Rei João VI e fez tão bela alocução e defesa que o Soberano o nomeou Capitão Geral do Brasil. A própria Rainha Mãe, dona Maria Primeira, aconselhou o filho, distinguir o Lima com as maiores honrarias. A Capitão Geral Lima, voltando à presença do Rei disse que apenas desejava a divisão do Rio Grande do Norte com a Paraíba. E tudo se fez como o Lima desejava.
Para vingar-se do capitão Geraldo Saraiva, deixou as fazendas dele e da família dele, em Riacho dos Porcos [Brejo do Cruz e Catolé do Rocha] para a Paraíba. Expulsara do Rio Grande do Norte o adversário-mor, presenteando a Capitania vizinha com uma excelente faixa de terra. Por isso era necessário dar alguma tortuosidade à linha divisória, ficando os limites sinuosos, como se vê.
Nonato Mota publica este ensaio na revista do Instituto Histórico do Rio Grande do Norte em 1920 a 1921...”
Pe. Evaldo, segue dizendo que as citações acima são literais e que Câmara Cascudo nos dá um ótimo resumo de tudo o que se fala, inventa e conta do famoso Santuário do Lima. Cascudo cita, opina e relata. Não quer ser tudo histórico o que compilou, porém não podemos ter histórico melhor do que está acima citado de Luís Câmara Cascudo.
Estes documentos e outros podem ser a entrada da mina de ouro que existe em Patu em termos turísticos e que falta ser valorizado e explorado de forma adequada, de acordo com o artigo publicado por Aluísio Dutra [publicado na edição nº 2 da Folha Patuense, Dezembro de 2004], podendo reverter em proveito cultural e financeiro para o povo de Patu e região.
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