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quarta-feira, 2 de maio de 2018

História de José Trajano "Pernambuco" O Artista da Arte em Pedras

José Trajano Alves nasceu na cidade de Moreno no estado de Pernambuco aos 2 de junho de 1942. Conhecedor da arte da Cantaria ou seja corte de pedras e escultor em pedra granito, ele foi convidado pelo Padre Henrique Spitz para trabalhar na edificação do Santuário do Lima. As paredes, muros e arcadas do Santuário do Lima obedeciam ao estilo da Serra, com pedras granitas e para isso Pernambuco veio a Patu para exercer esse trabalho juntamente com outros profissionais da área onde podemos citar: Miguel Izídio de Lima, João de Eufrázio. Francisco Nascimento “Chico Velho”, Francisco Izídio de Lima, José Inácio de Oliveira, Ananias Agostinho de Medeiros, Raimundo de Bia, Antônio Lourenço, Chico Lourenço, José Lourenço, Vicente Lourenço, Lourival Izídio de Lima, Lindomar Izídio de Lima, Valdevino de Chica Boa, Zé Pequeno e Adonias Godeiro.
A arte da Cantaria teve sua origem na Roma Antiga, onde a alvenaria de pedra atingiu o auge do seu desenvolvimento, chegando a construir exemplos seguidos pelos demais povos até os nossos dias.
Por definição, a Cantaria é entendida por pedra lavrada ou simplesmente aparelhada em formas geométricas para construção de edifícios e, em geral, para qualquer construção. As rochas são cortadas segundo as regras da estereotomia, esta definida como "a arte de dividir e cortar com rigor os materiais de construção", a fim de serem aplicadas às diferentes partes do edifício, como constituição das paredes, etc.
Além do Santuário do Lima, na cidade de Patu encontramos os trabalhos de Pernambuco realizados em vários prédios como: Igreja Matriz de Nossa Senhora das Dores, onde na lateral da mesma bem como em todo o pátio encontramos a arte produzida por ele. Encontramos também os trabalhos dele na parte frontal da Casa Paroquial, no Salão Paroquial, na Praça João Carlos e no Cemitério Público local.
José Trajano “Pernambuco” faleceu no dia 21 de junho de 2011 onde há vários meses o mesmo vinha enfrentando problemas de saúde. Ele morava sozinho em uma residência na praça João Carlos onde era assistido por amigos e vizinhos. No ano de 2006 o Jornal a Folha Patuense e o Blogue do professor Aluísio Dutra de Oliveira promoveu a solenidade “Destaques 2006” e o artista José Trajano Alves “Pernambuco recebeu medalha e Menção Honrosa pelos grandes serviços prestados ao município de Patu.
Pernambuco hoje é imortal pela APLA - Academias Patuense de Letra e Artes - sendo o Patrono da Cadeira de número sete ocupada pelo artista plástico e amigo Ricardo Veriano, que assim escreveu sobre Pernambuco.
“Pernambuco encantou-se com os plantões que circundam Patu e nunca mais voltou ao seu estado Natal. Homem temperamental, artista comigo, ator e escultor, anedótico de salão e alcoolista no seu dia a dia. Crônicas de pedras foram escritas, restauradas, feitas, refeitas, destinadas a ensinar esteticamente o compasso da arte de rua, hoje tão valorizadas nos grandes centros. Amigo, solidário, solitário, cativava a todos com suas formas onomatopeicas de extrair sons, assovios e cantaroladas de duplo sentido. Martelo, ferro, carvão, pedra, pó, pá, poeira, fogo, vento e ventolina, foram seus matéricos essenciais para edificar o que de dentro de si podia via a ser, a forma ideal de seu discurso, às vezes monossilábicos e silenciosos. Em um beco de Patu, como arte contemporânea urbana, está escrito uma lápide em homenagem ao seu existir feito de restos de telhas e amianto, tingidas de rubros pingos que escorrem e narram na parede bruta sem caimento as empoeiradas palavras que dizem: “Só os apedrejados poderão ler esse poema de pedra, a você Pernambuco”. Sepultado em Patu no cemitério público, deixou um legado de pedras escrito em nossa história: Um artista, um escultor, um cômico, um senhor da pedra hoje incrustado e imortal por nossa memória catalisado pelo reconhecimento da APLA – Academia Patuense de Letras e Artes, que o imortalizou dando a ele a sétima cadeira.

Reportagem de Aluísio Dutra de Oliveira.
Texto homenagem: Ricardo Veriano Fernandes.

Pe. Henrique Spitz convidou Pernambuco para trabalha em Patu RN

Moreno-PE cidade Natal de José Trajano "Pernambuco"




Casa Paroquial de Patu-RN

Praça João Carlos - Centro Patu RN


José Trajano "Pernambuco" foi homenageado pelo Jornal A Folha Patuense e Blogue do Prof. Aluísio Dutra pelos relevantes serviços prestados ao município de Patu-RN.


Altar externo do Santuário do Lima feito em granito





Hotel do Santuário do Lima

Túmulo de Padre Henrique Spitz feito em pedra

Sacada do Santuário do Lima

Cemitério Novo de Patu-RN


O artista Plástico Ricardo Veriano ocupa a cadeira número 7 que tem como patrono José Trajano Alves, "Pernambuco"






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