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segunda-feira, 14 de maio de 2018

Fato Histórico Intrigante. Quem puder ajude a desvendar. Afinal que fim levaram os restos mortais do Cangaceiro Jesuíno Brilhante?


No mês de fevereiro de 2014 o Blog de José Mendes Pereira publicou a seguinte matéria:

“Restos mortais do cangaceiro Jesuíno Brilhante não foram entregues aos Patuenses”.

“Jesuíno Alves de Melo Calado era o famoso cangaceiro Jesuíno Brilhante, tendo nascido no ano de 1844, no sítio Tuiuiú, no município de Patu, no Estado do Rio Grande do Norte, e era filho de José Alves de Melo Calado e D. Alexandrina Brilhante de Alencar.
Em dezembro de 1879, na região das Águas do Riacho de Porcos, Brejos da Cruz, na Paraíba, Jesuíno Brilhante foi atingido no braço e no peito, sendo levado por seus amigos. Mas infelizmente ele não resistiu aos ferimentos e faleceu no lugar chamado "Palha", tendo sido  enterrado onde morreu.
No ano de 1883, o Dr. Francisco Pinheiro de Almeida Castro, que era médico em Mossoró, visitou o túmulo do cangaceiro, e trouxe para cá os seus restos mortais, abrigando-os em sua residência.
Após sua morte, em 22 de junho de 1922, os restos mortais  de Jesuíno Brilhante foram levados para o Grupo Escolar "30 de Setembro". No ano de 1924, eles foram transferidos para a Escola Normal. E tenho informação que, posteriormente eles foram transferidos para o Rio de Janeiro, para estudos, e ninguém teve mais informações sobre os mesmos.
Por que o Dr. Almeida Castro meteu a sua colher na ossada do cangaceiro, se ele não era perito nisto? 
O Dr. Almeida Castro nascera em Maranguape-Ce, e era médico em Mossoró, mas não era perito, legista ou outra coisa semelhante, em relação à estudos em ossadas, restando apenas o prejuízo para a cidade de Patu, que sem merecer, perdeu um pouco da sua história, quando os restos mortais do cangaceiro deveriam ter sido entregues à população patuense. Se ainda existem por aí, ninguém sabe”.
Há informações que durante muitos anos os restos mortais de Jesuíno Brilhante ficaram guardados no Colégio Diocesano Santa Luzia, depois foram levados para o Rio de Janeiro onde ficaram na responsabilidade do médico psiquiatra Juliano Moreira no seu acervo Museológico e de lá ninguém sabe mais o paradeiro. 
Várias são as indagações sobre essa história.
Porque o médico Almeida Castro foi buscar para ele os restos mortais de Jesuíno Brilhante?
Qual a relação de Almeida Castro com o cangaceiro?
Porque os restos mortais foram levados para o Rio de Janeiro e doados ao médico Psiquiatra, alienista Juliano Moreira?
Porque os restos mortais desapareceram, sumiram?

Veja o comentário feito no portal Cariri Cangaço de responsabilidade do senhor
 Angelo Osmiro Barreto que é Historiador e Pesquisador do Cangaço, atual presidente da SBEC - Sociedade brasileira de estudos do cangaço, enviado pelo senhor  José Mendes Pereira.
Segue comentário: “É lamentável que em anos longínquos, as cidades eram totalmente despreparadas, e não cuidavam de zelar pela história do seu povo. 
Em Mossoró, deram fim aos restos mortais do cangaceiro Colchete, que até hoje ninguém sabe onde se encontram. Da mesma forma, aconteceu com o de Jesuíno Brilhante, quando o médico, o Doutor Almeida Castro se responsabilizou por eles, guardando-os por muitos anos, no Colégio Diocesano de Mossoró, para depois fazerem parte do acervo museológico de um senhor chamado Juliano Moreira, lá no Estado do Rio de Janeiro. E por irresponsabilidade, pois o termo não poderia ser outro, hoje, encontram-se perdidos. Se Jesuíno Brilhante era patuense, por que Mossoró não entregou os restos mortais do bandido à população de Patu como história de sua cidade? E finalmente eu nem sei o que ele veio fazer aqui em Mossoró. Que coia hein?!. Segundo Pôla Pinto, disse que Luis da Câmara Cascudo, Gustavo Barroso, Ariano Suassuna, Raimundo Soares de Brito e Raimundo Nonato, este último, autor do livro Jesuíno Brilhante; escreveram sobre ele. 
Câmara Cascudo o chamou de cangaceiro gentil-homem, o bandoleiro romântico, espécie matuta de Robin Hood, adorado pela população pobre, defensor dos fracos, dos velhos oprimidos, das moças ultrajadas e das crianças agredidas. 
Felicidade nos seus trabalhos. 
José Mendes Pereira - Mossoró-Rn”.
Concordo com o senhor José Mendes Pereira, os restos mortais do Cangaceiro Jesuíno Brilhante deveriam ser entregues aos Patuenses onde o poder público e entidades parceiras poderiam criar um memorial sobre o cangaceiro, para ali expor acervos bibliográficos, filmes, vídeos, documentários e outros objetos que reportem a história do cangaceiro  Patuense.  A criação deste memorial não seria uma alusão ao herói ou bandido e sim para preservar a história, tentar compreender sobre o fenômeno do cangaço e suas consequências bem como servir de atrativo turístico para o município de Patu que possui um de seus filhos um cangaceiro que mereceu destaque na história do Brasil, contada em livros de renomados autores, como Raimundo Nonato bem como em filmes, documentários, trabalhos monográficos  e enredo de novela televisiva.
Encerro essa reportagem fazendo a mesma indagação do título: Afinal que fim levaram os restos mortais do Cangaceiro Jesuíno Brilhante?

Fonte: Blog do José Mendes.
Site: Cariri Cangaço.
 Livro: Jesuíno Brilhante - O Cangaceiro Romântico.


Casa de Pedra do Cangaceiro Jesuíno Brilhante - Sítio Cajueiro Patu RN

 Filme Jesuíno Brilhante - O Cangaceiro

 Carlos Tourinho - um dos diretores do  Filme Jesuíno Brilhante - O Cangaceiro

Ator Nery Victor (a direita), fez o papel de Jesuíno Brilhante  no Filme Jesuíno Brilhante - O Cangaceiro

Um comentário:

  1. Bom dia,

    Sobre o paradeiro dos restos mortais de Jesuino, caberia uma investigaçao mais apurada encabeçada pelo poder público de Patú.
    Infelizmente pra nós que somos amantes da história, as coisas acontecem assim. Recentemente descobri que até os restos mortais dos pais de Lampião, enterrados em Santa Cruz do Deserto, sumiram completamente, isso talvez, por descuido dos familiares.
    Quanto ao memorial sobre Jesuíno em Patu, com certeza já era pra existir.
    Sou amante da história do cangaço, e faço pesquisa histórica com detector de metais. Fico a disposição dos interessados em preservar essa história, para fazer pesquisas nos locais de combates e no local de nascimento de Jesuíno, para que os artefatos históricos relacionado ao mesmo, que forem achados por mim, irem para o acervo do memorial.

    Rivanildo Alexandrino
    Frutuoso Gomes-RN

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