Durante a 2ª Conferência Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário (CNDRSS), a Presidenta Dilma Rousseff lançou no dia último dia 17, o Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (PLANAPO), que é o primeiro a ser elaborado no País e cujo objetivo consiste em Articular e implementar programas e ações indutoras da transição agroecológica, da produção orgânica e de base agroecológica, como contribuição para o desenvolvimento sustentável, possibilitando à população a melhoria de qualidade de vida por meio da oferta e consumo de alimentos saudáveis e do uso sustentável dos recursos naturais.
Destinado a agricultoras familiares, assentado da reforma agrária, povos e comunidades tradicionais, incluindo a juventude rural, e organizações econômicas, que queiram fortalecer ou modificar práticas produtivas para sistemas agroecológicos ou orgânicos de produção o PLANAPO tem ações articuladas dos dez ministérios parceiros que formam um conjunto de 134 iniciativas, distribuídas em 14 metas e organizadas a partir eixos estratégicos. Sendo: I Produção; II. Uso e Conservação de Recursos Naturais; III. Conhecimento; IV. Comercialização e Consumo.
Para a FETRAF-BRASIL, o Plano representa a oportunidade de consolidar a agricultura familiar com potencial para alimentar a população brasileira.
“O Plano Nacional de Agroecologia no âmbito da agricultura familiar e desenvolvimento rural é estratégico, inclusive no que se refere à alimentação saudável e de qualidade e, na perspectiva de garantir a segurança e soberania alimentar”, avaliou Marcos Rochinski, coordenador Geral da entidade.
Investimento
O investimento inicial será de R$ 8,8 bilhões, divididos em três anos. Desse total, R$ 7 bilhões serão disponibilizados pelo Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e pelo Plano Agrícola e Pecuário. O restante será destinado para ações específicas, como qualificação e promoção de assistência técnica e extensão rural, desenvolvimento e disponibilização de inovações tecnológicas, bem como na ampliação do acesso dos produtores a mercados institucionais por meio do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae).
“Nesse sentido o desafio agora será encontrar a nova matriz para operacionalização do crédito. Será preciso criar novas normas, critérios para que ele seja utilizado. Embora o valor destinado não atenda a demanda, hoje não existe crédito para isso. Será um grande avanço se os R$ 7 bi forem aplicados em cerca de dois anos”, considerou Rochinski.
Fonte: Blog do Pôla Pinto.
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