Mastologia
/ Câncer de Mama
O
câncer de mama tem incidência crescente sendo a principal causa de
morte por neoplasia nas mulheres brasileiras. Segundo estimativas do
Ministério da Saúde do Brasil, são estimados cerca de 49.000 casos
novos em 2009, sendo 55% das pacientes tratadas em estádios
avançados, com mortalidade superior a 35%. No Brasil, cerca de 40%
dos casos de câncer de mama são diagnosticados e tratados nos
Hospitais Públicos Oncológicos das grandes cidades. A principal
causa da grande proporção de casos avançados é o longo tempo de
espera para o diagnóstico dos nódulos palpáveis e início do
tratamento que é superior a 120 dias. Neste período há progressão
de tumores em estádios iniciais para avançados e conseqüente
aumento de mortalidade. A cidade de São Paulo com mais de 20 milhões
de habitantes trata anualmente mais de 6.000 casos novos de câncer
de mama, de total de 50.000 em todo Brasil. Tais evidências mostram
claramente que antes de se implementar um programa de rastreamento
mamográfico deve-se agilizar a elucidação diagnóstica dos nódulos
palpáveis com tratamento imediato para o câncer, impedindo a
progressão para estádios avançados. Tal estratégia reduziria de
imediato a mortalidade com custo mínimo. Iniciamos em com o apoio da
Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo no Hospital Perola
Byington (São Paulo) um atendimento diferenciado no Centro de Alta
Resolutividade (CARE) junto ao Centro de Diagnóstico com 5
mamógrafos e sala para realização de biópsias ambulatoriais
(punção ou core) acoplada ao serviço de patologia para diagnóstico
citológico imediato. O pronto atendimento gratuito em consulta única
foi implementado em agosto de 2005 e até julho de 2009 já atendeu
43.542 mulheres com queixas mamárias (nódulos, dor ou alteração
mamográfica), encaminhadas dos postos de saúde da Capital, Interior
ou outros Estados do Brasil. As consultas são supervisionadas por
Mastologistas treinados em atendimento resolutivo, em conjunto com
médicos ginecologistas. O diagnóstico de certeza em consulta única
foi de possível em 92,7% dos casos. Cerca de 8,2% dos casos
encaminhados eram carcinoma e as pacientes iniciaram o tratamento
oncológico (cirúrgico ou quimioterápico) em no máximo 26 dias.
Pudemos observar após o atendimento resolutivo que das 43.542
mulheres atendidas, 3.396 tinha câncer. Houve uma redução imediata
do número de casos avançados (estádios III e IV) de 44,8 para
25,7% e um significativo aumento de pacientes com câncer nos
estádios I e II de 55,2% para 74,3% dos casos. O tempo de espera
para diagnóstico reduziu de 130 para apenas 1 dia e o de início de
tratamento de 55 para 26 dias. Estima-se ter havido uma redução de
19,2% na mortalidade pela neoplasia. Concluindo, o modelo de
atendimento deve ser reproduzido em todas grandes cidades do Brasil,
pois garante o acesso e resolutividade à população carente do
serviço público, humaniza , aprimora a qualidade do serviço
prestado à comunidade e reduz de imediato o número de casos
avançados e a mortalidade, sem necessidade de investimentos
suplementares.
A falta de capacitação dos médicos que atuam no atendimento primário da saúde da mulher faz com que haja um encaminhamento da maioria das pacientes com sintomas mamários para os Hospitais Oncológicos de Alta Complexidade. A cidade de São Paulo, a maior da América Latina, recebe cerca de 6.000 casos novos por ano, muitos provenientes de inúmeras cidades do Brasil. Consequentemente os Hospitais especializados trabalham com sobrecarga para triagem e diagnóstico de câncer, retardando o início do tratamento em até 6 meses, acarretando progressão da doença e consequentemente piora do prognóstico. Apesar dos investimentos em novos Hospitais e medicamentos a mortalidade mantém-se estável em São Paulo e crescente em todo Brasil. Cerca de 55% dos casos que iniciam o tratamento nos Hospitais Públicos do Brasil encontram-se no Estádio 3. Uma solução de curto prazo seria otimizar a infra-estrutura dos Hospitais para o atendimento imediato e capacitar os Mastologistas para o atendimento resolutivo integrado com os radiologistas e patologistas para eliminar o tempo de espera da primeira consulta (triagem) e exames diagnósticos (mamografia, ultra-som, biópsia e citologia oncótica) em uma única consulta e iniciar o tratamento precocemente, impedindo a progressão da doença e assim reduzir a mortalidade.
Foram atendidas gratuitamente no Centro de Referencia da Saúde da Mulher (Hospital Pérola Byington ) de São Paulo, no período de agosto de 2005 a julho de 2009, 47.389 pacientes encaminhadas pelas Unidades Básicas de Saúde do Sistema Público de Saúde da Cidade de São Paulo, sendo 23% de outros Estados do Brasil.
A falta de capacitação dos médicos que atuam no atendimento primário da saúde da mulher faz com que haja um encaminhamento da maioria das pacientes com sintomas mamários para os Hospitais Oncológicos de Alta Complexidade. A cidade de São Paulo, a maior da América Latina, recebe cerca de 6.000 casos novos por ano, muitos provenientes de inúmeras cidades do Brasil. Consequentemente os Hospitais especializados trabalham com sobrecarga para triagem e diagnóstico de câncer, retardando o início do tratamento em até 6 meses, acarretando progressão da doença e consequentemente piora do prognóstico. Apesar dos investimentos em novos Hospitais e medicamentos a mortalidade mantém-se estável em São Paulo e crescente em todo Brasil. Cerca de 55% dos casos que iniciam o tratamento nos Hospitais Públicos do Brasil encontram-se no Estádio 3. Uma solução de curto prazo seria otimizar a infra-estrutura dos Hospitais para o atendimento imediato e capacitar os Mastologistas para o atendimento resolutivo integrado com os radiologistas e patologistas para eliminar o tempo de espera da primeira consulta (triagem) e exames diagnósticos (mamografia, ultra-som, biópsia e citologia oncótica) em uma única consulta e iniciar o tratamento precocemente, impedindo a progressão da doença e assim reduzir a mortalidade.
Foram atendidas gratuitamente no Centro de Referencia da Saúde da Mulher (Hospital Pérola Byington ) de São Paulo, no período de agosto de 2005 a julho de 2009, 47.389 pacientes encaminhadas pelas Unidades Básicas de Saúde do Sistema Público de Saúde da Cidade de São Paulo, sendo 23% de outros Estados do Brasil.
CARLOS
ALBERTO DE ALMEIDA/MASTOLOGISTA
OBS:Local
do estágio da especialização
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