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terça-feira, 28 de agosto de 2018

A História de Pedrinho da Padaria.

Pedro Rufino Filho, nasceu no dia 29 de novembro de 1935, ao pé da serra da cidade de Martins-RN, filho do casal Pedro Rufino de Barros e Santina Almeida Costa, de quem ganhou como irmãos Francisco e Horlando (In memoriam), José Rufino, João Almeida, Nelsinho, Terezinha, Ritinha e Maricô, aos quais ele amou intensamente sem fazer distinção. Viveu sua infância na região de Almino Afonso, sendo alfabetizado, período que aproveitou para aprontar suas peraltices de criança, como ele próprio costumava recordar falando de suas memórias aos filhos, sempre enfatizando que ao aprontar suas presepadas não poupava nem mesmo as professoras. Quando jovem era um rapaz de muitos amigos, dentre os quais destacava o senhor, Gilvan Belo. Nunca dispensava um bom forró, o que sempre fez crer, pelo seu jeito boêmio de ser. Entretanto, paralelo as suas peraltices de infância e sua boemia juvenil, estava presente o trabalho árduo, causa que abraçou ainda na infância ao lado de seu pai e seus irmãos. 
Iniciou sua vida de trabalho com a prática da agricultura, mas ainda muito cedo assumiu o ofício de padeiro, profissão que ele honrou até o último momento de sua vida. Nessa área foi sempre um profissional insuperável e inigualável, tanto é que, ainda hoje em Patu, não se produz massa com a qualidade como ele produzia, apesar de trabalhar com equipamentos tão rudimentares, que ele próprio denominava de gangorra. Ainda muito jovem, aos 21 anos de idade conheceu uma linda jovem alminoafonsense, chamada Lindalva, por quem se apaixonou e casou, a quem carinhosamente a tratava por “Meu Bem”, com ela conviveu harmoniosamente e amorosamente durante 48 anos de sua existência, com quem concebeu, segundo ele sete maravilhosos filhos. Sendo sua primogênita, Aparecida, casada com Luiz Gomes da Silva, conhecido por (Lula) que também partiu cedo desta vida, deixando desta união três filhos, Luiz, Pedro e Paulo Wictor, casado com Denise Laiara, que tiveram Luiz Felipe e Lucas Miguel (bisnetos). Sua segunda filha foi Linderlan, que casou com José Maria e tiveram 2 filhos, Ana Lígia e João Pedro. A terceira filha é Linderleide, conhecida carinhosamente por todos como “Leleida” que casou com Neto de Abigail e tiveram três filhos, Clara, que foi sua primeira neta, Cássio e Cilas. A quarta filha é Lindinalva, que casou com Preto, e desta união nasceu Pedro Lucas. Finalmente, na quinta tentativa, nasceu seu único esperado filho homem, Linaldo, casado com Sandra, pai de Gabriel. Em seguida nasce sua sexta filha, Márcia, que casou com Erismar e tiveram, Eliézio Neto, Érica e Évilin. Encerrando sua prole, nasceu Maria de Fátima, casada com Hélio Azevedo, que tiveram Ana Clara e Pedro Cauã.
Como ele amou todos os seus filhos, tanto é, que vivia a repetir “ Meus filhos são a minha maior riqueza”. Talvez por isso seja tão difícil falar de sua pessoa. Dizer que foi um pai amoroso, dedicado e carinhoso, é verdade, mas é pouco se considerarmos a imensidão do amor que demonstrava sentir por todos os filhos, pois viveu cada instante da sua vida em função da sua família. Pedrinho da Padaria trabalhava continuamente, fazendo da sua labuta momento prazeroso, ao irradiar alegria no seu ambiente de trabalho, quando cantava, tirava repente ou fazia piada com seus ajudantes. Como esposo foi um exemplo de companheirismo, respeito e dedicação, sem nada deixar a desejar ao seu bem querer, como fazia questão de frisar quando se dirigia a sua amada. Na cidade de Patu, viveu a maior parte de seus dias, foi nessa cidade que criou e educou seus sete filhos, com total integridade, transmitindo aos mesmos valores como honestidade, fidelidade e respeito ao próximo. Apesar de toda dedicação que teve para com sua família, não lhe faltou tempo para cultivar grandes amizades e pequenos hábitos que marcaram profundamente a vida de todos da família. Gostava de visitar a estação ferroviária de Patu, aguardar a passagem do trem, bem como os banhos aos domingos no açude de “Ozim”, as seções de cinema e as partidas de futebol, que nunca perdeu uma sequer, fosse no campo do “Godeirão” ou na Boate Pântano, onde chegou a ir alguns carnavais. A marca mais profunda que ele deixou foi o espaço da calcada de sua casa na avenida Lauro Maia, onde em sua cadeira de balanço sentava todas as manhãs a espera de seus amigos, dentre eles Dami e o compadre Miga para com eles recordar suas boas lembranças.
 Era também nessa calçada que ele contava suas inúmeras histórias de vida, onde muitas vezes fazia rir e chorar mostrando aos filhos quantas dificuldades enfrentou por amor a todos eles. Pedrinho era simples e humano, quanta fome saciou das pessoas mais humildes, pois esteve sempre a dividir seu pão com quem necessitasse. Sua bondade infinita o transformou em um grande homem, é por isso que seus filhos sentem orgulho de serem filhos de Pedrinho da Padaria. Todos sabem que foi por amor a essa pessoa tão especial que no dia 2 de outubro de 2005, às 6 da manhã, de um dia de domingo, e de uma maneira tão tranquila e serena que Jesus veio lhe buscar. A sua família sente e sofre a sua falta, a saudade aperta o peito de todos da família, atingindo a alma. Sabemos que seu Pedrinho da Padaria cumpriu sua missão entre os homens e que hoje ele repousa em paz ao lado dos seus pais e irmãos e sua família continua vivendo alicerçada nos princípios e valores que ele ensinou. Portanto aqui foi um pouco da história de um grande homem que fixou morada em Patu, criou a sua família como muito amor e carinho, exerceu a profissão de padreiro durante muitos, considerado um homem de respeito e humano para com o próximo, merecendo fazer parte da história do nosso município.

Reportagem de Aluísio Dutra de Oliveira.
Texto: Linderleide Almeida.
Fotos: Cedidas pela família.




Pedrinho da Padaria com a família reunida


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