A
vereadora Lucélia Ribeiro (PT) na sessão desta quarta feira (27/11)
falou na tribuna da Câmara Municipal e fez um alerta sobre a
violência contra a mulher, onde no último dia 25 de novembro foi o
dia "D" Internacional de reflexão e combate a violência
contra a mulher. Lucélia disse que não adianta ter uma campanha
educativa para a mulher ter consciência dos seus direitos e
denunciar as agressões sofridas pelos homens, é preciso que exista
uma ação mais efetiva no combate a ação do homem em querer
agredir a mulher.
A
vereadora petista pediu o apoio da vereadora Kaká de Bodin no
sentido de juntas lutar mais por ações que visem combater a
violência contra as mulheres em nosso município. Teve uma época
que Patu possuía cinco vereadoras no legislativo e mais quatro
autoridades femininas: a prefeita, a vice-prefeita, a juíza e a
promotora e quase nada foi feito em benefício das mulheres, disse
Lucélia.
A
violência contra a mulher é uma questão social e de saúde
pública; revela formas cruéis e perversas de discriminação de
gênero; desrespeita a cidadania e os Direitos Humanos; destrói
sonhos e dignidade. É a expressão mais clara de desigualdade
social, racial e de poder entre homens e mulheres.
Por que 25 de novembro?
Las
Mariposas, como eram conhecidas as irmãs Mirabal – Patria, Minerva
e Maria Teresa – foram brutalmente assassinadas pelo ditador
Trujillo em 25 de novembro de 1960 na República Dominicana. Neste
dia, as três irmãs regressavam de Puerto Plata, onde seus maridos
se encontravam presos. Elas foram detidas na estrada e foram
assassinadas por agentes do governo militar.
Patria, Minerva e Maria Teresa
A ditadura tirânica
simulou um acidente. Minerva e Maria Teresa foram presas por diversas
vezes no período de 1949 a 1960. Minerva usava o codinome “Mariposa”
no exercício de sua militância política clandestina. Este
horroroso assassinato produziu o rechaço geral da comunidade
nacional e internacional em relação ao governo dominicano, e
acelerou a queda do ditador Rafael Leônidas Trujillo.
Lei
Maria da Penha
Maria da Penha
Em
agosto de 2006, foi aprovada a Lei nº 11.340, que define em seu
artigo 2° que toda mulher, independente de classe, raça, etnia,
orientação sexual, renda, cultura, escolaridade, idade e religião,
goza dos direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sendo-lhes
asseguradas as oportunidades e facilidades para viver sem violência,
preservar sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral,
intelectual e social.
A
Lei 11.340/06, conhecida com Lei Maria da Penha, ganhou este nome em
homenagem à Maria da Penha Maia Fernandes, que por vinte anos lutou
para ver seu agressor preso.
Maria
da Penha é biofarmacêutica cearense, e foi casada com o professor
universitário Marco Antonio Herredia Viveros. Em 1983 ela sofreu a
primeira tentativa de assassinato, quando levou um tiro nas costas
enquanto dormia. Viveros foi encontrado na cozinha, gritando por
socorro, alegando que tinham sido atacados por assaltantes. Desta
primeira tentativa, Maria da Penha saiu paraplégica A segunda
tentativa de homicídio aconteceu meses depois, quando Viveros
empurrou Maria da Penha da cadeira de rodas e tentou eletrocutá-la
no chuveiro.
Apesar
da investigação ter começado em junho do mesmo ano, a denúncia só
foi apresentada ao Ministério Público Estadual em setembro do ano
seguinte e o primeiro julgamento só aconteceu 8 anos após os
crimes. Em 1991, os advogados de Viveros conseguiram anular o
julgamento. Já em 1996, Viveros foi julgado culpado e condenado há
dez anos de reclusão mas conseguiu recorrer.
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