Em campanha ao cargo de governador do Rio Grande do Norte em 2014, o então candidato Robinson Faria (PSD) dizia repetidamente que seria o "governador da segurança". A sua promessa seduziu facilmente milhares de eleitores, que se tornaram reféns da violência que assola impiedosamente todos os cantos e recantos do Estado.
Depois de eleito, a única mudança que se constatou mesmo foi na titularidade dos cargos de comando da segurança pública do Rio Grande do Norte. Secretários de Defesa Social e Justiça e Cidadania, comandantes da Polícia Militar e dirigentes da Polícia Civil são substituídos com muita frequência nesse governo atual.
De pior a pior, a falta de segurança pública no Rio Grande do Norte só aumenta as estatísticas negativas, que somente não são ainda mais tenebrosas porque muitas vítimas, certas da ineficiência do Estado e da impunidade de delinquentes, não procuram as delegacias de Polícia Civil para registrarem as ocorrências.
Aliás, delegacias de Polícia Civil em funcionamento razoável no Estado são poucas, como também é extremamente reduzido o efetivo da Polícia Militar.
Na imensa maioria dos Municípios potiguares o policiamento ostensivo é feito por um, dois ou no máximo três policiais militares por dia de serviço. Como exemplos desse caos podem ser citados os Municípios de Baraúna e Umarizal, ambos no Oeste norte-rio-grandense. São apenas exemplos, porque muitos outros, às dezenas, estão em semelhante situação de falta absoluta de segurança pública.
Nos estabelecimentos penais do Estado a regra é a do "fique se quiser", tamanho é o número de fugas de presos de penitenciárias, cadeias públicas e centros de detenção provisória.
Bem protegido na sede da Governadoria e nas viagens que faz ao interior do Rio Grande do Norte, o governador Robinson Faria não parece ter muita preocupação com o problema.
É esperar para ver na próxima campanha eleitoral estadual qual será o rótulo-promessa do provável candidato à reeleição Robinson Faria. Seja qual for o seu slogan pessoal de campanha, poucos acreditarão, afinal, nada nesse Estado funciona que preste. Ao menos da Reta Tabajara em diante...
Fonte: O Messiense.
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