Pedro
Rufino Filho, nasceu no dia 29 de novembro de 1935, ao pé da serra
da cidade de Martins-RN, filho do casal Pedro Rufino de Barros e
Santina Almeida Costa, de quem ganhou como irmãos Francisco e
Horlando (In memoriam), José Rufino, João Almeida, Nelsinho,
Terezinha, Ritinha e Maricô, aos quais ele amou intensamente sem
fazer distinção. Viveu sua infância na região de Almino Afonso,
sendo alfabetizado, período que aproveitou para aprontar suas
peraltices de criança, como ele próprio costumava recordar falando
de suas memórias aos filhos, sempre enfatizando que ao aprontar suas
presepadas não poupava nem mesmo as professoras. Quando jovem era um
rapaz de muitos amigos, dentre os quais destacava o senhor, Gilvan Belo. Nunca dispensava um bom forró, o que sempre fez crer, pelo seu jeito
boêmio de ser. Entretanto, paralelo as suas peraltices de infância
e sua boemia juvenil, estava presente o trabalho árduo, causa que
abraçou ainda na infância ao lado de seu pai e seus irmãos.
Iniciou sua vida de trabalho com a prática da agricultura, mas ainda
muito cedo assumiu o ofício de padeiro, profissão que ele honrou
até o último momento de sua vida. Nessa área foi sempre um
profissional insuperável e inigualável, tanto é que, ainda hoje em
Patu, não se produz massa com a qualidade como ele produzia, apesar
de trabalhar com equipamentos tão rudimentares, que ele próprio
denominava de gangorra. Ainda muito jovem, aos 21 anos de idade
conheceu uma linda jovem alminoafonsense, chamada Lindalva, por quem
se apaixonou e casou, a quem carinhosamente a tratava por “Meu
Bem”, com ela conviveu harmoniosamente e amorosamente durante 48
anos de sua existência, com quem concebeu, segundo ele sete
maravilhosos filhos. Sendo sua primogênita, Aparecida, casada com
Luiz Gomes da Silva, conhecido por (Lula) que também partiu cedo
desta vida, deixando desta união três filhos, Luiz, Pedro e Paulo Wictor, casado com Denise Laiara, que tiveram Luiz Felipe e Lucas Miguel (bisnetos).
Sua segunda filha foi Linderlan, que casou com José Maria e tiveram
2 filhos, Ana Lígia e João Pedro. A terceira filha é Linderleide,
conhecida carinhosamente por todos como “Leleida” que casou com
Neto de Abigail e tiveram três filhos, Clara, que foi sua primeira
neta, Cássio e Cilas. A quarta filha é Lindinalva, que casou com
Preto, e desta união nasceu Pedro Lucas. Finalmente, na quinta
tentativa, nasceu seu único esperado filho homem, Linaldo, casado com
Sandra, pai de Gabriel. Em seguida nasce sua sexta filha, Márcia,
que casou com Erismar e tiveram, Eliézio Neto, Érica e Évilin.
Encerrando sua prole, nasceu Maria de Fátima, casada com Hélio
Azevedo, que tiveram Ana Clara e Pedro Cauã.
Como ele amou todos os seus
filhos, tanto é, que vivia a repetir “ Meus filhos são a minha
maior riqueza”. Talvez por isso seja tão difícil falar de sua
pessoa. Dizer que foi um pai amoroso, dedicado e carinhoso, é
verdade, mas é pouco se considerarmos a imensidão do amor que
demonstrava sentir por todos os filhos, pois viveu cada instante da
sua vida em função da sua família. Pedrinho da Padaria
trabalhava continuamente, fazendo da sua labuta momento prazeroso, ao
irradiar alegria no seu ambiente de trabalho, quando cantava, tirava
repente ou fazia piada com seus ajudantes. Como esposo foi um exemplo
de companheirismo, respeito e dedicação, sem nada deixar a desejar
ao seu bem querer, como fazia questão de frisar quando se dirigia a
sua amada. Na cidade de Patu, viveu a maior parte de seus dias, foi
nessa cidade que criou e educou seus sete filhos, com total
integridade, transmitindo aos mesmos valores como honestidade,
fidelidade e respeito ao próximo. Apesar de toda dedicação que
teve para com sua família, não lhe faltou tempo para cultivar
grandes amizades e pequenos hábitos que marcaram profundamente a
vida de todos da família. Gostava de visitar a estação ferroviária
de Patu, aguardar a passagem do trem, bem como os banhos aos domingos
no açude de “Ozim”, as seções de cinema e as partidas de
futebol, que nunca perdeu uma sequer, fosse no campo do “Godeirão”
ou na Boate Pântano, onde chegou a ir alguns carnavais. A marca mais
profunda que ele deixou foi o espaço da calcada de sua casa na
avenida Lauro Maia, onde em sua cadeira de balanço sentava todas as
manhãs a espera de seus amigos, dentre eles Dami e o compadre Miga
para com eles recordar suas boas lembranças.
Era também nessa
calçada que ele contava suas inúmeras histórias de vida, onde
muitas vezes fazia rir e chorar mostrando aos filhos quantas
dificuldades enfrentou por amor a todos eles. Pedrinho era simples e
humano, quanta fome saciou das pessoas mais humildes, pois esteve
sempre a dividir seu pão com quem necessitasse. Sua bondade infinita
o transformou em um grande homem, é por isso que seus filhos sentem
orgulho de serem filhos de Pedrinho da Padaria. Todos sabem que foi
por amor a essa pessoa tão especial que no dia 2 de outubro de 2005, às 6
da manhã, de um dia de domingo, e de uma maneira tão tranquila e
serena que Jesus veio lhe buscar. A sua família sente e sofre a sua
falta, a saudade aperta o peito de todos da família, atingindo a
alma. Sabemos que seu Pedrinho da Padaria cumpriu sua missão entre
os homens e que hoje ele repousa em paz ao lado dos seus pais e
irmãos e sua família continua vivendo alicerçada nos princípios e
valores que ele ensinou. Portanto aqui foi um pouco da história de
um grande homem que fixou morada em Patu, criou a sua família como
muito amor e carinho, exerceu a profissão de padreiro durante
muitos, considerado um homem de respeito e humano para com o próximo,
merecendo fazer parte da história do nosso município.
Reportagem
de Aluísio Dutra de Oliveira.
Texto:
Linderleide Almeida.
Fotos:
Cedidas pela família.
Pedrinho da Padaria com a família reunida
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