Por Erasmo Carlos (Tio Colorau)
Em Algumas academias de nossa cidade há uma área VIP, onde ficam os equipamentos mais modernos e um maior número de instrutores. Para ter acesso ao local o aluno paga uma quantia a mais. Para os outros alunos, os “não VIPs”, resta o maquinário mais antigo e um número bem reduzido de instrutores.
Eu só queria saber o que justifica esta segregação, que, ao que parece, é uma criação nossa. Um amigo que reside em Natal me disse que já frequentou quatro grandes academias da capital e em nenhuma delas há esta divisão de castas.
No período colonial, os escravos não podiam ter acesso livre à Casa Grande, nem compartilhar das mesmas iguarias dos patrões, tínhamos assim uma segregação social.
Nos EUA, até pouco tempo, negros e brancos não podiam dividir os mesmos espaços, o que mudou em razão da atuação de ativistas como Luther King e Rosa Parks. Tínhamos uma segregação racial.
Hoje, algumas academias reproduzem em seus ambientes uma nova modalidade de segregação, a financeira. E elas não estão só, trata-se do processo de CAMAROTIZAÇÃO que divide o mundo. Hoje em dia todos os eventos têm que ter um camarote, onde ficam os mais abastados, de onde observam os “comuns”.
Não entendo esta necessidade do ser humano de querer se diferenciar dos demais. “Somos todos iguais, braços dados ou não”.
A segregação deve ser evitada ao máximo, mas algumas academias, sem ter nem pra quê, a persistem, criando uma divisão totalmente desnecessária, que, no meu sentir, ainda tem repercussão negativa nas finanças. Nem todos aceitam este ambiente de “casa grande” e “senzala”.
Fonte: www.tiocolorau.com.br/ Via Blog O Messiense.
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