tag:blogger.com,1999:blog-57142909506132189932024-03-06T04:49:32.072-08:00A Folha Patuenseemail atual aluisiodutra@gmail.comBlog da Folha Patuensehttp://www.blogger.com/profile/14372539843078443479noreply@blogger.comBlogger5249125tag:blogger.com,1999:blog-5714290950613218993.post-13339867776172943662024-03-06T04:48:00.000-08:002024-03-06T04:48:58.632-08:00Especial: Caroline Veríssimo: de uma beleza cujo avesso é o direito.<p style="text-align: center;"> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjXmtAXBqveR_w24RkczCkaaCdcOOT-MaS5J_XfcGv6eeMZdDklfBJlNGTZAL1Q6pliP6M5422DVlOLA1qw6ufAlvHCvWJ49Eb2Uxo1EPrhVJIrd3c-_Kp-5TW8sYBymdfAdpjj6to5uHCSm5bBzI2YmceriYgj4Zk9vEwmXevTO2GeCw4YItCQVmc9HplQ/s1600/IMG-20240306-WA0017.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1600" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjXmtAXBqveR_w24RkczCkaaCdcOOT-MaS5J_XfcGv6eeMZdDklfBJlNGTZAL1Q6pliP6M5422DVlOLA1qw6ufAlvHCvWJ49Eb2Uxo1EPrhVJIrd3c-_Kp-5TW8sYBymdfAdpjj6to5uHCSm5bBzI2YmceriYgj4Zk9vEwmXevTO2GeCw4YItCQVmc9HplQ/s320/IMG-20240306-WA0017.jpg" width="320" /></a></div><br /><p></p><p><b><i><span style="font-size: large;">Por Márcio de Lima Dantas </span></i></b></p><div style="text-align: right;"><b><i>Porque, agora, vemos por espelho em </i></b></div><div style="text-align: right;"><b><i>enigma; mas, então, veremos face a face; </i></b></div><div style="text-align: right;"><b><i>agora, conheço em parte, mas, então, </i></b></div><div style="text-align: right;"><b><i>conhecerei como também sou conhecido. </i></b></div><p style="text-align: right;"><b><i> Coríntios 13:12 </i></b></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: large;">Caroline Veríssimo (Mossoró, 1997) é formada em Artes Visuais pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Logo cedo, interessou-se pelo bordado livre e pela ilustração digital, vindo a aprender a bordar através de vídeos na Internet. Dessa maneira, direcionava seu trabalho para dois vetores: valorizando a arte do desenho e resgatando a mais conhecida forma de bordar: o bordado livre, usando a linha de meada de círculo. Desde sempre conhecida nos bordados advindos da cultura popular. Mas é preciso remarcar que essa artista detém uma pronúncia original, pois o bordado tradicional foi o ponto de partida para que decalcasse sua gramática estética. A artista confessa que aprendeu a bordar buscando sites que ensinam a bordar, é bom lembrar que aqui há uma profusão de bordados, sugerindo tecidos, agulhas, linhas e estilos. </span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-size: large;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh93lx5P4qXIh-IrrHUArjIjSJ47KziKvJlVhMC2G5jdusLX2YbPVYZ2JLGvoavgiWw_MGrL5LYWBmcprj9HAv_KAIy6jrxr04atO1SZ1LFoYB9FFvDd2qMFffb6cgoQCjiJuDxZeRDf-G4TigaOC_4BlQzg2F5fKGKmOcCC7fbi9cHtl5u7X0dSMZxFnVG/s566/IMG-20240306-WA0019.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="555" data-original-width="566" height="314" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh93lx5P4qXIh-IrrHUArjIjSJ47KziKvJlVhMC2G5jdusLX2YbPVYZ2JLGvoavgiWw_MGrL5LYWBmcprj9HAv_KAIy6jrxr04atO1SZ1LFoYB9FFvDd2qMFffb6cgoQCjiJuDxZeRDf-G4TigaOC_4BlQzg2F5fKGKmOcCC7fbi9cHtl5u7X0dSMZxFnVG/s320/IMG-20240306-WA0019.jpg" width="320" /></a></span></div><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: large;">Com efeito, podemos categorizar sua obra em duas vertentes, cujas técnicas são bastantes distintas. A primeira são os bordados, com releituras intervenções da artista. Depois, temos um declive para onde escorrem desenhos resultados do uso de um programa de computador: o Procreate no Ipad, fazendo uso do tablete e caneta. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: large;">Vejamos os bordados. Não há muito segredo, visto que a artista manuseia procedimentos de há muito empregados nos limites dos bastidores. Para além do que se encontra entre bordadeiras de pequenas cidades ou cooperativas, buscando fomentar e resgatar a arte do bordado, para não apenas engenhar um meio de vida, mas uma ocupação saudável, regada a conversas e opiniões de uma sobre o trabalho da outra. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: large;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-size: large;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgFqSeUiCfq6DQvQPTlVmERTmEGI8Xd6q1BCTS6M_xpB0iFQZAZbrjylu1NFA_wQNvlH2QSvEw4JEjxYAsfZTX2JIOeEyaQYLeMsKhbFEaCerluMyWODnwzqunB5f6Q-jzV_2wae4lITodshnVlL84rXwIdhym4SFF8a1Jo4MRBs8BzSbsPH37dlp56MWaW/s601/IMG-20240306-WA0015.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="421" data-original-width="601" height="224" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgFqSeUiCfq6DQvQPTlVmERTmEGI8Xd6q1BCTS6M_xpB0iFQZAZbrjylu1NFA_wQNvlH2QSvEw4JEjxYAsfZTX2JIOeEyaQYLeMsKhbFEaCerluMyWODnwzqunB5f6Q-jzV_2wae4lITodshnVlL84rXwIdhym4SFF8a1Jo4MRBs8BzSbsPH37dlp56MWaW/s320/IMG-20240306-WA0015.jpg" width="320" /></a></span></div><span style="font-size: large;">Com efeito, há um trabalho da nossa artista cujo resultado pode ser aqui empregado como capaz de organizar uma metáfora resumidora do conjunto da sua obra. Falo de uma andorinha bordada com apenas duas cores e seus matizes. Aqui constatamos a habilidade de bordar da autora. A simplicidade do desenho, coisa sempre difícil de se lograr êxito em arte, delineia o pássaro em seu voo, sobre um céu constelado de miúdas estrelas. Talvez o fato de resguardar menos recursos em sua feitura, seja justo o que torna a andorinha uma espécie de síntese do bordado como releitura contemporânea, na medida em que os procedimentos manuseados desde sempre no bordado são mantidos, o que faz a diferença são as intervenções por meio de acréscimos, como, por exemplo, o uso de canutilhos ou contas coloridas. </span><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: large;">Outra coisa, a maneira como a autora apresenta seus trabalhos por meio da fotografia, desde já parece fazer parte da obra. Muito interessante é que não abre mão da moldura </span><span style="font-size: x-large;">dos bastidores, pondo o trabalho com um fundo que ressalta a beleza das suas obras. Não há como não dizer isso, pois seus bordados são realçados, assim como se fossem integrantes dos desenhos, conseguidos por meios de cores ou discretas texturas. Contudo, o bordado no centro dos bastidores detém um valor em si, não por relação. Creio que essa maneira de fotografar um trabalho se deve ao fato de uma busca de evidenciar as cores empregadas no bordado. Com relação ao nosso segundo arranjo, logo que nos detemos sobre eles, é assaz curioso o fato de nos intrigarmos, visto deter um diferencial do que conhecíamos até então. </span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEifCS-RQv_fBerWAWAdCmZaJYnSzX_C6YsimMEpI-HzcP1eJ4uSDrYhyV7emYbVQuLCapzyOU3ixQwtuZGbYh-6Dc7_CpxoQBJ2GRee4XI29FdLZCg48nYbNyEc7dRSqzTqdF6GQGCcxOuz5E2n6q79mq9Hxw0R4ezMlqh4Oi11PFzRzN7yXXV97zZ_ysHm/s1024/IMG-20240306-WA0013.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="1024" data-original-width="1024" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEifCS-RQv_fBerWAWAdCmZaJYnSzX_C6YsimMEpI-HzcP1eJ4uSDrYhyV7emYbVQuLCapzyOU3ixQwtuZGbYh-6Dc7_CpxoQBJ2GRee4XI29FdLZCg48nYbNyEc7dRSqzTqdF6GQGCcxOuz5E2n6q79mq9Hxw0R4ezMlqh4Oi11PFzRzN7yXXV97zZ_ysHm/s320/IMG-20240306-WA0013.jpg" width="320" /></a></div><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: large;">Com relação aos trabalhos da segunda arrumação, não são mais bordados, mas frutos do manuseio de um programa de computador, configurando uma série de obras deveras interessantes. Dois trabalhos retratam lugares de diversão da cidade: um bar e um cinema. A ausência de uma perspectiva mais ortodoxa, tão cara aos pintores acadêmicos, como se fosse uma obrigação, conduz o artista, - que não fazem uso dela, como, por exemplo, Paul Gauguin -, a se valer de outros meios, quando se trata do figurativo. Há que lembrar, também Paul Cézanne, cuja ausência da perspectiva parecia ser de caráter deliberado, alcançando uma dicção estética de rara originalidade, para sempre. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: large;">Com efeito, o Bar da Saudade se define por uma fachada e um conjunto de cadeiras de plástico, no qual há apenas uma figura. Duas árvores parecem velar o que fora um dia, talvez, frequentado. Agora restando uma lembrança. Salta aos olhos a simetria bilateral, permitindo que se divida a tela em duas partes iguais. A cor ocre vai se repetir nos outros três trabalhos. Como o ocre se opõe ao azul, e está relacionado à terra, ao que fomos acostumados a indigitar como realidade, eis que sucede nos quatro trabalhos a recorrência dessa cor. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: large;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-size: large;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiYDMNmPbPVBMG9iS3JtUjLSvr0iwVP6TY5ntX5k-s5KyeIvIMM-KkjdpdQOLVzr_ogHWsjMEX2ajqziGDfP0P4lYzPeRhQyiF48gjnAKecB7PfHrb3QlOC2bmSZuTnYue9mYsXKlYocnvKAWNJM8Bzy38X5-oZDJZ8m_o-yur1KYDSUYIlTfhZMxaROmhj/s678/IMG-20240306-WA0021.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="634" data-original-width="678" height="299" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiYDMNmPbPVBMG9iS3JtUjLSvr0iwVP6TY5ntX5k-s5KyeIvIMM-KkjdpdQOLVzr_ogHWsjMEX2ajqziGDfP0P4lYzPeRhQyiF48gjnAKecB7PfHrb3QlOC2bmSZuTnYue9mYsXKlYocnvKAWNJM8Bzy38X5-oZDJZ8m_o-yur1KYDSUYIlTfhZMxaROmhj/s320/IMG-20240306-WA0021.jpg" width="320" /></a></span></div><span style="font-size: large;">Na verdade, quase que desponta uma monocromia, só não o é por conta das outras poucas cores da paleta predileta da autora. A parte da tela que compete ao céu, encontra-se no firmamento um azul límpido, contrastando e fundando uma harmonia com a cor ocre. O azul é a cor da imaginação, do oposto ao real concreto, por oposição aos tons em terracota. Aqui ocorre a boda entre céu e terra. Em núpcias de uma possibilidade que nos conduz a, mesmo que seja difícil, operarmos tentativas de fundir essas duas partes em uma unidade que nos conduza a compreender o humano e sua condição plena de obstáculos. Contudo, nada é impossível, considerando que o que nos aparece como inimigo também é nosso aliado, pois nos ensina a arte da paciência. </span><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: large;">Por fim, não há como discorrer acerca de dois trabalhos extremamente interessantes. A tomada vista de cima de um banheiro bastante comum, não há a visão da totalidade, apenas ressalta o box e os azulejos que revestem em cor ocre. Não há motivo algum de demandar o motivo pelo qual a figura humana não se encontra no recinto. Se faz necessário contemplar parte de um banheiro com seu desenho e os azulejos de cor ocre. Não é um banheiro, mas uma obra de arte. </span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-size: large;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhP62xASAY_CN1P5QwnZKtutNvXajmZ2Mal1WAPuYYhIEosVMtnQsXyK8xn3O54Tqr2NXjyEblHftZsM3a6Jwc85XlpkwtJy0a8rhpT5moSU10QvZsAjWHwSERMLXInmqiGXtdT_NM_bC0gGz5x47FdkIYzlbf9_gSBi29junkdncJ3dn9jNL36WdYyS0xU/s1455/IMG-20240306-WA0016.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="1455" data-original-width="1241" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhP62xASAY_CN1P5QwnZKtutNvXajmZ2Mal1WAPuYYhIEosVMtnQsXyK8xn3O54Tqr2NXjyEblHftZsM3a6Jwc85XlpkwtJy0a8rhpT5moSU10QvZsAjWHwSERMLXInmqiGXtdT_NM_bC0gGz5x47FdkIYzlbf9_gSBi29junkdncJ3dn9jNL36WdYyS0xU/s320/IMG-20240306-WA0016.jpg" width="273" /></a></span></div><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: large;">O outro trabalho é um terraço com quadro cadeiras de plástico, as mais modestas, visto que se tivessem mais valia seriam de madeira ou outro material. Sobre cada cadeira um gato dorme. A cor ocre assoma com grande intensidade. Os ladrilhos do piso e o fundo do lugar são de cor ocre, sendo que há uma retomada do que fora outrora matéria de valor, esquecendo o cimento queimado das famílias mais humildes. Era encontrado nas igrejas, </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: large;">com geometrias de rara beleza, alagando o sentido da visão de um puro prazer de colocar os pés e desatar o enlinhado sentido da visão comum. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: large;">Há um forte pendor para o adorno, mesmo que seja com parcimônia. O que interessas é preencher o enquadramento através de múltiplos elementos. No caso do piso, há ladrilhos (mosaico), como os de antigamente, imprimindo beleza a ausência da figura humana. As paisagens ou cenas internas são revestidas de um silêncio sobrepujando o que se contempla. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: large;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-size: large;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh2rJwQsB2enpvVZjR1eZM3LtQJdPWKK3Rd4TpQSQpTrC-gnwxMu_m-TqI1YzFwOjPJwzE5l8gFVC83GDxLb0ynTL5ACpwRMEyNCV2-Pv6hZU7RDxr4tjxLzP4qSqgWWm6DEw9ydwX9TUeT63Q_9BOvsxlzCI0huW63lNe4rdyT6Fg3SfwcFio1Vjhi3Ujr/s534/IMG-20240306-WA0022.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="476" data-original-width="534" height="285" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh2rJwQsB2enpvVZjR1eZM3LtQJdPWKK3Rd4TpQSQpTrC-gnwxMu_m-TqI1YzFwOjPJwzE5l8gFVC83GDxLb0ynTL5ACpwRMEyNCV2-Pv6hZU7RDxr4tjxLzP4qSqgWWm6DEw9ydwX9TUeT63Q_9BOvsxlzCI0huW63lNe4rdyT6Fg3SfwcFio1Vjhi3Ujr/s320/IMG-20240306-WA0022.jpg" width="320" /></a></span></div><span style="font-size: large;">Caroline Veríssimo resgata uma técnica de adorno conhecida e apreciada desde sempre. Consabido é a valia do bordado em diversas culturas. Quando se desejava imprimir a uma peça de tecido a elegância, a excelência e a delicadeza, bastava ataviar com bordados, seja qual fosse o tipo de riscado. Não precisa ir muito longe, haja vista o uso nas roupas femininas ou vincular ao sagrado, adornando as alfaias da Igreja Católica e os vasos manuseados na liturgia: toalhas de altares ou mesmo as pequenas coberturas do sacrário, do cálix, da âmbula, do ostensório. É interessante observar que a escolha de bordados remete ao que podemos evocar como um conteúdo que torna todos os elementos mais valorizados, franqueando às sendas que dizem respeito ao sagrado. </span><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: large;">Em suma, o bordado reveste toda e qualquer indumentária com uma aura de beleza e simplicidade, chamando atenção para uma tradição que outorga às peças o que é digno de recobrir os vasos sagrados ou cobrir os altares. Quase sempre se selecionava as melhores bordadeiras para fazer esse trabalho. Não nos custa ainda lembrar o primor dos bordados que se faziam nos pálios, véus de ombro, para serem usados na procissão de Corpus Christi. </span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-size: large;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhTD35CDfM3ZY1uIySuOvfJCQ6Aek4psfsejtYJKkhGgmoL-pfNoIE8gNJEI6Sw8xNFXpvIxbdzql6oUcXPJnekE61rpcOnKuijYOzCx6aQsc8W5GuZ6szGluq7luxao4k9-3AHlqk0IAGMqn2Ps91pMyNV0KtZTpiCwMJdxQq2S_hPsqPQzyViBKLqq1cD/s595/IMG-20240306-WA0023.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="595" data-original-width="595" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhTD35CDfM3ZY1uIySuOvfJCQ6Aek4psfsejtYJKkhGgmoL-pfNoIE8gNJEI6Sw8xNFXpvIxbdzql6oUcXPJnekE61rpcOnKuijYOzCx6aQsc8W5GuZ6szGluq7luxao4k9-3AHlqk0IAGMqn2Ps91pMyNV0KtZTpiCwMJdxQq2S_hPsqPQzyViBKLqq1cD/s320/IMG-20240306-WA0023.jpg" width="320" /></a></span></div><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: large;">Acontece que a artista aqui tratada procede a toda uma sorte de releituras do bordado, tanto semântica quanto na intervenção de bordar com canutilhos ou pequenas contas, fazendo valer as cores e texturas. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: large;">Contudo, permanece o que se encontra desde muito concernente à arte do bordado: tecido, agulha e linha. O mais diz respeito à criatividade de quem busca resgatar uma forma de arte quase sempre associada ao silêncio e à concentração, pois que bordar, antes de qualquer coisa, ocupa a mente, afastando determinadas espécies de pensamentos, deixando-se estar junto a si, contemplando o que se é, em uma incondicional quietude, lançando para bem longe o que atribula nossa alma, revestindo de paciência o que o destino outorga de bulir com nossos nervos, transformando em enfermidades aquilo que é da natureza da alma, mas há de lembrar que alma e corpo não estão dissociados. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: large;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-size: large;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi830i6YcRCjkxA1B_Lq84gShRmCb_2AhkSZvXYlrkTaSfAsbTtaqa9VZxEdDdl_NdB3YSdStBkxPBHU9xkTtyOYjrhjFmvmPf2PC9Wy5f8UfKm5E-qRE3v3h-6S6OvzgMEL4J77_XNnRPFu_cBjVHt6rJSHINf4O-jPjk_KVjxbmp3QsJhaoF22D5IgNJz/s715/IMG-20240306-WA0020.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="697" data-original-width="715" height="312" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi830i6YcRCjkxA1B_Lq84gShRmCb_2AhkSZvXYlrkTaSfAsbTtaqa9VZxEdDdl_NdB3YSdStBkxPBHU9xkTtyOYjrhjFmvmPf2PC9Wy5f8UfKm5E-qRE3v3h-6S6OvzgMEL4J77_XNnRPFu_cBjVHt6rJSHINf4O-jPjk_KVjxbmp3QsJhaoF22D5IgNJz/s320/IMG-20240306-WA0020.jpg" width="320" /></a></span></div><span style="font-size: large;">O ato de bordar também serve para engendrar um outro panorama, e que seja para si ou para outrem. Nos limites circulares dos bastidores, o artista imprime uma outra gramática, distinta da realidade. Antes de qualquer coisa, há o domínio de um desenho, assim como se fosse uma pessoa com uma rotina previamente determinada, sabendo de antemão o que virá acontecer: manhã, tarde e noite. Eis que o Tempo borda com suas linhas algo bastante interessante, quer dizer, muitas meadas de linhas, com atenta preocupação de nunca esquecer se o avesso e o direito estão alinhados em um concubinato gratificante para quem lavra no tecido, não importando se isso ou aquilo difere do que conhecemos como o mundo que nos rodeia.</span><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: large;">Para não dizerem que fui omisso em se tratando de bordado, digo o seguinte: quando for comprar uma peça bordada, olhe primeiro o avesso, se estiver igual ao direito, então o trabalho é bom.</span></p>Blog da Folha Patuensehttp://www.blogger.com/profile/14372539843078443479noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5714290950613218993.post-36904704669528203732024-03-01T04:57:00.000-08:002024-03-01T04:57:12.372-08:00Especial: Ana Canan: metáforas da solidão extraídas da natureza <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj8v0a3QhPaDxatdqJsAFSa3B_V1XzWfJzxLDmhyphenhyphen9h88V5vx1Odk18MOssF7j4PIEL3j76P7XZPulYCoYqCFO2gKzeqohyphenhyphenps-NaQzzICkcqNYdMnGO-kJBJCCE3rSld-AeN5_r6jdUlE4hwuaXFQaezeL_6W90MSe0HuqN5-daC3T5zepfsV_C-VK-P8G_U/s1600/IMG-20240301-WA0092.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1600" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj8v0a3QhPaDxatdqJsAFSa3B_V1XzWfJzxLDmhyphenhyphen9h88V5vx1Odk18MOssF7j4PIEL3j76P7XZPulYCoYqCFO2gKzeqohyphenhyphenps-NaQzzICkcqNYdMnGO-kJBJCCE3rSld-AeN5_r6jdUlE4hwuaXFQaezeL_6W90MSe0HuqN5-daC3T5zepfsV_C-VK-P8G_U/s320/IMG-20240301-WA0092.jpg" width="320" /></a></div><br /><p style="text-align: center;"><br /></p><p><span style="color: #fcff01;">Por Márcio de Lima Dantas </span></p><blockquote style="border: none; margin: 0px 0px 0px 40px; padding: 0px; text-align: left;"><p style="text-align: right;"><i><b><span style="color: #fcff01;">Suave é viver só </span></b></i></p><p style="text-align: right;"><i><b><span style="color: #fcff01;">Grande e nobre é sempre </span></b></i></p><p style="text-align: right;"><i><b><span style="color: #fcff01;">viver simplesmente. </span></b></i></p><p style="text-align: right;"><i><b><span style="color: #fcff01;">Deixa a dor nas aras </span></b></i></p><p style="text-align: right;"><i><b><span style="color: #fcff01;">Como ex-voto aos deuses </span></b></i></p><p style="text-align: right;"><i><b><span style="color: #fcff01;"> Ricardo Reis </span></b></i></p></blockquote><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">A fotógrafa Ana Canan (Natal, 1962) destingue-se pela singularidade de ressaltar o ethos das paisagens, flores, animais, ruínas, advindos de tomadas revestidas por uma ímpar simplicidade. Assim sendo, um olhar mais acurado acaba por nos revelar vestígios metafóricos de uma invariante antropológica inerente à condição humana: a solidão. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Com efeito, para comprovar nossa leitura, é suficiente constatar a ausência da figura humana em todas as fotos, deslocando a tomada para inusitados prismas no qual se ressalta a natureza, quer seja o que se apresenta ou a busca de organizações no qual o mundo natural conjuntamente com as intervenções humanas lançam seus vetores de sentidos para a compreensão de um dos mais importantes aspectos de uma presença no mundo: o humano e seus relacionamentos interpessoais, quer seja nas grandes cidades ou contemplando a natureza </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Falamos do que nos concerne, falamos de um estado de ser e estar. Proclamamos, por meio desse naipe de fotografias de Ana Canan, a solidão ontológica habitante dos recônditos da psique O que provamos logo cedo e somos obrigados a dar uma resposta que só pode ser de questionamento, de refratar, de mudança de atitude da rotina ou acatar como nossa integrante, havendo uma convivência, de preferência saldável, e nos outorgando como philia aliada, numa pacífica aliança para enfrentar as vicissitudes, atribulações, enfermidades e estados do ser que nos atira para as fronteiras nos arredores de nós mesmos, fazendo saber da vasta solidão que nos habita, como se fosse uma sarça e seus espinhos, ardendo em fogo, com o intuito de nos dizer de uma presença atemporal, longe de ser solo sagrado, muito mais como espécie de silente estela, chantando um chamado para uma ordem de enigma a ser resolvido. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Em assim sendo a lâmpada ilumina, para uns a compreensão de ser trabalhado, por meio da paciência, da aceitação de si mesmo, numa íntima amizade por meio de uma boda cujas partes encontram-se ao alcance de toda e qualquer pessoa. Para outros, o camuflar através de subterfúgios vários, algo que prefere negar, labuzando-se no que a sociedade oferece: a escansão do calendário cívico e religioso, por meio de se fazer presente em algo circular, repetindo-se a cada ano, com suas fantasias diversas, obliterando o que causa dor, afinal as conversas são intermináveis, o som emana dos instrumentos como narcótico, a turba segue em transe, não se sabe o que é solidão. Na verdade, nem existe tempos ou espaços sociais para provar do travo amargo da solidão. Há que ludibriar, fazendo de conta que não sei disso.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">As fotos de Ana Canan evocam de imediato tal condição. Pelas flores esguias avultando sob um enquadramento, em um eloquente discurso de fazer saber de uma existência que se destaca pelo singular das cores, mas sempre presente o enfático o fato de se erguerem sozinhas face ao entorno que as circunda. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Isso posto, retornamos ao que dizíamos. Ora, há que lembrar: não há outra solução. Resignar-se ao fato do que é inerente, do que não depende de nós, do que nos concerne dar uma resposta. Tudo conduz a sermos autênticos, primar pela verdade, contemplarmos o espelho. Vejamos como uma escritora organizou os arredores dessa experiência humana de solitude: “Ela estava só. Com a eternidade à sua frente e atrás dela. O humano é só” (Uma aprendizagem ou o livro dos prazeres, Clarice Lispector). </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">O tema da solidão encontra-se ostensivamente presente no conjunto de fotografias. Bem claro que de forma metafórica, na medida em que um expectador mais atento ousa considerar o objeto de arte como matriz e nutriz de um enxame de possibilidades, tendo em vista o seu repertório ou familiaridade com a estética. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">De outra parte, a solidão não pode ser compreendida como algo enfermiço ou digno de atroz sofrimento, como sói acontecer com a maioria. Mas ergue-se como como espécie de monólito, louvando o fato de alguém se encontrar sozinho, com a possibilidade maior de explorar de as regiões pelágicas do ser, fazendo emergir os contornos do que pode vir a ser sanativo, nos redimindo de nós mesmos, por meio de um silêncio que nos conduz, não apenas chafurdar no lodo, mas também acendendo lamparinas, para nos iluminar com os pavios que nosso afeto cultiva com diligente imanência. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Os diversos matizes das flores destacam-se em um primeiro plano, tendo como pano-de fundo um intenso verde, emoldurando o que pode ocupar metade da foto, um terço ou apenas uma nesga dessa cor no cume do enquadramento. Por vezes, as fotos acentuam um espelho d’água de uma recôndita natureza, mar, lago ou nascente. ngulos que talvez nenhum transeunte pudesse imaginar. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Ora, não é isso que a fotografia de viés artístico revela? Uma imagem fora das expectativas ou algo inusitado que nos cerca e passamos despercebido? Com efeito, Ana Canan logrou êxito, através de um olhar atento e vigilante, ao encontrar o ângulo que lhe doou a metáfora visual de extraordinária beleza, cultivando a seara de algo que nos habita, entretanto não podemos (nos) esquecer de saber o tempo da maturação, o tempo da sega nos quais as espigas demandam serem colhidas. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Penso que já adolescente devemos iniciar esse tenaz exercício, pois quando demora muito, pode ser que os frutos passem do ponto. Desse modo, fenece a coragem do que e achega sem aviso nem prêmio: os necessários embates conosco mesmo. Tal como Jacó enfrentou o anjo, em um combate que temos tudo para vencer. A solidão talvez seja algo mais simples do que imaginamos: aceitar-se, abrir a porta do nosso imo. Tolerarmos por meio de simples recursos: passearmos, sozinhos, ir a um café, bosque da cidade, leituras, filmes, música. E por último: contemplar fotografias eivadas de arte. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Marinhas ou nascentes de água doce, como sempre, desprovidas da presença humana. Até parece buscar uma tranquilidade que o homem contemporâneo a pouco e pouco abandona com as azáfamas domésticas ou com a dinâmica presente nas grandes cidades. Resta aderir ou edificar um jardim em sua casa.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Enfim, podemos inquirir a valia de tais metáforas visuais, cujo apanágio possibilita, por meio de um sentido figurado, aportar em um sítio com espaços nem sempre admitidos pelos humanos, preferindo se embriagar no ópio do calendário com suas inumeráveis festas, odores, cores, namoros, ou seja, tudo que nega os afluentes que conduzem a compreender, aceitar, a solidão como fenômeno natural. Creio que as fotografias de Ana Canan nos leva a uma reflexão da gramática do Ser face à solidão.</span></p><p style="text-align: center;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjW0e5B_RKY_Gxq8fuQAafllLRXNH7A7oJ0jOLVIOHzKzbAWFR7_9SEZEgccgcT3p9Eh4J-o21UrJ6QSKKcZyJsWteh_COvKy8e2mc1Goihe2DTXih4aDA_AXNgXcvlN0fIQiTeWpkRjLz7VOiI-kVky-xjyOEJwURhR612pZTcR8rfB7lFCQyhacZT3GKT/s1600/IMG-20240227-WA0103.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="color: #fcff01;"><img border="0" data-original-height="1064" data-original-width="1600" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjW0e5B_RKY_Gxq8fuQAafllLRXNH7A7oJ0jOLVIOHzKzbAWFR7_9SEZEgccgcT3p9Eh4J-o21UrJ6QSKKcZyJsWteh_COvKy8e2mc1Goihe2DTXih4aDA_AXNgXcvlN0fIQiTeWpkRjLz7VOiI-kVky-xjyOEJwURhR612pZTcR8rfB7lFCQyhacZT3GKT/s320/IMG-20240227-WA0103.jpg" width="320" /></span></a></div><span style="color: #fcff01;"><br /></span><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgYRroH5YYhCOeA6K_TVNQR9OEZFuUkxO5uMD1HbSQ74sE0TSHloMGvzk_kth1FWhtyYYXBOOYgh8egdWIosIxnFFcmsp12akPsuzgJGqeZDtGj_QLtXMsiQSpYiPvwKDAb5ZPU_2T3G_FYg7Bl9VF6peeJenGHz-UGtHqhipIC8YTMKMDYXhmYajgqzdPJ/s1600/IMG-20240227-WA0104.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="color: #fcff01;"><img border="0" data-original-height="1064" data-original-width="1600" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgYRroH5YYhCOeA6K_TVNQR9OEZFuUkxO5uMD1HbSQ74sE0TSHloMGvzk_kth1FWhtyYYXBOOYgh8egdWIosIxnFFcmsp12akPsuzgJGqeZDtGj_QLtXMsiQSpYiPvwKDAb5ZPU_2T3G_FYg7Bl9VF6peeJenGHz-UGtHqhipIC8YTMKMDYXhmYajgqzdPJ/s320/IMG-20240227-WA0104.jpg" width="320" /></span></a></div><span style="color: #fcff01;"><br /></span><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiCNiRA0YUqMuExdk9YmARRwNLx0ndA5GnW7rqlWpF9A6i6WGPFEwIOG4vg37bsEC8qxSeggyUyOAF6QqsaFQbhTtBgDf1Qb0p47BQwTwq1lC2RLr74FM5F5SOVt8FnnorPO4a7mp-aHSVG4tGaCsNVAbBZsSavpSTE7KwF0pUZst8EOw6k5K4RgmLBdZdl/s1600/IMG-20240301-WA0078.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="color: #fcff01;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1600" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiCNiRA0YUqMuExdk9YmARRwNLx0ndA5GnW7rqlWpF9A6i6WGPFEwIOG4vg37bsEC8qxSeggyUyOAF6QqsaFQbhTtBgDf1Qb0p47BQwTwq1lC2RLr74FM5F5SOVt8FnnorPO4a7mp-aHSVG4tGaCsNVAbBZsSavpSTE7KwF0pUZst8EOw6k5K4RgmLBdZdl/s320/IMG-20240301-WA0078.jpg" width="320" /></span></a></div><span style="color: #fcff01;"><br /></span><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj6w9iy91WGhsiQV3SeQGJtqbnr5wzQC_gki8xXQHcfpZ5XqCWPgj_6fwMX5PuPjCN3EjKfz62bLdve1lP827E4pLK2a8vvHMvB4IF2y3iO75hu_w0vkXj4VrhfUi1-kbGgVrjF8y3dTnbYhs4un4iaGyYymcbnsRV56iJQYFVTplFn-cK_EA_yb1f1mRfR/s1600/IMG-20240301-WA0079.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="color: #fcff01;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1600" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj6w9iy91WGhsiQV3SeQGJtqbnr5wzQC_gki8xXQHcfpZ5XqCWPgj_6fwMX5PuPjCN3EjKfz62bLdve1lP827E4pLK2a8vvHMvB4IF2y3iO75hu_w0vkXj4VrhfUi1-kbGgVrjF8y3dTnbYhs4un4iaGyYymcbnsRV56iJQYFVTplFn-cK_EA_yb1f1mRfR/s320/IMG-20240301-WA0079.jpg" width="320" /></span></a></div><span style="color: #fcff01;"><br /></span><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjuv4P9OiTXT5kgfHLtWL7VdiI_kHh0434AWC-V87nI7d1y6RsLPZ7m7DH4kH_nY3tu9-ookCYrIZ-FwjacM3oIM3CzjzPzExH36NBEvRZYUrCsc2n3knxIcuG2y_ZgoSBCWdcA_lsTamNZnQZhe9Rmf0EPr_vldoAKls-dUGJWunkI316ptoRg2KzvtEuG/s1600/IMG-20240301-WA0080.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="color: #fcff01;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1600" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjuv4P9OiTXT5kgfHLtWL7VdiI_kHh0434AWC-V87nI7d1y6RsLPZ7m7DH4kH_nY3tu9-ookCYrIZ-FwjacM3oIM3CzjzPzExH36NBEvRZYUrCsc2n3knxIcuG2y_ZgoSBCWdcA_lsTamNZnQZhe9Rmf0EPr_vldoAKls-dUGJWunkI316ptoRg2KzvtEuG/s320/IMG-20240301-WA0080.jpg" width="320" /></span></a></div><span style="color: #fcff01;"><br /></span><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhayp64KqxRxbmpYUNiNdPaPcrZryb8OAPu3T1koD9ukv8rAL5GueKzZ_3HCr4MobnIy6ZLgYEz7OmTPhhsMgstxZrcERh59OomVi2Bkxd1rD2m7pgJ7UBzQd6qhOdPlVh8FFbHE_LIvUMxbx4AA5jwFiwkQsd-ZqWmnFzMWt_AVyFkLKsPQFgAhEI0gkWL/s1600/IMG-20240301-WA0081.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="color: #fcff01;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1600" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhayp64KqxRxbmpYUNiNdPaPcrZryb8OAPu3T1koD9ukv8rAL5GueKzZ_3HCr4MobnIy6ZLgYEz7OmTPhhsMgstxZrcERh59OomVi2Bkxd1rD2m7pgJ7UBzQd6qhOdPlVh8FFbHE_LIvUMxbx4AA5jwFiwkQsd-ZqWmnFzMWt_AVyFkLKsPQFgAhEI0gkWL/s320/IMG-20240301-WA0081.jpg" width="320" /></span></a></div><span style="color: #fcff01;"><br /></span><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgo5LmvFUPhxSDuslboJjnUOdTz76mbkOiKRDullZv5OXocH4TmvWTI1OmQ2h3395FiTlbvk0Uenk98XMhlkQ5eZtKNUr-Ej12FavmDxLMe-S_SK70qY_LwQSFw1YOSwwj-Ise5JWmpudPdYdf5kTPgCx5rie0PQhxx6HL9NdcqtGD3bYxl31M47TLQhJkl/s1600/IMG-20240301-WA0082.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="color: #fcff01;"><img border="0" data-original-height="1064" data-original-width="1600" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgo5LmvFUPhxSDuslboJjnUOdTz76mbkOiKRDullZv5OXocH4TmvWTI1OmQ2h3395FiTlbvk0Uenk98XMhlkQ5eZtKNUr-Ej12FavmDxLMe-S_SK70qY_LwQSFw1YOSwwj-Ise5JWmpudPdYdf5kTPgCx5rie0PQhxx6HL9NdcqtGD3bYxl31M47TLQhJkl/s320/IMG-20240301-WA0082.jpg" width="320" /></span></a></div><span style="color: #fcff01;"><br /></span><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhBt5UPXZ4cLI_u59XtBzokH6-ZzYjd233FpbmGfLnripzJzrr7rZ2WcFOBJbKRP7z4gDyyr5qMoqMKaZ53Pcj0AngEPIMZmXvb2_FO-L1Ot04WC3LTqKnuAb2WKyOmGrLxlderjiXrt6yUt3RctZjNH9klmYEZTYQuUOLjgbbm-0EBSTEB8ZYZ92TIsNHb/s1600/IMG-20240301-WA0084.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="color: #fcff01;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1600" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhBt5UPXZ4cLI_u59XtBzokH6-ZzYjd233FpbmGfLnripzJzrr7rZ2WcFOBJbKRP7z4gDyyr5qMoqMKaZ53Pcj0AngEPIMZmXvb2_FO-L1Ot04WC3LTqKnuAb2WKyOmGrLxlderjiXrt6yUt3RctZjNH9klmYEZTYQuUOLjgbbm-0EBSTEB8ZYZ92TIsNHb/s320/IMG-20240301-WA0084.jpg" width="320" /></span></a></div><span style="color: #fcff01;"><br /></span><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiL9b2FlgMFVPT2HBQOVSMo1iBRkwm-64xGwrgxPwP2owv0rNWs9TAJzPcf_3lqe155FoZ2FOStJ5JU1Co-niplb8vxXPtnJSTMbjLi8PYZ8Qfe8D-s9FPxFZtRvBlW9fXcxVoN9gO2WdedVv2udoQsSKCklF56wstVAqKYoa3vtw6zRc2x7p4Y8Bx4qw1a/s1600/IMG-20240301-WA0087.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="color: #fcff01;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1200" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiL9b2FlgMFVPT2HBQOVSMo1iBRkwm-64xGwrgxPwP2owv0rNWs9TAJzPcf_3lqe155FoZ2FOStJ5JU1Co-niplb8vxXPtnJSTMbjLi8PYZ8Qfe8D-s9FPxFZtRvBlW9fXcxVoN9gO2WdedVv2udoQsSKCklF56wstVAqKYoa3vtw6zRc2x7p4Y8Bx4qw1a/s320/IMG-20240301-WA0087.jpg" width="240" /></span></a></div><span style="color: #fcff01;"><br /></span><span style="font-size: large;"><br /></span><p></p>Blog da Folha Patuensehttp://www.blogger.com/profile/14372539843078443479noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5714290950613218993.post-35118825703368858562024-01-26T14:33:00.000-08:002024-01-26T14:34:15.441-08:00Academia Patuense de Letras e Artes vai comemorar neste Sábado (27/01) Nove Anos com entrega de Honrarias. <p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgr3vsphR_F2nLRrleysxcahZ2or3dINcOYYCqGSWCeoG-iMfOZaDGzpqsvbMiTRUJYVtTuedyxHhacsuSS3J24OGLPx1Zse_3w0bnLbLbauW22a9JgyWiCAR-DJSDa5czt2wAsxMXtWj6HOHuNaxgrptBrnxvvPEzmirlrRHJTmijHcVe1frM2puPeqss2/s277/logomarca%20apla.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="277" data-original-width="277" height="277" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgr3vsphR_F2nLRrleysxcahZ2or3dINcOYYCqGSWCeoG-iMfOZaDGzpqsvbMiTRUJYVtTuedyxHhacsuSS3J24OGLPx1Zse_3w0bnLbLbauW22a9JgyWiCAR-DJSDa5czt2wAsxMXtWj6HOHuNaxgrptBrnxvvPEzmirlrRHJTmijHcVe1frM2puPeqss2/s1600/logomarca%20apla.jpg" width="277" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">A APLA – Academia Patuense de Letras e Artes – em sua assembleia anual de aniversário, homenageará diversas personalidades da área de abrangência do município de Patu-RN e da Patu antiga (Almino Afonso, Messias Targino, Olho d`Água do Borges e Rafael Godeiro.</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="white-space: normal;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><span style="white-space: pre;"> </span>Diversas personalidades serão agraciadas com medalhas e certificados. </span></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="white-space: normal;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">A Assembleia acontecerá na Câmara Municipal de Patu, a partir das 19:00 horas.</span></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="white-space: normal;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">As personalidades que serão homenageadas serão as seguintes:</span></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span><span style="color: #fcff01; font-size: large;">José Bezerra de Assis</span></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Beatriz Pazini Ferreira</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Maria Dalva Dutra Gomes Pinheiro</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Alvanir Maria de Moura “ Alvanir Solano”</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Francisca Ivânia de Oliveira.</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Francisco Cleilson Carlos de Araújo.</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Veridiana Jácome Gomes.</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Josivan Santos Oliveira.</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Ednardo Benigno de Moura.</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Marianny Midjaellen Rodrigues de Lima.</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Maria Louyse Félix Silva.</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Escola Music & Tom.</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-size: large;"> </span></div></div><p></p><div style="text-align: justify;"><br /></div> <p></p>Blog da Folha Patuensehttp://www.blogger.com/profile/14372539843078443479noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5714290950613218993.post-28275130133131480972023-12-13T04:48:00.000-08:002023-12-13T04:48:25.924-08:00 Catolé do Rocha abre calendário do Cariri Cangaço, em 2024<p><br /></p><p style="text-align: center;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjrzuXs5doB1EnyhmIz36BMFTQPYgDKbjk29B2PeHb4edlpNxqxtjwGoaEcNWKkKqphsTeIExY2pXzZQbKJUnHdFX1FXCMY2gIin23gFAStxeMVsHjE5v2vbAIMIw3zxrKhx193K98SdXuULwcQ4ZJWEPVHjw5URwS-MqQ70CbrV5mBxYhLqQIDbuT6H430/s225/cariri%20canga%C3%A7o%20catole.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="225" data-original-width="223" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjrzuXs5doB1EnyhmIz36BMFTQPYgDKbjk29B2PeHb4edlpNxqxtjwGoaEcNWKkKqphsTeIExY2pXzZQbKJUnHdFX1FXCMY2gIin23gFAStxeMVsHjE5v2vbAIMIw3zxrKhx193K98SdXuULwcQ4ZJWEPVHjw5URwS-MqQ70CbrV5mBxYhLqQIDbuT6H430/s1600/cariri%20canga%C3%A7o%20catole.jpg" width="223" /></a></div><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><div style="text-align: justify;">O “Cariri Cangaço”, evento que reúne historiadores, escritores e pesquisadores do fenômeno nordestino denominado como Cangaço, abre seu calendário anual, em 2024, com um evento em Catolé do Rocha, distante 399,6 Km ( via BR-230) de João Pessoa. O evento colocará Catolé do Rocha na Rota Turística do Cangaço na Paraíba.</div></span><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Lugares de memória: Curralinho – O evento, que se realizará no período de 23 a 25 de fevereiro, é aberto ao público e constará na sua programação com palestras, lançamentos de livros e as didáticas visitas técnicas aos sítios históricos, cenários reais dos ataques de cangaceiros.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">O Cariri Cangaço tornou-se um espaço para debates históricos sobre revoltas ocorridas no Nordeste, coronelismo, protagonismos de cangaceiros, coiteiros e o povo do Sertão. Pesquisadores acadêmicos, historiadores, descendentes de coronéis, coiteiros e cangaceiros se reúnem durante o evento, aberto ao público, para resgatar aspectos econômicos, sociais e contextualização do banditismo rural predominante no Nordeste no início do século XX.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Dois Riachos: a aurora de Lampião no Cangaço – O evento Cariri Cangaço se destaca por resgatar espaços de memória, apresentação de documentos (inéditos), objetos e depoimentos orais. Em Catolé do Rocha, as visitas técnicas vão proporcionar aos participantes acesso à fazendas onde os fatos ocorreram.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><b><i>João Costa.</i></b></span></p><div style="text-align: justify;"><br /></div>Blog da Folha Patuensehttp://www.blogger.com/profile/14372539843078443479noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5714290950613218993.post-1093393336680961662023-12-13T04:39:00.000-08:002023-12-13T04:39:44.613-08:00Campus Avançado de Patu Realiza a XVI SEUNI - Semana Universitária.<p><br /></p><p style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiUuOphF0BBIbQc84towxdlua42sOvt_59W2oaPwhwmgclyXVD3p4BzZHASuyrbF-7RvRTwBW25eFvQs4sS9rHo8sRU2MUIjTdRR4NtxKaj7EM2bFW1XVT9VS5mV05A-YzTsk0P02t3-WSwTJcK4o4gU4B0y5GGWAbw4QK1k7cSf4RzhbnsLDoUcWZbRkt2/s1024/XVI-SEUNI_imagem-para-site-1-1024x540.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="540" data-original-width="1024" height="211" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiUuOphF0BBIbQc84towxdlua42sOvt_59W2oaPwhwmgclyXVD3p4BzZHASuyrbF-7RvRTwBW25eFvQs4sS9rHo8sRU2MUIjTdRR4NtxKaj7EM2bFW1XVT9VS5mV05A-YzTsk0P02t3-WSwTJcK4o4gU4B0y5GGWAbw4QK1k7cSf4RzhbnsLDoUcWZbRkt2/w400-h211/XVI-SEUNI_imagem-para-site-1-1024x540.png" width="400" /></a></div><br /><span style="font-size: large;"><br /></span><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01;"><span style="font-size: large;">O Campus Avançado de Patu está realizando no período de 11 a 13 de dezembro de 2023 a XV Semana Universitária - SEUNI - com uma programação voltada a discutir o tema </span><span style="text-align: left;"><span style="font-size: large;">tema “Inteligência artificial e educação: desenvolvimento e (trans)formação“.</span></span></span></p>Blog da Folha Patuensehttp://www.blogger.com/profile/14372539843078443479noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5714290950613218993.post-67127768198352379712023-11-09T15:01:00.003-08:002023-11-10T05:00:31.818-08:00Academia Patuense de Letras e Artes Realizará pela Primeira Vez Assembleia na Cidade de Rafael Godeiro.<p><br /></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjiIJt1vRnr3KjPED18nQx2iqERWIqM7fnWsXcoFsKJquua3ff5U5S89yUZUlIlclnEdbLJuJ0Gesrr8xWHyl0UenbSIZcPNL5gH0hhK233qk3e36RI6_1pj7c3c7VvXtPlHH2Dzp98p_IkJY5OAJ30xF03JHDlAtlJmLh02aF2ptnJlYfslH1X1MnLfyK6/s300/apla0002.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="169" data-original-width="300" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjiIJt1vRnr3KjPED18nQx2iqERWIqM7fnWsXcoFsKJquua3ff5U5S89yUZUlIlclnEdbLJuJ0Gesrr8xWHyl0UenbSIZcPNL5gH0hhK233qk3e36RI6_1pj7c3c7VvXtPlHH2Dzp98p_IkJY5OAJ30xF03JHDlAtlJmLh02aF2ptnJlYfslH1X1MnLfyK6/w400-h225/apla0002.jpg" width="400" /></a></div><br /><p style="text-align: center;"><br /></p><blockquote style="border: none; margin: 0px 0px 0px 40px; padding: 0px;"><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">A APLA - Academia Patuense de Letras e Artes - realizará assembleia no próximo dia 25 de novembro de 2023, a partir das 19:00 horas no auditório da Fundação Irmã Dorinha na cidade de Rafael Godeiro. A APLA abrange as cidades da Patu antiga, são elas: Almino Afonso, Olho d`Água do Borges, Rafael Godeiro e Messias Targino. A programação será presidida pelo presidente da APLA, acadêmico, professor e escritor, Aluísio Dutra de Oliveira, que contará com a participação de acadêmicos da APLA e de outras Academias do Rio Grande do Norte, bem como autoridades do município. No primeiro momento da assembleia, acontecerá elogio da cadeira do patrono de número 24, que tem como patrono Osvaldo Pereira Nunes e ocupante o poeta e repentista, Aldaci de França. </span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhSn2C9zpDqZi39Lw6Md379Uu4OcTVWshweR9Rx8nWAB4XhyphenhyphenW51jvPACeYE1BHdLwm8EESQA4D7rqZJFPKuCQOeof_QenemHB3Buv-jfX56U8xQIyTRx4bOi_gDNpcGAmIQXuETnS5QBpiRY170sw_bsRsd2LVFYrSFncXAGLHrXAoT79tw4mfuqjQw7e3I/s283/aldacirelisboa.jpg" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="170" data-original-width="283" height="170" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhSn2C9zpDqZi39Lw6Md379Uu4OcTVWshweR9Rx8nWAB4XhyphenhyphenW51jvPACeYE1BHdLwm8EESQA4D7rqZJFPKuCQOeof_QenemHB3Buv-jfX56U8xQIyTRx4bOi_gDNpcGAmIQXuETnS5QBpiRY170sw_bsRsd2LVFYrSFncXAGLHrXAoT79tw4mfuqjQw7e3I/s1600/aldacirelisboa.jpg" width="283" /></a></span></div><span style="color: #fcff01; font-size: large;">No segundo momento da assembleia, acontecerá momento cultural com noite de Cantoria Nordestina, com a participação dos repentistas: Aldaci de França e Antônio Lisboa. Toda comunidade Rafaelense e de toda região estão sendo convidados para este importante momento cultural na Cidade de Rafael Godeiro.</span><p></p></blockquote><p style="text-align: center;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEimbl5DQuxmOW1rzayrbufbU-BI3wJFilr38pyBpgSu8mswtTJoxdC9gWesXBXLngccjfBvefbQO7E87KnP9xGhaO9Aza8lPgVQ-aF2T4Ms29Kzgygen7xMh3R70VMz7920xjTgwhj7-cm7mQPB9-L0xkt5sLnJ-zGI-wktogqshyphenhyphen8t4U6r6JijygrsaCO0/s244/apla0005.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="244" data-original-width="222" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEimbl5DQuxmOW1rzayrbufbU-BI3wJFilr38pyBpgSu8mswtTJoxdC9gWesXBXLngccjfBvefbQO7E87KnP9xGhaO9Aza8lPgVQ-aF2T4Ms29Kzgygen7xMh3R70VMz7920xjTgwhj7-cm7mQPB9-L0xkt5sLnJ-zGI-wktogqshyphenhyphen8t4U6r6JijygrsaCO0/w291-h320/apla0005.jpg" width="291" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhbCnCkp9xYtLROwmC98CFXyMYJjJTPTW6VJJV_jPEFcthxK-8GJ_VOaiCrsKxaYS0jcTkcOHMr80UUC2MYOMxkWSVynvhkLqytywUx8aaIb_yMi-lIxaQTZVOrwoRxnRdwwytPt82UleX3_YPqfKLlgcx6HG1pqpKpdacq8e8hK2UHMnMc2SSkBdBovOsj/s224/apla0003.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="217" data-original-width="224" height="310" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhbCnCkp9xYtLROwmC98CFXyMYJjJTPTW6VJJV_jPEFcthxK-8GJ_VOaiCrsKxaYS0jcTkcOHMr80UUC2MYOMxkWSVynvhkLqytywUx8aaIb_yMi-lIxaQTZVOrwoRxnRdwwytPt82UleX3_YPqfKLlgcx6HG1pqpKpdacq8e8hK2UHMnMc2SSkBdBovOsj/w320-h310/apla0003.jpg" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><br /> <p></p><p> </p>Blog da Folha Patuensehttp://www.blogger.com/profile/14372539843078443479noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5714290950613218993.post-57167143981115733772023-10-27T06:03:00.003-07:002023-10-27T06:03:48.606-07:00Especial: Pacífico Medeiros: resignificando a fotografia <p><br /></p><p><span style="color: #fcff01; font-size: medium;"><b><i>Por Márcio de Lima Dantas </i></b></span></p><div style="text-align: right;"><i><b><span style="color: #fcff01;">No fundo, a Fotografia é subversiva, não quando </span></b></i></div><div style="text-align: right;"><i><b><span style="color: #fcff01;">aterroriza, perturba ou mesmo estigmatiza, mas </span></b></i></div><div style="text-align: right;"><i><b><span style="color: #fcff01;">quando é pensativa. </span></b></i></div><p style="text-align: right;"><i><b><span style="color: #fcff01;">Roland Barthes </span></b></i></p><p style="text-align: center;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiDsASN6bcqj4FJ3ynHk8VvJ3QgLpY_pFKQzgR_bOVs8Lwm6Yxr_ee0U-241EufNviXLXpVI5vd5u2oRjg_BijTC-nXA9ZVcDiIP5c1r22YVt7lhhaJJp9my2XvTE6Vfp63Ak1ZUfavVCRNWm9chcMjP1OC-bThVrM4mtWev7sse44mOZB3gafuFpuUVvEy/s1600/IMG-20231027-WA0061.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="color: #fcff01;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1600" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiDsASN6bcqj4FJ3ynHk8VvJ3QgLpY_pFKQzgR_bOVs8Lwm6Yxr_ee0U-241EufNviXLXpVI5vd5u2oRjg_BijTC-nXA9ZVcDiIP5c1r22YVt7lhhaJJp9my2XvTE6Vfp63Ak1ZUfavVCRNWm9chcMjP1OC-bThVrM4mtWev7sse44mOZB3gafuFpuUVvEy/s320/IMG-20231027-WA0061.jpg" width="320" /></span></a></div><span style="color: #fcff01;"><br /><span style="font-size: large;"><br /></span></span><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Pacífico Medeiros (Natal, 1967) reside desde sempre em Mossoró. Tendo uma carreira pontuada por diversos cursos e eventos vinculados à fotografia, embora haja nos seus trabalhos uma distância das técnicas utilizadas desde sempre nesse meio de retratar a realidade. Antes de adentrarmos um pouco mais sobre esse original fotógrafo, cremos ser necessário voltar no tempo e buscarmos determinadas explicações que nos ajudem a compreender com mais propriedade e conhecimento alguns estilos de pintura que sofreram impacto quando do surgimento da fotografia. Vejamos. Quando surge a fotografia, por volta de 1826, instala-se uma série de indagações acerca dessa nova maneira de retratar a realidade. Ao que parece, não havia o artesanal da pintura, do desenho ou da escultura. A pintura, mais apressada, sentiu-se emparedada, inquirindo afinal qual era mesmo sua função, pois sempre ocupou o papel de retratar a realidade, seu entorno e contornos. Sintomaticamente surge o Impressionismo, deixando a tela esmaecida ou tão-somente sugerindo, sobretudo, a retratação do humano.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgXwVjIN31M8rQ1SP2o7S0Aqs-urj_48-ETBNBzbmu5ylCgoGAA_UZAZ6R5FUchv1yngkOKYe2myQbFawlEEz-RVIKsZGvR8FQD98Coie13kkCZH8SoZuD42FEQwfrxbokmDX1t7TqAEnwHrDZ-UTEtYuRruQQSIq0iKFMOTVPRxFrp-LdF51YReN0GYqCi/s1600/IMG-20231027-WA0058.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1219" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgXwVjIN31M8rQ1SP2o7S0Aqs-urj_48-ETBNBzbmu5ylCgoGAA_UZAZ6R5FUchv1yngkOKYe2myQbFawlEEz-RVIKsZGvR8FQD98Coie13kkCZH8SoZuD42FEQwfrxbokmDX1t7TqAEnwHrDZ-UTEtYuRruQQSIq0iKFMOTVPRxFrp-LdF51YReN0GYqCi/s320/IMG-20231027-WA0058.jpg" width="244" /></a></span></div><span style="color: #fcff01; font-size: large;">O recuo de formas bem diferentes, assim como sabia fazer o Realismo, Romantismo ou Academicismo, engendrou imagens que necessitavam de recuo físico da tela para que a imagem se desse a observar e conhecer. Basta contemplar a tela de Claude Monet: Impressão, nascer do sol (1872). Acabada essa digressão, cumpre-nos tratar do ethos da fotografia fora do comum de Pacífico Medeiros. Refratando modelos, o produto final desse artista ocorre por meio de uma sobreposição de técnicas advindas de outros sistemas semióticos, sendo que estas são produzidas através de programas de computadores, em um jogo no qual a fotografia primeva esmaece e é também ressaltada. Quase sempre emoldurando com contornos dramáticos o retrato de quem expressa um sentimento ou encontra-se envolvido em atividades de algum ofício. Tais figuras podem ser duplicadas ou triplicadas em uma espécie de crescendo, engendrando um belo efeito cromático de preto e branco sobre figuras geométricas coloridas. </span><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgaz0wqvoWazVE-wBM59hNoTqKKOd-F5H6hB4tozh_liC9nq17XZT-XxSg-Um3kA2v8yBpNjvB8DaUvNThqvnG8fTikHV-Al9_FEr3Gmmqf4NYtKSBox6pwXiDNB434eUIj1JQR6d4TUkedMbt_gnjalpeac2lBqxZqUgC3CbkLx_yBMFwvWWBB2tvkl4lW/s1600/IMG-20231027-WA0065.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1600" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgaz0wqvoWazVE-wBM59hNoTqKKOd-F5H6hB4tozh_liC9nq17XZT-XxSg-Um3kA2v8yBpNjvB8DaUvNThqvnG8fTikHV-Al9_FEr3Gmmqf4NYtKSBox6pwXiDNB434eUIj1JQR6d4TUkedMbt_gnjalpeac2lBqxZqUgC3CbkLx_yBMFwvWWBB2tvkl4lW/s320/IMG-20231027-WA0065.jpg" width="320" /></a></span></div><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Com efeito, há que compreender a função de múltiplas técnicas, - passando pela gramatura do papel e indo buscar um pano-de-fundo nos antigos mosaicos (ladrilhos) de residências ou igrejas, só para restar em um exemplo, - essa função perfaz uma aura estética inauguradora de uma nova obra, quem sabe uma nova ordem de pensar e refletir acerca da realidade. Quero dizer com isso de uma nova ordem na fotografia, no qual a mensagem, via meios tradicionais e digitais, assomam no nosso derredor, largando uma forma monolítica que o retrato em preto e branco ou colorido demanda ao expectador. Mesmo detendo um eidos estético, com o sumo da mensagem multisignificativo, não esquece de apontar caminhos e pistas a quem está diante. Bem claro que o significante suplanta e questiona o que se diz, sugerindo o como.</span><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgavDLXdylFodFQJPNF09O3lyZJF08k5wm189PVdpHK979qY0Mwhyj9x5m5MfhhyphenhyphenXUANvjMxJ7r5z0C9izD7P9LjbFI1lh_UfJMLvGiULeWE3r_-LAmsWjwjC078wXhmNepoGjpHgFvOc0XPXRG2cQbJ9vOqbEbytZCNDbyoKSqV5cXa6CSuzQdHyElBVqV/s1600/IMG-20231027-WA0063.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1200" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgavDLXdylFodFQJPNF09O3lyZJF08k5wm189PVdpHK979qY0Mwhyj9x5m5MfhhyphenhyphenXUANvjMxJ7r5z0C9izD7P9LjbFI1lh_UfJMLvGiULeWE3r_-LAmsWjwjC078wXhmNepoGjpHgFvOc0XPXRG2cQbJ9vOqbEbytZCNDbyoKSqV5cXa6CSuzQdHyElBVqV/s320/IMG-20231027-WA0063.jpg" width="240" /></a></span></div><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Sucede um fenômeno nosso momento histórico; como sempre, este, fruto das condições socioeconômicas que a tudo e todos pintam com suas cores e nuances. A saber, uma algazarra de informações contidas nas redes sociais, sintetizadas no nome Internet. Muitos nem conseguem alcançar certas nomenclaturas e determinados manuseios nos grupos sociais. Contudo, podemos equacionar da seguinte maneira: tem tudo de bom, tem tudo de ruim. Nunca esquecendo o mal-estar que bafeja sobre tudo e todos, inclusive sobre a crítica de arte, ao que parece, em franca extinção. O fotógrafo Pacífico Medeiros optou pela primeira, ousando inscrever suas fotografias em um amálgama de técnicas oriundas de diversos meios.</span><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgrHKaY9SO6TardTA03sKtwjf-pO8GGorsMyUpOtPqSSeuAU2gDZJ2CZOz8QlGj_OSVKRLThyP3CMCNWlOst2U9KuB7Fh3TfMZngO3rGfviOjJ-3dCYdvH1bevXzxWnE7JjARFeS4Cz5Hngjojg9pb_Hp2ev2KXxsL0Tir53dOuSFbX1jRr8HL9DdZko0d0/s1600/IMG-20231027-WA0060.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1600" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgrHKaY9SO6TardTA03sKtwjf-pO8GGorsMyUpOtPqSSeuAU2gDZJ2CZOz8QlGj_OSVKRLThyP3CMCNWlOst2U9KuB7Fh3TfMZngO3rGfviOjJ-3dCYdvH1bevXzxWnE7JjARFeS4Cz5Hngjojg9pb_Hp2ev2KXxsL0Tir53dOuSFbX1jRr8HL9DdZko0d0/s320/IMG-20231027-WA0060.jpg" width="320" /></a></span></div><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Não deixando de lado o kairos, ou seja, o momento certo, a oportunidade não perdida de apreender através da objetiva elementos figurativos que irão compor uma espécie de ponto de fuga: mulheres, homens trabalhando, uma senhora que aquiesce, por meio das mãos, as vicissitudes do destino.</span><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><br /></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><br /></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><br /></span></p><p style="text-align: center;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgSsV4xT41UHpo8WQDiKkKmMr4KkXNxP3TgqGMEYs1nJ_rrY7fvPcwX0yW0VQdk-3UJdVJdHBcThrsBmqC2uvRPtFMjhV4CBjgALIqc9L-blpHNxTmTQe0YDjbbLwphMfdJZ7Q3Lh1LDwObDO75r4v-PmuNWMbBlHV_2bG04IDdTfliLCjLMxyUTfuqbdu-/s1600/IMG-20231027-WA0056.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="color: #fcff01;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1066" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgSsV4xT41UHpo8WQDiKkKmMr4KkXNxP3TgqGMEYs1nJ_rrY7fvPcwX0yW0VQdk-3UJdVJdHBcThrsBmqC2uvRPtFMjhV4CBjgALIqc9L-blpHNxTmTQe0YDjbbLwphMfdJZ7Q3Lh1LDwObDO75r4v-PmuNWMbBlHV_2bG04IDdTfliLCjLMxyUTfuqbdu-/s320/IMG-20231027-WA0056.jpg" width="213" /></span></a></div><span style="color: #fcff01;"><br /></span><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhNqcvCVqEikb6aflIa0x8uEdjYvTbbeXCANtWsaw7u9TpY-wdTGuRJunE2UFHnE8TVvzGdNnHc8DHuI7c0ZfbPdAL_hdliTJyGgQBUx7JH31C61u0dgxIgdOs1c5katiAEq7FBvBylHGbxfGeVXkcK929SFUql1xEcG_sgQyUMeHbLVA5zA-3cvWs8c6NQ/s1600/IMG-20231027-WA0059.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="color: #fcff01;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1600" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhNqcvCVqEikb6aflIa0x8uEdjYvTbbeXCANtWsaw7u9TpY-wdTGuRJunE2UFHnE8TVvzGdNnHc8DHuI7c0ZfbPdAL_hdliTJyGgQBUx7JH31C61u0dgxIgdOs1c5katiAEq7FBvBylHGbxfGeVXkcK929SFUql1xEcG_sgQyUMeHbLVA5zA-3cvWs8c6NQ/s320/IMG-20231027-WA0059.jpg" width="320" /></span></a></div><span style="color: #fcff01;"><br /></span><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJb_Pyt33WfE4UN8LeqFp5SW86Us2IH-NEzAsCHmUgkrnJ4LbTVp1DaOoQze0HCml8OkU4O0eu9j0z1mfzAkhbLgGODg_10q2NJsoRTM3cEpvQZS2SwsWJ6fb8IL4zZYrFuANTSBkiu34KEXZiLgKER6wEHbK3zBem9mooJK9N9bIdjAToL3snSPOYAjrq/s1600/IMG-20231027-WA0062.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="color: #fcff01;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1600" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJb_Pyt33WfE4UN8LeqFp5SW86Us2IH-NEzAsCHmUgkrnJ4LbTVp1DaOoQze0HCml8OkU4O0eu9j0z1mfzAkhbLgGODg_10q2NJsoRTM3cEpvQZS2SwsWJ6fb8IL4zZYrFuANTSBkiu34KEXZiLgKER6wEHbK3zBem9mooJK9N9bIdjAToL3snSPOYAjrq/s320/IMG-20231027-WA0062.jpg" width="320" /></span></a></div><span style="color: #fcff01;"><br /></span><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiVuKEGLyNKaXPqkiMeUA21pqVnoSa9pfZuOZ-6IF0SZ8LV9VGW4Rc8DZ1DcTcpFTzWwevIpZDtErv3hqGinmzC_pNGnFWwI55EX5aMwRvpkbKxEXXCrsP-17zTJFM3pZh903Wj5n3ZyeH62Q96HOXmmsU8Rxb0wc0HesUg91miNfrg5qXVrspE_7Qf4tBM/s1600/IMG-20231027-WA0064.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="color: #fcff01;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1219" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiVuKEGLyNKaXPqkiMeUA21pqVnoSa9pfZuOZ-6IF0SZ8LV9VGW4Rc8DZ1DcTcpFTzWwevIpZDtErv3hqGinmzC_pNGnFWwI55EX5aMwRvpkbKxEXXCrsP-17zTJFM3pZh903Wj5n3ZyeH62Q96HOXmmsU8Rxb0wc0HesUg91miNfrg5qXVrspE_7Qf4tBM/s320/IMG-20231027-WA0064.jpg" width="244" /></span></a></div><span style="color: #fcff01;"><br /></span><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="color: #fcff01;"><br /></span></div><span style="color: #fcff01;"><br /></span><span style="font-size: large;"><br /></span><p></p>Blog da Folha Patuensehttp://www.blogger.com/profile/14372539843078443479noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5714290950613218993.post-41539610641646795422023-10-15T13:34:00.004-07:002023-10-15T13:43:22.460-07:00Especial: A (meta) pintura de Laércio Eugênio <p> </p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><i><b>Por Márcio de Lima Dantas </b></i></span></p><p style="text-align: center;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgYJKRUXczWbXflWKVuvBGimDXdmdzVpLWpiicI9-ra1Q7GIBHMeZP5IddtXn8YqBhu-QQSZS3YH-R4zTvuqQpDMtaSJPWaaHFNJyuJwPl7toNSRiyz4wPu6yICHkpnhztl2ndgAq2SYXvaUf3w3aEhn0cwFrAd6JBdiwEUhMiutrIk2IDBQRjnank5iVQz/s1600/IMG-20231015-WA0102.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-size: large;"><img border="0" data-original-height="1594" data-original-width="1600" height="319" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgYJKRUXczWbXflWKVuvBGimDXdmdzVpLWpiicI9-ra1Q7GIBHMeZP5IddtXn8YqBhu-QQSZS3YH-R4zTvuqQpDMtaSJPWaaHFNJyuJwPl7toNSRiyz4wPu6yICHkpnhztl2ndgAq2SYXvaUf3w3aEhn0cwFrAd6JBdiwEUhMiutrIk2IDBQRjnank5iVQz/s320/IMG-20231015-WA0102.jpg" width="320" /></span></a></div><span style="font-size: large;"><br /><span><br /></span></span><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Laércio Eugênio (Sítio Mata Seca, Frutuoso Gomes, 1959) assenta-se, contemporaneamente, como um dos mais importantes artistas plásticos do Rio Grande do Norte. Detentor de uma dicção pictórica assaz original no que concerne aos meios utilizados pela pintura desde sempre. Acontece que o artista optou por outro caminho, imprimindo à sua obra um tanto de originalidade, fazendo com que marque um diferencial com relação aos seus pares. </span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiLcDrTiVJummtHXbYe2sM3q2Y7kOX53pJ7jH8DaQZtE6b9jJLzsnbPLoL9cQ8AHQcZIGMPNZi-IlJvbkhWE7F4vYO032X7jSyNElOS1omVhsrhWQAUGI7EXKJu0Dy744MIZBnlbQXXFN1ABuHGCRJHIY7_aF9-8Egtvet_EJD2CdtCTw0qe1-OvIPk_3P-/s1600/IMG-20231015-WA0101.jpg" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em; text-align: justify;"><img border="0" data-original-height="1524" data-original-width="1600" height="305" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiLcDrTiVJummtHXbYe2sM3q2Y7kOX53pJ7jH8DaQZtE6b9jJLzsnbPLoL9cQ8AHQcZIGMPNZi-IlJvbkhWE7F4vYO032X7jSyNElOS1omVhsrhWQAUGI7EXKJu0Dy744MIZBnlbQXXFN1ABuHGCRJHIY7_aF9-8Egtvet_EJD2CdtCTw0qe1-OvIPk_3P-/s320/IMG-20231015-WA0101.jpg" width="320" /></a></span></div><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Com efeito, suas telas parecem ser puro pretexto para questionar uma representação realista ou abstrata do mundo que o cerca ou como chegam as emissões do real em seu íntimo. Ora, o que parece almejar é discorrer acerca do ato de retratar qualquer que seja o tema, em um movimento que se volta sobre si mesmo, chamando atenção e proclamando, - por meio de precisas pinceladas mais espessas, ora usando o pincel, ora arrematando com a espátula, - que o sistema semiótico pintura é uma outra realidade. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjGXwB8oOGnpldawDaQ2Z04zwCDkrXRhE_KOEhLApefZkkUH6uvP5K7O1z3V-7W3sSrsyvFRMRFekFura0IIedhvy2bc_lwEqJ5Uey2hlvQkQgDnrIUArl1ontyp_Rx6HnUE6Hb-iFk4GUtpPfmifwV4ojo_ESNE6t__036hS_Tn-pFDBiFDOAAQosahqdE/s1600/IMG-20231015-WA0100.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: justify;"><img border="0" data-original-height="1588" data-original-width="1600" height="318" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjGXwB8oOGnpldawDaQ2Z04zwCDkrXRhE_KOEhLApefZkkUH6uvP5K7O1z3V-7W3sSrsyvFRMRFekFura0IIedhvy2bc_lwEqJ5Uey2hlvQkQgDnrIUArl1ontyp_Rx6HnUE6Hb-iFk4GUtpPfmifwV4ojo_ESNE6t__036hS_Tn-pFDBiFDOAAQosahqdE/s320/IMG-20231015-WA0100.jpg" width="320" /></a></span></div><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><div style="text-align: justify;">Assim sendo, descobrindo seus próprios meios, ou seja, autodesvelando-se, em uma atitude que tem muito de crítica, no sentido de que a tela não mais busca ou salienta o que chamamos de tema, conteúdo ou significado. Vai valer pelo significante, pela forma, em movimento que se volta sobre si mesma. Ora, nada mais é do que aquilo que sempre foi a ontologia da Arte: há que mirar-se na forma, e não no conteúdo. </div></span><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">A obra do pintor Laércio Eugênio é um discurso que se pretende um “tratado de pintura”. Eis a tinta ocupando o lugar que seria do desenho, conformando um possível lugar de volumes quase sempre estáticos, reafirmando o que dissemos. É uma espécie de contemplar objetos isolados ou em conjunto, conduzindo o ato de pintar para engendramento de uma outra realidade, antípoda ao que chamam de real empírico, lugar onde sucede a interação entre os homens, seus objetos, seus sistemas de valores, suas maneiras de agir ou representar. E suportando todas as atribulações, sendo espécies de marionetes, em um eterno embate com as forças que nos chegam à nossa revelia, impondo mando e jugo. </span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhNK9vmEpoQeCDMfjjkLkHDcM5flYCmAeenR7oEUOka_ww6VOsw7Eg9wY4-H5664EDu-xgy5aNdLQ1sf5rx5GSn1TRm3BEdBhjT1UfLDvFHjlfiKqZPnHl3gg9U-PVHeaW8wito5MpFQs0GYwuboSsgFv0whKWU4NyunR9sSsJjyNvRVs33EYJ3BQUgS5sO/s1600/IMG-20231015-WA0099.jpg" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em; text-align: justify;"><img border="0" data-original-height="1596" data-original-width="1600" height="319" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhNK9vmEpoQeCDMfjjkLkHDcM5flYCmAeenR7oEUOka_ww6VOsw7Eg9wY4-H5664EDu-xgy5aNdLQ1sf5rx5GSn1TRm3BEdBhjT1UfLDvFHjlfiKqZPnHl3gg9U-PVHeaW8wito5MpFQs0GYwuboSsgFv0whKWU4NyunR9sSsJjyNvRVs33EYJ3BQUgS5sO/s320/IMG-20231015-WA0099.jpg" width="320" /></a></span></div><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><span>Mas eis que temos a arte para nos redimir, uma dimensão outra perpetrada por uma singular presença no mundo, consignando contornos, inventando perspectivas, percebendo ângulos inusitados, alterando a ordem ditada pela </span><span>Ideologia, fazendo-nos crer em uma possível outro jeito de pensar. Enfim, o que de um imo singular emanou, dessa presença individual chantada nos logradouros da realidade, de um que ousou pensar diferente e tornou essa matéria em arte, eis a suprema capacidade de expressar uma pluralidade, um coletivo, uma etnia, um país, um dado momento histórico e o seu Ar do Tempo. </span></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Antes do mais, há que dizer que farei uso livremente das funções da linguagem propostas pelo linguista russo Roman Jakobson (1896 – 1982). Sua proposta das funções da linguagem é bastante dúctil, possibilitando que se analisem outros sistemas semióticos, não apenas a Língua. O termo Linguagem amplifica-se a todo e qualquer fenômeno da cultura, sendo que à medida que houve uma evolução dos primeiros agrupamentos humanos de caçadores e/ou agricultores, a língua foi se impondo como um dos mais importantes meios de comunicação, dada a sua versatilidade e economia de paradigmas conformando um sintagma. Quer dizer, um reduzido número de fonemas é capaz de dar conta de línguas circunscritas a áreas geográficas ou etnias com o mesmo laço de parentesco. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><span>Mesmo assim, as artes visuais seguiram paralelas, organizando representações por meio de escrituras rupestres nos abrigos e cavernas, também em baixos-relevos sobre o granito, como se tivesse sido riscado pela mesma pedra. Esses são apenas alguns exemplos. Para além da dimensão mágico-religiosa, havia a necessidade de expressão de um indivíduo à cata </span><span>de inscrever fora de si uma outra realidade. Eis o que motiva o surgimento da arte enquanto fenômeno de cultura, da mesma forma o que impulsiona aos que, parece, sentem necessidade de cumprir determinada ordem vinda das regiões mais profundas do seu íntimo. </span></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhLbKr_VO6f2b_Ak1wXh7jL4a8eMaTk37azJAi6aDN95uVNVid13rPk5Wi-oj2QBwNe4E3UquSD5GGHk52VvKYWo_rwPEnqy5SNvJtMLcMM1rjQsb6SCuImZhzBFO5wyc62YDFx04a3doY0oW13S3Yj0aNRjndKbT6WYWti_5AtorcGQtIstG47hJRf1_OA/s1600/IMG-20231015-WA0098.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: justify;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1570" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhLbKr_VO6f2b_Ak1wXh7jL4a8eMaTk37azJAi6aDN95uVNVid13rPk5Wi-oj2QBwNe4E3UquSD5GGHk52VvKYWo_rwPEnqy5SNvJtMLcMM1rjQsb6SCuImZhzBFO5wyc62YDFx04a3doY0oW13S3Yj0aNRjndKbT6WYWti_5AtorcGQtIstG47hJRf1_OA/s320/IMG-20231015-WA0098.jpg" width="314" /></a></span></div><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><div style="text-align: justify;">Esse conceito de Função Metalinguística empregaremos para analisar em uma perspectiva ensaística a obra de um pintor originalmente relacionada com o desenho, visto ter colaborado durante muito tempo como cartunista do jornal Gazeta do Oeste, tendo despertado para a pintura em 1988. Aqui já expusera seu talento em um desenho firme e detentor de uma dicção extremante criativa. </div></span><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Separaremos, para fins didáticos, sua obra em três arranjos. As naturezas mortas, as paisagens e as marinhas. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><span>Suas naturezas-mortas detém características bem particulares, começando por manusear uma rica paleta de cores e seus respectivos tons. Expressa o pleno domínio da luz que esplende sobre arranjos de flores ou frutas isoladas, em um preciso sombreamento. A luz nessas telas assoma sempre de um </span><span>ponto, maneira arguta e sensível de fazer com que o objeto em cena quedado proeminente, resplandecendo a luz que ilumina a composição retratada por meio da técnica expressionista: consistentes pinceladas que mais parecem ter sido feitas de chofre, como se não houvera previamente o desenho. Evoca uma espécie de pressa, no melhor sentido que possa haver. As grossas pinceladas sugerem mais um artista pleno no domínio de seus meios. </span></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjWHnwnLqPFPNGZ8ta2f-JeTrLRr-nPR89DDWcF20R0n9CSH4CUM6p2AODfsfmjipSAZcbr90ZxvQHO0EePgIlFYYFwDZ77ZqJPSaot4XAqev2W8OJgXhdmwi6qg991PTCEjF8GZ-5D13eg-HJ0Yj6QmwbTa7Hk2AGWKM4BdNpGVbyIFCWKb52_JV_3OyVS/s1600/IMG-20231015-WA0097.jpg" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em; text-align: justify;"><img border="0" data-original-height="1579" data-original-width="1600" height="316" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjWHnwnLqPFPNGZ8ta2f-JeTrLRr-nPR89DDWcF20R0n9CSH4CUM6p2AODfsfmjipSAZcbr90ZxvQHO0EePgIlFYYFwDZ77ZqJPSaot4XAqev2W8OJgXhdmwi6qg991PTCEjF8GZ-5D13eg-HJ0Yj6QmwbTa7Hk2AGWKM4BdNpGVbyIFCWKb52_JV_3OyVS/s320/IMG-20231015-WA0097.jpg" width="320" /></a></span></div><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Tenho para mim, que os vasos de flores talvez sejam o que de melhor conseguiu fazer valer sua estética, em uma maestria capaz de lograr êxito a partir da sua experiência com as telas e os pincéis, demonstrando suas capacidades de imprimir uma hegemonia da cor sobre o desenho, em um despotismo de formas, cores e contornos capazes de desmistificar o retratado como lugar agradável e puramente decorativo. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">O Expressionismo enquanto estilo histórico ou escola vinculada às vanguardas que surgiram no início do século XX, caracteriza-se por buscar a transmissão de emoções por meio de uma técnica muito parecida com uma forma abrupta de transmitir para a tela o real e seu entorno. Isso mesmo, uma espécie de pressa ao colocar em grossas camadas ou pinceladas, com espátula ou pincel, o que se apresenta ao olhar ou se movimenta no entorno do artista. Desse modo, alguns procedimentos empregados desde sempre são esquecidos. Basta ver como os vasos com flores estão muito mais do lado de insculpir emoções do que imprimir na composição um equilíbrio de formas ou procedimentos desde sempre buscados por escolas de pinturas do passado. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhhB_ghknDGIshXM_7z1ogqXOAr4eZnnTeoZWFXVjyZkV91I_yS-AV5GQmF2rYJFIoyUHLMcDcq0wcM5l47Yiay2HWO7g0oImdGOUdsFdIw4P2uemxc2paiktferX7uQvCJZp0GqwDGIkarUrTIlxPke_toKNToB2WtCeLUqwv4zz7-_B82_oUGoBtccb80/s1600/IMG-20231015-WA0096.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: justify;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1554" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhhB_ghknDGIshXM_7z1ogqXOAr4eZnnTeoZWFXVjyZkV91I_yS-AV5GQmF2rYJFIoyUHLMcDcq0wcM5l47Yiay2HWO7g0oImdGOUdsFdIw4P2uemxc2paiktferX7uQvCJZp0GqwDGIkarUrTIlxPke_toKNToB2WtCeLUqwv4zz7-_B82_oUGoBtccb80/s320/IMG-20231015-WA0096.jpg" width="311" /></a></span></div><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><div style="text-align: justify;">Por isso, fomos buscar adjutórios, para efeito de compreensão, nas funções da linguagem. Essas telas referendam uma arte que se dobra sobre si mesma, como se quisesse testar o código. Assim sendo, podemos inscrevê-la como uma arte metalinguística, na medida em que não busca retratar aspectos tendo em vista uma cópia da realidade, como por exemplo, a estética Realista, Romântica ou Acadêmica. Ao dobrar-se sobre si mesma, acaba por revelar o caráter de que estamos diante de um objeto no qual outorga um discurso de que não passa de uma composição, cuja organização cromática chama atenção para as possibilidades de se plasmar algo que pode até remeter a um referente do real, mas não se quer uma cópia deste. </div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_xRw2S6RQ6bWIW94VicQefcrO-otARzMzeDPZeh9hw7FSF3eWYX6v8sw9vJ7f0HIWhN5jNZFd_TdffRZVtNcl_OJtr0xU7qQY6UKCZj32khT76kDeQvCNF0_Y1gGg0BYjAyGmsCqV6hIkleNGfuR2p0Ro3dPbmur6qBEFYuQOH_rFw9BMeKEi6-z6bXfj/s1600/IMG-20231015-WA0095.jpg" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em; text-align: justify;"><img border="0" data-original-height="1578" data-original-width="1600" height="316" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_xRw2S6RQ6bWIW94VicQefcrO-otARzMzeDPZeh9hw7FSF3eWYX6v8sw9vJ7f0HIWhN5jNZFd_TdffRZVtNcl_OJtr0xU7qQY6UKCZj32khT76kDeQvCNF0_Y1gGg0BYjAyGmsCqV6hIkleNGfuR2p0Ro3dPbmur6qBEFYuQOH_rFw9BMeKEi6-z6bXfj/s320/IMG-20231015-WA0095.jpg" width="320" /></a></div></span><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><span>As paisagens propostas por Laércio Eugênio também remetem ao que acima discorremos, no sentido de buscar a luz, sendo que aqui procura captar a luminosidade natural, quer seja nas praias, quer seja em ermas zonas, parecendo muito mais fruto da imaginação do que factíveis de existirem. Reforçando a ideia de recortes do real muito mais como desculpas para se </span><span>elaborar o luzir claro de um possível sol e uma possibilidade de encetar contrastes entre cores e nuances que se opõem, como o azul, a terracota e o verde. </span></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Com efeito, encontramos nas telas amplos céus azuis, conformados por meio de espessas pinceladas em diversos tons dessa cor. A perspectiva é conseguida quase sempre através de alguma nuance, não do desenho, que desaparece, para dar espaço e vida às cores que entram na composição. Sugere precisão e uma falsa urgência, pois sabemos que essa espécie de técnica requer tempo, silêncio e um olhar atento, distanciando-se, vez em quando, para saber a exata medida do que se está elaborando. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhwgBcei2lVfn0pfWKRiCzxYro-vqFllFz5kDTTwf1oCaQ_OiGEwbdu574e1BLzTLDQOs0AohlmUHJv-RZyn04ReVipbbJZ3fyvhyReTxoIml8ITTPMC9A5jOcESU0rEFSzfADBwdM3b6A5IRrAsqvEZGcSEdEO2pYEhOXFHuUJXh8snNAD30e5Q0_OW_2h/s1600/IMG-20231011-WA0000.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: justify;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1576" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhwgBcei2lVfn0pfWKRiCzxYro-vqFllFz5kDTTwf1oCaQ_OiGEwbdu574e1BLzTLDQOs0AohlmUHJv-RZyn04ReVipbbJZ3fyvhyReTxoIml8ITTPMC9A5jOcESU0rEFSzfADBwdM3b6A5IRrAsqvEZGcSEdEO2pYEhOXFHuUJXh8snNAD30e5Q0_OW_2h/s320/IMG-20231011-WA0000.jpg" width="315" /></a></span></div><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><div style="text-align: justify;">Fica difícil não chamar atenção para a luz, com sua clara transparência, assim como se passasse direto, vinda do firmamento, não recebendo nenhum obstáculo. O artista consegue com destreza alcançar, com imensa propriedade, esse privilégio das zonas rurais ou de algumas cidades nordestinas. </div></span><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><span>Por fim, vejamos o virtuosismo do artista em dos seus temas principais, as marinhas. São detentoras de imensa beleza cromática, fazendo valer o que ousou e usou nas paisagens. Nada devendo a ninguém. Limita-se a engendrar suas telas, como pessoa um indivíduo discreto e sem nenhum vestígio de soberba, apenas transforma em paisagens marítimas as ordens que emanando seu interior. Esse mando e necessidade que forças da natureza demandam transformar em “energia” uma “dínames” (Aristóteles). </span><span>Assim como se fosse uma imanência, algo que chafurda dentro de si, ansiando por se tornar Arte. E com o pintor Laércio Eugênio, encontramos esse A no melhor sentido, de benfazejos objetos incorporados aos que o cotidiano já detém, sendo que na Arte, e sobretudo nas marinhas, há uma nova forma de contemplar a realidade, na medida que há um diferencial, pois refrata o que formos acostumados a ver ou o que nos dizem como ver. Aqui há um novo projeto de vida: transmitir sentimentos por meio de uma determinada maneira, ou seja, de como se assenta a realidade no interior do artista. E assim ele transmite, por meio da sua pintura, as emoções que rebentam em seus músculos, ossos sangue, estrumando os cães adormecidos na sua alma, fazendo com que se transformem em uma outra realidade possível.</span></span></p>Blog da Folha Patuensehttp://www.blogger.com/profile/14372539843078443479noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5714290950613218993.post-6748169332328852292023-10-11T05:09:00.003-07:002023-10-11T05:12:28.818-07:00Especial: Padre Antônio: caridade pastoral e entrega ao amor <p><b><i><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Por Márcio de Lima Dantas </span></i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i><span style="color: #fcff01;"> <span style="font-size: large;"> "Boni de sui difusi" </span></span></i></b></p><p style="text-align: left;"><b><i><span style="color: #fcff01; font-size: large;"> Santo Agostinho </span></i></b></p><p style="text-align: center;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjQOc2RtKPjrGjrRidkB5RZ6rK9oja9e6iyfpkAygm24DV3-zTb8jTA-5rYJaZktd459oEtI5aSL-mCau3alE08V927gowKKpCf4ofKGRY4s5kjgkyE4du1c6KvIRhzvb_STw41UydV50r0ngzo3KatUJASj4f4CS60CIHfITNb_tYFW9tzVroXYeQj-H_8/s176/IMG-20231002-WA0002.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="color: #fcff01;"><img border="0" data-original-height="176" data-original-width="98" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjQOc2RtKPjrGjrRidkB5RZ6rK9oja9e6iyfpkAygm24DV3-zTb8jTA-5rYJaZktd459oEtI5aSL-mCau3alE08V927gowKKpCf4ofKGRY4s5kjgkyE4du1c6KvIRhzvb_STw41UydV50r0ngzo3KatUJASj4f4CS60CIHfITNb_tYFW9tzVroXYeQj-H_8/w178-h320/IMG-20231002-WA0002.jpg" width="178" /></span></a></div><span style="color: #fcff01;"><br /><span style="font-size: large;"><br /></span></span><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Como discorrer acerca de uma pessoa que não tive convívio ou acesso a fontes primárias sobre seu comportamento e sua estada no mundo? Onde resido é muito distante de onde ele atuou como sacerdote militante, cumprindo o carisma da sua ordem, esse bem advindo do sagrado, voltando se para a comunidade: os padres da Sagrada Família, desde sempre responsáveis pelo Santuário de Na. Sra. dos Impossíveis, localizado em um contraforte da Serra de Patu. Por vezes, reverbera no meu íntimo frases melódicas de um hino, assim dizendo: Vai trabalhar pelo mundo afora / Eu estarei até o fim contigo. / Está na hora o Senhor me chamou / Senhor aqui estou. Encontrando-me assim, tal como no primeiro terceto da Divina Comédia, de Dante Alighieri (Tradução de Cristiano Martins, Belo Horizonte: Itatiaia). </span></p><p><b><i><span style="color: #fcff01; font-size: large;"> </span><span style="color: #fcff01; font-size: medium;">No meio do caminho desta vida </span></i></b></p><p><b><i><span style="color: #fcff01; font-size: medium;"> achei-me a errar por uma selva escura, </span></i></b></p><p><b><i><span style="color: #fcff01; font-size: medium;"> longe da boa via, então perdida.</span></i></b></p><p><span style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Como não sabia, dirigi-me a quem poderia saber. Achei por bem recorrer ao amigo e benfeitor da cultura o Prof. Aluísio Dutra, que, por sua vez, indicou me o poeta José Bezerra (Antônio Martins, 1948), pois este conviveu na Capela de Santa Teresinha com o Pe. Antônio e suas obras filantrópicas. Pe. Antônio Shulte-Wrede era responsável pelas atividades missionárias e pastorais do Santuário do Lima e da Matriz de Na. Sra. das Dores. Desde sempre já o conheci idoso, com uma longa barba branca, vestindo o hábito do cotidiano dos sacerdotes da sua Ordem. Era uma batina firme no corpo, que se destacava pela cor de um bege mais fechado. Ao que parece, era uma espécie de indumentária usada no dia a dia, diferente da maior parte dos clérigos, que é preta. Sim, já usava uma bengala para se apoiar. Por coincidência ou uma benfazeja sincronicidade, estava eu passeando na ala circular da igreja do Santuário. De repente, Pe. Antônio pegou no meu braço e me pediu para conduzi-lo até a última casa que ficava debaixo da pousada. Alegou que chegara um seu amigo, precisava acolhê-lo e dar assistência. Interessante que pegou uma pessoa aleatoriamente; no caso, eu, uma espécie de compreensão do humano como se todos fossem previamente bons, incapazes de negar uma pequena ajuda. Não teve mais nada, foi só isso. De outra feita, ele se encontrava na pequena sacristia, local onde estavam os objetos necessários à liturgia, das duas igrejas: uma no nível do rez-do-chão, a outra no andar de cima. Havia um senhor, com sua esposa e duas filhas. Este tinha trazido um presente para Na. Sra. Dos Impossíveis: uma rede. Fiquei parado e observando. Esse homem disse alguma coisa, Pe. Antônio recebeu com enorme gratidão a rede nova. Provavelmente, esse senhor, vindo do Ceará, dera o que detinha de maior valor. Foi assim que aconteceu. Juro que é verdade. O clérigo não fazia distinção entre os romeiros, amparando, conversando e prestando assistência. Aos domingos descia a serra e celebrava missa na Capela de Santa Teresinha. Quando terminava, distribuía confeitos e biscoitos para as crianças. Todos faziam uma grande festa. A comunidade ao redor da capela sempre foi imensamente grata a esse sacerdote condutor não apenas de uma mensagem espiritual, de evangelizador cuja missão era cumprir votos de dedicação para com o seu semelhante, também apascentar seu rebanho, mas ajudava no que podia às pessoas. Recorrendo a demandas enviadas a sua família e amigos da Alemanha, reconstruiu a pequena capela, ampliando o tamanho para que houvesse maior conforto. Todas as quinzenas entregava às famílias necessitadas cestas básicas.</span></span></p><p><span style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"></span></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgFBDOxOJQtuKzPNc8fG4Qfn4i1qdZ7TKzuOTlFQJBl9epDZft02c7sh3ccjrR7fj0XLmzwgiRsMXIdXjYNLDp8VQN5kSh7Fs0By_8XSVJt8dV3p4_7wwnqT8wfxicW9ukG5VFpbF36g6D53Z5qqeeq__XUujwgf_UhYC5TQ5k8guNDMLomd9pAcJqkjw8X/s455/IMG-20231002-WA0001.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="455" data-original-width="297" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgFBDOxOJQtuKzPNc8fG4Qfn4i1qdZ7TKzuOTlFQJBl9epDZft02c7sh3ccjrR7fj0XLmzwgiRsMXIdXjYNLDp8VQN5kSh7Fs0By_8XSVJt8dV3p4_7wwnqT8wfxicW9ukG5VFpbF36g6D53Z5qqeeq__XUujwgf_UhYC5TQ5k8guNDMLomd9pAcJqkjw8X/s320/IMG-20231002-WA0001.jpg" width="209" /></a></span></div><span style="color: #fcff01; font-size: large;">O pastor conduzia como se fosse natural, como se houvera nascido desde sempre com essas ordens atávicas, os símbolos do mangual e do cajado. Não ficava só nisso. Procedia adjutórios aos que precisassem, retelhamento de casas; pequenas melhorias, tais como tetos, portas e janelas, sobretudo após as chuvas. Caso os moradores nada tivessem, pagava a mão de obra. Após a celebração da missa no Santuário, descia para a cidade com o intuito de prestar assistência aos enfermos. Bastante cansado retornava por volta das 10h, sempre a pé, recusando eventuais transportes. Acabou por sofrer uma queda que o levou a ser cadeirante. A partir dessa condição, não ouve mais mudança, mas ninguém pense que Pe. Antônio abandonou o seu ministério, os serviços dedicados, a missão que parecia habitar seu ser, mesmo sabendo que não tinha mais tanto tempo. Pouco tempo depois veio a falecer no hospital da cidade, tendo sido velado na Igreja Matriz, a população se fez presente, com muita gente se despedindo, sobretudo os que residiam no entorno da Capela de Santa Teresinha, pois fora lá que prestou muitos serviços ao menos favorecidos. Foi sepultado no outro dia no Santuário do Lima, ao lado do túmulo de Pe. Henrique Spitz. Seus restos mortais foram trasladados para Juazeiro do Norte (CE). Tem uma coisa muito interessante e curiosa sobre esse sacerdote. Ele residia no que chamavam de Casa dos Padres. Durante o reitorado de Pe. Henrique, os padres tinham um apelido para ele: Santo Antônio. Não passava de uma brincadeira elogiosa. Quando se ausentava, os padres diziam: Santo Antônio está para chegar. Isso mesmo, temos que proclamar sua memória como dádiva de um homem dedicado a fazer o bem, por meio de um serviço permanente de fé, esperança e caridade. </span><p></p><blockquote style="border: none; margin: 0px 0px 0px 40px; padding: 0px; text-align: left;"><p style="text-align: justify;"><b><i><span style="color: #fcff01; font-size: medium;">*Agradeço imensamente ao poeta José Bezerra, residente na cidade há 40 anos, poeta e ocupante da cadeira número 2 da Academia Patuense de Letras e Artes. Sem seus preciosos informes, esse texto não teria sido possível.</span></i></b></p></blockquote>Blog da Folha Patuensehttp://www.blogger.com/profile/14372539843078443479noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5714290950613218993.post-791411198630271052023-10-04T04:52:00.000-07:002023-10-04T04:52:01.598-07:00Especial: Café Santa Clara e Casa Paris.<p style="text-align: justify;"><b><i><span style="color: #fcff01;">Por Márcio de Lima Dantas</span></i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i><span style="color: #fcff01;">Professor de Literatura Portuguesa da UFRN</span></i></b></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01;"><br /></span></p><p style="text-align: center;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><i> “Só agravava o prato que comia”</i></span></p><p style="text-align: center;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><i>Adágio popular.</i></span></p><p style="text-align: center;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhK1RwlCT25RAxHXUg8-7KsGmkkfHreesht83vbJzzGSNTiuapCLMPUjOcRWxI4vHoZRR9itnkK7qfPU4e94EjzbVHduU_mBXLs1HoKcLiGJFxp7YfkQPWYjYf3sAf4RT89JVDlOOVldhEWMVRcON52R3jOKn5Wi8JDUgdOrbXxacWUxXitcYcP4bF81CiN/s400/PicsArt_04-17-10.10.29.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="color: #fcff01;"><img border="0" data-original-height="247" data-original-width="400" height="198" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhK1RwlCT25RAxHXUg8-7KsGmkkfHreesht83vbJzzGSNTiuapCLMPUjOcRWxI4vHoZRR9itnkK7qfPU4e94EjzbVHduU_mBXLs1HoKcLiGJFxp7YfkQPWYjYf3sAf4RT89JVDlOOVldhEWMVRcON52R3jOKn5Wi8JDUgdOrbXxacWUxXitcYcP4bF81CiN/s320/PicsArt_04-17-10.10.29.jpg" width="320" /></span></a></div><span style="color: #fcff01;"><br /><span style="font-size: large;"><br /></span></span><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Na rua Capitão José Severino, bem próximo a um logradouro no qual estavam estacionados carros de praça, que serviam de aluguel, tais como Rurais ou Jeeps, do lado esquerdo, havia um reputado café, espécie de restaurante e bar, conhecido pelas deliciosas iguarias expostas aos clientes. Era o Café Santa Clara, pertencente à senhora Severina Dias da Silva (30.07.1910 – 27.10.1986). Vendia-se bolos, doces, queijos, chocolates de diversos tipos, pudins, bolinhas de carne, linguiça, buchada, conservas, enlatados. Havia uma clientela cativa, aumentada nos sábados, nos quais ocorria a concorrida feira semanal.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Severina de Cunegundes era uma senhora baixa, um pouco corpulenta, vestia-se sempre com roupas discretas. Além de ser responsável pela coordenação da feitura das comidas oferecidas para a venda, também estava em pé, atrás do balcão, atendendo a freguesia. Cordata, todos a respeitavam. Era impossível vê-la sem estar envolvida em alguma espécie de atividade, seja do café, seja da casa de morada, extensão nos fundos, dando ir até a outra rua defronte da igreja matriz, no qual havia uma bela fachada, com uma pequena área coberta por uma linda trepadeira, perfumada durante à noite, e uma grade de ferro. Quase ninguém detinha essa planta em seu jardim.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Botando sentido no que foi a vida de Severina de Cunegundes, é próprio dizer de uma estreita relação com o trabalho. Pusera a razão da sua existência em uma rotina cujo labor ocupava quase o tempo inteiro. Não se sabe se tivera o que se chama vida social, das pessoas “mais ou menos”, nos clubes da cidade, nos bailes de carnaval, nas associações que congregavam senhoras católicas, como o Apostolado da Oração, ou qualquer outra aglomeração de diversão ou festa cívica.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Na verdade, sua vida parecia restrita à casa, espécie de clausura que voluntariamente construíra. Sintomaticamente a casa estava encostada as duas outras vizinhas, sem beco ou oitão permitindo abrir um espaço. Pouco se via o movimento da casa se olhássemos para a frente que dava para a ampla praça da Igreja Matriz. Essa mulher desde sempre lançara âncoras que a conduzia a um cotidiano eivado de horas nos quais o relógio clamava seus mecanismos, lembrando dos compromissos, escandindo o cotidiano por meio de um ritmo intitulado trabalho. Isso mesmo, o café ocupava seu corpo e sua cabeça, não havia mais espaço para nada, a não ser uma redobrada atenção com os agregados da casa: Tião, Chico, Maura e Raimunda. Um ou outro podia ter laços de sangue, contudo, a maioria foi se achegando, despertando relações de afeto, demandando cuidados, incorporados à casa, em um movimento inconsciente de organizar uma família, pensando muito mais em si, nesse cultivo amoroso, do que nos outros.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">O certo é que se torna difícil separar uma coisa da outra. Ao haver uma doação e um cuidado para com o outro também procedemos a uma medida de nossa capacidade de amar e sermos amados. Cada um dos quatro acima aludidos, comportava uma quota de responsabilidade, de acordo com as sessões do café, podia ser levar os mandados ou a compra de algum insumo, como Tião; também podia ser a feitura de comidas, como é o caso de Raimunda ou Maura. Ninguém havera de se dar ao luxo de nada fazer. Quando o dia chegava, todos implicitamente já sabiam o que lhes competiam elaborar, a quantidade e a qualidade.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Assim sendo, o exercício diuturno do trabalho era entendido como uma maneira não apenas de preencher o tempo com um minério edificante, mas muito mais como uma compreensão das horas dedicadas às atividades requeridas pelo café, conduzindo a uma explicação do estar no mundo, por meio de ganhar a vida através do suor, elevando o trabalho a um patamar mais alto, imprimindo respeito e dignidade, nada devendo a ninguém, dando-se o luxo de não ter resposta para dar a ninguém. Apenas elaborar uma funcionalidade que, por sua vez, engrandecia e deixava a alma plena de uma virtude eleita como a condimentadora da vida com especiarias capazes de dar bom sabor a tudo que fazia de boa vontade.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_ZQ010xdqvdtRrkednxzHBUci2Xp1ryUXjl5FCtcZmP2PiG1X6fsaz8aqRloJ02_LTLX4zdWf2PMYfm_CzhgezR5C4Ziox1qL7kibRxv58o9oYvEWeD9HFn4dCKa27PFI8-PrrbWhbZHrSSxLIjclql2pi8nAsxhPEZHJpK0ZyXAGxTRx06wDqwmCNpVa/s320/PicsArt_04-17-10.15.39.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="320" data-original-width="294" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_ZQ010xdqvdtRrkednxzHBUci2Xp1ryUXjl5FCtcZmP2PiG1X6fsaz8aqRloJ02_LTLX4zdWf2PMYfm_CzhgezR5C4Ziox1qL7kibRxv58o9oYvEWeD9HFn4dCKa27PFI8-PrrbWhbZHrSSxLIjclql2pi8nAsxhPEZHJpK0ZyXAGxTRx06wDqwmCNpVa/s1600/PicsArt_04-17-10.15.39.jpg" width="294" /></a></span></div><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Agora vamos nos deter sobre o proprietário da Casa Paris, o mais sortido armarinho de miudezas, não só da cidade, massa de toda a região ao derredor. Era o Sr. Cunegundes Hemetério da Silva (03.03.1902 – 12.04.1981), ajudado por Chico. Aos sábados, como o movimento era maior, quase sempre tinha uma mocinha que ajudava a atender a clientela. Ficava difícil dizer quem era o mais calado dos dois, se o Sr. Cunegundes ou seu filho adotivo Francisco Dantas de Rezende (18.05.1938 – 02.12.2008).</span><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">O armarinho fazia jus à sua fama, com uma variedade enorme de materiais dedicados ao ataviamento de roupas sociais, de banho ou de cozinha. Podíamos encontrar gripi de todas as cores, sianinhas, fitas de toda largura, bicos, enfim, tudo que dissesse respeito aos arremates finais de uma costureira sobre uma roupa, concedendo uma dimensão estética a vestimenta.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">A vida desse senhor limitava-se a administrar o seu negócio. Sabendo o caminho da loja até o café, onde era sua casa. Andava sempre lentamente, como se contasse os passos de uma vereda desde muito conhecida, pouco ou nada lhe interessava dos transeuntes, se iam ou se vinham. O importante era encerrar o dia cansado, com seu dever cumprido. Malgrado o cansaço de músculos e ossos, provava da brisa do entardecer, como se ela aportasse no seu frescor a aprovação desse bem estar com os outros, com sua família, mas, antes de tudo, consigo próprio, que é o que mais interessa e o mais importante, diante da vida e de sua obrigatoriedade de não cairmos em um vazio existencial. Por isso, o sensato e o saudável que é trabalhar, ocupando a cabeça com amanho de uma ocupação digna e edificante.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Com efeito, desenvolve-se uma boa maneira no amanho de dias sempre iguais. Isso interessa pouco aos que compreendem a vida como amar e trabalhar. Assim adquire-se uma lídima autonomia perante seus semelhantes, que podem até mangar, mas nunca capazes de dizer que o outro incorre em erros e práticas contra quem quer que seja. Não dá nada a ninguém, mas também não quer nada de ninguém. De maneira sutil e silenciosa lança o outro contra a parede; encostado, serve de exemplo a quem ousar chegar perto com suas piadas, ironias e deboches, tão caros a parte da população.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">O Sr. Cunegundes não era afeito a polêmicas que a nada conduzem. Com sua forma de vida, plena de discrição e silêncio asseverava a quem interessasse estar com ele ou contra ele, parecia dizer sem falar: “Com licença, mas eu vou passar”.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Por fim, não tenho muito mais a dizer. Gostaria de falar dos agregados que se fizeram família, Raimunda Dias de Barros (05.06.1954), chegou com seis anos, era sobrinha de Da. Severina. Os outros três não eram parentes de sangue: Maura chegou com nove anos, Chico chegou com cinco anos.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Parece que sua boca, ao nascer, recebera um lacre possível de emitir tão somente discursos eletivos, configurando uma natureza comportamental que o conduzisse a uma liberdade interior, sem o compromisso ou a responsabilidade de ser refém do que pronunciara.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Chico, ocluso em uma aura de silêncio, mesmo em rodas neutras de homens pertencentes ao senso comum, já não sabia se nascera assim ou o exercício do lacre na língua advinha de uma sujeição ao contínuo exercício desde criança, em uma mescla de timidez e indiferença ao que acontecia no seu entorno.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">E se era de encontrá-lo onde quer que fosse? Estava sempre com o aspecto asseado, discretas roupas limpas, sapatos pretos envernizados. Encostava-se nas paredes, ao se juntar a outros homens matando o tempo. Encerrado em si mesmo, restava a dúvida se estava prestando atenção às conversas ou seu espírito vagava em algum lugar no ermo da caatinga da região.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">O mundo para Chico de Cunegundes estava restrito a um segmento de rua entre o armarinho e o café. O diâmetro de espaço no qual circulava era exíguo. Parecia se sentir seguro em lugares com pleno domínio e visibilidade do que ali sucedia, sendo possível haver uma previsibilidade no comportamento dos grupos de homens passando as horas nas calçadas, nas horas menos tépidas da tarde. Talvez fosse pouco afeito às pessoas desconhecidas, evitando surpresas que não estivessem consoante suas demandas interiores.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Raimunda, sobrinha de Da. Severina, viera de um sítio para estudar na cidade, bem como ajudar a Tia na casa e no café. Tinha apenas seis anos: uma mocinha destemida e trabalhadeira. Logo quando chegava da escola, dirigia-se à tia, para saber o que estava pendente e quais eram suas obrigações do dia. Estava sempre de prontidão, nada recusando fazer, afinal já era uma mocinha. Formou-se e aposentou-se como professora.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Havia uma outra pessoa que também era agregado, Tião, da família Rodrigues, responsável por efetuar os mandados. Ao que parece, a Sra. Severina atraia pessoas de boa índole e com capacidade de trabalhar, compreendendo que é por meio da labuta diária que se edifica, sobre a rocha, a morada da vida.</span></p><p style="text-align: center;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhlurHFCeDK94Kr55r4QnSxLFeXpy9lctzsrVXuC1bXXtymWPjoiaYLVSVdJdji_LwRnWfXXf5ganEMckwtni6iRndMMED15k9cio81o0pkNcTHTtE2kkuBAHEYMFrrm8nGm6axhssfY6WaORijqKObKSCafk3ZPERlmFChazjl2vfM8q-K65kUClU-lf1x/s320/PicsArt_04-17-10.06.56.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="color: #fcff01;"><img border="0" data-original-height="224" data-original-width="320" height="224" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhlurHFCeDK94Kr55r4QnSxLFeXpy9lctzsrVXuC1bXXtymWPjoiaYLVSVdJdji_LwRnWfXXf5ganEMckwtni6iRndMMED15k9cio81o0pkNcTHTtE2kkuBAHEYMFrrm8nGm6axhssfY6WaORijqKObKSCafk3ZPERlmFChazjl2vfM8q-K65kUClU-lf1x/s1600/PicsArt_04-17-10.06.56.jpg" width="320" /></span></a></div><span style="color: #fcff01;"><br /></span><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEia0_sy4KYYBI95YTpLEyBBE62ze23Yz92ues3GPDR_xrDrgLt8vjq_Fo4Dzq8eYg_fBlVd7AuYjyBwJ74YfJwbRQqIhKkYoCBWyElah3OWinCvlCprj4gvM8aPT4Io7sUD95T6zGfnbG_cKobwjZIOnK7Zsp0zV3WGIlHJlSg6refKzzyg88RdJu0jenG9/s320/PicsArt_04-17-10.12.14%20(1).jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="color: #fcff01;"><img border="0" data-original-height="320" data-original-width="192" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEia0_sy4KYYBI95YTpLEyBBE62ze23Yz92ues3GPDR_xrDrgLt8vjq_Fo4Dzq8eYg_fBlVd7AuYjyBwJ74YfJwbRQqIhKkYoCBWyElah3OWinCvlCprj4gvM8aPT4Io7sUD95T6zGfnbG_cKobwjZIOnK7Zsp0zV3WGIlHJlSg6refKzzyg88RdJu0jenG9/s1600/PicsArt_04-17-10.12.14%20(1).jpg" width="192" /></span></a></div><span style="color: #fcff01;"><br /></span><span style="font-size: large;"><br /></span><p></p>Blog da Folha Patuensehttp://www.blogger.com/profile/14372539843078443479noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5714290950613218993.post-86510241937041885372023-10-04T04:36:00.001-07:002023-10-04T04:36:09.186-07:00Antônio Silvino no Rio Grande do Norte.<p><i><b>Autor: Raimundo Soares de Brito - Raibrito. Membro da SBEC.</b></i></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjusSA-s9DJOLigkCEa9cSnL-TykevqgEdxskcrzDxkjOViM3zmc9cVClij5qn4MHMpO3YagWece9HhHRWHctcYp0xgpMsMDoVl067QusF4DkFDFs_7ATQwffu9VhbwAsDhrC_0WkWdSLt2UK2vkqAikzaAQg3s_-8FZw_MYqfp8MLu9q3JEHbMDKRj7n7Y/s400/ASgrafite.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="400" data-original-width="331" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjusSA-s9DJOLigkCEa9cSnL-TykevqgEdxskcrzDxkjOViM3zmc9cVClij5qn4MHMpO3YagWece9HhHRWHctcYp0xgpMsMDoVl067QusF4DkFDFs_7ATQwffu9VhbwAsDhrC_0WkWdSLt2UK2vkqAikzaAQg3s_-8FZw_MYqfp8MLu9q3JEHbMDKRj7n7Y/s320/ASgrafite.JPG" width="265" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both;"><i><span style="font-size: x-small;"><b>Antônio Silvino</b></span></i></div><div class="separator" style="clear: both;"><i><span style="color: #fcff01; font-size: x-small;"><b>Grafite (18/08/1993) de Guilherme Augusto - funcionário da Petrobras, baseado em foto do cangaceiro, publicada no livro “Antônio Silvino: O Rifle de Ouro”, de Severino Barbosa (Arquivo SBEC)</b></span></i></div></div><span style="color: #fcff01;"><br /></span><div style="text-align: center;"><span style="color: #fcff01;"><br /></span></div><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Dizem que o Dr. Raul Fernandes, depois do sucesso alcançado com o lançamento de “A Marcha de Lampião”, partiu para uma outra caminhada no roteiro do cangaço: organizar um outro livro, baseado nas incursões de Antônio Silvino e seu bando, no nosso Estado, e assim o fez com o título de “Antônio Silvino no Rio Grande do Norte”.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Conforme se sabe, três chefes de bando armado, deixaram os seus nomes inscritos no livro do cangaço, e na mente das populações sertanejas, de maneira indelével, nesta região: Jesuíno Brilhante, Antônio Silvino e o mais famoso de todos – Lampião.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Cada um, porém, com a sua história, contada ou escrita com as características próprias e diversificadas, na maneira de agir, ditadas pelo estado temperamental de cada um e pelas condições ecológicas do meio ambiente, na época em que viveram e atuaram.sim faço: dessado.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_mAVputm0CoRvkHD_ewZmxcBv-_CO29eiyIDY9eW3OeIY6dKcV9ZbGXVmhYFUZipxmfu5XBzmVkcR-4Fhls2pIpVChxJ3eMdKzYH7Qnc33lxQxHCnfDJ2LQoQ-cwLFS7oLSRnsKYQ4GXKv6jm3isTyWQR9rtiTfyGQVvYRa_ztvB8EfCQ1GxlZM3DhZg4/s300/jesuino%20brilhante.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="168" data-original-width="300" height="168" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_mAVputm0CoRvkHD_ewZmxcBv-_CO29eiyIDY9eW3OeIY6dKcV9ZbGXVmhYFUZipxmfu5XBzmVkcR-4Fhls2pIpVChxJ3eMdKzYH7Qnc33lxQxHCnfDJ2LQoQ-cwLFS7oLSRnsKYQ4GXKv6jm3isTyWQR9rtiTfyGQVvYRa_ztvB8EfCQ1GxlZM3DhZg4/s1600/jesuino%20brilhante.jpg" width="300" /></a></span></div><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Jesuíno Brilhante, cronologicamente o primeiro, na nossa região, não foi um celerado qualquer, salteador e sangüinário como tantos. Não. Tinha os seus homens, o seu grupo, é certo; muito mais para se defender da polícia e dos seus numerosos inimigos, do que para a prática do assalto criminoso à propriedade alheia. Não roubava. Sensível ao sofrimento dos humildes, dos injustiçados e desprotegidos da própria sorte, se fez deles protetor. Dizem que assaltou comboios do governo em época de seca, distribuindo os gêneros com os flagelados. A sua história se acha contada pelo escritor conterrâneo Raimundo Nonato em “Jesuíno Brilhante – O Cangaceiro Romântico”.</span><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEix5zbX9jBkcQIAjlr884YB9wO3tFjjQWqIbijc5I21HgwVb3l-myeW9v5rBtxaRbnYotavDH4mlExmKpsQtdV9RssFXlqM9wkgkSG8syn6PoA1NajbDGrr_148ig9hyphenhyphen5EDplWUBEJmY8KwjktPM_MFlNx1cHRJ2O4P_IWW5ZSf-ichKmXU-y_sERtyLbh4/s252/antonio%20sulvino.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="252" data-original-width="200" height="252" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEix5zbX9jBkcQIAjlr884YB9wO3tFjjQWqIbijc5I21HgwVb3l-myeW9v5rBtxaRbnYotavDH4mlExmKpsQtdV9RssFXlqM9wkgkSG8syn6PoA1NajbDGrr_148ig9hyphenhyphen5EDplWUBEJmY8KwjktPM_MFlNx1cHRJ2O4P_IWW5ZSf-ichKmXU-y_sERtyLbh4/s1600/antonio%20sulvino.jpg" width="200" /></a></span></div><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Antônio Silvino – de quem nos ocuparemos demoradamente neste comentário, em alguns aspectos – e sem que pese a prática de alguns assaltos – tinha lá as suas maneiras de agir, muito semelhantes às de Jesuíno Brilhante. De modo geral, também não assaltava. Mandava um recado, ou, pacificamente se apresentava ele próprio ao chefe da localidade ou ao fazendeiro abastado, a quem fazia o seu pedido, dizia das suas necessidades e das suas pretensões. Uma vez atendido, desaparecia, sem a ninguém molestar.</span><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">“Antônio Silvino, pernambucano, usou o rifle dezoito anos. Atravessou o Rio Grande do Norte, pacificamente” – diz o Dr. Raul Fernandes no livro que escreveu sobre Lampião. Este, ao contrário dos dois, foi a expressão máxima do cangaceiro nordestino. Implantou o terror. Foi em síntese, o crime personificado, matando pelo prazer de matar; roubando, pelo prazer de roubar.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">No ano de 1901, Antônio Silvino acossado pela polícia paraibana, penetrou no Rio Grande do Norte. Foi exatamente quando se deu o chamado “Fogo da Pedreira”, na fazenda desse nome, pertencente ao Cel. Janúncio Salustiano da Nóbrega, do município de Caicó. Olavo Medeiros Filho residente em Natal, sabe como tudo aconteceu.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Ainda em 1901, há notícia de que esteve em São João do Sabugí. Dizem que, com a sua chegada, com exceção da casa do Sr. Manoel Amâncio, todas as outras da pequena povoação, foram fechadas. Na casa de Amâncio, Silvino foi pacífica e amistosamente recebido. Uma coleta de duzentos mil réis feita pelo seu hospedeiro entre as pessoas mais abastadas da terra, foi o suficiente para que o bandoleiro abandonasse a localidade “internando-se ainda mais neste Estado” – dizia o noticiário da época.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">No ano de 1912, esteve em Jucurutu e Augusto Severo, atual Campo Grande. Muito embora Mossoró não tivesse no seu roteiro de visitas, os seus habitantes ficaram em polvorosa: “Uma notícia alarmante correu célere pela cidade nos dias agitados de maio de 1912. Teria sido visto no Alto da Conceição um presumível comparsa de Antônio Silvino” – é o que nos conta Lauro da Escóssia no seu livro de memórias, dizendo mais que “o comércio fechou as portas, o povo se aglomerou, enquanto as autoridades de imediato tomaram as providências cabíveis organizando a defesa da cidade. Mais tarde, tudo estaria esclarecido: Um comerciante da praça reconhecera no suposto ‘perigoso cangaceiro’, um seu freguês, também comerciante em Alexandria, que, quase pagava com a vida as canseiras da viagem” – conclui Lauro.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Vem dessa época, o fato que motivou esse relato.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Na sua visita a Augusto Severo – por sinal bem sucedida – Antônio Silvino deixou um recado para o povo de Caraúbas, dizendo que em breve iria até ali, com o mesmo propósito. O recado foi transmitido pelo Padre Pinto, então vigário de Augusto Severo, ao Bel. Alfredo Celso de Oliveira Fagundes, que ali se encontrava em trânsito.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">O Dr. Alfredo, recém-investido no cargo de Juiz Distrital de Caraúbas, cioso dos seus deveres de guardião da lei, não viu com bons olhos a descabida e pretensiosa atitude do bandoleiro e ao chegar a sua terra, onde também já havia chegado o “ultimatum” de Silvino, encontrou o chefe local e demais autoridades sobressaltados e desalentados ante a perspectiva da indesejável visita.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Foi quando o juiz tomou a arrojada decisão: assumiu a responsabilidade da defesa do lugar e mandou dizer ao bandoleiro que, “podia vir, mas que seria recebido à bala” – aquela mesma resposta que Rodolfo Fernandes daria mais tarde a Lampião.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">É claro que Antônio Silvino não gostou da resposta e mandou-lhe o troco com esta terrível ameaça:</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">“Pois diga a esse dotôzinho, que breve irei lá. Vô rasgá a sua carta de dotô, queimar a sua casa, esquartejá-lo e depois dinpindurá os seus restos nos postes dos lampiões da luz...”.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Imediatamente a população foi mobilizada. Alberto Maranhão no Governo do Estado, cientificado, mandou “um cunhete de balas (1.000 cartuchos)”. As lideranças locais e fazendeiros convocados atenderam ao chamamento do juiz e de repente 40 rifles estavam a sua disposição. Vários dias a então vila de Caraúbas esteve em pé de guerra na expectativa do ataque iminente, mas Antônio Silvino não apareceu para “rasgá a carta do dotô...”.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">De tudo ficou o fato e a foto documentando para a História um acontecimento, fruto de uma época de atraso que já se vai encobrindo na curva do tempo.</span></p><p style="text-align: center;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgKRAbsbp2zTk3KEHtcVxPxy9nlHiqvhOgbwcCZm2rY0Sne2K4Lf8V_88ogqjdK8foEpe3JAG96ooqiBC3MOl4UqsNfOzpg9payaWAs6KIxoH9UX4r0-nPWp4Xvj3dR5jk0fpw-ZeuVZk-AdO9ddZWrK5YNY0ajjEW7LLkGR60EeJ0HlATiure3Gz8k8k9A/s400/Caraubastrincheiras.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="color: #fcff01;"><img border="0" data-original-height="241" data-original-width="400" height="241" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgKRAbsbp2zTk3KEHtcVxPxy9nlHiqvhOgbwcCZm2rY0Sne2K4Lf8V_88ogqjdK8foEpe3JAG96ooqiBC3MOl4UqsNfOzpg9payaWAs6KIxoH9UX4r0-nPWp4Xvj3dR5jk0fpw-ZeuVZk-AdO9ddZWrK5YNY0ajjEW7LLkGR60EeJ0HlATiure3Gz8k8k9A/w400-h241/Caraubastrincheiras.JPG" width="400" /></span></a></div><span style="color: #fcff01;"><br /><span style="font-size: large;"><br /></span></span><p></p><p style="text-align: center;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Grupo de defensores de Caraúbas ao ataque de Antônio Silvino:</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><i>Francisco de Souza, Nilo de Góis, Francisco Amâncio, Elizeu Noronha, Francisco Brasilino, João Cisneiros de Góis, Firmino Gurgel, Osório Pinto, Abel Fernandes, Pedro Oliveira, Manoel Rosa, Mariano Soares, João Neiva, Samuel Mário, Nestor Fernandes, Vital Fernandes, Bento Sobrinho, Bertoldo Soares, Josué de Oliveira, Valério de Freitas, João Câmara, Manoel Darico, Elísio Fernandes, Pedro Fernandes, Joaquim Amâncio, Deodoro Gurgel, Lino Ademar, Manoel Teopompo Fernandes, Jacob Gurgel, Luiz de Oliveira, Joaquim Gurgel, Nestor de Oliveira, Dr. Alfredo Celso, Cícero Fernandes, Raimundo Costa, Manoel Arruda, José Dantas e Matias Fernandes.</i></span></p><div style="text-align: justify;"><br /></div>Blog da Folha Patuensehttp://www.blogger.com/profile/14372539843078443479noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5714290950613218993.post-12407276909883977112023-09-26T16:08:00.001-07:002023-09-26T16:08:10.579-07:00Especial: E por isso nunca saí da escola.<p> </p><p style="text-align: justify;"><b><i><span style="color: #fcff01; font-size: medium;">Por Márcio de Lima Dantas.</span></i></b></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjjSuqf-R9QXc-N0IOAnwZUzya58qHmQGileQ34GfjjZRyMWAv2AXpiO2kodwi1XTIUJhH5bPySETkQhIm5nebCqpB9F2d-XjX3ycmZDn0JseTUdmCvJDyel5EyFu05ML7Zgni-fHjEZUU_8JVEdeDvJj5DzMD6W-_ILyRZSbq0z-8mEPhE-Ypiw9D9HtrL/s167/professora.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="167" data-original-width="132" height="167" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjjSuqf-R9QXc-N0IOAnwZUzya58qHmQGileQ34GfjjZRyMWAv2AXpiO2kodwi1XTIUJhH5bPySETkQhIm5nebCqpB9F2d-XjX3ycmZDn0JseTUdmCvJDyel5EyFu05ML7Zgni-fHjEZUU_8JVEdeDvJj5DzMD6W-_ILyRZSbq0z-8mEPhE-Ypiw9D9HtrL/s1600/professora.jpg" width="132" /></a></span></div><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Outrora, se bem me lembro, minha experiência na escola foi uma grande descoberta, não apenas para ler e escrever, para contar, mas, sobretudo, descobrindo quem eu era, quais as identificações, em que lugar me sentia protegido, também algo que me acompanhou durante toda a vida: não permitir que o convívio em sociedade ultrapassasse minhas expectativas e domínio acerca do meu entorno. </span><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Ora, não posso deixar de reconhecer esse traço da minha personalidade como um defeito, na medida em que logo me entendi por gente já foram dizendo o quão eu era autoritário e mandão. Mas, leitor amigo e indulgente, podemos tentar compreender esse ethos advindo de regiões pelágicas da minha personalidade? </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Vou logo avisando, não me carimbem com apelidos delineadores de uma caricatura da minha pessoa, na medida em que certas virtudes presentes em algumas personalidades, se observadas na prática como gestos de entrega e compaixão, proclamam um ser compreendendo as relações humanas como espaço de produção e edificação de tudo o que faz fronteira com o Bem. Não faço um autoelogio, pois nunca aconselhei ninguém a me comprar por santo. Não é? Vai perder o dinheiro. Apenas quis falar de como se organiza um comportamento. Creio que todos sabem disso. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Isso posto, vamos falar da minha jornada na escola. Traçarei uma linha cronológica, envergadura de significado e sentido com os nomes dos que foram meus mestres. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Élia era muito bonita, com seus longos cabelos, morava em frente da minha casa, filha de João Camilo e Da. Fransquinha. Ela é meu mito fundacional quando necessito tratar da escola. Aprendi as primeiras letras naquela antiga Carta de ABC, bem como tirar as contas por meio das quatro operações, na Carta da Tabuada. Meus amigos de brincadeiras de rua também eram seus alunos. Havia que ter essa etapa, para desasnar a criança. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Lourdes deu continuidade, em uma atitude pedagógica mais avançada, pois já se conhecia, toscamente, reconhecer as letras, formar as sílabas e soletrar. Parece que soletrar não integra mais o currículo dos iniciantes. Lamentável, </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">visto que o aluno capaz de soletrar, também dava um grande impulso a se compreender o funcionamento da linguagem, por conseguinte, para os mais sagazes, acessavam um conhecimento da gramática do mundo e da sintaxe dos indivíduos. Lourdes lecionava em grande mesa de fornida madeira. Havia um objeto que jamais tinha visto: um ábaco. Lembro de ter ficado extremamente curioso. Era preso em um dos quatro extemos da mesa. Cheguei a aprender a manusear, realizando com sucesso as quatro operações matemáticas. Residia na casa de Seu André e Da. Luzia, e fora por um tempo secretária do Ginásio Comercial de Patu, quando Petronilo Hemetério Filho foi diretor, </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Nice de Rael, filha de Rael e Minervina, famosa por ser benzedeira, curava crianças e enfermos. Será que havia maior prazer do que ser aluno de Da. Nice? A sala de aula ficava encostada na casa de seus pais. Não havia uma pessoa mais refinada em sua educação e amabilidade para com todos. Todo mundo sabia que passar pelas mãos dessa mulher sempre contente com a vida, dando sonoras gargalhadas, era imprescindível no processo de ler e escrever. Chamava a atenção, vistas pela primeira vez, das carteiras escolares de madeira, justapostas umas às outras. Era desnecessário reclamar ou falar sério com os alunos, todos a respeitavam. Quem sabe, pela primeira vez, estava consolidada em minha cabeça o quanto era importante o respeito em um lugar dedicado ao conhecimento, ao livro como valor, aos que partilhavam esse gosto, enfim, a uma espécie de espaço sagrado., </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Teresinha de Noemi, mãe de Silvanete, Gislaine e Sílvio Filho. Também era separada do que fora esposo. Aqui também se encontrava a fileira de carteiras, postas na sala de estar, pois ela residia junto com os filhos nessa casa. Conhecida pelo rigor com relação à disciplina, desde o início, até o fim da aula. Ao que parece, seus ensinamentos concerniam à primeira série primária. Assim como se fosse uma antecipação, antes de chegar nos Grupos Escolares. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Quando fui matriculado para estudar no Grupo Escolar João Godeiro, não entrei no primeiro ano. Estava adiantado, já conhecendo os conteúdos dessa série. Fui considerado apto a ir direto para o segundo ano. Foi a minha primeira escola formal, pois as demais inscreviam-se no que chamavam de “particulares”. Findara um ciclo no qual havia uma interrelação maior com a mestra. Agora era uma sala de aula completa de gentes de todas as formas e jeitos. Como se um certo anonimato presentificava-se, lançando cada um, menino ou menina, em uma possibilidade de selecionar aqueles com os quais se identificava. Não havia a necessidade de conviver com todos. Creio que </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">esse caráter de um tanto de anonimato na verdade fez com que uma liberdade chegasse com seu prumo, deixando o indivíduo mais ancho de si, permitindo uma saudável insolência, organizando através de uma determinação e livre arbítrio uma identidade e graus de parentesco que não são os impostos pela família, sopros de vento adentravam pelas janelas do estabelecimento, separando as pertenças e apartando com discreto silêncio o que se quer, o que interessa, o que se identifica. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">O Grupo Escolar João Godeiro era a única escola pública da cidade, servindo a todas as classes sociais. Detinha a particularidade, em sua arquitetura, de todas as escolas edificadas naquele tempo. Do lado direito havia um longo corredor, com três salas de aula. Seguindo o rumo dos dois banheiros encontrava-se um grande pátio coberto. Aqui ficávamos sentados no chão, alguns recreavam de outras maneiras. Logo na entrada, um balcão de alvenaria, era o local de distribuição da merenda escolar. Consegui alcançar um tempo da “Aliança para o progresso”. Conduzia conosco latas de alumínio vazias, com tampa. As merendeiras enchiam com leite em pó. Para as pessoas muito pobres, com bebês em casa, era um bom adjutório. Oposto ao corredor, havia um pequeno apartamento no qual habitava a pessoa responsável pela limpeza das instalações. Era um ambiente simpático: sala, quarto, banheiro e cozinha. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Como disse, fui matriculado na segunda série primária, cuja professora, Adalzira Brilhante (separada de Raimundo Solano, irmão de Alvanir e Mário Solano). Tinha uma filha adotada, Izonária. Residia em uma casa simples, do lado direito de quem segue para o Alto. Estava sempre bem vestida, indumentárias simples. Seu cabelo amarrado nas costas, e um par de óculos de lentes grossas. Detentora de uma incomensurável paciência com seus alunos, ficando na cabeceira da mesa, mas sem perder o rigor e a exigência para com os deveres de casa. Sempre era possível encontrá-la nas missas. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">A minha professora da terceira série foi Neide de Quincola (apelido de Joaquim Belarmino de Andrade, filho de Biia, irmão de Teteca). Por seu turno, Neide era filha de Lídia Munguzá, renomada parteira, irmã da bordadeira Anita de Chiquinho, esposa de João Munguzá. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Além de deter um amplo conhecimento das matérias lecionadas, apelando para a disciplina e cobrança dos conteúdos ministrados, era extremamente espirituosa, sempre fazendo brincadeiras com o comportamento e o jeito de ser de cada aluno. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Finalmente, um professor para encerrar o chamado Ensino Primário, Sr. Benício, oriundo do Crato, fora sacristão durante muito tempo do Santuário </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">de Na. Sra. Das Dores, sabe-se que tivera vizinho à casa dos padres, uma escolinha para os habitantes permanentes ou trabalhadores das obras da igreja. Casado com Zulmira, pai de Betânia e Maria do Socorro. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Detinha um temperamento de homem cordato e pronto a servir sua família ou os amigos. Sua rotina se restringia a uma simplicidade franciscana: de casa para o grupo, e vice-versa. Sempre estava na calçada, balançando-se em uma cadeira de fitilho. Quando da sua presença na sala de aula, os alunos compreendiam a obrigação de respeito para com o senhor de cabelos brancos. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Tudo transcorria naturalmente, através de uma fluência presentificada por meio de algo tacitamente acordado entre as duas partes. Eu trago conteúdos para vocês, ministro com todo afeto, estou cumprindo meu papel de professor, sou pago para isso. Todos nós, em uníssono, amamos o senhor, estamos aqui para aprender, exercemos o ofício de aprendizes, decantando as ciências, a matemática e a gramática em um assoalho sólido, para conduzir ao longo da vida, sua lembrança será rememorada como um dos pilares que sustentam nossa presença no mundo. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Para encerrar, penso que ficou bem claro o motivo pelo qual nunca saí da escola. Adianto dizendo que me aposentei como professor da UFRN (Professor de Literatura Portuguesa), carreira iniciada em 1993. Foi algo que eu escolhi, pois tive que me reprofissionalizar, tendo antes feito um outro curso, que nada tinha a ver comigo. Está tudo encerrado, pago, não devo nada a coisa alguma, tampouco busquei o troco. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Logo com dezoito anos, fui contratado pela Prefeitura de Mossoró, professor de Ciências e Matemática, na Escola Municipal Joaquim Felício de Moura, poucas vezes tinha sentido tanto prazer em estar em um lugar, cujos alunos eram operários, pedreiros, padeiros, mulheres que trabalhavam na fábrica de roupas. Eu só sei de uma coisa, fiz a minha parte e fui cúmplice dessas pessoas lançadas para as linhas de pobreza e para o anonimato de uma sociedade extremamente cruel para os menos favorecidos. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Também fui professor de uma escola em uma pequena cidade nos arredores de João Pessoa, chamava-se Cidade do Conde. Sim, eu ia esquecendo de uma coisa. Antes dos dezoito anos, fui professor particular de reforço dos dois filhos da minha prima Zenaide, sobrinha de papai. Como professor particular, também ministrei aulas em Campina Grande, para os filhos de uma senhora chamada Adma Timane, creio que era de ascendência libanesa. Não me lembro dos dois rapazinhos.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Que forças do meu íntimo teriam me lançado ao encontro desse lugar onde encontrei realização e prazer de viver? O que eu era enquanto menino que a escola me outorgou segurança e equilíbrio para tornar os dias detendo um componente que transcendia as atribulações ou o que não saia de acordo com o planejado, quer fosse amizade, que dissesse respeito ao amor? Acho difícil responder, eu só sei que lecionar, pesquisar, ler e publicar passaram a ser o sal da minha vida. Exultate! Jubilate! E nada nem ninguém foi capaz de extrair isso de mim, pois era uma espécie de tesouro que não somente me continha, mas eu o continha. Qual a minha Magnum opus? E eu lá sei! Nada em específico, muito mais o conjunto, a trajetória, o caminho, de cabeça erguida. Pacem in terris.</span></p>Blog da Folha Patuensehttp://www.blogger.com/profile/14372539843078443479noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5714290950613218993.post-80118672110935390312023-09-17T06:48:00.001-07:002023-09-17T06:48:10.116-07:00Especial: A casa de Quincas Saldanha nos Arredores de Caraúbas.<p> <b><i><span style="color: #fcff01;">Por Márcio de Lima Dantas.</span></i></b></p><p style="text-align: center;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiYJS7J4fJH-94P5IpSZd8D91KSw3Bc_O-QMBk5WWZh2MJ0j2YCS4gyEq-ECenaJk1N-mOQgmsCcXYFMTkazH1wVSufO0dd_g7OTAtvfpluPEiBKOVD2K-l_fxGfIoheknN3V3a40sv9_EDYKevsmuH0kOCPCFe1ybir2_KX-vW9mXcMe1Qw59_qPmF5bAJ/s1304/IMG-20230917-WA0015.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="color: #fcff01;"><img border="0" data-original-height="823" data-original-width="1304" height="253" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiYJS7J4fJH-94P5IpSZd8D91KSw3Bc_O-QMBk5WWZh2MJ0j2YCS4gyEq-ECenaJk1N-mOQgmsCcXYFMTkazH1wVSufO0dd_g7OTAtvfpluPEiBKOVD2K-l_fxGfIoheknN3V3a40sv9_EDYKevsmuH0kOCPCFe1ybir2_KX-vW9mXcMe1Qw59_qPmF5bAJ/w400-h253/IMG-20230917-WA0015.jpg" width="400" /></span></a></div><span style="color: #fcff01;"><br /><span style="font-size: large;"><br /></span></span><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Joaquim Silva Saldanha nasceu em 11 de dezembro de 1872, faleceu em 14 de junho de 1936, na cidade de Caraúbas. Era Coronel da Guarda Nacional, latifundiário de terras no Rio Grande do Norte e Paraíba. Essa titulatura, menos remetia a se considerar como um quadro de uma instituição nacional, e mais como espécie de título encomiástico que imprimia a quem houvesse tê-lo, poder e valor, visto está quase sempre atrelado a personagens da região Nordeste caracterizados pela posse de grandes datas de terras e ao criatório de animais adaptados à região do Semiárido. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiNHdyhNqcE1B_pftzxvRFc1hL9PGIi-yaIwh7qCvig4uAAHZP2_XNQ6WQIpAHenovzHPMBI3Rdqndt_ngzuA0xGVEZADxvOoDajCvRtXhvA5SjqdUZr9TB6_zI-g76sxEWL3TkIHiG9H3QPvugHeAiMGf0Abx-IeoJSMzdyrgCSdBo2r9sHTAPm1cuXncX/s917/IMG-20230827-WA0026.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="917" data-original-width="558" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiNHdyhNqcE1B_pftzxvRFc1hL9PGIi-yaIwh7qCvig4uAAHZP2_XNQ6WQIpAHenovzHPMBI3Rdqndt_ngzuA0xGVEZADxvOoDajCvRtXhvA5SjqdUZr9TB6_zI-g76sxEWL3TkIHiG9H3QPvugHeAiMGf0Abx-IeoJSMzdyrgCSdBo2r9sHTAPm1cuXncX/s320/IMG-20230827-WA0026.jpg" width="195" /></a></span></div><span style="color: #fcff01; font-size: large;">O Coronelismo foi uma instituição extremamente importante na gramática do teatro social, desde sempre das gentes habitantes sertões adentro. Foi casado com uma prima, a Sra. Joaquina Veras Saldanha, tendo gerado dez filhos. Passou e residir na casa dos arredores de Caraúbas em 1920. </span><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Vinculado ao patriarcado das gentes nordestinas, administrava suas propriedades rurais como um legítimo senhor de terras e gentes. Residiu por muito tempo em duas suas fazendas: Fazenda Aldeia e Fazenda Amazonas, sendo que nessa época estavam localizadas no município de Brejo do Cruz. Na época, a aristocracia agrária se confundia com a política. Em assim sendo, </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">participou da Revolução de 30 como um dos chefes no Rio Grande do Norte, filiado ao Partido Nacional Socialista. Era conhecido pela alcunha de “Gato Vermelho” (Informações acima podemos encontrar no livro A história continua... Saldanha & Veras, de Francisco Galbi Saldanha, Natal: Fundação Vingt-un Rosado, 2021) </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjrKkt1jvc_NDEixmH2AofHWIXahjJm-PrE4YCwvK_OJ-yNxZj7EVf2kvvPtzR2B-FyNMIrfJEL3fjE9yDbUfuuOhpbxCUlQ4BFsPd7SSPqq9wKxSrxL0PU-2ulqYpfav0G-K9DarL-xAvPi4VK8NjiVMkiYRCNwxdgwQx5Fc7JHfkhMf7V40HLGbsc4h52/s640/IMG-20230827-WA0025.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="480" data-original-width="640" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjrKkt1jvc_NDEixmH2AofHWIXahjJm-PrE4YCwvK_OJ-yNxZj7EVf2kvvPtzR2B-FyNMIrfJEL3fjE9yDbUfuuOhpbxCUlQ4BFsPd7SSPqq9wKxSrxL0PU-2ulqYpfav0G-K9DarL-xAvPi4VK8NjiVMkiYRCNwxdgwQx5Fc7JHfkhMf7V40HLGbsc4h52/s320/IMG-20230827-WA0025.jpg" width="320" /></a></span></div><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Saindo da região Assu/Mossoró, com destino à região Sertão do Apodi, adentrando pelas quentes terras que caracterizam as condições climatológicas oriundas das bodas entre um sol inclemente e da ausência de chuvas, sobretudo quando assoma a estação seca, eis que podemos encontrar a cidade de Caraúbas. Pouco antes de chegar à zona urbana, do lado esquerdo, ergue-se uma casa que quase obriga os passantes nos automóveis a contemplar. É o que ficou conhecida como a “Casa de Quincas Saldanha”. </span><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">A casa parece refletir a personalidade do seu proprietário. Os traços arquitetônicos são inequívocos ao primar pela ordem, equilíbrio e sobriedade, lançando para distritos outros que abriga o emotivo, sentimentos de arrebatamento do espírito ou os chamados pulsares que ficou conhecido </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">como coisas do coração. A própria cobertura de telhas, com sua água anterior declinando para a fachada sugere ao visitante que se achega à casa firmar seu contato primeiro com a residência. Não há como negar, um monumento erguido não somente pela sua funcionalidade de habitar e servir de abrigo, mas ergue-se discreta simplicidade de linhas retas, como objeto estético a ser contemplado e fruído. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg0JsTJXvyRkIUjPU4hVdTK91t8XBFI4I6asQlgHbbc4T4lBvukbONmNwnsqh-E0XR1vbhS0fLBcd3Um-B98JZI-yqyYXPPRen74dC0dvSakBJn7DqpxNWUupv05OsZXCNrBsWaWDV9HdG7392dWoA9NxUA5CHRD7e6DIcTv16VuJWpMO9z-ZWZMS_-HaQ4/s1504/IMG-20230917-WA0018.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="1020" data-original-width="1504" height="217" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg0JsTJXvyRkIUjPU4hVdTK91t8XBFI4I6asQlgHbbc4T4lBvukbONmNwnsqh-E0XR1vbhS0fLBcd3Um-B98JZI-yqyYXPPRen74dC0dvSakBJn7DqpxNWUupv05OsZXCNrBsWaWDV9HdG7392dWoA9NxUA5CHRD7e6DIcTv16VuJWpMO9z-ZWZMS_-HaQ4/s320/IMG-20230917-WA0018.jpg" width="320" /></a></span></div><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Com efeito, essa fachada, ausente de porta de entrada, ergue-se a partir de uma cumeeira que cai em duas águas. Ao invés do que tradicionalmente consta na arquitetura dita clássica, visto que as duas águas mestras encontram-se no cume do telhado, conformando um triângulo retângulo cujo pico do telhado é o encontro das duas águas, aqui é diferente, remetendo muito mais as casas construídas em regiões quentes. A altura possibilita a entrada e a circulação do vento, refrescando o interior da casa. A porta de entrada localiza-se do lado direito, onde há um oitão largo e longo, separando essa casa da residência do que parece ser a de um morador. <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhVgr1WMHXCLruBRL_t9Mff0cKq5R5kO0WriOSmOTFzlkWyKAmOMcK1KuZr_PObE1BACEb0rf_iCbvpMGvO2NZv1I4GyIl_A7Fn_HATC_8dMTA5ScMVWxDRLKlx9vnxek2Z78czZ6iBZsXCR07Xa-hnWljdnRIgY9gz-_0i66uNEYKQ63bl2X6rf-skAsLt/s1600/IMG-20230917-WA0017.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1097" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhVgr1WMHXCLruBRL_t9Mff0cKq5R5kO0WriOSmOTFzlkWyKAmOMcK1KuZr_PObE1BACEb0rf_iCbvpMGvO2NZv1I4GyIl_A7Fn_HATC_8dMTA5ScMVWxDRLKlx9vnxek2Z78czZ6iBZsXCR07Xa-hnWljdnRIgY9gz-_0i66uNEYKQ63bl2X6rf-skAsLt/s320/IMG-20230917-WA0017.jpg" width="219" /></a></div></span><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Retornemos à fachada principal. Há uma platibanda de pouca altura, se considerarmos uma linha que sobrepõe todo um retângulo circunscrevendo as duas faces exatamente iguais, quer dizer, podemos riscar uma linha cortando a fachada ao meio: teremos duas janelas de cada lado, dentre outros elementos ornamentais, também com presença bilateral, provocando uma suave harmonia no espírito de quem avista a casa pela primeira vez. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Dessarte, a platibanda com essa compleição, deixando nu o telhado que cai para a fachada principal, não consegue esconder o que ficou conhecido como sua função. A saber, disfarçar ou esconder o que recobre uma casa. Talvez essa obrigação de obliterar o telhado ou elementos da cumeeira, como madeira mais espessas ou caibros, esteja relacionado às residências urbanas, de cidades pequenas ou não, no qual a aparência deve ser algo valorizado. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Há quatro janelas, cuja porta de entrada do lado direito permitiu que se organizassem os elementos acima citados. Toda estrutura e repartição em cômodos remete à arquitetura das casas sertanejas, apenas a fachada refoge, evocando em sua compleição as casas urbanas, embora esta detenha um requinte estilístico que a faz conter em seu conjunto uma planta que diz respeito a determinadas tradições estéticas dos estilos históricos que podemos, sem muito esforço, encontrar os traços. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Isso posto, ainda temos a levar em consideração formas que persistem na História da Arte desde sempre, emergindo de vez em quando, consoante a necessidade ou demandas de condições históricas relacionadas a povos ou países. Eis o caso do Barroco. Alguns pesquisadores apontam as </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">especificidades do cone semântico nos quais determinados elementos integrantes das edificações do século XVII. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Isso não quer dizer que essa escansão seja rígida, como se ao findar determinado Ar do Tempo, imediatamente encerrassem as formas de sentir e agir de grupos sociais. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Essa digressão nos permite compreender e classificar o estilo da casa de Quincas Saldanha como caudatária do que ficou conhecido como estilo Clássico, sendo que nesta todo o vocabulário de elementos manuseados encontram-se estilizados ou são paráfrases, ou seja, não iremos encontrar o glossário de referente aos elementos integrantes das edificações grecolatinas. Contudo, um expectador mais atento encontrará os princípios que regem a arquitetura dessa tradição que sempre acompanhou a História da Arte ocidental. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Faz-se necessário remarcar a compleição da fachada. Apenas as quatro janelas detém um caráter funcional, na medida em que servem para deixar a luz iluminar o interior dos cômodos, bem como permitir a circulação do vento, refrescando e funcionando como “limpador” das energias paradas do interior da casa. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Podemos observar uma série de elementos em autorelevo. Foi o que insistimos em nominar de estilização ou paráfrase. Cinco colunas quadráticas perfilam toda a fachada, tanto nos extremos direito e esquerdo quanto como adereços separadores das janelas. As duas janelas centrais são encimadas por espécies de frontões mais elevados do que o retângulo horizontal observado na totalidade da fachada. São puramente decorativos, sendo que destoam um tanto do conjunto, pois aparece e predomina a linha curva, sem ostentação ou extravagância. Ao que parece, imprime uma certa solenidade para visitantes, antes de chegar na calçada da herdade, sendo o que arremata todo o conjunto a existência de dois triângulos, com volutas voltadas para baixo. Há que remarcar o adorno presente em todas as estilizações das cinco colunas: conchas superpostas, encerrando lá em cima o ataviamento da platibanda. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Por certo, foi para compor uma harmonia, tendo em vista o aparecimento da linha curva, e sua reverberação, que puseram dois círculos no meio e em cada lado, uma redução em linhas gerais de uma flor, como soi acontecer em toda a História da Arte no Ocidente, no qual foi presença marcante no estilo </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Gótico. Sintomático que apareça justo nos dois lados da linha que separa a fachada em duas faces exatamente iguais. Essa forma da rosácea sempre foi manuseada no âmbito das edificações para serem usadas como janelas e </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">filtrarem a luz para o interior da construção. No nosso caso, os dois círculos com traços evocadores de uma rosa no seu interior, ou seja, a metonímia da parte pelo todo, visto não existir pétalas, mas riscos que emanam do centro, parecem sugerir insígnias invocadoras de uma geometria relacionada ao sacro, pois desde sempre as tradições religiosas relacionaram o círculo como totalidade, simbolizando Deus. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">De fato, consciente ou inconscientemente, organizou-se na fachada representante da moradia do Coronel Quincas Saldanha simplificações geométricas de formas que atentamente observadas podemos encontrar uma confluência de símbolos que reforçam o lugar social do seu morador. No caso dos círculos, eis a representação e presença do divino. O deus aqui presente é o relacionado às tradições da Igreja Católica, desde muito dominantes nesses sertões interior a dentro. Cúmplices e justificadoras de uma microfísica do poder, imperando por meio de alianças cujo Deus legitimava a ideologia do Patriarcado Rural. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Por fim, destacaremos a casa de morador do lado direito, edificada com extrema simplicidade. As duas águas seguem o paradigma das casas oriundas dos sertões: pé direito sempre alto, abrindo espaço interno para a ventilação, haja vista o clima tendo dias longos e quentes, esse artificio permite um tanto de conforto. Há uma porta e uma janela, na sua fachada nua, desprovida de qualquer ornamentação, quer dizer, tudo é funcional, mesmo a calçada um tanto alta, para nivelar o sítio onde está a casa. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Outra coisa é a parede circundante do curral, a qual foi construída em alvenaria, dividida meio a meio. A parte inferior é maciça, já a parte superior tem uma alternância de colunas separadas por espécies de ripas de concreto, em número de três. E assim segue o mesmo padrão, sendo que apenas na linha onde se encontra a porteira prevalece. Essa corporatura, provavelmente, não é muito comum nos currais das casas de moradores mais modestos ou mesmo detentor de vastas propriedades. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Para encerrar, se faz necessário proclamar a beleza da Casa de Quincas Saldanha, chantada nos ermos das terras agrestes do Semiárido. Sua simplificação geométrica nas formas expressa uma disposição de espírito inerente, quase sempre, aos que nascem sertões afora, voltados para rotinas vinculadas a um escandir do tempo preocupados com as duas estações: a seca e a chuvosa. Quando a seca se estende por muitos meses ou anos, há que buscar artifícios de sobrevivência, mesmo para pessoas abastadas, como é o caso do proprietário dessa herdade.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Por fim, gostaria de registrar uma informação acerca de Quincas Saldanha, o seu neto Joaquim da Silva Saldanha Neto (31.05.1937 – 28.07.1979), filho do Sr. Benedito Veras Saldanha (Beni Saldanha) e da Sra. Helena Saldanha, médico formado no Recife, sendo que faleceu no Rio de Janeiro. Beny era filho de Quincas Saldanha. Casou-se com a Sra. Isaura Amélia de Sousa Rosado Maia (*09.10.1947), em 09 de outubro de 1969, filha de Dix-Sept Rosado e Adalgisa Rosado. Esse médico exerceu a profissão em Mossoró, conhecido como gentil e generoso, querido pelos mais humildes, nunca recusando atender qualquer pessoa. Era agropecuarista de região de Campo Grande (RN) e Belém do Brejo do Cruz (PB).</span></p>Blog da Folha Patuensehttp://www.blogger.com/profile/14372539843078443479noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5714290950613218993.post-71841827724102178452023-09-12T07:52:00.003-07:002023-09-12T07:52:16.205-07:00Especial: O Cemitério Velho da Cidade de Patu.<p><span style="color: #fcff01;"><b><i> Por Márcio de Lima Dantas.</i></b></span></p><p style="text-align: center;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiHEJCOxrKeRN5MZmCxQvlhAwG9LJ9umhrYuZKGaIS7YgyCrcrr4fk8P-Hc_Ftsfm-eoebMXZJILP5TeRTZZYyqPQmyyZGP9I3Lp-wf83RO9tbQvf5OxJcs_vtJkRYDiVqnHc9wSmSu3HLzfsox5a0b6nCLVYlvGWlUtlZVlsxcuvQj3L0wkXwzglP6_ZYz/s750/WhatsApp-Image-2023-09-07-at-09.10.48-e1694435820301-750x430.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="color: #fcff01;"><img border="0" data-original-height="430" data-original-width="750" height="229" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiHEJCOxrKeRN5MZmCxQvlhAwG9LJ9umhrYuZKGaIS7YgyCrcrr4fk8P-Hc_Ftsfm-eoebMXZJILP5TeRTZZYyqPQmyyZGP9I3Lp-wf83RO9tbQvf5OxJcs_vtJkRYDiVqnHc9wSmSu3HLzfsox5a0b6nCLVYlvGWlUtlZVlsxcuvQj3L0wkXwzglP6_ZYz/w400-h229/WhatsApp-Image-2023-09-07-at-09.10.48-e1694435820301-750x430.jpeg" width="400" /></span></a></div><span style="color: #fcff01;"><br /><span style="font-size: large;"><br /></span></span><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Seguindo de fora a fora na rua Capitão José Severino, até o seu final, antes de adentrar pela Pça. Padre Henrique Spitz, observa-se, do lado direito, um muro branco com um portão de ferro escondido entre as casas, eis o que fora, provavelmente, o primeiro cemitério da cidade, hoje conhecido como Cemitério Velho. Embora pequeno, configura-se como um raro conjunto de feições uniformes; consabido é esse o simbolismo da arte tumular ou funerária. Os vivos erguem monumentos aos que partiram, homenageando-os, para a lembrança se perpetuar postumamente, não deixando que as tantas veredas e vicissitudes do cotidiano ocupem o lugar daquilo que se faz necessário evocar, bem como marcas indeléveis que durante certas convivências imprimiram virtudes ou defeitos, orgulhando-se, alguns, por deter vestígios de seus ancestrais. Não é certo que todos os jazigos ali encontrados detenham aspectos de quando foram erguidos, sobretudo no que diz respeito ao fato de todos serem caiados de um imaculado branco, refratador da translúcida luz presente nos áridos sertões adentro. A simetria bilateral pode ser apontada como princípio orientador de quase todos os túmulos. Ao se traçar uma linha vertical no meio do túmulo, consegue-se dividir o monumento em duas partes perfeitamente iguais.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixlb340GrE2Im-yp2g35oyqBDDIRxhuni7BjPvivixQEygfp_5GBR24pn-WI7rSozne1p0KXhzTgEeWzxR6suvdt36CnMkgUBMj7C5FOVZayJeyspUSeRN0aW_KIFDzLaWpG4T00VQsuyIVQx5f4y1ktnlZu8DPs9TQs_Y7qHb7pP_amCGEmwzs_fhcbQc/s258/cemiteriopatu01.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="195" data-original-width="258" height="195" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixlb340GrE2Im-yp2g35oyqBDDIRxhuni7BjPvivixQEygfp_5GBR24pn-WI7rSozne1p0KXhzTgEeWzxR6suvdt36CnMkgUBMj7C5FOVZayJeyspUSeRN0aW_KIFDzLaWpG4T00VQsuyIVQx5f4y1ktnlZu8DPs9TQs_Y7qHb7pP_amCGEmwzs_fhcbQc/s1600/cemiteriopatu01.jpg" width="258" /></a></span></div><span style="color: #fcff01; font-size: large;">De uma arquitetura extremamente simples, no qual predominam as linhas retas e os ângulos de 90º, constata-se um padrão regido por uma lógica triádica. Com efeito, predominam os jazigos como se fossem caixas cúbicas, sobrepondo-se, em número de três, sendo que toda essa estrutura queda-se sobre uma mais larga caixa retangular, assim como se apoiasse todo o pequeno edifício, simbolicamente lançando para o alto. Há que lembrar o significado do número três na Bíblia e nos rituais da Igreja Católica. Evocase a presença da Santíssima Trindade: Espírito Santo, Pai e Jesus. Outrossim, há que observar os túmulos lançando para o alto sua espécie de escadaria, ao que parece, sugerindo aquele que se encontra homenageado seu inexorável caminho em busca do alto, da glória e de uma redenção da realidade, lugar de dores e atribulações. O que consideramos como símbolo é uma representação ou discurso que lança o seu significante para um outro lugar, que não aquele onde está registrado. Ou seja, na arte funerária busca dizer algo diferente do que se à contemplação. É uma metáfora: como se fosse uma coisa no lugar da outra, imprimindo uma eficácia quer seja voltada para a jornada da morte ou remetendo às imagens ancestrais. Com efeito, é o caso da presença de uma rosácea em um dos jazigos. Esse elemento arquitetônico, bastante empregado nas catedrais góticas da Europa, organiza-se como um rendilhado com quatro pétalas – quadrifólio. O simbolismo da rosa diz respeito ao caminho espinhoso palmilhado no decorrer da existência, para, enfim, ascender a uma outra dimensão: a Glória, no qual se descansa eternidade adentro.</span><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjxBwi6lTcG52FARML-oXUrhVTqwPemRpfu9mNRoQnxU9CuPpnpHH5WO8NVFHbPX683Gr72JKsEskXUUvhPAnMfZqWy15_MpdIVIVMn5uyu3bNlJgNEmO1HJwg8dz4s2Z_CaR0qbjw8HqH5H78qvKt7IWStnKw7N0n9YE0T_0zN7qgAIaS2ERk-1FFKi0qw/s260/cemiteriopatu02.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="260" data-original-width="193" height="260" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjxBwi6lTcG52FARML-oXUrhVTqwPemRpfu9mNRoQnxU9CuPpnpHH5WO8NVFHbPX683Gr72JKsEskXUUvhPAnMfZqWy15_MpdIVIVMn5uyu3bNlJgNEmO1HJwg8dz4s2Z_CaR0qbjw8HqH5H78qvKt7IWStnKw7N0n9YE0T_0zN7qgAIaS2ERk-1FFKi0qw/s1600/cemiteriopatu02.jpg" width="193" /></a></span></div><span style="color: #fcff01; font-size: large;"> A simplificação das formas dos túmulos do Cemitério Velho assenta-se sobre um despojamento geométrico das formas, não permitindo que o visitante se deixe possuir por uma eventual quantidade de elementos que funcionem como detalhes para adornar; não havendo ostentação ou quaisquer elementos, remetendo aquilo, para quem contempla, algo que possa conduzir para seu íntimo, sua subjetividade, deixando-se possuir por emoções ou excesso de sentimentos. Há muito mais um respeito pela ancestralidade, pelo memento more, conduzindo-o para uma resignação face à morte. Não somente compreender que estamos no mundo em caráter provisório, mas que tudo é impermanente, que tudo se esvai, se esfarela, restando a todos os sencientes compreender cada dia como um dia a menos. Assim, há que se adquirir uma atitude resignada, pois não podemos interferir em um processo integrante da condição humana, resta o dobrar-se face às forças da vida, aceitando para deter uma melhor qualidade de vida. </span><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiyOFTQa1JUa4a6Q9OmjT5aajP4zLr1Ho1MMZfG4oekSHd0EBM1fy0WMTIHhy_l9F4WYp1-UMng-QvS2l9OSYxolqj7D-sX9Ma0tE1T9oa3Y9Q3t5Xe3BALjTbbHgJ59Ft_fXUOfkl7Bw8wu686vkmuxpcZDeogjBQvexL0AkZWzxm8hQvMEaHR8wZ9QGQj/s259/cemiteriopatu03.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="259" data-original-width="194" height="259" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiyOFTQa1JUa4a6Q9OmjT5aajP4zLr1Ho1MMZfG4oekSHd0EBM1fy0WMTIHhy_l9F4WYp1-UMng-QvS2l9OSYxolqj7D-sX9Ma0tE1T9oa3Y9Q3t5Xe3BALjTbbHgJ59Ft_fXUOfkl7Bw8wu686vkmuxpcZDeogjBQvexL0AkZWzxm8hQvMEaHR8wZ9QGQj/s1600/cemiteriopatu03.jpg" width="194" /></a></span></div><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Por fim, a antiga necrópole, embora tendo sida arrodeada por casas de moradores, considerando o crescimento da cidade, restando apenas uma parte do muro branco com seu portão de entrada, ainda vigora, para um ou outro que busca a herança dos antepassados, – aqueles assinalados por uma espécie de necessidade latejante em sua alma – e que por meio da escrita ou de outras formas de arte, buscam cumprir certas ordens que circulam no seu sangue, deixando registrado o que o vento do tempo sopra continuamente, na sua busca de a tudo destruir ou apenas deixar alguns vestígios.</span><p></p><div style="text-align: justify;"><br /></div>Blog da Folha Patuensehttp://www.blogger.com/profile/14372539843078443479noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5714290950613218993.post-74889322788254150982023-09-04T16:08:00.003-07:002023-09-04T16:11:28.541-07:00Junivan: O resguardo da memória visual por meio da pintura<p style="text-align: justify;"><b><i><span style="font-size: medium;"><span style="color: #fcff01;">Por Márcio de Lima Dantas.</span> </span></i></b></p><p style="text-align: center;"><b><i></i></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><i><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgyiqO-C8edaWdIFdq1VkgR521RjxDUsYLLNilD7K7P2az3VW43KaDhDGPpxCQGCW6p9Q1ce_DWEOnkWH8fBdnEPwIHW8AZ9vIP8AFVL25r6nSKawgL8PPBYDRCBy96TWZz_dKxwdtLkIVI1dTIif7ao-QOUe8b4TajO7Ca_ipk97c8iASOTb8UZWPR2Es_/s750/WhatsApp-Image-2023-08-31-at-13.23.24-750x430.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="430" data-original-width="750" height="229" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgyiqO-C8edaWdIFdq1VkgR521RjxDUsYLLNilD7K7P2az3VW43KaDhDGPpxCQGCW6p9Q1ce_DWEOnkWH8fBdnEPwIHW8AZ9vIP8AFVL25r6nSKawgL8PPBYDRCBy96TWZz_dKxwdtLkIVI1dTIif7ao-QOUe8b4TajO7Ca_ipk97c8iASOTb8UZWPR2Es_/w400-h229/WhatsApp-Image-2023-08-31-at-13.23.24-750x430.jpeg" width="400" /></a></i></b></div><b><i><br /><span style="font-size: medium;"><br /></span></i></b><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><span>1 - Junivan (09.09.1985), nasceu e reside em Patu RN. Desde muito cedo esteve envolvido com o desenho, por meio do lápis de cor, giz ou pastel, fixando- se, na sua maturidade de homem e artista visual, com a técnica a óleo sobre tela. </span><span>Firma-se como um dos mais importantes paisagistas do Rio Grande do Norte, detendo-se, quase sempre, em elementos que integram a paisagem do Sertão. Quer seja em amplas tomadas à distância, assim como ressaltando ofícios concernentes ao seu entorno, em focos que fazem mirar de perto personagens ou tipos representativos do ethos dessa região. </span><span>O seu pendor para plasmar em quadros aquilo que lhe chamava atenção, teria que atrair alguém ou algo, - em uma sincronicidade - , tornando os esboços presentes em uma alma em riscos firmes, âmbitos capazes de circunscrever, por meio de técnicas mais elaboradas, o que a inquietude de contemplar a realidade como que lhe obrigava ser ou parecer. </span><span>Foi assim que a artista plástica, Sra. Miriam Rocha, generosamente cedeu o material dela, para que ele praticasse a arte da pintura, também orientava-o em inúmeras formas de lograr êxito ao se desejar a organização de determinada paisagem ou representação de retratos mais elaborados. O certo é que a chegada dessa excelsa pintora em sua vida acabou por apontar onde ficava o norte da sua singular subjetividade, até então em uma espécie de vagar, dínames em anseios de enérguia (Aristóteles). Assim como se detivesse em seu íntimo, adormecida, uma profecia a ser cumprida. </span><span>Não perdeu por esperar. Por meio da generosidade da pintora Miriam Rocha, amadureceu muitos frutos “de vez” presentes no seu espírito. E assim se fez artista visual, não detendo, como muitos, o saudosismo de um mestre.</span></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01;"><span style="font-size: large;"></span></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjoxn2K4eJsPqd8hV7KTHFg3lyA3fol9oQ5M1SMU4aVaVyx0prdjmusZcfOgYvZU6qCmWpAiwpAQ6NH27A0Mbb5VwW2YE6TVqYwzOTqhuMPgTkQcEdXXJGZcXLK2hTrl5bnIRZt8YzVgLfohaA6SfXgmRV4u4iXlb3_jcbxyWkQRdTGWJPiIFl39Q4Zfx_N/s571/WhatsApp-Image-2023-08-31-at-13.23.26-4.jpeg" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em; text-align: justify;"><img border="0" data-original-height="428" data-original-width="571" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjoxn2K4eJsPqd8hV7KTHFg3lyA3fol9oQ5M1SMU4aVaVyx0prdjmusZcfOgYvZU6qCmWpAiwpAQ6NH27A0Mbb5VwW2YE6TVqYwzOTqhuMPgTkQcEdXXJGZcXLK2hTrl5bnIRZt8YzVgLfohaA6SfXgmRV4u4iXlb3_jcbxyWkQRdTGWJPiIFl39Q4Zfx_N/s320/WhatsApp-Image-2023-08-31-at-13.23.26-4.jpeg" width="320" /></a></span></div><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><div style="text-align: justify;"><span>Tendo em vista o conjunto das telas de Junivan, salta aos olhos um elemento recorrente: a opulenta Serra de Patu, cuja cidade localiza-se no sopé. Um pouco mais próxima, um tanto distante, e eis que retorna esse mito obsessional, funcionando como background para o artista colocar no </span><span>primeiro plano monumentos, paisagens naturais, ofícios ou a exuberante vegetação do Sertão durante a estação das chuvas. </span><span>Só para ver uma coisa. Mesmo de longe, em se aproximando de Patu pela autoestrada que vem de Caraúbas e Olho D’Água do Borges, podemos divisar um maciço de granito como se fosse só uma formação rochosa, pontilhada por vegetação que a preenche em alguns espaços. Falo da Serra, tendo no sopé a pequena cidade, outrora um polo econômico, quando do ciclo do algodão. Assim sendo, tinha uma feira, aos sábados, reputada pela grande quantidade de comerciantes e pelo ajuntamento de pessoas oriundas da zona rural e de outras cidades circunvizinhas. </span><span>Em se tendo edificado uma cidade nas faldas de uma serra tão majestosa em tudo, não causa nenhuma espécie o fato de ter sido retratada por quase todos os seus artistas. </span></div></span><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01;"><span style="font-size: large;"></span></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiwRKMsrKH-LwRm2ujMv-RD5lctRkGdYV4xw4nt6hwNNvBp0Hn3tzdiHjpbsAD5xycNaoqdbI0iES7l_deAxLE9NbEbDkRNa7-p6KJJ8i-JB9PoSuIDMeslUpIHmHwrvh--MGSQrb5H-qAQONnfwEaqDxfTYzxBO1yDRr6gxpfGw2dDW1buk3DrA2r3FW4T/s571/WhatsApp-Image-2023-08-31-at-13.23.26-3.jpeg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: justify;"><img border="0" data-original-height="362" data-original-width="571" height="203" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiwRKMsrKH-LwRm2ujMv-RD5lctRkGdYV4xw4nt6hwNNvBp0Hn3tzdiHjpbsAD5xycNaoqdbI0iES7l_deAxLE9NbEbDkRNa7-p6KJJ8i-JB9PoSuIDMeslUpIHmHwrvh--MGSQrb5H-qAQONnfwEaqDxfTYzxBO1yDRr6gxpfGw2dDW1buk3DrA2r3FW4T/s320/WhatsApp-Image-2023-08-31-at-13.23.26-3.jpeg" width="320" /></a></span></div><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><div style="text-align: justify;">No caso de Junivan, esse fenômeno funciona como espécie de princípio que rege a maior parte da sua obra. Como dissemos, é como se fosse uma obsessão, cuja necessidade ordena seu jugo, em variações sobre o mesmo tema. Há que se perguntar que mistério resguarda o fato de nossos ancestrais terem erguido uma cidade com forte pendor religioso ao pé desse firme granito. <span>O certo é que ninguém fica impune à essa beleza. Os viajantes que lá estiveram ressaltaram a quão diferente e esquisita é essa parede de granito, de fora a fora, obrigando a quem chega pela primeira vez a olhar para o alto, comparando sua pequenez. Em certos meses da chamada estação chuvosa, uma leve névoa desce e reveste toda a serra, até topar com os limites da cidade. Como se o etéreo branco ousasse uma como que brincadeira ao ataviar o que é reconhecido como uma das mais duras pedras, revelando as possibilidades de belezas naturais dos acidentes geográficos do planeta Terra.</span></div><span><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDcwfH7dQrpDcnd8cI0ZIiKR6X5fBXKKJAVFpgXlx7D7IeE5sY4ajJnnlNnMXBvjh_6PXft6PSYLorpFzea7uAu9pIAxTgcrS-PFXpYfK44rVb2bQmtjNne1U8VwPVutpfch4ePoZsTQ_aHFbf2cJvEkSqHdflhJQWrAMzRm_nbd_EmdhAwTqDqsV2gkaV/s1600/WhatsApp-Image-2023-08-31-at-13.23.26-2.jpeg" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em; text-align: justify;"><img border="0" data-original-height="1173" data-original-width="1600" height="235" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDcwfH7dQrpDcnd8cI0ZIiKR6X5fBXKKJAVFpgXlx7D7IeE5sY4ajJnnlNnMXBvjh_6PXft6PSYLorpFzea7uAu9pIAxTgcrS-PFXpYfK44rVb2bQmtjNne1U8VwPVutpfch4ePoZsTQ_aHFbf2cJvEkSqHdflhJQWrAMzRm_nbd_EmdhAwTqDqsV2gkaV/s320/WhatsApp-Image-2023-08-31-at-13.23.26-2.jpeg" width="320" /></a></div></span></span><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><span>2. </span><span>Com efeito, límpidos firmamentos, adentrando em direção à Paraíba, tais como Catolé do Rocha ou Belém do Brejo do Cruz, lugares eivados de narrativas históricas e outrora detentoras de um precioso patrimônio transmitido oralmente, isto é, de toda uma ciência concernente aos aspectos naturais ou culturais do Sertão. </span><span>O que quero dizer é a relação do pintor Junivan com as forças telúricas do seu entorno, organizando ou formatando em suas telas, com lídima naturalidade, tais elementos, numa busca de deixar registrada à posteridade </span><span>o que ainda é lembrança ou mesmo aquilo que teima em não querer morrer. Seja como for, determinados distritos da consciência coletiva anseiam por cumprir seus ciclos de nascer-crescer-morrer: a lógica de tudo o que existe.</span></span></p><p style="text-align: justify;"><span><span style="color: #fcff01; font-size: large;"></span></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhGNqHNSncD7aip8CJ2BSBlNtEQddd6Xo1q96TIPTJbZf_erZbizT7_BjcjasjYU5HMZ4q9qo3oUx340gu5Q2B1v8fTMk78ZgsdpU2iKiOCwTIz6Y6uxZCPxbONQ_cXA4O2bOLg21hjOuIWjU5x7uWmvK-6kWv14loXTiYX9690Ed0yhhkSkPBp77mUpAhG/s570/WhatsApp-Image-2023-08-31-at-13.23.26-1.jpeg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: justify;"><img border="0" data-original-height="375" data-original-width="570" height="211" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhGNqHNSncD7aip8CJ2BSBlNtEQddd6Xo1q96TIPTJbZf_erZbizT7_BjcjasjYU5HMZ4q9qo3oUx340gu5Q2B1v8fTMk78ZgsdpU2iKiOCwTIz6Y6uxZCPxbONQ_cXA4O2bOLg21hjOuIWjU5x7uWmvK-6kWv14loXTiYX9690Ed0yhhkSkPBp77mUpAhG/s320/WhatsApp-Image-2023-08-31-at-13.23.26-1.jpeg" width="320" /></a></span></div><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><div style="text-align: justify;">Contudo, eis uma arte refratadora do terceiro momento, negando-se às pradarias do esquecimento o que se ergue como detentor de valia, de credo, de ritual, de nacos de estética, mesmo em se tratando de um pau-de-arara, uma casa de taipa, um silencioso homem que engendra tijolos, uma árvore do bioma da Caatinga, muitos esquetes do Santuário de Na. Sra. dos Impossíveis, em um contraforte da Serra de Patu: a Serra do Lima, e ainda a igreja matriz de Nossa Sra. Dores, em cores diversas, apontando seus arcos ogivais para um esplêndido céu de um azul cuja transparência permite que a luz solar não receba filtro de jeito qualidade.</div></span><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01;"><span style="font-size: large;"></span></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjPQdRFsdcCG_X03qREwdKMtz9MF4-AW3Ag_BTEkX5ui-blT1CwQVx9N8venzcSREj2MaBT9GloyvkMbpZzWXCOZ_vWtSBetLI25V6Oe8HhWpKZqHBvlULRdidt50ekIZEkCylQAWCil1Yvb14E9fjE9LFajm4xT-TXH_wbBz8Fu3ozEF8Nwv5B1iKhftoq/s623/WhatsApp-Image-2023-08-31-at-13.23.26.jpeg" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em; text-align: justify;"><img border="0" data-original-height="371" data-original-width="623" height="191" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjPQdRFsdcCG_X03qREwdKMtz9MF4-AW3Ag_BTEkX5ui-blT1CwQVx9N8venzcSREj2MaBT9GloyvkMbpZzWXCOZ_vWtSBetLI25V6Oe8HhWpKZqHBvlULRdidt50ekIZEkCylQAWCil1Yvb14E9fjE9LFajm4xT-TXH_wbBz8Fu3ozEF8Nwv5B1iKhftoq/s320/WhatsApp-Image-2023-08-31-at-13.23.26.jpeg" width="320" /></a></span></div><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><div style="text-align: justify;">Conquanto, um caráter bucólico encontra-se presente nas telas cuja temática tem como pano-de-fundo a Serra. Há uma aura de tranquilidade e elogio ao trabalho de natureza rural. <span>Por exemplo, um senhor confeccionando tijolos de argila. É perceptível o esmero como coloca o barro nas formas. Lá no fundo, há uma ruma de tijolos prontos para serem queimados, finalizando o processo de feitura. O artista primou pelo cuidado de retratar o silêncio de alguém anônimo concentrado no seu ofício, dando o melhor de si na elaboração de um produto que, possivelmente, proporcionará uma fonte de renda. Certo, que esta encontra- se implícita, mas o plasmar com cuidado e método, onde se queda, senão nos férteis campos da estética, para os que nascem com certos dons?</span></div></span><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01;"><span style="font-size: large;"></span></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="color: #fcff01;"><span style="font-size: large;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhnKpaRLj7I5nqqpwN3EoqfxrR9aCgxH6iwid2UBQEeIR105rhR94cVF9bHUIunKWX6KGg759wWokyImOvZazkw4hTaT4vfFm_wiswu_3-6sZ-VvdVexZd2hTrtxrBxt7NRKNV31-hQbgQXNQ1C5iWyYhLHKrLimkFmTskOMFrWuPLqKNF23nJ6X0e_sDi1/s1600/WhatsApp-Image-2023-08-31-at-13.23.25-7.jpeg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: justify;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1600" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhnKpaRLj7I5nqqpwN3EoqfxrR9aCgxH6iwid2UBQEeIR105rhR94cVF9bHUIunKWX6KGg759wWokyImOvZazkw4hTaT4vfFm_wiswu_3-6sZ-VvdVexZd2hTrtxrBxt7NRKNV31-hQbgQXNQ1C5iWyYhLHKrLimkFmTskOMFrWuPLqKNF23nJ6X0e_sDi1/s320/WhatsApp-Image-2023-08-31-at-13.23.25-7.jpeg" width="320" /></a></span></span></div><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><div style="text-align: justify;"><span>Sim, como não poderia deixar de ser, a Serra de Patu presentifica-se como testemunha, contemplando os habitantes que circundam ao seu redor. Como não poderia deixar de ser, o artista retrata mais um céu de azul transparente, metade recamado por nuvens, ergue-se para ocupar cerca de um terço da tela, salientando a personagem em evidência. </span><span>É preciso lembrar o elegante e simbólico contraste entre duas metades justapostas por meio de cores que se opõem, ou seja, o azul (céu) e o ocre (terra). O pintor revela um hábil domínio dos volumes presentes na tela, podendo dividi-la em quatro partes, se a gente quiser riscar uma cruz, tendo </span><span>o entrecruzamento como ponto de fuga.</span></div></span><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01;"><span style="font-size: large;"></span></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgTxF_uytJNVGebrnzMMOslaQQl32lJXMTdo7G5HHz4Uqx1jj6ehOgqJnop4BzKrrXESqdKMm2QWHQpJyPBZOpz5rfdc_dIDXtQ6IES6ZL-ODgTW4UkdjwSiijRkfZbHLaHMMslGZYsYDunFVZUWeDpjkFEe4Cui3SkoOL3G-X-w21HlezkKV8gIlDplouD/s1600/WhatsApp-Image-2023-08-31-at-13.23.25-6.jpeg" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em; text-align: justify;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1600" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgTxF_uytJNVGebrnzMMOslaQQl32lJXMTdo7G5HHz4Uqx1jj6ehOgqJnop4BzKrrXESqdKMm2QWHQpJyPBZOpz5rfdc_dIDXtQ6IES6ZL-ODgTW4UkdjwSiijRkfZbHLaHMMslGZYsYDunFVZUWeDpjkFEe4Cui3SkoOL3G-X-w21HlezkKV8gIlDplouD/s320/WhatsApp-Image-2023-08-31-at-13.23.25-6.jpeg" width="320" /></a></span></div><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><div style="text-align: justify;">Há em seu conjunto de trabalhos duas telas retratando a antiga Estação Ferroviária, parada obrigatória dos cotidianos trens riscando a linha Mossoró-Souza (PB). Bem claro que é uma licença poética, -pois de há muito não existe mais essa malha ferroviária -, o fato de haver uma pintura no qual vagões singram as terras quentes dessa região. Essa tela expressa uma rara <span>sensibilidade à paleta de cores, manuseando com primor as cores primárias: azul/amarelo/vermelho, não esquecendo a perspectiva. Interessante observar como o artista cria essa ilusão de profundidade ao criar três planos: o anterior; o do meio, onde está o trem; o posterior, com a serra e um céu puro de tanto azul. </span><span>Por fim, é justo e bom difundir o trabalho do artista visual Junivan. Sua obra firma-se como rastros e fagulhas indeléveis, numa saudável trapaça contra uma sociedade que nos últimos tempos desenvolveu um tácito acordo de pilhar e destruir os altares da deusa Mnemósine.</span></div></span><p></p><p style="text-align: center;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhywsZHMuLsS6XBDy8p3Ss3Of5VrV0Z-iL653q2dCVl_FmF0TFBbzQxcMbiw2wBpeDAi7auAG2INd7H6WrAhB4xImpQnxWXLVP9VcNElg2tSHJQbIthn6M7ZwDR2KuL1SBBiM5sg9vxd0il8cuRivHPkqIVrVC8dRwJP99alREkVu8PBbNemofswDAkXrRg/s1559/WhatsApp-Image-2023-08-31-at-13.23.25-1.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1559" height="246" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhywsZHMuLsS6XBDy8p3Ss3Of5VrV0Z-iL653q2dCVl_FmF0TFBbzQxcMbiw2wBpeDAi7auAG2INd7H6WrAhB4xImpQnxWXLVP9VcNElg2tSHJQbIthn6M7ZwDR2KuL1SBBiM5sg9vxd0il8cuRivHPkqIVrVC8dRwJP99alREkVu8PBbNemofswDAkXrRg/s320/WhatsApp-Image-2023-08-31-at-13.23.25-1.jpeg" width="320" /></span></a></div><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><br /></span><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiq-Pr7dvxZOFgOhjnV7P5VZQV9X6Qc8vPoi1iv2TverJGD3Q83bU_FsrYxlOUviXCG7m6WW51vXIgNBBjT0MQOWRe-3zBzsVVSUhvO11d_jvMJww4JuWrfuPsklZA6iv2lcnA8nNIer0nXK7pbI52_R7yB87hg-hubo9GR1j7ZHgDu3sXugpwRQfiP_kJh/s1600/WhatsApp-Image-2023-08-31-at-13.23.25-2.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1600" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiq-Pr7dvxZOFgOhjnV7P5VZQV9X6Qc8vPoi1iv2TverJGD3Q83bU_FsrYxlOUviXCG7m6WW51vXIgNBBjT0MQOWRe-3zBzsVVSUhvO11d_jvMJww4JuWrfuPsklZA6iv2lcnA8nNIer0nXK7pbI52_R7yB87hg-hubo9GR1j7ZHgDu3sXugpwRQfiP_kJh/s320/WhatsApp-Image-2023-08-31-at-13.23.25-2.jpeg" width="320" /></span></a></div><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><br /></span><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhWiSHANXYLSRPgxZZMxJHP3j0iQZVyYgZmBvfrnJp9s7akn7cNR-UdqJg9AxJbDH4qvC5y8q23rcs7xpnMnTjAsRC6NwtSBHMvBR49p6Z5UrJnwVGYnh83M6bli7W1lHk4QrrlTunRl4GcbO0c3NFJn1ZQsJnp_wRu_r0yHDFrVFLKe0xqQEBwsn2dXM6E/s1280/WhatsApp-Image-2023-08-31-at-13.23.25-3.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><img border="0" data-original-height="839" data-original-width="1280" height="210" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhWiSHANXYLSRPgxZZMxJHP3j0iQZVyYgZmBvfrnJp9s7akn7cNR-UdqJg9AxJbDH4qvC5y8q23rcs7xpnMnTjAsRC6NwtSBHMvBR49p6Z5UrJnwVGYnh83M6bli7W1lHk4QrrlTunRl4GcbO0c3NFJn1ZQsJnp_wRu_r0yHDFrVFLKe0xqQEBwsn2dXM6E/s320/WhatsApp-Image-2023-08-31-at-13.23.25-3.jpeg" width="320" /></span></a></div><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><br /></span><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhsvAtFbkF9yNkeyNDIK8xpmj1qtCRwQCJPenlXzvF8YgpOYEzhVbSmU_WkOmZ41pmhIYRvPpDOKocdCFwXnGbYklDeTfE4_HWWX4W-N4mgf9mhSqQFtzA0wBzpOGbnGOCxypzCzSnVuiXaC-JAKCBLNvdWhXSvXOF2-WrDmsiXDFd-DrWtIkf-JzIKdyl_/s1600/WhatsApp-Image-2023-08-31-at-13.23.25-4.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><img border="0" data-original-height="1092" data-original-width="1600" height="218" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhsvAtFbkF9yNkeyNDIK8xpmj1qtCRwQCJPenlXzvF8YgpOYEzhVbSmU_WkOmZ41pmhIYRvPpDOKocdCFwXnGbYklDeTfE4_HWWX4W-N4mgf9mhSqQFtzA0wBzpOGbnGOCxypzCzSnVuiXaC-JAKCBLNvdWhXSvXOF2-WrDmsiXDFd-DrWtIkf-JzIKdyl_/s320/WhatsApp-Image-2023-08-31-at-13.23.25-4.jpeg" width="320" /></span></a></div><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><br /></span><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiSvRxPcRd5pfBYmnMlj6fJyznUSX0Thnb2WKlSwo_drq5EdOsu4PeUBekH6FOqAWoJJ0rixW2tjcIwjf0XJM0fYLejFz1-xhwYiIUQpqlNGFDQkwTd09TS3C6WMOltd4Q7QHOZbHOFXL7ntTnXZxfR5eJRdlDRVLr98Luuyl_7apbaPAsM0KcdHHQwpSJ1/s1600/WhatsApp-Image-2023-08-31-at-13.23.25-5.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1200" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiSvRxPcRd5pfBYmnMlj6fJyznUSX0Thnb2WKlSwo_drq5EdOsu4PeUBekH6FOqAWoJJ0rixW2tjcIwjf0XJM0fYLejFz1-xhwYiIUQpqlNGFDQkwTd09TS3C6WMOltd4Q7QHOZbHOFXL7ntTnXZxfR5eJRdlDRVLr98Luuyl_7apbaPAsM0KcdHHQwpSJ1/s320/WhatsApp-Image-2023-08-31-at-13.23.25-5.jpeg" width="240" /></span></a></div><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><br /></span><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj5CVZw9CItHAIyNdUZGkfmnPcL8lX0nNbjOp5yry2UnsX1ugOHW4RNhoR603-M3l7jhYrGj7NBmfkoQepi6mM5-PO9oGiAqtHOAz7K1yhMGI7NvoUDetsMOg_Vj734B0PWb_kXReU0Arq7H2kZ5zEL1mp5jOg87uhGFrao-lLodgKQj4Ry6QXOvM-wP2qX/s1600/WhatsApp-Image-2023-08-31-at-13.23.24-1.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="720" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj5CVZw9CItHAIyNdUZGkfmnPcL8lX0nNbjOp5yry2UnsX1ugOHW4RNhoR603-M3l7jhYrGj7NBmfkoQepi6mM5-PO9oGiAqtHOAz7K1yhMGI7NvoUDetsMOg_Vj734B0PWb_kXReU0Arq7H2kZ5zEL1mp5jOg87uhGFrao-lLodgKQj4Ry6QXOvM-wP2qX/s320/WhatsApp-Image-2023-08-31-at-13.23.24-1.jpeg" width="144" /></span></a></div><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><br /></span><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgqOjP-RskMu9yfVYxsu6sMd2GKz6morsXhAajjx-7O-r4BggSuY_0DDebpnTqa-0_3489xik2prcs_SdAkscRyt_dbkTVMiVVRqGPjXomm3J7STPAu-4oON8vPTJEGYrcsfC_QJbE4fXR5Kr9uBaoa3REDaLOosk6ZCjTowEm7do7FhM4lUZBTiLCOIoIR/s1600/WhatsApp-Image-2023-08-31-at-13.23.25.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1600" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgqOjP-RskMu9yfVYxsu6sMd2GKz6morsXhAajjx-7O-r4BggSuY_0DDebpnTqa-0_3489xik2prcs_SdAkscRyt_dbkTVMiVVRqGPjXomm3J7STPAu-4oON8vPTJEGYrcsfC_QJbE4fXR5Kr9uBaoa3REDaLOosk6ZCjTowEm7do7FhM4lUZBTiLCOIoIR/s320/WhatsApp-Image-2023-08-31-at-13.23.25.jpeg" width="320" /></span></a></div><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><br /><span><br /></span></span><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: x-large;"><br /></span></p>Blog da Folha Patuensehttp://www.blogger.com/profile/14372539843078443479noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5714290950613218993.post-4977548608264678312023-08-24T05:17:00.002-07:002023-08-24T05:18:08.279-07:00Especial: A oficina de anjos.<p><b><i> <span style="color: #fcff01;"><span>Por</span><span><span style="letter-spacing: -0.1pt;">
</span></span><span>Márcio</span><span><span style="letter-spacing: -0.3pt;">
</span></span><span>de Lima</span><span><span style="letter-spacing: -0.1pt;">
</span></span><span><span lang="pt-BR">Dantas</span></span></span></i></b></p>
<p align="justify" style="margin-left: 0.18cm; margin-right: 0.21cm;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><br /></span></div><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEguiXdJQVEhCnPyAkh6dGVNGDmLWJFptusbQprISH1vgwMQS6QFlbbfYHAl_GUF1rIvbgQGE_WlTtqqQXM9M9zcLPlFOfSdcHl9DkR_VIQ7KsUmiztYcRm-L-iOjEGQj-Iz48GeTa4cYcRlw3qEROWWjw7_mj48g2dPXYSPjtKabthClWBA06WoX1AEIQ9Q/s213/anjo.jpg" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="213" data-original-width="156" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEguiXdJQVEhCnPyAkh6dGVNGDmLWJFptusbQprISH1vgwMQS6QFlbbfYHAl_GUF1rIvbgQGE_WlTtqqQXM9M9zcLPlFOfSdcHl9DkR_VIQ7KsUmiztYcRm-L-iOjEGQj-Iz48GeTa4cYcRlw3qEROWWjw7_mj48g2dPXYSPjtKabthClWBA06WoX1AEIQ9Q/s1600/anjo.jpg" width="156" /></a></div>Maria de Zé Marcolino, Lilia, guarda numa caixa de papel grosso uma pequena coleção de fotografias retratando crianças mortas. “Era o povo que me dava: de lembrança”, recorda com detalhes o tempo em que amortalhava anjos. Hábito adquirido por causa do seu ofício de costureira, pois antigamente quem ataviava as crianças mortas para o sepultamento, via de regra, era uma costureira de profissão.</span><p></p><p align="justify" style="margin-left: 0.18cm; margin-right: 0.21cm;"><span style="text-align: left;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Outrora, os meses nos quais a mortalidade infantil aumentava eram janeiro e fevereiro, fenômeno relacionado com o leite de gado tomado pelas crianças. Nos anos de invernos irregulares, quando não havia pasto verde e vigoroso para o rebanho, as reses se alimentavam da rama murcha, babugem que produzia um leite de má qualidade, causador de diarreias nas crianças. Os mais frágeis pereciam, indo aumentar as legiões celestiais de querubins. O sertão era um grande fornecedor de anjos à Corte Celestial.</span></span></p><p align="justify" style="margin-left: 0.18cm; margin-right: 0.21cm;"><span style="text-align: left;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Os rituais de mortes relacionados aos anjos eram cheios de filigranas, entornados de uma simbologia rica e curiosa, denunciadora das crenças e costumes das gentes sertanejas habitantes de lugares nos quais não havia assistência hospitalar ou médica. Morrer à mingua era encarado como componente da existência, integrava o horizonte de expectativas do cotidiano dessas gentes. Uma concepção fatalista da vida amparava o discurso de registro cultural que era encarado como fazendo parte das coisas mais banais, servia de lastro para sustentar e justificar a tragédia e o genocídio de milhares de crianças mortas. Há que lembrar a noção de Ideologia, discurso produzido pelas classes dominantes, grassando desde sempre no Imaginário, perfazendo contornos firmes e capazes de deter uma grande eficácia na reprodução das estruturas sociais, fazendo saber que aquilo resultante de uma construção histórica e social aparece nas cenas do cotidiano como algo imanente, intrínseco e natural, o tanto o quanto as necessidades do corpo.</span></span></p><p align="justify" style="margin-left: 0.18cm; margin-right: 0.21cm;"><span style="text-align: left;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Com relação as cores do tecido das mortalhas, podemos agrupar em dois arranjos. O primeiro, eram em tons pastéis: azul, branco, cor-de-rosa; o segundo, mais fechado, detinha as cores roxa, azul ou preta. Confeccionada em uma só peça de pano inteiriça, dobrada em duas, apenas abrindo-se com a tesoura o círculo do pescoço. Poderia ser dita como túnica inconsútil, se não fosse o fato de receber todo um alinhavo ao longo das duas metades, para formar o pequeno e humilde sudário. Cosia-se a orla inteira do tecido, só que o chuleado não era visto, porque arrumava-se o caixãozinho com guirlandas de flores, preenchendo todos os espaços deixados vazios entre o pequeno corpo e o ataúde. Na verdade, nem de madeira era – requinte resguardado apenas para as pessoas “mais ou menos” – mas apenas uma armação de ripas revestidas com um tecido.</span></span></p><p align="justify" style="margin-left: 0.18cm; margin-right: 0.21cm;"><span style="text-align: left;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Era assim, como se não se permitisse gastar muito na confecção do féretro. Havia que economizar em todos os elementos que faziam parte daquela criança, arrumada para ascender à corte celestial, indo fazer parte do grandioso coral de anjos enviados pelos sertões do Nordeste. Quiçá, quem sabe, o maior distrito de anjos pertencentes a uma mesma região geográfica.</span></span></p><p align="justify" style="margin-left: 0.18cm; margin-right: 0.21cm;"><span style="text-align: left;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Porém, havia entre os pobres, pessoas em absoluta miséria, e que levavam os anjos, quando recém-nascidos, em telhas ou caixas de papelão revestidas de papel de seda. Sepultamento humilhante, sem qualquer resquício de uma dignidade, de uma pompa fúnebre que prestasse uma homenagem aquele ser inapto a participar do grande teatro do mundo. Natimorto, descartado à revelia, apenas por ser frágil. O despotismo da pobreza riscando de vergonha a alma do pai com um arremedo de féretro no ombro, caminhando com legiões de pensamentos na turva cabeça com sua imensurável coleção de fracassos. As imagens do inconsciente coletivo, mesmo sem contorno preciso, acendiam lembranças atávicas de que aqueles sepultados sem ritual permaneciam como almas atormentadas. Peito travado, nada podia fazer senão apressar o passo e encurtar o sofrimento, retornando para casa com o fardo da vergonha de se sentir ninguém.</span></span></p><p align="justify" style="margin-left: 0.18cm; margin-right: 0.21cm;"><span style="text-align: left;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">A batida do sino, anunciando que mais um anjo fora enviado para enfeitar o céu, chamava-se repique; diferente de quando o defunto era homem ou mulher, caracterizava-se por ser intermitente, não cessando. Assim, os habitantes da cidade identificavam que uma criança havia falecido.</span></span></p><p align="justify" style="margin-left: 0.18cm; margin-right: 0.21cm;"><span style="text-align: left;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Vejamos uma coisa, não quero esquecer de registrar. Outra senhora especialista em amortalhar anjos foi Da. Francisca, mãe do mudo de Mica (seu nome era Francisco). Por demais conhecido, ele. Prestava pequenos serviços, por um pouco dinheiro. Queria saber se trabalhava e amealhava um tanto que possibilitasse comprar algum mantimento. Dona Francisca também era rezadeira, com folhas de uma cajaraneira que tinha em seu quintal. Lembra, como se fosse hoje, as grinaldas de areia brilhante ou bugarís de papel, que adornavam a cabeça das crianças falecidas.</span></span></p><p align="justify" style="margin-left: 0.18cm; margin-right: 0.21cm;"><span style="text-align: left;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Ao se falar nas incelenças, inquirindo sobre como eram cantadas, disse em misto autoridade e ensinamento. Havia o antigo interdito de se cantar incelenças que não fosse em presença de um morto. Dizia-se que fazia mal, pois agourava a casa e os presentes.</span></span></p><p align="justify" style="margin-left: 0.18cm; margin-right: 0.21cm;"><span style="text-align: left;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Ao se perguntar a uma mulher que arrumava os anjos para os funerais por que ela fazia isso, inexoravelmente responde: “por que gostava”. Piedade e estética se confundem num mesmo ato, como se fosse assim um jeito de já ir se preparando para sua própria morte. Arrumar um anjo é um exercício inofensivo, visto que se trata de uma vida incipiente e sem mácula. Exercício que lança à compreensão e aceitação de uma próxima morte. De certa maneira, é brincar de boneca, enfeitando e ajeitando o pequeno e lívido corpo frio.</span></span></p><div style="text-align: justify;"><br /></div>Blog da Folha Patuensehttp://www.blogger.com/profile/14372539843078443479noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5714290950613218993.post-65874036123664631742023-08-22T05:15:00.004-07:002023-08-22T05:15:52.349-07:00Especial: Carta apócrifa de Francisco Solano de Moura a seus familiares.<p style="text-align: justify;"><b><i><span style="color: #fcff01;">Por: Márcio de Lima Dantas.</span></i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i><span style="color: #fcff01;">Professor UFRN.</span></i></b></p><p style="text-align: center;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQacfmcdf74tXnm84j1OlMf0SrfX9-cf-QZb0wfXpx_m5HzqTTQ5NoOaag_QQlobccz1TCZKSd0Y3xGXRsnnDufnGx3HUga1Uwj_P_zo_RtjtXDdcd4-ON3QTErD29G4SeFWbssko73ZQFQpbmnOFdD5rkNooktkQ84hJmskqCksz2RR01fJP-LBKFgFXa/s509/IMG-20230822-WA0011.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="323" data-original-width="509" height="203" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQacfmcdf74tXnm84j1OlMf0SrfX9-cf-QZb0wfXpx_m5HzqTTQ5NoOaag_QQlobccz1TCZKSd0Y3xGXRsnnDufnGx3HUga1Uwj_P_zo_RtjtXDdcd4-ON3QTErD29G4SeFWbssko73ZQFQpbmnOFdD5rkNooktkQ84hJmskqCksz2RR01fJP-LBKFgFXa/s320/IMG-20230822-WA0011.jpg" width="320" /></a></div><br /><span style="font-size: large;"><br /></span><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><i><b>Região Amazônica, 1896.</b></i></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: x-large;"><i><b><span style="color: #fcff01;">Caros familiares,</span></b></i></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: x-large;"><span style="color: #fcff01;">Escrevo-lhes esta simples carta para dar minhas notícias e relatar um pouco o meu árduo percurso desde minha partida, naquela fria madrugada, aí de casa. Esta é minha segunda viagem aqui para a Amazônia. Permaneci alguns dias em Fortaleza, aguardando o navio. Como sabem, passei antes em Mossoró, para ver meu irmão José Leão, que caridosamente me deu 5 mil réis, dinheiro que somou com o que eu trazia a importância de 7 mil réis. Muitos me perguntaram se eu não tinha medo de vir aqui sozinho para esse fim de mundo. Primeiramente, vou logo querendo saber onde é mesmo o começo do mundo, pois que ninguém sabe direito os aceiros do seu próprio destino, ninguém entende o que é começo nem fim. De certeza, o que temos, é apenas a morte. A terra não é redonda? Depois, digo assim: medo de quê? Em todo canto não tem gente? E gente não é igual em todo lugar? O mundo é um só, o povo é que faz a besteira. Quem sabe um dia virá alguém para dizer que o sertão é o mundo, cheio de veredas. Tenho cá comigo que as pessoas sabem mais do que elas dizem ou têm consciência. Cavilação talvez seja a coisa que Deus distribuiu com mais generosidade para tudo o que é vivente na face da terra. Nunca vi bicho tão sonso quanto esse animal-gente.</span></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Vim aqui atrás de fortuna. Nunca neguei e não nego a seu ninguém, pois nesse mundo de meu Deus, só vale quem tem. Um homem não se firma pelo que ele é, mas por aquilo que tenha e que possa vir a servir a algum interesse do outro. Essa é a lei da vida. Desconheço outra. A realidade de todos os sertões não passa disso que vou apontar agora: que o interesse pessoal é o que mobiliza as ações humanas. Cada um paga sua alta conta à vida. Quero dizer que ninguém tem nada a ver com a vida de ninguém, pois na vida não se compra fiado, nem em grandes partidas. Tudo é tico, a vista e caro. No máximo, o que o povo faz é trocar alguma espécie de interesse. Quem já viu se fazer nada de graça! Da outra vez que eu vim, há um ano atrás, consegui juntar 800 mil réis, dinheiro suficiente para arremedear mais ou menos minha família, já que deu para construir nossa casa no Sitio Recreio, acomodando toda minha enorme prole.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Mais tomar conhecimento do novo também faz parte da vida. Eu sei que no começo amedronta. Com o tempo a gente se acostuma e até gosta de coisas de gentes diferentes, com seus costumes e feitios. As coisas novas que se nos achegam, levam a abrir rachaduras nas lajes da nossa cabeça, obriga a pensar no que nunca havíamos tido tino nenhum, por isso que eu digo que é bom. Ficar parado defronte a espelhos nunca levou ninguém a ascender espiritualmente. Se fosse assim, Deus teria feito todas as gentes, assim como os bichos, tudo igual. Mais não foi não. Cada verônica imprime um</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><br /></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">semblante diferente, cada um vinca o rosto de acordo com sua experiência de mundo. Tudo indica que nunca será diferente, pois quando constato diferença, encontro a hipocrisia estampada nas pestanas e nos vincos da boca.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">E fiquem bem cientes de uma coisa: nunca passou qualidade nenhuma de arrependimento por minha cabeça. Sei muito bem o preço que estou pagando por essa empreitada que me bota na solidão e me atira num esquisito estado no qual encontro-me face a mim mesmo. Acontece que o homem, o indivíduo, se acostuma até com a morte, mas com a solidão, não. A natureza humana não é mutável, pelo menos nesses negócios quando diz respeito à solidão. Para completar, ela é teimosa. De toda maneira, acho bom logo acostumar-se com o fato de sermos mesmos uns enjeitados, que só podemos contar com nós mesmos, que a solidão é como um lajedo no qual estamos sentados. Sendo assim, é melhor ir logo habituando-se, tentando ficar o menos desconfortável possível. Bem assim, sofre-se menos.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Fico, às vezes, pensando o que passaria pela cabeça de minha querida filha Luzia, se ela visse tudo isso que agora estou contemplando. Luzia com sua delicada paciência. Luzia que ainda aos 48 anos quis casar vestida de noiva, com um cunhado viúvo, pai de seis filhos. Luzia e seu medo de ficar sozinha, que gerou uma paciência infinita para conviver com cabeças tão diferentes, assomando numa família de forte tradição católica e extremamente conservadora. Sorte dela que adotou uma sobrinha órfã e que já demonstra ter boa índole. Tenho um palpite que aquela minha neta, Ana, cuidará bem da minha filha quando a velhice chegar com seus fardos pesados de enfermidades e desesperanças.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Aí quando bate a saudade, fico fantasiando que um dia completarei cem anos, junto da minha mulher, Maria Francelina de Moura, com quem casei, aos 19 anos, no feliz dia de 22 de outubro de 1885, concebendo nove filhos, e com a qual, com a graça do Sagrado Coração de Jesus, associação a que pertenço, desejaria festejar nossos 75 anos de vida matrimonial. E se isso tudo acontecer de verdade, baterei um retrato, ladeado por todos aqueles que amei e que me amaram, servindo de exemplo à posteridade, pela minha perseverança e vontade de vencer as vicissitudes dessa vida cangaceira, desse destino não escolhido por nós mesmos e que somos obrigados a cumprir, feito penitente, balbuciando seu rosário de lágrimas, sentindo a nuança do sal de cada uma que embaça a vista, tornando-nos, de acordo com o temperamento, mais melhores ou mais amargos. Sim, até parece que Deus escreve torto.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Pode até ser que Deus escreva certo por tortas linhas, mas o destino não brinca em serviço, pouco se importando para o que Ele escreve, e vai é entortando tudo, empenando o que custa, muitas vezes, deixar reto.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Quando voltar penso botar um negócio para mim, quem sabe possa trabalhar no comércio de compra de peles, manteiga, ovos e frutas, levando para Mossoró, mesmo que seja sacrificoso levantar tão de madrugada, quando passa o trem. Também posso participar de feiras em cidades próximas, como Almino Afonso e Umarizal. Sou homem saudável e disposto. Mas se um homem não ocupa seu tempo com o trabalho, o que ele</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><br /></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">vai fazer, então? A falta do que fazer é assim como se fosse uma bacia em que se fica lavando as mãos com a mesma água, a imundície vai se acumulando, e tudo se turva. O trabalho entorpece a alma do homem, deixando-o menos propenso a perscrutar, a inquirir o porquê das coisas que açoitam a existência. E se não bastasse essas coisas de filosofias, o fato de se ter uma ocupação útil, só ter o cansaço para o sono, já era o bastante para justificar o trabalho. Como homem que sempre fui dedicado ao trabalho honesto, sei de certeza que meus estimados pais o prof. Aderaldo José de Moura e Francelina Joaquina de Moura, nunca tiveram queixas de mim, desde que nasci na cidade de Caraúbas.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Sim, já ia esquecendo, encontrei, por acaso, um rapaz muito jovem daí e que tem por nome Juvenal Antunes. É a primeira vez que faço amizade com um poeta. Tive, assim, uma impressão, que é como se ele enxergasse coisas que a gente não vê. Também poderia ser pensada assim: coisas que a gente não faz questão de ver, ou por distração e acostumamento com o que nos rodeia, ou por que acende algum pavio de dor que o dia a dia atira para longe da nossa consciência. Aí vem o homem das letras e, além de um olhar mais cuidadoso, também se compraz em dar nome aos objetos ou aqueles sentimentos esquisitos que ficam nas fronteiras do vocabulário. Muito tenho aprendido com esse meu conterrâneo. O poeta é um ser que estabeleceu um estranho pacto com a morte. Hoje morro-me menos contrariado, ciente que estou da brevidade dos dias dos homens.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Muitos falam que tudo o que faço é feito sem pressa. É que desde pequeno tenho a impressão de que viverei por muito tempo. Quem foi acostumado a ter pouco ou a sempre perder, tudo é ganho. Os antigos não diziam o que cabe ao vivente: doença, velhice, morte e esquecimento? Resta aceitar, ir atrás de meio de vida, criar família, ir à igreja. Tem mais o que se fazer, por acaso?</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Fico por aqui. Não está distante o meu retorno. Recomendações a todos que por mim perguntarem.</span></p>Blog da Folha Patuensehttp://www.blogger.com/profile/14372539843078443479noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5714290950613218993.post-54522351958295476572023-08-21T15:11:00.002-07:002023-08-21T15:11:40.204-07:00Especial: Um tanto de colorau em nossas vidas<p><span style="color: #fcff01;">Por: Márcio Lima Dantas.</span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj1p0gPJKm9JrShzgB55jXw-RL8DduNbbt5lywhEgnGYwqa4ls_SOR2Lp7ar2qfG17dT71WVZba9j1D1b0gQUGQppHE1MEGO0d0VdUzBYucAgr5IA_DGmQwcPk3WYlN7pFiCX2iQMGxeYJLC3vgN1MSzFqR5ciBcYkaIhcVkDfRcuU8zaVfgO2kZ0Kp7rc-/s1024/IMG-20230819-WA0044.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1024" data-original-width="807" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj1p0gPJKm9JrShzgB55jXw-RL8DduNbbt5lywhEgnGYwqa4ls_SOR2Lp7ar2qfG17dT71WVZba9j1D1b0gQUGQppHE1MEGO0d0VdUzBYucAgr5IA_DGmQwcPk3WYlN7pFiCX2iQMGxeYJLC3vgN1MSzFqR5ciBcYkaIhcVkDfRcuU8zaVfgO2kZ0Kp7rc-/s320/IMG-20230819-WA0044.jpg" width="252" /></a></div><br /><p style="text-align: center;"><br /></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Raimundo Dantas Godeiro nasceu em Patu (01.01.1943 – 11.06.2022); desde sempre, como Auditor Fiscal, chantou-se funcionário da Fazenda Estadual, foi casado com Maria do Socorro Dantas Godeiro (14.11.1946). Esse carinhoso apelido, partilhado por toda a cidade, se deu pelo fato de ser bastante ruivo; seus cabelos, na cor assemelhando-se ao anato ou pó de urucum, conhecido por seus arilos, sendo responsáveis por um condimento de forte cor vermelha, usado para tinturar carnes brancas e com inúmeras propriedades medicinais.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Do seu casamento, em 4 de setembro de 1966, houve três filhos: Raimundo Filho (4.10.1966), Shirley (4.11.1970) e Moacir Manoel (16.07.1974). Seus irmãos eram, por ordem de nascimento: Zé Tanguinha, Amuna, Tati, Tetê e Rita.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Como reaver certos sentimentos que habitam as áridas planícies do passado, assim como se fosse recompor um corpo delineando sua forma feito de duas partes que não são simétricas... A memória, ou não chega, ou quando resolve aportar imagens e discursos, unge-se com o capricho de algo que vale por si, assim como se fosse espécie de criatura detentora de uma sempiterna autonomia, fazendo-se passar por uma espécie de ser que não deve nada a ninguém.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Esse preâmbulo tem o objetivo de dizer o quão difícil é resgatar a vida de meu cunhado Raimundo Dantas Godeiro, pois, desde sempre, tínhamos uma harmoniosa amizade na qual o amor Philia fazia-se reconhecer na presentificação de um bem querer mútuo. A bem da verdade, ele parecia ser aquele tipo de gente que só dá atenção ou entabula uma conversa a quem bem entenda. Com o restante, era um silêncio de que ataviava todo o corpo, começando por uma eloquente indiferença que os olhos não deixavam esconder o que se passava nos recônditos da alma.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Era um homem de porte simples, silente e olhar um tanto ocluso, observador, porém, isento de malícia. A conversa, desde que simpatizasse com o interlocutor, era plena de hiatos, intercalando temas diferentes, em síncopes desprovidas de tédio; essas atmosferas de simpatia e cumplicidade entre homens, como todo mundo sabe.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Mesmo em ocasiões formais do convívio social, vestia-se de maneira despojada, como se trajasse de acordo com o que lhe apetecia, pouco ligando para o que o outro pensasse ou opinasse. Estava ancho no seu corpo, confortável dentro de si, para entrar e sair e das tantas cenas sociais.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Mesmo sendo uma pessoa discreta e cerrada para o mundo, nunca se negou a estar presente às necessidades de ambos os pais quando da chegada inexorável da velhice, custeando todas as despesas com os mantimentos necessários à casa.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Sua presença circunspecta como que remetia a desavisados que parecia alguém indiferente ao sofrimento dos que lhe eram próximos. Contudo, nunca circulou qualquer conversa de que tenha se omitido às sempre presentes responsabilidades que a vida nos coloca nas mãos sem agente pedir. E, sobretudo, aos da sua família que buscavam guarida, cobertor ou um adjutório para inteirar o dinheiro de alimento ou remédio.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">O fato de ser reservado acabava por deixar transparecer como, assim, um jeito que poderia conduzir à uma leitura de que era alguém indiferente ao sofrimento ou necessidades dos que lhe eram próximos. O certo é que não circulou nenhuma conversa acerca da sua omissão quando procurado por parentes. Ninguém disse mal dele.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Amava à sua maneira, sem esperar gratidão de outrem, amava por gestos, compreendendo o amor como amparo, como anônima compaixão, sem discursos ou alegativas que pudessem humilhar aquele que fora ajudado.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Sempre se regia por uma educação rara: visitar enfermos, ir a velórios, amparar idosos. Não fazia estardalhaço do que, ao que parece, fosse um dever a ser cumprido.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Gostava de festas populares. Existem muitas fotos, guardadas por parentes, participando de ¨blocos de sujos¨. Animados grupos de amigos, cobertos de talco ou maizena, bebendo cerveja, em pequenos cortejos pelas ruas da pequena cidade do Oeste do Rio Grande do Norte. Havia um forte componente dionisíaco em sua personalidade, conduzindo-o aos altares cobertos de dádivas, remetendo ao carpe diem do deus Dionísio e suas demandas de aproveitar as possibilidades de efêmera vida, com sua pressa outorgada pelo deus do tempo: Cronos e sua ânsia de devorar os sencientes, quer seja por meio de enfermidades, quer seja pela abreviação de uma existência ainda com viço.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Sim, eis que o medo lança ao degredo a dúvida em vivenciar todo o fogo na carne do presente, abotoando todas as casas de uma vestimenta cujo nome é A Dúvida, costurando de indecisões o que seja a nossa frente, o que se nos aparece como território do amor, da amizade, dos laços familiares, de uma oportunidade de viagem, até mesmo o que é certeiro e não existe possibilidade de errar.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Esse homem de perfil longilíneo se recusara a ir fazer exames de rotina com os médicos para averiguar algumas das razões de um eventual achaque. Até penso que não comentava com ninguém alguma dor ou algum incômodo.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Eis o preço, a paga e a purga, seria correto falar assim ? Onde está escrito que os caminhos da existência seguem esse rumo? E quem tem os maiores cuidados, demoram-se em aguardos de médicos e laboratórios, perscrutam qualquer coisa que arranhem a pele? Esses são longevos e detém uma saúde permanente? De jeito qualidade, o dominó da vida tem sua autonomia nas suas regras do jogo. Somos marionetes dessa identidade nominada Vida. Só podemos aceitar com resignação, paciência, compaixão para com o outro. Nada mais a fazer.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Muito bem, a Vida, sem consultar o capitão da nau, lança às profundezas do mar suas pesadas âncoras definitivas, que vão chantar seu ferro no fundo do que ninguém tem acesso, enferrujando, sem perder a segurança fincada no fundo desse mar chamado eternidade.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">E o sétimo anjo derramou a sua taça no ar, e saiu grande voz do templo do céu, do trono, dizendo: Está feito! (APOCALIPSE, 16-17).</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Há cerca de seis meses iniciaram-se os anúncios do corpo, problemas na visão que o conduziram a fazer cirurgias nos dos olhos, mitigando um pouco a glaucoma, também aqui foi atestado os graves problemas do coração, tendo se recusado a efetivas cirurgias de ponte de safena e mamária. Não houve quem o convencesse a se submeter a tais procedimentos. Muito provavelmente tinha consciência dos riscos que corria, contudo, talvez se dera por vencido, avaliando sua vida como detentora de um sinal positivo, na medida em que escolhera ser o que seu íntimo e seus músculos demandaram. Por fim, logo que chegou ao hospital, testou positivo para Covid19. Os rins não mais obedeciam a nada, teve que ser intubado e, em menos de uma semana, faleceu.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">E não há súplica capaz de amenizar a dor dos que amam aquele ser, não há penitências ou orações aos céus para evitar a catástrofe tida como certa. A hora é chegada. Isso basta. Há que aceitar. Proclamem à família e aos amigos, rufem os tambores do luto, sequem as ânforas de lágrimas, previnam os vizinhos para que se integrem às horas últimas de uma vigília íntima. Tudo é findado.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><br /></span></p><p style="text-align: center;"><span style="color: #fcff01; font-size: x-small;"><b><i>Registro Fotografias</i></b></span></p><p style="text-align: center;"><span style="color: #fcff01; font-size: x-small;"><b></b></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="color: #fcff01; font-size: x-small;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjflaLpjQ6Le0klUmQleGxO1PyAEEXTGgQBisHGtdiB-Ws96b1lSlhMoDqw1HhEznJ2DHuCbLc0xSQ_l_GKb3Hi_ImA0D-DwvBJ5MdJSIxe7XOMMbDDW_4iiCrfeMUMVP4Q_jMrSYo9XpK7T29cm15XK2V4AaxA_FfSg3zFeIrskERRxW7YvwnrQLLUKr_g/s1122/Picsart_23-08-20_17-51-42-653.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1122" data-original-width="747" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjflaLpjQ6Le0klUmQleGxO1PyAEEXTGgQBisHGtdiB-Ws96b1lSlhMoDqw1HhEznJ2DHuCbLc0xSQ_l_GKb3Hi_ImA0D-DwvBJ5MdJSIxe7XOMMbDDW_4iiCrfeMUMVP4Q_jMrSYo9XpK7T29cm15XK2V4AaxA_FfSg3zFeIrskERRxW7YvwnrQLLUKr_g/s320/Picsart_23-08-20_17-51-42-653.jpg" width="213" /></a></b></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="color: #fcff01; font-size: x-small;"><b>Raimundo Colorau ainda jovem</b></span></div><span style="color: #fcff01; font-size: x-small;"><br /><div class="separator" style="clear: both; font-weight: bold; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6C3BoRLzISR4vZ1Ix0gintLkIyoRCGUouER7InkrQGav-glTMry7cilKcWk9fUZ1StrJyq2aI_klgBMBeWQ4VAqHgi_NTm1MLe0LGGhMMfrZHeerxH2ZAXbjQHjp78YdcClJVvdSkQOdWEnPpWRyJ_5CDggiBCK1MLi0DL3Q0hShXk5ZoOzi-AufBWKUJ/s736/Picsart_23-08-20_17-52-59-767.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="422" data-original-width="736" height="183" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6C3BoRLzISR4vZ1Ix0gintLkIyoRCGUouER7InkrQGav-glTMry7cilKcWk9fUZ1StrJyq2aI_klgBMBeWQ4VAqHgi_NTm1MLe0LGGhMMfrZHeerxH2ZAXbjQHjp78YdcClJVvdSkQOdWEnPpWRyJ_5CDggiBCK1MLi0DL3Q0hShXk5ZoOzi-AufBWKUJ/s320/Picsart_23-08-20_17-52-59-767.jpg" width="320" /></a></div><div style="font-weight: bold; text-align: center;"><b>Familiares de Raimundo Colorau</b></div><div class="separator" style="clear: both; font-weight: bold; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh4I8EiPlHflu7IqP1bpciIq46J3Aoh4aiHrqRZrkkNw5pjQD-aKu3F5A-eOQdN_SWqO1qg3Zs751Y1MNtBb3-IZ-6uMmtjobht_5ALcqT7APUg4Xwzw9ZkY1Sv8pDVRH_m-fdyxHa9Ha_Klmu-QZQl7UQqWobD-5NU3wi0RLtoYo06KB66-IRv9Te6TMwD/s1344/Picsart_23-08-20_17-54-21-656.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="847" data-original-width="1344" height="202" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh4I8EiPlHflu7IqP1bpciIq46J3Aoh4aiHrqRZrkkNw5pjQD-aKu3F5A-eOQdN_SWqO1qg3Zs751Y1MNtBb3-IZ-6uMmtjobht_5ALcqT7APUg4Xwzw9ZkY1Sv8pDVRH_m-fdyxHa9Ha_Klmu-QZQl7UQqWobD-5NU3wi0RLtoYo06KB66-IRv9Te6TMwD/s320/Picsart_23-08-20_17-54-21-656.jpg" width="320" /></a></div><div style="font-weight: bold; text-align: center;"><b>Raimundo Colorau e amigos</b></div><div class="separator" style="clear: both; font-weight: bold; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiNybQUoKiqrYyX3ryt1AlKQFyzSISsv8q_cy78FFx42vVfCgoZeZtz9EoFprnrCGeSDtWWdR-Fy3o-lqDWcBDWf1_Um1btoYmONSxqACLszvi02gLNyHgIjp3yhpMGmV9-11lJeCgwonYBYRqBtFI6pxZnuqB-lXbLawMiEcuOoTfpMzPg2YE9aN6Bdo77/s1246/Picsart_23-08-20_17-56-47-057.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="851" data-original-width="1246" height="219" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiNybQUoKiqrYyX3ryt1AlKQFyzSISsv8q_cy78FFx42vVfCgoZeZtz9EoFprnrCGeSDtWWdR-Fy3o-lqDWcBDWf1_Um1btoYmONSxqACLszvi02gLNyHgIjp3yhpMGmV9-11lJeCgwonYBYRqBtFI6pxZnuqB-lXbLawMiEcuOoTfpMzPg2YE9aN6Bdo77/s320/Picsart_23-08-20_17-56-47-057.jpg" width="320" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; font-weight: bold; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjTaAxPnrKhQD1Z0l4hGKFp1PscTPFqVvIqg1EWe2tUgy1uknFxb5t7bi0Le8Ars8F2Hp6h_4XB8htmd9gnmCEDbBL6acE5ijvWNDpwR4tdkemvNJbWy98A4EAx--3Be4wS2JtiP7Pj45EebMXHnZpc7r0D08N-0_ZH2zkhhJi5h5AXl5VFu-8w9GnA8Uy0/s1148/Picsart_23-08-20_17-55-36-179.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1148" data-original-width="908" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjTaAxPnrKhQD1Z0l4hGKFp1PscTPFqVvIqg1EWe2tUgy1uknFxb5t7bi0Le8Ars8F2Hp6h_4XB8htmd9gnmCEDbBL6acE5ijvWNDpwR4tdkemvNJbWy98A4EAx--3Be4wS2JtiP7Pj45EebMXHnZpc7r0D08N-0_ZH2zkhhJi5h5AXl5VFu-8w9GnA8Uy0/s320/Picsart_23-08-20_17-55-36-179.jpg" width="253" /></a></div><br /><div style="text-align: center;"><b>Raimundo Colorau e amigos</b></div></span><p></p>Blog da Folha Patuensehttp://www.blogger.com/profile/14372539843078443479noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5714290950613218993.post-41259058514860076802023-08-11T17:54:00.001-07:002023-08-11T17:54:25.230-07:00O Coronel João Dantas de Oliveira e o Assassinato do Jornalista Juvêncio da Costa Wupis Alba. <p style="text-align: justify;"><span style="font-size: large;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-size: large;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgkZlK6cdmYEAHdvRvcKE_fx4Kbg3SojATTqJ9pq4TLpZ5BWVIYwwKV2IqluYYnbwnKOx3-b4jDhv6mJq3NrEKfZ73s9KIlyVjTbm8NbgYD0MVBziBxjLuZp-A96UpVgL4pNzfSZgGmZHeWDzz6LrRRyScdxnVQp-HC3dt1XhcxRbjdOz57B__d4mGxz8sh/s215/coronel%20j%C3%B5%C3%A3o%20dantas.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="215" data-original-width="92" height="215" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgkZlK6cdmYEAHdvRvcKE_fx4Kbg3SojATTqJ9pq4TLpZ5BWVIYwwKV2IqluYYnbwnKOx3-b4jDhv6mJq3NrEKfZ73s9KIlyVjTbm8NbgYD0MVBziBxjLuZp-A96UpVgL4pNzfSZgGmZHeWDzz6LrRRyScdxnVQp-HC3dt1XhcxRbjdOz57B__d4mGxz8sh/s1600/coronel%20j%C3%B5%C3%A3o%20dantas.jpg" width="92" /></a></span></div><span style="font-size: large;"><span style="color: #fcff01;">O Coronel João Dantas de Oliveira nasceu no município de Patu no ano de 1814, filho de Manoel Dantas de Farias, o nome da mãe não se tem conhecimento até o momento. Ainda jovem ele foi residir na Vila de Pombal, sertão da Paraíba, importante centro da colonização Portuguesa. João Dantas de Oliveira, iniciava assim a sua vida profissional, depois de certo tempo, casou-se com a Senhora Maria Severiana Dantas da Rocha, filha do Português Bernardino José da Rocha, que segundo artigo do historiador José Tavares de Araújo Neto, publicado no Blog Liberdade PB, foi construtor do antigo mercado público da cidade de Pombal. O português Bernardino José da Rocha tinha também um filho que era construtor, Bernardino José da Rocha Formiga, que foi o construtor da cadeia pública de Pombal-PB, era padre, com atuação no município de Catolé do Rocha-PB.</span><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjbA77oLNEeRCb9XChUYkHVsMwZugOWIA-RB3FpvtBTrC8B9BQnhxz99kA4GWvdamNU8QP39-5XlwLOPFxQYsJwv7yWpHEUjHyxKwylyvbeaalJznNm-FjPT5b_f-WxJLzo-kBT5GcE0w1nhiQouax0Sfuv44RDmjH0C9jKKeufquVDPXhPMDT9uHZ8AlYt/s297/partido%20conservador.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><span style="color: #fcff01;"><img border="0" data-original-height="167" data-original-width="297" height="167" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjbA77oLNEeRCb9XChUYkHVsMwZugOWIA-RB3FpvtBTrC8B9BQnhxz99kA4GWvdamNU8QP39-5XlwLOPFxQYsJwv7yWpHEUjHyxKwylyvbeaalJznNm-FjPT5b_f-WxJLzo-kBT5GcE0w1nhiQouax0Sfuv44RDmjH0C9jKKeufquVDPXhPMDT9uHZ8AlYt/s1600/partido%20conservador.jpg" width="297" /></span></a></div><span style="color: #fcff01;">João Dantas de Oliveira ao longo dos anos, foi ocupando espaço no cotidiano de Pombal e na Região. O mesmo ingressou no Partido Conservador, partido que dava apoio ao governo imperial, exercendo a cadeira de deputado provincial pela Parayba nos anos de 1856 e 1857. João Dantas ingressou também na Força Nacional, se tornando Coronel da Guarda Nacional do Império, um homem importante e poderoso que surgia naquela região. Os anos se passavam e o Coronel João Dantas de Oliveira ocupava e conquistava mais espaço e poder na política Pombalense e na Província da Parayba. No Partido Conservador ele ia ocupando espaço e poder, ao mesmo tempo que ia contraindo desavenças com pessoas contrárias às suas ideias. O Coronel João Dantas de Oliveira ia batendo de frente ou mesmo atropelando quem estivesse pela frente causando algum tipo de obstáculo para o seu intento. Homem de temperamento forte, não admitia ser contrariado em hipótese alguma em suas proposições e ideias, sendo que mais cedo ou mais tarde o mesmo ia encontrar resistência para as suas investidas. O partido conservador continuava a sua rotina, até que um dia os interesses do Coronel João Dantas de Oliveira bateram de frente com a importante e tradicional família de Pombal, os chamados “Costas”, principalmente, as pessoas do tenente-coronel Vicente José da Costa, do capitão Gonçalo José da Costa Pacote e do advogado e jornalista Juvêncio José da Costa Wupis Alba. O Coronel João Dantas de Oliveira, em sua forma de fazer política fazia críticas severas aos membros da família Costa ou Pacote como também eram conhecidos. As críticas e ofensas eram pulicadas nos Jornais da Paryaba. Os episódios iam se acumulando, até que o jornalista Juvêncio José da Costa Wulpis Alba publicou uma carta no jornal da Paraýba, evidenciando a todos quem era verdadeiramente o Coronel João Dantas de Oliveira. </span></span><span style="font-size: large;"><span style="color: #fcff01;">Segue a carta publicada pelo jornalista Volpis Alba.</span></span><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><span></span></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><span><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEit68YqxmhFzLfqs0ks7H6vNFNxFMFO5e1OjL6VnWLXM2Cap7mHzozI_oKXHpoCdqh3JUkXfrhOr90c0hFZAtPXZ_tda7e5Z0VoJkhQaYYQds3MO8FEtEFiCq6-Wwjm35s_DQ1AIOzTvZKxBhBWALjlSmBXz10HE4GtljqP_Kx8Xs5Lcb-2ano0fb0XzXb1/s270/carta%20diario%20permnambuco.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="270" data-original-width="186" height="270" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEit68YqxmhFzLfqs0ks7H6vNFNxFMFO5e1OjL6VnWLXM2Cap7mHzozI_oKXHpoCdqh3JUkXfrhOr90c0hFZAtPXZ_tda7e5Z0VoJkhQaYYQds3MO8FEtEFiCq6-Wwjm35s_DQ1AIOzTvZKxBhBWALjlSmBXz10HE4GtljqP_Kx8Xs5Lcb-2ano0fb0XzXb1/s1600/carta%20diario%20permnambuco.jpg" width="186" /></a></span></span></div><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><span><b>A Carta a seguir pertence ao acervo do historiador José Tavares de Araújo Neto – Pombal-PB.</b> </span><i><span>“Resposta que dá o capitão Juvêncio José da Costa Wulpis Alba, por si e seu presados e amigos à provocação do Sr. Coronel João Dantas de Oliveira, inserta no “Jornal da Parahyba!” nº 1010. </span><span>Estava resoluto a não romper o silêncio a que me tenho reservado a tanto tempo, se não fosse tão de propósito acometido pelo mais ingrato, desleal e desapiedado ente da raça humana, vomitando a mim e aos meus prezados tios, o tenente-coronel Vicente José da Costa e o capitão Gonçalo José da Costa Pacote e meu parente e amigo Alferes Silvestre Honório Rodrigues de Souza, os maiores impropérios, que só podem conter no seio de uma víbora, que a todos deturpa com o seu cruel veneno. </span><span>Pretendia levar a vida obscuramente, prestando meus fracos, porém leais, serviços aos correligionários no mesmo credo político, que adoto, se não me visse tão provocado com todos os membros pacíficos e cordatos de minha humilde família já assás conhecida no mundo político pela conduta e norma de proceder, firme e inabalável que tem procedido manter, guardando a bandeira do partido que lhe foi legada por seus antepassados. </span><span>Mas, sou forçado, a bem do direito dos meus caros tios e parentes, defendê-los do alto da imprensa, para que a imprensa, o País e os altos poderes do Estado, reconheçam que a causa dos males e tropelias de que se ressente a terra do Cruzeiro abençoado pelos céus, nascem da confiança que depositam em maus cidadãos, revestindo-os dos cargos públicos, concedendo-lhe um pérfido jogo com a justiça em detrimento do nosso sistema de governo. </span><span>A política, confiada a aventureiros, traz por via de regra, a desmoralização dos partidos. </span><span>É assim que o partido conservador, vivendo sempre da melhor harmonia de todos os seus membros, vê-se hoje fracionado por toda parte, devido isso a flibusteiros, que a tudo se arriscam, porque nada tem a perder. </span><span>O Sr. Coronel João Dantas de Oliveira, como influência política oficial, trata de embair o público sensato como conservador e bom cidadão, quando tem sido e será, enquanto viver, a desgraça e vergonha deste partido; e, se não, ajuíze o público quem é e foi este vulto memo-andum do alto sertão de minha infeliz terra natal; sua origem, seus princípios e sua vida, por demais conhecida por seus negros crimes! </span><span>João Dantas de Oliveira, é natural de Patu de Dentro da província do Rio Grande do Norte; veio fatalmente para esta cidade no ano de 1835, segundo parece-me, a casar com uma filha de um português chamado Bernardino José da Rocha, que havia esposado uma moça da família Formiga. A sua profissão era de caçador de veado. </span><span>Existiam, a essa época, duas cores políticas conhecidas pela denominação de “Baêta” e “Rasgado”; achava-se à frente os distintos cidadãos, meus tios, Alexandre Xavier de Azevedo, Tenente-coronel Vicente Carvalho de Azevedo, Major Trajano José da Costa Pacote, Capitão Gonçalo José da Costa Pacote, Major Antônio Rodrigues de Souza, Tenente-Coronel Vicente José da Costa, Vicente Carvalho de Azevedo Júnior, meu falecido sogro o comandante superior, Salviano José da Costa, meu falecido pai, de saudosa memória, o major Bento José da Costa, e o Reverendíssimo Sr. Vigário Álvaro Ferreira de Sousa, todos parentes e amigos. </span><span>Na parte da política Rasgada, achava-se o Major Felix Rodrigues dos Santos, Major Manoel Ferreira de Sousa Formigueiro, Tenente-coronel José de Sousa e o português Bernardino, sogro de João Dantas, que já antes havia acompanhado, em política, ao capitão-mor Gonçalo José da Costa, meu avô. Achava-se unido aos rasgados, e por conseguinte, ao major Félix Rodrigues, que era o chefe a quem João Dantas também seguiu, obtendo por isso uma patente de alferes. </span><span>Depois casa-se uma cunhada de João Dantas com um seu irmão chamado Pedro Dantas, para cujo banquete foram convidados muitos indivíduos e até de fora, da comarca de Piancó, o Tenente-coronel Hypólito, que diziam ser criminoso naquele tempo. </span><span>Sabendo o Major Félix Rodrigues que Hypólito estava no banquete do português Bernardino, reuniu uma força e cercou a casa onde se achavam todos aqueles membros de minha família. </span><span>Nessa ocasião, João Dantas quis mostrar suas habilidades, lançando mão do cangaço, veio fora com alguns irmãos que com eles aí se achavam; porém aqueles membros de minha família (que tanto mal fizeram) juntamente com outros que chegaram logo, amigos e correligionários do coronel Hypólito, conseguiram acalmar os ânimos sem se derramar sangue, tornando-se de nenhum efeito o cerco e prisão que se pretendia efetuar. </span><span>Desprezou por esse fato, Bernardino e João Dantas, ao Major Félix Rodrigues, e uniram-se aos Pacotes, cognome antigo de minha família, e pelo que ficou sendo Baêtas outra vez, e transfugas por duas da política – Formiga – e do Major Félix, acompanhando minha família e merecendo sua confiança que caridosamente lhe dispensaram alguma consideração, obtendo ele a patente de Tenente, por ela solicitada. </span><span>Era, então, Tenente-coronel e comandante do Batalhão de Guardas Nacionais meu prezado tio por afinidade Vicente Carvalho de Azevedo, que mais adiante foi reformado neste posto, quando já era comandante superior o finado meu sogro e tio Salviano José da Costa. Que apresentou antes de terminar a existência o ingrato, desleal e traiçoeiro João Dantas ao governo geral para ocupar o lugar do tenente-coronel comandante daquele batalhão, malgrado de outros membros mais elevados de minha família, que ficaram preteridos por tamanha generosidade, sendo depois ele por este fato nomeado coronel comandante das duas infelizes comarcas – Pombal e Teixeira - tudo devido a proteção de minha família. Entretanto, este ingrato hoje desconhece tão vilmente estes benefícios! É sempre assim: Quem bem faz, mal recebe em troca de seus sacrifícios. </span><span>Começou a botar as unhas de fora em 1834 ou 1833, quando disputavam uma eleição geral os Drs. José Paulino de Figueiredo e Olynto José Meira. Esposou minha família a causa do Sr. Dr. José Paulino, como tendo serviços prestados pelo alto sertão, e pronunciou-se o Sr. Coronel João Dantas pelo Sr. Dr. Olynto Meira; abriu discórdia no seio do partido, com tanto que favorece-se a um aspirante desconhecido entre seus correligionários. </span><span>Procurou iludir o povo ignorante, avassalou-o e saiu triunfante, por ter a si as posições oficiais; porém a discórdia ficou até o presente e continuará, porque a influência oficial em coisa alguma se equipara a influência da população. </span><span>Tem sabido o Sr. João Dantas, por meio de suas artimanhas, captar a atenção de todos os governos, mas hoje nem os seus próprios protetores poderão dar jeito a seus males inveterados e achaques provenientes de seus desmandos e atrocidades sob pena de sua maior desmoralização. </span><span>É sabido por toda província, que por influência de alguns amigos salientes da capital, no intuito de fazer política, ele tange à vara e à remo, o barco conservador, pelos rios secos e arenosos do sertão, encachando aqui, ali e acolá, esperando pelas enchentes que lhe tragam algum peixe no anzol, e de vez em quando vai pescando bem boas coisas com a desgraça de muitos indivíduos. </span><span>Confia tanto em si, coitado! que em 1861, temendo oposição da parte de minha família, numa eleição geral e municipal, resolveu partilhar ambos com o finado Major Félix Rodrigues, chefe do partido Rasgado, e depois sabendo que esta nada queria, passou a fazer concessões, elegendo meu falecido pai, para presidente da Câmara, com quem se achou no último perigo da apuração geral das autênticas, por motivo de duplicatas, sem o que o Exmo. Conselheiro Henrique, que então se achava na administração da província de São Paulo não teria diploma. Não obstante tantos favores, procede, como a serpente da fábula; mas se Deus consente nos males, nunca será para sempre. Admiramos muito a ousadia de Sua Senhoria, Sr. Coronel, em dizer que tem prestado muitos e relevantes serviços ao Partido Conservador!!! Os fatos praticados e que se não praticados todos os dias é que atestam sua conduta, e lhe dão passaporte para neste ou outro mundo, que nós ficaremos cantando-lhe as exéquias. </span><span>Passaremos agora a analisar alguns pontos de seu caviloso artigo, inserto no Jornal a face da Parahyba nº 1010, em que cospe descaradamente na face de público, levantando calúnias, próprias de uma alma pequenina e perdida, e na frase bíblica, que se abrasa nas penas infernais. Considera-me Sua Senhoria um professor célebre, e de achados extraordinários! </span><span>Mas, que celebridade posso ter, quando não uso de suas façanhas tão manifestas no Despertador, que sendo Sua Senhoria honesto, pacífico e homem de bem a toda prova, já devia tê-lo contestado. </span><span>E por que não o tem feito? </span><span>Tem Sua Senhoria uma delicadeza, em dar aos outros, aquilo que só pode caber a si; entretanto, jacta-se em prestar tantos serviços ao Partido Conservador! </span><span>Declaro-lhe desde já, que para mim mesmo eu o largaria de mão e desprezaria sua foice cega, mas, uma vez que também feriu a meus parentes e amigos, então sou forçado a prosseguir nesta tarefa, para mim bastante árdua. </span><span>Não sei a razão porque Sua Senhoria brada, como um processo contra o Sr. Dr. Francisco José de Sousa, quando Juiz de Direito Interino, nesta comarca, querendo encucar que eu o dirigia. Não sou capaz de dizer que Sua Senhoria mentiu, porém com a verdadeira energia, digo-lhe que o faltou com os sentimentos caridosos da verdade; se Sua Senhoria fosse mais grato e reconhecido, não ofenderia a este moço distinto por suas belas qualidades e ainda não corrompido no lodaçal da política; sempre trabalhou pela boa distribuição da justiça, com todo critério e inteligência, que caracterizam-no. </span><span>Mas não agrada ao senhor coronel!! Tenho observado que Sua Senhoria é fértil em epítetos infamantes, não sabendo aplicá-los a si e a seus iguais, diz que meu parente, o Alferes Silvestre Honório Rodrigues de Souza, é analfabeto, e exalta ao Sr. Viriato. Não desejava ofender a susceptibilidade deste, mas, pergunto: haverá paridade entre um e outro, donde possa Sua Senhoria tirar uma consequência absurda? </span><span>Mais juízo, Sr, Coronel, dando a cada um, o que pé seu; não queira roubar aquilo, que só Deus pode tirar. </span><span>É público e notório, que o Alferes Silvestre, estudou e tem atestado de habilitação, que muito o honra, do distinto comendador padre Inácio de Sousa Rolim. Mostre outro tanto do Sr. Viriato? Eu bem sei!... </span><span>Se não fosse o conceito público e o que devo a minha família, não lhe concederia as honras de uma resposta a seus aleives. </span><span>Já me ia esquecendo de que Sua Senhoria fere de um modo esquisito o meu tio capitão Gonçalo José da Costa Pacote, como jogador de faca de ponta, quando Sua Senhoria é mestre de esgrima, só desconhece o florete por ser moderno, seguindo a frase do Despertador. </span><span>Vamos ao caso: Tendo falecido o Tenente Barros, ah! Sr. Coronel (tamanha infelicidade!) ciência de que dizia Sua Senhoria., foi ter-se com meu tio, o qual abriu o paletó proferindo estas palavras: certifique-se Sr. Tenente; ao que ele inclinou a cabeça, dizendo, desculpe-me senhor capitão, compreendo perfeitamente o referido. </span><span>Quanto ao modo injusto e calunioso com que Sua Senhoria procurou ferir a reputação ilibada do meu presado tio, o Tenente-coronel Vicente José da Costa, emprestando-lhe a ideia perniciosa de protetor dos assassinos de tentativa de morte na pessoa de Francisco da Costa Barbosa, (julgando serem os Rodrigues) direi que neste negócio, Sua Senhoria e seu genro Dr. João Thomaz Arnaud, foram os únicos protetores de quem quer que se julgas e fonte de semelhante autoria: porque, achando-se seu genro na promotoria neste tempo, nenhuma intervenção mostrou tomar nesse negócio, tornando-se absolutamente indiferente, e deixando assim de cumprir o seu imperioso dever oficial; e meu tio, pelo contrário, fê-lo na qualidade de Delegado de Polícia, que então era, cientificar-se de tudo, convidou-o para prosseguir nos termo da Lei, e, como ainda não dominava a novíssima reforma judiciária, ele tratou de marchar oficialmente na prossecução do processo para descobrir quem o criminoso ou criminosos, deixando o processo na quarta testemunha sem que até aí se descobrisse coisa alguma, quando foi ele interrompido em sua marcha pela afluência de outros muitos e pesados serviços públicos, até que apareceu o domínio da nova reforma, que não tardou muito; assim pois pergunto, quem prestou a isso a mais notória proteção, foi seu genro, que tem magistratura a seguir, ou meu tio, que embora leigo, no entretanto mostrou compenetrar-se mais dos interesses da justiça pública? </span><span>O público sensato, que avalie de suas arbitrariedades. Por que razão, sendo o Tenente Alvino Gomes de Sá e Albuquerque, nomeado 2º suplente do Juiz Municipal e de Órfãos deste termo, Sua Senhoria protestou embaraçar seu juramento, até que perdeu o lugar, caindo em lapso de tempo, e assim também o de Juiz de Paz? </span><span>É óbvia de resposta, porque o Tenente Alvino, sendo um moço de bem, de caráter sério e sentimentos nobres, não se prestaria para seus arranjos. Sua Senhoria tem o dom de fada, advinha bem! </span><span>Poderia proceder por detalhes sobre sua crônica, mas já tendo-se ocupado dela o Despertador, pouco adiantaria, visto como me acho tanto aquém de quem tanto escreveu, e muito bem. Portanto, para lá envio com toda sua hipocrisia de prestante cidadão e melhor político, e Deus favoreça com sua infinita misericórdia, e a terra lhe seja pouco pesada por toda eternidade. </span></i></span><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><i><b>Pombal, 1 de janeiro de 1874. Juvêncio José da Costa Wulpis Alba.</b></i></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">A carta publicada no início do mês de Janeiro de 1874, por Wulpis Alba mexeu nos brios do Coronel João Dantas de Oliveira, o caldeirão político fervia em Pombal, principalmente no ambiente interno do Partido Conservador. Na cadeia pública da cidade de Pombal estava preso, Lucas Alves de Melo Calado, irmão do Cangaceiro Jesuíno Brilhante.</span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi-rl0S9cVLVQkx_Z1FPV4l0wMsRi8TC82YHEvCYSuTiRpRhYBiMWPnJL0csgUCbniprmFucIIT8fVGwXaRXoil5amwamjXCmFr8nibdNTGRoGZQK6WoJT3cGny7TfI9FW4voiGLB78Tv7KzZ2z58nOvbm8qdS7TeFErkCGQmjJZNxLKuNicBpzTYtvZNCR/s300/jesuino%20brilhante03.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="169" data-original-width="300" height="169" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi-rl0S9cVLVQkx_Z1FPV4l0wMsRi8TC82YHEvCYSuTiRpRhYBiMWPnJL0csgUCbniprmFucIIT8fVGwXaRXoil5amwamjXCmFr8nibdNTGRoGZQK6WoJT3cGny7TfI9FW4voiGLB78Tv7KzZ2z58nOvbm8qdS7TeFErkCGQmjJZNxLKuNicBpzTYtvZNCR/s1600/jesuino%20brilhante03.jpg" width="300" /></a></span></div><span style="color: #fcff01; font-size: large;">O livro Jesuíno Brilhante – O Cangaceiro Romântico (1844 – 1879) - de autoria do professor e historiador Raimundo Nonato de Oliveira, no primeiro capítulo relata o Ataque à Cadeia de Pombal, episódio onde o Cangaceiro Patuense, Jesuíno Brilhante, planejou e executou atacar a cadeia pública de Pombal no intuito de soltar o seu irmão Lucas Alves. No relato do escritor Raimundo Nonato, dias antes, o temido cangaceiro, se passou por mendigo e entrou na cadeia e avisou ao irmão que ele e seu bando viriam resgatá-lo. Outro fato interessante relatado no livro foi o possível relaxamento da segurança da cadeia no dia do assalto, visto que dias antes o chefe da cadeia de Pombal, João Peixoto de Vasconcelos, recebeu do Alferes da Guarda Nacional, Eustáquio Toscano de Oliveira, ofício do Coronel Antônio Aranha Chacon, nomeando-o comandante do destacamento local, assumindo imediatamente a função.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi07I0PxbSywDHppLQMi-ZULx6fMV1mKLGGZDxcN7PP1pGe8QkhDZRx8e3UW_PU2stLQAmg-BZBIz1a7mrCauKdrdxI3JssL1R2RIiNPub-_oeqsSSJIznvw8j3UOrF0EHKG6oqPCkO0S7YxZG0vphmOMfCxiND4T6gjDXeVNphFNj1R9tHGQjmXQJd6o9q/s271/cadeia%20pombal%2001.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="186" data-original-width="271" height="186" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi07I0PxbSywDHppLQMi-ZULx6fMV1mKLGGZDxcN7PP1pGe8QkhDZRx8e3UW_PU2stLQAmg-BZBIz1a7mrCauKdrdxI3JssL1R2RIiNPub-_oeqsSSJIznvw8j3UOrF0EHKG6oqPCkO0S7YxZG0vphmOMfCxiND4T6gjDXeVNphFNj1R9tHGQjmXQJd6o9q/s1600/cadeia%20pombal%2001.jpg" width="271" /></a></div>Em 19 de fevereiro de 1874 o fatídico assalto a cadeia de Pombal aconteceu, e mais de 40 presos fugiram, entre eles Lucas Alves, irmão do Cangaceiro Jesuíno Brilhante. O acontecimento mexeu com acidade e com o povo de toda região, já que os presos, muitos deles perigosos, pertenciam aos municípios vizinhos e de outros estados. Com as investigações, veio à tona que o ofício entregue ao chefe da cadeia de Pombal, João Peixoto de Vasconcelos, tinha sido falsificada a assinatura do Coronel Antônio Aranha Chacon e que a situação formada tinha o dedo do Coronel João Dantas de Oliveira, que era amigo do conterrâneo e cangaceiro Jesuíno Brilhante, bem como o mesmo também tinha interesse na liberdade de um preso que estava na cadeia de Pombal. Os fatos vindo ao conhecimento do advogado e Jornalista Juvêncio Wulpis Alba, não deu outra coisa, senão, tornar público, através dos jornais, mais uma atitude comprometedora ou artimanha do Coronel João Dantas de Oliveira. Ao tomar conhecimento das denúncias do Jornalista Juvêncio Wulpis Alba, na imprensa, o Coronel João Dantas de Oliveira, encomendou a morte do mesmo ao Cangaceiro Jesuíno Brilhante, que por sua vez não aceitou a empreitada, já que o jornalista em tempos anteriores advogou em prol de seu pai, João Alves de Melo Calado, em uma causa. Os filhos do Coronel João Dantas de Oliveira, Alpiniano Dantas da Rocha, conhecido como Caboclo e José Dantas da Rocha combinaram com o pai a execução do jornalista. João Dantas de Oliveira mandou os dois filhos e mais dois jagunços que se dirigiram até a residência do jornalista e gritaram: “Pombal precisa ser respeitado. Não é assim que se desmoraliza os homens”. Deram três tiros e o jornalista Wulpis Alba mal se levanta da rede e cai morto. Estava consumada a vingança, relata o livro de Raimundo Nonato. Com o acontecimento do crime praticado contra o jornalista Juvêncio Wulpis Alba, o Coronel João Dantas de Oliveira, principal acusado de encomendar a morte do mesmo passou a ser procurado. Com a perseguição da justiça contra o Coronel João Dantas, o mesmo retornou ao município de Patu. <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7S59-1A4I65mCYnoaWrZ_yGTOZK9MmVzD45VTSi07UIdJ-7ZDErpAgspEB8JLOUht37CuNle4hcx_9vTqj2_WfbAKg358zZxdR_-6cxm4VFVZ_PNmUN9TymuRhfgOgUn7YUZQI0pW5obguQaoWVZXBP92Nb1KCTGIFAh79Gge3M64PYjH7SLX3gsp-bFt/s481/compara%C3%A7%C3%A3o%20arquitetura.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="106" data-original-width="481" height="71" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7S59-1A4I65mCYnoaWrZ_yGTOZK9MmVzD45VTSi07UIdJ-7ZDErpAgspEB8JLOUht37CuNle4hcx_9vTqj2_WfbAKg358zZxdR_-6cxm4VFVZ_PNmUN9TymuRhfgOgUn7YUZQI0pW5obguQaoWVZXBP92Nb1KCTGIFAh79Gge3M64PYjH7SLX3gsp-bFt/s320/compara%C3%A7%C3%A3o%20arquitetura.jpg" width="320" /></a></div>É bastante provável que a chamada fortaleza do Coronel João Dantas de Oliveira localizada no Patu de Fora, zona Rural do município de Patu, tenha sido construída pelo padre Bernardino José da Rocha Formiga, cunhado do Coronel João Dantas de Oliveira. Os motivos que se fazem acreditar nesta hipótese são de que, o Coronel tinha seu cunhado como construtor e que o mesmo tinha construído a cadeia Pública de Pombal, seguindo a mesma arquitetura da época, se comparando as duas construções, possuindo os mesmos formatos e acabamentos. A morte do Jornalista Juvêncio Wulpis Alba aconteceu um mês após o ataque a cadeia publica de Pombal, no ano de 1874. <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhAeNW7nzN-jUSaOJYOKTTSNOwaAKeTZijaiGuUqXgQ7ScYinckzwZanhbKmimKZYuCu51-qWIAXNdUB0dTvgZTIC-0Odl3okLJqcWdclMz-b8FDJzsRIXzJP4D3a0JJp86cDGAN6tZGEzpfouyGJYUYyX9JYfsrHyr_eagc9-JmE5KwF2Y27PpprxSUoNm/s146/casa%20coronel%20%20jo%C3%A3o%20dantas.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="87" data-original-width="146" height="87" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhAeNW7nzN-jUSaOJYOKTTSNOwaAKeTZijaiGuUqXgQ7ScYinckzwZanhbKmimKZYuCu51-qWIAXNdUB0dTvgZTIC-0Odl3okLJqcWdclMz-b8FDJzsRIXzJP4D3a0JJp86cDGAN6tZGEzpfouyGJYUYyX9JYfsrHyr_eagc9-JmE5KwF2Y27PpprxSUoNm/s1600/casa%20coronel%20%20jo%C3%A3o%20dantas.jpg" width="146" /></a></div>Oito anos depois, em1882, o Coronel João Dantas de Oliveira, já fixando residência em Patu RN, comunidade Patu de Fora, veio a falecer no dia 22 de agosto de 1882. Texto do registro de óbito do Coronel João Dantas de Oliveira, transcrito do Livro de Óbitos 01 da Paróquia de Nossa Senhora das Dores, Patu-RN.<i> “Aos vinte e dois de agosto de mil oitocentos e oitenta e dois, em catacumba, neste cemitério de Patu, em cuja regência paroquial me acho, sepultou-se o cadáver do Coronel João Dantas de Oliveira, casado com Dona Maria Severiana Dantas da Rocha, nesta mesma freguesia. <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg24-LlMp0DcC8YvBrcfncRR9frCtZZ6czCQaJWwT3JrwN-i7Eon29t9j1O3rmGnF8m_f-2IBpQ7JogluQA8GM9aGrE2M5nMTIrxeh9GBcKU3tK0pGdYX3c3ZX0L7cyijE0DmJo2DBcAshkE6J3ogwuPcz6_w1wUUOSamdslWG9SHrMruE9YD1IRVlqyVGZ/s258/cemiterio%20antigo%20patu.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="196" data-original-width="258" height="196" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg24-LlMp0DcC8YvBrcfncRR9frCtZZ6czCQaJWwT3JrwN-i7Eon29t9j1O3rmGnF8m_f-2IBpQ7JogluQA8GM9aGrE2M5nMTIrxeh9GBcKU3tK0pGdYX3c3ZX0L7cyijE0DmJo2DBcAshkE6J3ogwuPcz6_w1wUUOSamdslWG9SHrMruE9YD1IRVlqyVGZ/s1600/cemiterio%20antigo%20patu.jpg" width="258" /></a></div>Faleceu de mortes normais, tendo recebido os sacramentos, e contando sessenta e oito anos de idade, e seu corpo vestido com uniforme da Guarda Nacional do Império, foi por mim encomendado, do que para constar, faço esse termo e assigno: Vigário Pedro Soares de Freitas”. </i>E assim, termina a saga de um importante personagem da história de Patu RN e de Pombal-PB.</span><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01;"><i><b>Texto: Professor: Aluísio Dutra de Oliveira. </b></i></span></p><p style="text-align: justify;"><i><b><span style="color: #fcff01;">Blog A Folha Patuense.</span></b></i></p><p style="text-align: justify;"><i><b><span style="color: #fcff01;">Fonte das Informações: Acervo de José Tavares de Araújo Neto.</span></b></i></p><p style="text-align: justify;"><i><b><span style="color: #fcff01;">O livro Jesuíno Brilhante – O Cangaceiro Romântico (1844 – 1879).</span></b></i></p>Blog da Folha Patuensehttp://www.blogger.com/profile/14372539843078443479noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5714290950613218993.post-20958676075464931142023-07-27T13:27:00.003-07:002023-07-27T13:27:36.488-07:00Custo da Cesta básica no mês de Junho cai em Caraúbas RN, em Relação ao mês anterior.<p style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEje27Z_qUYfw4Rfn4nblyhHlrIua8hhibki3AvvRcMG-e0CFq77TDOcLs8baFEem1U-XSy7yX_VDsHSJYfWvjoDKUXo7dOAxoNb67QB-XK1MRi8ZT4AlTts9IIXcz7vys0z3H2ohDwVQ2fgiVQXyVu7t5figYrU0ZLrJODIcjjmdHGZhy6JwRL96Mh2pALV/s244/dona%20de%20casa.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="242" data-original-width="244" height="242" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEje27Z_qUYfw4Rfn4nblyhHlrIua8hhibki3AvvRcMG-e0CFq77TDOcLs8baFEem1U-XSy7yX_VDsHSJYfWvjoDKUXo7dOAxoNb67QB-XK1MRi8ZT4AlTts9IIXcz7vys0z3H2ohDwVQ2fgiVQXyVu7t5figYrU0ZLrJODIcjjmdHGZhy6JwRL96Mh2pALV/s1600/dona%20de%20casa.jpg" width="244" /></a></div><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">O Departamento de Ciências Contábeis - Campus Avançado de Patu da UERN - divulgou o boletim com os resultados do Projeto Custo de Vida, para o mês de Junho de 2023 na cidade de Caraúbas-RN. Segundo a pesquisa, o valor da cesta básica completa, que em Maio era R$ 1.433,43, caiu para R$ 1.377,90 em Junho, representando, uma redução nos preços em -3,87%. A cesta básica pesquisada é composta por três grupos de produtos: Alimentação, Higiene Pessoal e Limpeza Doméstica. Nesse mês, a maior variação apresentada entre os três grupos foi dos produtos de Limpeza Doméstica, com aumento de 53,74%. O grupo Higiene Pessoal teve redução de - 21,27% e o grupo dos produtos de Alimentação teve redução de - 3,48%. Os valores do custo da cesta básica, apresentados neste boletim, têm como referência uma família de cinco pessoas (três adultos e duas crianças). O salário-mínimo atual de R$ 1.320,00 representa 104,39% do custo da cesta básica calculada no mês de Junho de 2023. O projeto é coordenado pelo professor Es. Aluísio Dutra de Oliveira e a pesquisa de campo é realizada pelos alunos(as) Iandra Karla Soares de Almeida e Marcela Alves Braga (Curso de Ciências Contábeis).</span></p><div style="text-align: justify;"><br /></div>Blog da Folha Patuensehttp://www.blogger.com/profile/14372539843078443479noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5714290950613218993.post-14825746030654463972023-06-29T07:23:00.003-07:002023-06-29T07:23:59.041-07:00Especial João Silva.<p style="text-align: center;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg68ylSbDgTSp5cR7DhZFO5FtgDE_oTb1RLohgJ8QlvB01yWRM9W72cYm6bHZkWFOLLJ8eMF6R730-VCqFbDJQBCneChVJdkANv5Qwc-yFM5CspW-IdvVaqbVsWmyaehvFyq_eaDUeCYWgzl6KLS9d1i83skEzM7c6SNPzS7dU3J29-nk_ECVutcyEKlH8T/s259/download%20(12).jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="194" data-original-width="259" height="194" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg68ylSbDgTSp5cR7DhZFO5FtgDE_oTb1RLohgJ8QlvB01yWRM9W72cYm6bHZkWFOLLJ8eMF6R730-VCqFbDJQBCneChVJdkANv5Qwc-yFM5CspW-IdvVaqbVsWmyaehvFyq_eaDUeCYWgzl6KLS9d1i83skEzM7c6SNPzS7dU3J29-nk_ECVutcyEKlH8T/s1600/download%20(12).jpg" width="259" /></a></div><br /><span style="font-size: large;"><br /></span><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Infelizmente os compositores são pessoas, quase, invisíveis, não recebendo o devido reconhecimento como deveriam. Luiz Gonzaga, gravou desse senhor mais de 100 músicas. A música "Danado de Bom", por exemplo, Luiz Gonzaga vendeu mais de um milhão de discos em apenas seis meses, um estrondoso sucesso do Rei do Baião. O nome dele é <b>João Silva</b>, nasceu em Arcoverde PE no dia 16/08/1935 e faleceu em 06/12/2013. O trio Nordestino e Jackson do Pandeiro gravaram dezenas músicas consagradas. Segue alguns sucessos compostos por João Silva.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Pagode Russo,</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Nem se Despediu de Mim,</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Uma pra mim,</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Deixe a Tanga Voar,</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Forró de Cabo a Rabo, </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Dezessete e Setecentos,</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Sanfoninha Choradeira, </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Chililic,</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Apague o Candeeiro, </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">De Fiá Paví,</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Xote Machucador,</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Chuchu Beleza,</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Estou roendo sim e tantos outros sucessos.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: x-small;"><b><i>A Folha Patuense.</i></b></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Biografia</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Nascido em Arcoverde, a 259 quilômetros do Recife, João Silva foi agraciado com o título de Cidadão do Recife e inscrito na história da cultura pernambucana como um dos grandes compositores de forró. Autor de mais de duas mil composições, tem sua biografia publicada pelo escritor José Maria de Almeida Marques.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">O livro Mestre João Silva, pra não morrer de tristeza registra sua importante participação na criação de Danado de Bom, o primeiro disco de ouro - 1,6 milhão de cópias vendidas - da carreira de Luiz Gonzaga. Em 2009, recebeu homenagens, inclusive do canal Sons de Pernambuco, do portal Pernambuco.com, que inseriu três músicas do álbum João Silva Canta Mais Gonzaga no streaming do portal.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">João Silva se preocupava com a preservação do baião. “O problema do forró de hoje é que, a cada quinze músicas gravadas, catorze são xotes e uma é baião”, declarou em entrevista ao Diario, quando preparava o álbum de inéditas Sertão Puro, atuando também como arranjador e produtor. “Só baião é forró puro.”</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Marcaram sua história sucessos como Adeus a Januário (com Pedro Maranguape), homenagem ao pai de Luiz Gonzaga; dentre outras como A Mulher do Sanfoneiro, A Puxada, Pagode Russo e Sequei os Olhos, sobre a seca que assolou o Nordeste entre 1979 e 1983 (com Luiz Gonzaga); Amei à Toa (com Joquinha Gonzaga); Aí Tem e Amigo Velho Tocador (com Zé Mocó), afora parcerias com João do Vale, Onildo Almeida, Rosil Cavalcante, Severino Ramos, Bastinho Calixto, Pedro Maranguape, Pedro Cruz e Dominguinhos, dentre outros.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">João Silva foi encontrado morto no dia 06 de agosto de 2913 em seu no quarto do apartamento onde morava em Boa Viagem- Recife Pe. Ele deixou cinco filhos e uma vasta herança artística com mais de 2 mil composições, como Adeus a Januário (com Pedro Maranguape) e A Mulher do Sanfoneiro</span></p><p style="text-align: justify;"><b><i><span style="color: #fcff01; font-size: x-small;">fonte: https://www.em.com.br/app/noticia/nacional/2013/12/08/interna_nacional,477263/joao-silva-compositor-parceiro-de-luiz-gonzaga-e-sepultado-em-recife.shtml.</span></i></b></p><div style="text-align: justify;"><br /></div>Blog da Folha Patuensehttp://www.blogger.com/profile/14372539843078443479noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5714290950613218993.post-2742960762307440132023-06-29T06:59:00.000-07:002023-06-29T06:59:00.675-07:005° Expoeste Caraúbas terá R$ 75 mil em premiações e deve movimentar R$ 5 milhões em negócios<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgtlUhvB2j8ji5BTOPe18iT6NvFMs1fSxpd6gCkEzQenaKK01gpwduFJrzGRy4XX3Qb52yabD74ONz1z2sdGQ1LdboacazdQcDqZKUMX0t-bU5BUHNMWcRrfPYvS8g6gTlkXXFCoBVOBkigFwI47SAMVh89RLmWv3vg-4oGVaWF9auBhfJwIbN_g3ZrjVxM/s334/download%20(10).jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="151" data-original-width="334" height="181" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgtlUhvB2j8ji5BTOPe18iT6NvFMs1fSxpd6gCkEzQenaKK01gpwduFJrzGRy4XX3Qb52yabD74ONz1z2sdGQ1LdboacazdQcDqZKUMX0t-bU5BUHNMWcRrfPYvS8g6gTlkXXFCoBVOBkigFwI47SAMVh89RLmWv3vg-4oGVaWF9auBhfJwIbN_g3ZrjVxM/w400-h181/download%20(10).jpg" width="400" /></a></div><br /><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Está sendo preparada a realização da quinta edição da Exposição Agropecuária de Caraúbas (5ª Expoeste), que acontecerá de 29 de junho a 02 de julho, no Saia Rodada Park Show, Alto São Severino. Para este ano, a premiação será de R$ 75 mil e uma expectativa de 1.200 famílias beneficiadas com geração de emprego direta e indiretamente.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Na manhã desta terça-feira, 30/05, a equipe do prefeito Juninho Alves, que trata da organização da Expoeste, se reuniu para aprimorar as ações da Feira. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">O evento realizado pela Prefeitura de Caraúbas, em parceria com o Governo do Estado do Rio Grande do Norte e com a Associação do Criadores de Ovinos e Caprinos (Ancoc), estima também que durante o evento, aproximadamente R$ 5 milhões serão movimentados em volume de negócios e comércios da cidade. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">“Para a edição desse ano da Expoeste, a expectativa é que teremos um grande evento com geração de emprego e renda para as famílias do nosso município, em todas as instâncias comerciais. É um período de crescimento para pousadas, hotéis, restaurantes, bares, ambulantes, dentre outros”, destacou o secretário de Planejamento, Miguel Araruna.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Para o secretário de Políticas do Campo, Elionaldo Benevides, a estrutura do Saia Rodada Park Show teve de ser ampliada para comportar o evento. “Devido o crescimento da Expoeste, uma das maiores exposições do Nordeste, tivemos que ampliar a estrutura para comportar os participantes expositores e visitantes”, destacou o secretário Elionaldo Benevides.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Para o prefeito Juninho Alves, a 5ª Expoeste é uma das principais feiras de negócios agropecuárias do Rio Grande do Norte, que tem atraído participantes de vários Estados do Brasil, além elevar o comércio, cultura e geração de emprego.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">“A Expoeste Caraúbas é uma realidade que foi construída com muita seriedade e organização. Hoje é uma das principais festas do nosso município, em todos os aspectos. Se Deus quiser esse ano vai superar todas as expectativas de emprego, renda e de volume de negócios. Venha participar conosco desse grande evento”, concluiu Juninho Alves.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Estrutura</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">– R$ 75 mil de premiação; </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">– 200 currais para ovinos e caprinos;</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">– 100 currais para bovinos;</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">– 40 estandes;</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">– 10 tendas de alimentação;</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">– 10 trailer;</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"> – Pista de julgamento.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01;"><br /></span></p><p><span style="color: #fcff01;">Fonte: Portal Diário Político.</span></p>Blog da Folha Patuensehttp://www.blogger.com/profile/14372539843078443479noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5714290950613218993.post-50304565974384629492023-06-29T06:51:00.004-07:002023-06-29T06:51:51.145-07:00Especial: Danças Culturais do Brasil.<p style="text-align: justify;"> </p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: x-large;"><b></b></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><br /></b></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg-TKFBdhYQ0zLMcPJmSJB3FcpW7WFIun35fydwHE0xmM387kKtl5TBIFUgcAqiCqb2GWLqR33-62rakx0gSEcnY6QjyIEPc085Uq6zniQdZFVH8B2Wa0ok9sknR_6zOfH9CMahzLxOjXa4eWzoP0h_pBGVnlHyGuvehDthPxZGjyXYmbh7v8c1oGNTENuG/s346/download%20(13).jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="146" data-original-width="346" height="135" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg-TKFBdhYQ0zLMcPJmSJB3FcpW7WFIun35fydwHE0xmM387kKtl5TBIFUgcAqiCqb2GWLqR33-62rakx0gSEcnY6QjyIEPc085Uq6zniQdZFVH8B2Wa0ok9sknR_6zOfH9CMahzLxOjXa4eWzoP0h_pBGVnlHyGuvehDthPxZGjyXYmbh7v8c1oGNTENuG/s320/download%20(13).jpg" width="320" /></a></b></div><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><div style="text-align: justify;"><b>Baião</b>: Dança de pares em pequenos círculos com pares solistas ao centro. É dança caracteristicamente ligeira, com movimentos improvisados e ágeis, sapateados, palmas, giros, requebros, além do volteado e da "roda do galo"; às vezes há umbigada simulada. A música é feita com rabeca ou viola, pandeiro, triângulo. A temática do baião é o cotidiano dos nordestinos e as dificuldades da vida. O baião recebeu, na sua origem, influências das modas de viola, música caipira, samba, conga (estilo musical cubano de origem africana) e também de danças indígenas.</div></span><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><b></b></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgnuzts4PzzVUbjIeRsr0OiTiBSl6QGxPC4Ax-cbhFO0mEhVvAYgMB4fjWz4H6Qd_h-3jNykHi8om5QpQxErhecnI1_OhnOsSZFMmH4pb1M71FVVnWsWYoIrINph4rwmx5pY1wvV4ftYGnUQkojtotgymRkL0inz3VFfj1A1kmj63GKvtbigMY-20hOUW6W/s300/images%20(3).jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="168" data-original-width="300" height="168" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgnuzts4PzzVUbjIeRsr0OiTiBSl6QGxPC4Ax-cbhFO0mEhVvAYgMB4fjWz4H6Qd_h-3jNykHi8om5QpQxErhecnI1_OhnOsSZFMmH4pb1M71FVVnWsWYoIrINph4rwmx5pY1wvV4ftYGnUQkojtotgymRkL0inz3VFfj1A1kmj63GKvtbigMY-20hOUW6W/s1600/images%20(3).jpg" width="300" /></a></b></span></div><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><div style="text-align: justify;"><b>Forró</b>: O forró é dançado em pares em posição de abraço fechado, com os parceiros de frente um para o outro, usando contato corporal total ou parcial. É um tipo de música popular que expressa a arte genuína da região nordestina. A palavra forró pode fazer referência, por exemplo, a um ritmo de musicalidade, a um estilo de dança ou até mesmo às músicas de festa junina. </div></span><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><b></b></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7K05fsO0kf-37UmGT6axrJNv6H7og_K2-NofHJf7zLV2YSBZspnqG0IYsa208afcmo1MdKMRwAlYVoasDb1BhjnLTW-bcC_R_6-PA-b2fBbnpA-gU3mosVLK6r66khLfUKoHrwU8mqHN3H8geAax0IhZmsi0mvkwuO_oDXUtGKy7Ov4iqrY5Z3tNVIH2x/s282/download%20(6).jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: justify;"><img border="0" data-original-height="179" data-original-width="282" height="179" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7K05fsO0kf-37UmGT6axrJNv6H7og_K2-NofHJf7zLV2YSBZspnqG0IYsa208afcmo1MdKMRwAlYVoasDb1BhjnLTW-bcC_R_6-PA-b2fBbnpA-gU3mosVLK6r66khLfUKoHrwU8mqHN3H8geAax0IhZmsi0mvkwuO_oDXUtGKy7Ov4iqrY5Z3tNVIH2x/s1600/download%20(6).jpg" width="282" /></a></b></span></div><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><div style="text-align: justify;"><b>Xaxado</b>: O Xaxado é uma dança típica nordestina, sua origem foi ligada diretamente ao Cangaço, onde os cangaceiros batiam o pé no chão e o fuzil na mão. A expressão Xaxado surgiu de uma atividade do sertanejo, que é "xaxar" (pisar) no feijão depois da colheita na roça.</div></span><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><b></b></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgvXKWI8QVsp-51FTAYThFIujgvEBsOOU8fbI6Hc48_3NNrzXTGxvovyDpTg0C3Koq9Gbwep2TEBxMeCI_MlQ02o0seOaLlZZTHbdIZKLsyl4KXinIV8e0PmjlmD-uR3UbVHGp890Az9ehVips7UltuH5fJS2BYO9m7gXGas1EVHqyaE9Y5F3ZQlOaYpQT8/s275/download%20(4).jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: justify;"><img border="0" data-original-height="183" data-original-width="275" height="183" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgvXKWI8QVsp-51FTAYThFIujgvEBsOOU8fbI6Hc48_3NNrzXTGxvovyDpTg0C3Koq9Gbwep2TEBxMeCI_MlQ02o0seOaLlZZTHbdIZKLsyl4KXinIV8e0PmjlmD-uR3UbVHGp890Az9ehVips7UltuH5fJS2BYO9m7gXGas1EVHqyaE9Y5F3ZQlOaYpQT8/s1600/download%20(4).jpg" width="275" /></a></b></span></div><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><div style="text-align: justify;"><b>Xote</b>: Dança de pares enlaçados que se movimentam sincronicamente em ritmo um pouco mais lento, em geral em compasso binário. O "xote" (Schotinch) tem sua origem na mais famosa dança folclórica da Escócia que conquistou a Europa. Trazida para o Brasil e principalmente para o Nordeste através da colonização portuguesa.</div></span><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><b></b></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><b><br /></b></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgRAjlwPzNYNVCxDNHvXnNGAw_p6nyRARbdai08cV6ZjrbfEKJYxBn0M_ZppHACxG20D8RTt1GCWOvh3hUBCs88_iGgjXgPtsK_IpaH_-GFL6KdOKeHpqCEyumblABPnnF4ev3wQhM5oU95QKwQeSWkAZnVv6s4q6Fk7vb83li4ADH_T3tK4kUslqmu4MJ4/s300/images%20(1).jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: justify;"><img border="0" data-original-height="168" data-original-width="300" height="168" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgRAjlwPzNYNVCxDNHvXnNGAw_p6nyRARbdai08cV6ZjrbfEKJYxBn0M_ZppHACxG20D8RTt1GCWOvh3hUBCs88_iGgjXgPtsK_IpaH_-GFL6KdOKeHpqCEyumblABPnnF4ev3wQhM5oU95QKwQeSWkAZnVv6s4q6Fk7vb83li4ADH_T3tK4kUslqmu4MJ4/s1600/images%20(1).jpg" width="300" /></a></b></span></div><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><div style="text-align: justify;"><b>Rancheira</b>: A Rancheira é um estilo musical brasileiro que originou-se no meio rural. A mais importante delas, a rancheira gaúcha. A cultura da dança Rancheira é bastante executada na Argentina. </div></span><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><b><br /></b></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><b></b></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgz-KZLRnLJBv_1PVvX_5iPfE_vkrqo1bfsF5mN-HSkYtO30081bvKb-GfMZYcASrOFTY-paw_VAAmAVQPgaC3yIRXOYHnFnI1DXn7AbqM89fzFKTL3ETxsxNqjyHKol0Uv9pr-BPyNiwYOvEMdzALmY4GYz1osxNny8ZR8FbG-UdtqAx5sww7YP4XQbDBz/s275/download%20(2).jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: justify;"><img border="0" data-original-height="183" data-original-width="275" height="183" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgz-KZLRnLJBv_1PVvX_5iPfE_vkrqo1bfsF5mN-HSkYtO30081bvKb-GfMZYcASrOFTY-paw_VAAmAVQPgaC3yIRXOYHnFnI1DXn7AbqM89fzFKTL3ETxsxNqjyHKol0Uv9pr-BPyNiwYOvEMdzALmY4GYz1osxNny8ZR8FbG-UdtqAx5sww7YP4XQbDBz/s1600/download%20(2).jpg" width="275" /></a></b></span></div><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><div style="text-align: justify;"><b>Marujada</b>: A Marujada é caracterizada pela dança, normalmente o retumbão, todos dançam descalços. Com alegria, dança e confraternização, dão graças, e ao final, todos de mãos dadas em volta da Igreja de São Benedito, para um abraço. A marujada, também conhecida como fandango, é uma dança típica das regiões Nordeste e Norte do Brasil, mas também é encontrada em outras regiões do país, assumindo, em cada qual uma feição própria da cultura local. Constitui importante manifestação cultural, de caráter popular, do folclore brasileiro. </div></span><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><b></b></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgXR_Hj2Gc8sNUhgxCJTOxsz2jFky02b3H3E_uXBFL2dNx0a-FJrW-6g5Xot9ISovkxgVy9Pqk0RnBgVmjPTkAmtxJdbKLVOj4kVfVhKIC-wgVH-U4qK0sfWzcuNeX9A42CbGCitheWSMVrsiZffJc9kxNfrP5y7VwZDwfp5wRxq3oAwIbh47kEO9_HPY1q/s276/images%20(4).jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: justify;"><img border="0" data-original-height="183" data-original-width="276" height="183" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgXR_Hj2Gc8sNUhgxCJTOxsz2jFky02b3H3E_uXBFL2dNx0a-FJrW-6g5Xot9ISovkxgVy9Pqk0RnBgVmjPTkAmtxJdbKLVOj4kVfVhKIC-wgVH-U4qK0sfWzcuNeX9A42CbGCitheWSMVrsiZffJc9kxNfrP5y7VwZDwfp5wRxq3oAwIbh47kEO9_HPY1q/s1600/images%20(4).jpg" width="276" /></a></b></span></div><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><div style="text-align: justify;"><b>Arrasta pé</b>: O forró surgiu no século passado, em pistas de dança de barro batido que, quando alguém passava, levantava pó. Daí, as pessoas começaram a dançar arrastando os pés pra evitar que a poeira subisse e, com isso, o forró ficou conhecido também como arrasta-pé. O termo significa “arrastar os pés”.</div></span><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><b></b></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg7A37dNW30E1qv13RKlXo8BeGYV4Hr7ehnCGuwDjfN5dVXFo3h-JyEEDurn5TL7uWzOFkwR0eKeLV7sZOin4xAgiRa8ByJn9xN-W35jsSo-YEmI3CYz0YQHq4EnCRRBK8kRr90B3WtotPd8-E2aq9QHuTQLffYw69l_63QWDaIiSC2vPgRsyL4i0k3IBJD/s275/images%20(2).jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: justify;"><img border="0" data-original-height="183" data-original-width="275" height="183" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg7A37dNW30E1qv13RKlXo8BeGYV4Hr7ehnCGuwDjfN5dVXFo3h-JyEEDurn5TL7uWzOFkwR0eKeLV7sZOin4xAgiRa8ByJn9xN-W35jsSo-YEmI3CYz0YQHq4EnCRRBK8kRr90B3WtotPd8-E2aq9QHuTQLffYw69l_63QWDaIiSC2vPgRsyL4i0k3IBJD/s1600/images%20(2).jpg" width="275" /></a></b></span></div><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><div style="text-align: justify;"><b>Maracatu</b>: É um movimento da cultura popular que envolve música, dança e história - além de figurinos extravagantes, que remetem à cultura africana, indígena e portuguesa. Os maracatus dançam ao som dos seguintes instrumentos musicais: tarol, chocalho, zabumba, tambores, gonguê e ganzás. As danças são marcadas por coreografias específicas, parecidas com danças do candomblé. Os participantes representam personagens históricos (reis, embaixadores, rainhas).</div></span><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><b></b></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><b><br /></b></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgXS8Tee_Oj_zKiVRLgbhkDzKby_8aetULHKd9gmAJfbQfy4BADHzdIMQOaB9XCM37ITW-VAJcwZhUhDOts7fcouMWo7SkxQ1lEAmaufwqufCEHU3IIZgBe-_vkHDQe9fO09zKFclq8TRZ0aFO36v8gq55gCmgX9cEz4mgroBRTxIAIxvN-77pBlQPDASxv/s400/post-curiozzzo-com-danc3a7a-araruna-pista-dancarinos.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: justify;"><img border="0" data-original-height="267" data-original-width="400" height="214" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgXS8Tee_Oj_zKiVRLgbhkDzKby_8aetULHKd9gmAJfbQfy4BADHzdIMQOaB9XCM37ITW-VAJcwZhUhDOts7fcouMWo7SkxQ1lEAmaufwqufCEHU3IIZgBe-_vkHDQe9fO09zKFclq8TRZ0aFO36v8gq55gCmgX9cEz4mgroBRTxIAIxvN-77pBlQPDASxv/s320/post-curiozzzo-com-danc3a7a-araruna-pista-dancarinos.jpg" width="320" /></a></b></span></div><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><div style="text-align: justify;"><b>Araruna</b>: Araruna é uma dança de salão, é oriunda das danças aristocráticas de salão, de origem europeia, misturada com a valsa, polca, xote, mazurca e estilo popular de caráter folclórico. Dança de pares formando círculos concêntricos e executando passos laterais. No estribilho, dão meia-volta em torno de si mesmos, batem os ombros, terminando com forte batida de pé. </div></span><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><b></b></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhnyhYtEgJ6S1UsBPWV0hpIZiXLL_k_WrwZHb8-63daqGb5DiLkx0bofwVv4DfNwe9wUkr7VY0tMfu0QLKAUvW_JWJHC32iGSwlk3wiirRBPuEYB3TPWHnDRyuRDv0PeLDQEVUoumXprSYJJ6KuTIx2j8Szkbj7tsEVaPxKGgSsTpBgj5eHfV3YYSVXNvIl/s275/download%20(9).jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: justify;"><img border="0" data-original-height="183" data-original-width="275" height="183" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhnyhYtEgJ6S1UsBPWV0hpIZiXLL_k_WrwZHb8-63daqGb5DiLkx0bofwVv4DfNwe9wUkr7VY0tMfu0QLKAUvW_JWJHC32iGSwlk3wiirRBPuEYB3TPWHnDRyuRDv0PeLDQEVUoumXprSYJJ6KuTIx2j8Szkbj7tsEVaPxKGgSsTpBgj5eHfV3YYSVXNvIl/s1600/download%20(9).jpg" width="275" /></a></b></span></div><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><div style="text-align: justify;"><b>Pastoril</b>: O Pastoril, bailado que integra o ciclo das festas natalinas do Nordeste, teve início na Idade Média e era clássico em Portugal onde recebia a denominação de Auto do Presépio. Tinha, contudo, um sentido apologético, de ensino e defesa da verdade religiosa e da encarnação da divindade. É um folguedo (festa popular tradicional) que nasceu na Europa, que conta por meio da música, a viagem das pastorinhas à Belém - cidade onde nasceu o menino Jesus. No Brasil, chegou com os colonizadores, que através do teatro ensinado pelos jesuítas, catequizavam os povos indígenas. Na dança do Pastoril existem dois cordões, o azul e o encarnado (vermelho).</div></span><p></p><p style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEguWVzgTt3Lue38-KcJVyDXxHg3UlP4iiFbMaGhggg4c1gZCxEndB-nksx5aOWbK-Mhou3L9MRQSBzXmK4lh6Ew4wzgb87_1z6DEjLuO5MQl9A2jnNVEsJPYYug5Vilt-VIPg3e2H7HVYhGxcAUkDe4zsXAIS9_T57u8F3bhoWDqbxqPQubiB0GeXyST_mO/s265/download%20(1).jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: justify;"><span style="color: #fcff01;"><img border="0" data-original-height="190" data-original-width="265" height="190" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEguWVzgTt3Lue38-KcJVyDXxHg3UlP4iiFbMaGhggg4c1gZCxEndB-nksx5aOWbK-Mhou3L9MRQSBzXmK4lh6Ew4wzgb87_1z6DEjLuO5MQl9A2jnNVEsJPYYug5Vilt-VIPg3e2H7HVYhGxcAUkDe4zsXAIS9_T57u8F3bhoWDqbxqPQubiB0GeXyST_mO/s1600/download%20(1).jpg" width="265" /></span></a></div><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><div style="text-align: justify;"><b>Coco de Roda</b>: É canto-dança típico das regiões do Agreste e Sertão e nas antigas áreas de cana-de-açúcar. Possivelmente, durante o século XVI, o coco começou a se estruturar, oriundo das danças de umbigadas dos batuques africanos. Nas últimas décadas do século XX, a manifestação ganha espaço nas áreas urbanas das regiões litorâneas.</div></span><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><b><br /></b></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj5xa8hhOu1ONtg2kepnwlsOTrE6QK3q2WseThDMRkoJq9K4cO1F-csOlsXdf7sTLIM1eeCMODcK5StZ-jWRRKelsjfvkIeAXpT18kPthFIgdHQv4qbWAZGcM3I_p459qP9MbDCOxsgLIx3BulhCuKbLeO_pZ0JORWldkoBMzZzvejvqYKZPEmD1pNJ5_8H/s274/download%20(8).jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: justify;"><img border="0" data-original-height="184" data-original-width="274" height="184" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj5xa8hhOu1ONtg2kepnwlsOTrE6QK3q2WseThDMRkoJq9K4cO1F-csOlsXdf7sTLIM1eeCMODcK5StZ-jWRRKelsjfvkIeAXpT18kPthFIgdHQv4qbWAZGcM3I_p459qP9MbDCOxsgLIx3BulhCuKbLeO_pZ0JORWldkoBMzZzvejvqYKZPEmD1pNJ5_8H/s1600/download%20(8).jpg" width="274" /></a></b></span></div><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><div style="text-align: justify;"><b>Ciranda</b>: Sua origem é portuguesa, que consistia numa dança de roda infantil. No Brasil, é dançada por pessoas de todas as idades, podendo ser encontrada tanto no litoral como na Zona da Mata Norte. As suas cantigas são o resultado de muitas influências (lusitana, espanhola, francesa, ameríndia e africana).</div></span><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><b></b></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmz4UUhhBthCsceBq0zVXRpY4rbGbaTiij_EsPuhtHqjYi-IIyszYoouMCIOhq9Z9VNKRLqjwMIYA5Kj-Ej1zLOsybR2EgfuYfH1MEiRP97XvxQ7WdP3BB3oFKqcgnx_EltAThfAXodv7OVeD1GF6eMlrH3sb_De9nt5D2TSys9myDMG28RzWV9Y1H6ipj/s275/download%20(7).jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: justify;"><img border="0" data-original-height="183" data-original-width="275" height="183" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmz4UUhhBthCsceBq0zVXRpY4rbGbaTiij_EsPuhtHqjYi-IIyszYoouMCIOhq9Z9VNKRLqjwMIYA5Kj-Ej1zLOsybR2EgfuYfH1MEiRP97XvxQ7WdP3BB3oFKqcgnx_EltAThfAXodv7OVeD1GF6eMlrH3sb_De9nt5D2TSys9myDMG28RzWV9Y1H6ipj/s1600/download%20(7).jpg" width="275" /></a></b></span></div><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><div style="text-align: justify;"><b>Reisado</b>: O Reisado, também chamado de Folia de Reis, é uma manifestação popular que celebra o nascimento do menino Jesus e rememora a visita do três reis magos a Belém. Em Santa Maria da Boa Vista, no sertão pernambucano, um grupo realiza esse festejo há várias décadas. Há uma grande variedade de passos nas danças do Reisado, entre os quais pode-se destacar: do Gingá, onde os figurantes de cócoras se balançam e gingam; da Maquila, um pulo pequeno com as pernas cruzadas e balanços alternados do corpo para os lados, passo também exibido pelos caboclinhos; Corrupio, movimento de pião com ...</div></span><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><b></b></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiP2o_j4yITCqrP_6UnxLNU2orfDu8KR2pB045VlSnwWQ0bh56VH7b2OPx8xppjslw4bGcVjLFBcu4UVYN1_Kb5xX2pySMkFnLAXfigl2Yf4cdAIybecBBRa7XmLa0gw05SpaxXxwyVzX8v_d8_-jfZYApDJhFBt5gfHMs8lOyuaH0e8x7ID-0tXd3BnJjS/s258/download%20(3).jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: justify;"><img border="0" data-original-height="195" data-original-width="258" height="195" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiP2o_j4yITCqrP_6UnxLNU2orfDu8KR2pB045VlSnwWQ0bh56VH7b2OPx8xppjslw4bGcVjLFBcu4UVYN1_Kb5xX2pySMkFnLAXfigl2Yf4cdAIybecBBRa7XmLa0gw05SpaxXxwyVzX8v_d8_-jfZYApDJhFBt5gfHMs8lOyuaH0e8x7ID-0tXd3BnJjS/s1600/download%20(3).jpg" width="258" /></a></b></span></div><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><div style="text-align: justify;"><b>Fandango</b>: O Fandango é uma dança de origem espanhola e que chegou ao Brasil com os portugueses. O fandango do Nordeste é considerado uma homenagem aos marujos durante os dias que antecedem o Natal. Por este motivo, este gênero de fandango também é conhecido por marujada.</div></span><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><b></b></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgkPpEYCFtu8MDC7-S18OvJ4s5a9f77aPtZqrLyIwptD4h7NI-TJRsij3X1i6L268O7BJvvTo4NnOC2dCYmP_mHWwGAWfufsJpUg3pZPT1UI3uV-ateE7VauoqX-cw4rz8cgLMPvkAJ99YTq2dEy-F-DhwkU3mJrZMgfzEe2Wpgpe3-uNAf47zsFBKmqK-i/s225/download%20(5).jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: justify;"><img border="0" data-original-height="225" data-original-width="225" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgkPpEYCFtu8MDC7-S18OvJ4s5a9f77aPtZqrLyIwptD4h7NI-TJRsij3X1i6L268O7BJvvTo4NnOC2dCYmP_mHWwGAWfufsJpUg3pZPT1UI3uV-ateE7VauoqX-cw4rz8cgLMPvkAJ99YTq2dEy-F-DhwkU3mJrZMgfzEe2Wpgpe3-uNAf47zsFBKmqK-i/s1600/download%20(5).jpg" width="225" /></a></b></span></div><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><div style="text-align: justify;"><b>Frevo</b>: O frevo caracteriza-se por ser uma marchinha acelerada ao som de uma banda que segue o estilo dos blocos de carnaval. Ele incorpora elementos de outras danças, é uma dança folclórica típica de Pernambuco. Suas características mais marcantes são as roupas e a pequena sombrinha usada na dança, sempre muito coloridas. O frevo é uma manifestação folclórica brasileira típica do estado de Pernambuco, sendo uma das principais manifestações culturais do estado.</div></span><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><b></b></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgMFUNqv9QIIDc1fSUeuyJ8gyauk8YH1V9LvuP4i5kRxKZcYsgZDBlZ4__ei5MXoTolA0k0VvF_tjGZWNomE5CmFGcMl9LbGoKGcx6gRmeVSl-5EovBqc1ZOIxiaUQZVHBSeD6rMsBo9i_LGHDkbGIeNI0EXu-we-ZinHybsjsXqyrHU3AJSmTGbegIx7gx/s275/images.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: justify;"><img border="0" data-original-height="184" data-original-width="275" height="184" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgMFUNqv9QIIDc1fSUeuyJ8gyauk8YH1V9LvuP4i5kRxKZcYsgZDBlZ4__ei5MXoTolA0k0VvF_tjGZWNomE5CmFGcMl9LbGoKGcx6gRmeVSl-5EovBqc1ZOIxiaUQZVHBSeD6rMsBo9i_LGHDkbGIeNI0EXu-we-ZinHybsjsXqyrHU3AJSmTGbegIx7gx/s1600/images.jpg" width="275" /></a></b></span></div><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><div style="text-align: justify;"><b>Quadrilha Junina</b>: A nossa quadrilha junina tem origem nos bailes franceses, no século XVIII, que por sua vez veio de uma dança inglesa. Essa tradição camponesa foi trazida para o Brasil pelos portugueses. Por aqui a festividade se espalhou bastante e hoje é comemorada em todos os estados, cada um à sua maneira!</div></span><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><b></b></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhLFFgp-EbPb_6-tetdwkQZMtu-IMn_MRS4xjzGnJKvI3mlfxHW7z_vgz16-hGgDO46HHCPrI5-wODGRreQy53hs_TZPYhnpjcW6pDz18ziYCoFumGAgT4Bn9PtXU7or2hxng9b0q2aN6dRMF6wGswy7w-JkvTnPpus9cIaNr1yu5KCZplEpju_tdZdZGkY/s630/catira-cke.webp" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: justify;"><img border="0" data-original-height="420" data-original-width="630" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhLFFgp-EbPb_6-tetdwkQZMtu-IMn_MRS4xjzGnJKvI3mlfxHW7z_vgz16-hGgDO46HHCPrI5-wODGRreQy53hs_TZPYhnpjcW6pDz18ziYCoFumGAgT4Bn9PtXU7or2hxng9b0q2aN6dRMF6wGswy7w-JkvTnPpus9cIaNr1yu5KCZplEpju_tdZdZGkY/s320/catira-cke.webp" width="320" /></a></b></span></div><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><div style="text-align: justify;"><span><b>Catira</b>: A catira ou cateretê é uma dança folclórica presente em vários estados brasileiros. Há controvérsias em relação à sua origem, entretanto, acredita-se que ela contém influências indígena, africana, espanhola e portuguesa. </span><span>A catira apresenta muitos elementos ligados à cultura caipira caracterizada pelo figurino dos dançarinos acompanhados ao som das violas.</span></div></span><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01;">Fonte:<span style="font-size: large;"> </span></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: xx-small;"><b><i>forró fonte imagem: https://br.pinterest.com/pin/438608451213788467/</i></b></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: x-small;"><b><i>https://www.todamateria.com.br/dancas-folcloricas/</i></b></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: xx-small;"><b><i>https://mundoeducacao.uol.com.br/folclore/dancas-folcloricas-no-brasil.htm</i></b></span></p>Blog da Folha Patuensehttp://www.blogger.com/profile/14372539843078443479noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5714290950613218993.post-64696491778068322272023-06-27T16:23:00.000-07:002023-06-27T16:23:02.803-07:00Especial: Poeta Zé Marcolino.<p style="text-align: center;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiMY6yBQnTIbHuaeSQ5nc6vQHq-WMC0R_ejDvF26EkK7-tWPb0OzuKCW9oO_mH-As_MVnbQWLOWdGSkjhe1Y096mFdC0Iic3Lfl4tj4ZH1Jb0Hz6FuSzvlsOyFGNgilQNIwzWy1IcetFu_4gDhgL9mgTX9pVfJehtIVz1nz71gp9trR3cows2UACgGIJjHA/s300/images%20(5).jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="168" data-original-width="300" height="224" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiMY6yBQnTIbHuaeSQ5nc6vQHq-WMC0R_ejDvF26EkK7-tWPb0OzuKCW9oO_mH-As_MVnbQWLOWdGSkjhe1Y096mFdC0Iic3Lfl4tj4ZH1Jb0Hz6FuSzvlsOyFGNgilQNIwzWy1IcetFu_4gDhgL9mgTX9pVfJehtIVz1nz71gp9trR3cows2UACgGIJjHA/w400-h224/images%20(5).jpg" width="400" /></a></div><br /><span style="font-size: large;"><br /></span><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: x-large;"><span style="color: #fcff01;">Nasceu em Sumé, na Paraíba, berço da poesia do Pajeú e do Cariri nordestinos. Veio à luz no dia 28 de junho de 1930. Em 1961 conhece Luiz Gonzaga (do Exu/PE) em Sumé, na Paraíba. Foi o início de uma grande e frutífera parceria. Cantou No Piancó, Pássaro Carão e Serrote Agudo. Gonzagão tratou de leva-lo para o Rio de Janeiro. Na temporada, o Velho Lua gravou o disco Véio Macho, com seis músicas de Marcolino, que toca gonguê nesse disco gravado pela RCA. No LP A Triste Partida, Luiz Gonzaga gravou Cacimba Nova, Maribondo, Numa Sala de Reboco e Cantiga de Vem-vem.</span></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="color: #fcff01;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjLTQWurb_6pqHaIGsxqh40cD60PzxqSi70Oia_4DI3Kwc4GZ8qpYZ9rRXi2r0m-YmP3EStawIqhLpDk3my1EUCNhrT761oDLWYMO6Lr3GZQcn6oLbOCPUXtSLTRJdpZRobV1QxoBu5T8kUG3Eh8H9CikxQkNN2w9hcsEs7szwNrWTjYOeYn6Z6pqbul-Ku/s379/ze_marcolino.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="336" data-original-width="379" height="284" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjLTQWurb_6pqHaIGsxqh40cD60PzxqSi70Oia_4DI3Kwc4GZ8qpYZ9rRXi2r0m-YmP3EStawIqhLpDk3my1EUCNhrT761oDLWYMO6Lr3GZQcn6oLbOCPUXtSLTRJdpZRobV1QxoBu5T8kUG3Eh8H9CikxQkNN2w9hcsEs7szwNrWTjYOeYn6Z6pqbul-Ku/s320/ze_marcolino.jpg" width="320" /></a></span></div><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: x-large;"><span style="color: #fcff01;">Zé Marcolino retorna para a Paraíba, onde fica no município de Prata até 1973. Foi para Juazeiro da Bahia e ficou até 1976, quando foi para Serra Talhada de vez. Inteligente, bem-humorado, observador, Marcolino tinha os versos nas veias como a caatinga do Sertão. Não fazia por dinheiro ou reconhecimento, mas porque aquilo revelava o que sua alma podia transformar em arte, em poesia.</span></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: x-large;"><span style="color: #fcff01;">Pai cearense e mãe paraibana, Zé Marcolino casou com Maria do Carmo Alves no dia 30 de janeiro de 1951 com quem teve os filhos Maria de Fátima, José Anastácio, Maria Lúcia, José Ubirajara, José Walter, José Paulo e José Itagiba. Sete ao todo. Mais de 50 músicas de sua autoria foram gravadas por Luiz Gonzaga e diversos outros cantores. Sua simplicidade era peculiar.</span></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="color: #fcff01;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiXiS_Z_zWXUaYduLRIiTIDDtVQJ-_EjJPrNgpHemZr-nrYJKbm6A095UKabflC4X-jy6oAFklkh8-5cWjBsuM-ZUw0ow2bAXC0cp4IFOc6FuhAvpU7wqRm66E7ZPVq1rNIgB6g-ZuChbPM8PQSEGt1y0OKfVMg9uPqU2F6EkCvYTlJ6aaiL5iuXeGKcVgE/s250/images%20(4).jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="201" data-original-width="250" height="201" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiXiS_Z_zWXUaYduLRIiTIDDtVQJ-_EjJPrNgpHemZr-nrYJKbm6A095UKabflC4X-jy6oAFklkh8-5cWjBsuM-ZUw0ow2bAXC0cp4IFOc6FuhAvpU7wqRm66E7ZPVq1rNIgB6g-ZuChbPM8PQSEGt1y0OKfVMg9uPqU2F6EkCvYTlJ6aaiL5iuXeGKcVgE/s1600/images%20(4).jpg" width="250" /></a></span></div><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: x-large;"><span style="color: #fcff01;">Indagado numa entrevista no Rio de Janeiro “se pretendia ser apenas compositor”, Zé Marcolino comentou tímido: “Seu Luiz Gonzaga, na vinda aqui para o Rio, apresentou-me como cantor em Paulo Afonso (BA). Quer que eu cante aqui também. Vou ver se tenho coragem para isso”. José Marcolino, com sua linguagem simples, falou sobre suas atividades em Sumé (PB), como vaqueiro, pedreiro, barbeiro e compositor.</span></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: x-large;"><span style="color: #fcff01;">– Das suas profissões, qual a que rende mais ? – pergunta o repórter ao Poeta. “Acho que é a de vaqueiro. Vender gado é um bom negócio”, atestou. Ele contou das cartas que enviava para o mestre Luiz Gonzaga. Ainda tentou encontrar Seu Lua em Floresta dos Navios, mas abordou o Rei do Baião em Sumé mesmo e terminou acompanhando-o para uma turnê no Rio. A saudade do Sertão o fez voltar para o pé de serra onde deixou ficar seu coração. Até hoje, intelectuais, magistrados, promotores, advogados, jornalistas, músicos e literatas reverenciam José Marcolino Alves.</span></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="color: #fcff01;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhP6ON4uCEB9RlN0xjXmlQZkbmvSeu82H4bMevyK-6wPAKotz6NdXZlzfE44uPNuA3ys5awrU0M6R6UT1gYmQoHdFXZANMRWu6StL51PHRk-H31N7lRL6KQLhts3p_T2gpADVbGwK8rKia91NhGcxkZE5IaT57-jgQW96ab4GQEm0BCS4KHhTDwnj4EQjNM/s293/download%20(11).jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="172" data-original-width="293" height="172" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhP6ON4uCEB9RlN0xjXmlQZkbmvSeu82H4bMevyK-6wPAKotz6NdXZlzfE44uPNuA3ys5awrU0M6R6UT1gYmQoHdFXZANMRWu6StL51PHRk-H31N7lRL6KQLhts3p_T2gpADVbGwK8rKia91NhGcxkZE5IaT57-jgQW96ab4GQEm0BCS4KHhTDwnj4EQjNM/s1600/download%20(11).jpg" width="293" /></a></span></div><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">No dia 19 de setembro de 1987, José Marcolino sofreu um grave acidente de carro, em Carnaíba-PE, uma vaca saiu de dentro do mato e atravessou a estrada provocando um acidente muito grave, no dia seguinte o poeta Zé Marcolino veio a falecer.</span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiUPdVuIn0bv7IO_Du8xe6hNkBtHO0GxwwkmvdxNirL0PVXAeDfH9DmPkCPxfhnq8Ep8Gvmn5MloGfuAGXEU2DIhEFXGxFKjRKwKa3qmWukXVhbREiRM3qtE4LvCQro4tPDH5KQdf2E9UI2oWYvBE-7YOofB0BR9WfUNIxO8OnwnFWOVtUJWmmkow2_USRa/s263/download%20(12).jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="191" data-original-width="263" height="191" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiUPdVuIn0bv7IO_Du8xe6hNkBtHO0GxwwkmvdxNirL0PVXAeDfH9DmPkCPxfhnq8Ep8Gvmn5MloGfuAGXEU2DIhEFXGxFKjRKwKa3qmWukXVhbREiRM3qtE4LvCQro4tPDH5KQdf2E9UI2oWYvBE-7YOofB0BR9WfUNIxO8OnwnFWOVtUJWmmkow2_USRa/s1600/download%20(12).jpg" width="263" /></a></span></div><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: x-large;"><span style="color: #fcff01;">Em 20 de setembro de 1987 a obra de José Marcolino Alves (Zé Marcolino) era imortalizada com o luto de três dias decretado pelo prefeito de Serra Talhada, Sebastião Andrada Oliveira, por ocasião da morte do poeta que escolhera aquele município da região do Pajeú pernambucano para viver seus dias até aquele fatídico acidente. Estátuas, praças e outros logradouros públicos foram erguidos em sua homenagem, no coração de Serra Talhada. Coisas importantes para um homem simples como era Marcolino. Já tinha sido carpinteiro, dono de casa de peça de automóvel, etc.</span></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: x-large;"><span style="color: #fcff01;">O poeta Zé Marcolino fez a composição de dezenas de sucessos, gravados por vários artistas, principalmente Luiz Gonzaga.</span></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><i>Cacimba Nova, toada (José Marcolino)(1964)</i></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><i>Numa Sala De Reboco, xote (José Marcolino/Luiz Gonzaga)(1964)</i></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><i>Cantiga do Vem-Vem, baião (José Marcolino/Panta)(1964)</i></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><i>Fogo sem Fuzil, polquinha (Luiz Gonzaga/José Marcolino)(1965)</i></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><i>Quero Chá, polquinha (José Marcolino/Luiz Gonzaga)(1965)</i></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><i>Sertão de aço, xote (José Marcolino/Luiz Gonzaga)(1962)</i></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><i>Serrote Agudo, toada-baião (José Marcolino/Luiz Gonzaga)(1962)</i></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><i>Pássaro Carão, baião (José Marcolino/Luiz Gonzaga)(1962)</i></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><i>Matuto Aperriado, baião (José Marcolino/Luiz Gonzaga)(1962)</i></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><i>A Dança de Nicodemos, xote (José Marcolino/Luiz Gonzaga)(1962)</i></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><i>No Piancó, xote (José Marcolino/Luiz Gonzaga)(1962)</i></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><i>Pedido a São João, baião (José Marcolino)(1963)</i></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><i>Caboclo Nordestino, baião (José Marcolino)(1963)</i></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><i>De Olho no Candeeiro (João Silva/Zé Marcolino)(1987)</i></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><i>Boca de Caieira (Zé Marcolino/Zé Mocó)(1986)</i></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><i>Eu e Meu Fole (Zé Marcolino)(1986)</i></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><i>Projeto Asa Branca (José Marcolino/Luiz Gonzaga)(1983)</i></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><i>Bota Severina Pra Moer (Zé Marcolino e Zé Mocó) (****)</i></span></p><p style="text-align: justify;"></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><i>Obrigado meu Deus (José Marcolino) (****).</i></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: x-large;"><span style="color: #fcff01;">O Poeta e Repentista Ivanildo Vila Nova escreveu o poema, "Tributo a Zé Marcolino em parceria com o cantor Tom Oliveira.</span></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><i>Seu ofício era a arte de cantar</i></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><i>Catedrático nas aulas da natura</i></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><i>Cinturinha de abelha era a cintura</i></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><i>Das morenas nas noites de luar</i></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><i>Afiou-se na pedra de amolar</i></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><i>Mas a pedra da morte é afiada</i></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><i>Ficou o barro batido da latada</i></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><i>Sem as marcas dos pés do dançarino</i></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><i><b>Uma vaca matou Zé Marcolino</b></i></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><i><b>E eu não dava José numa boiada</b></i></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><i><br /></i></span></p><p style="text-align: justify;"><i style="font-size: x-large;"><span style="color: #fcff01;">Bira e Fátima não param de gemer</span></i></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><i>O serrote é agudo e está de prova</i></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><i>Com o tempo secou cacimba nova</i></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><i>Nunca mais o seu dono vai encher</i></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><i>Quem botou Severina pra moer</i></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><i>Foi moído na última caminhada</i></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><i>E a limpeza da sala rebocada</i></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><i>É a cara do povo nordestino</i></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><i><b>Uma vaca matou Zé Marcolino</b></i></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><i><b>E eu não dava José numa boiad</b>a</i></span></p><p style="text-align: justify;"><i style="font-size: x-large;"><span style="color: #fcff01;"><br /></span></i></p><p style="text-align: justify;"><i style="font-size: x-large;"><span style="color: #fcff01;">Foi parceiro de Lula e gravou disco</span></i></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><i>Suas músicas passeiam por aí</i></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><i>Triste pássaro, carão do Cariri</i></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><i>Que voou procurando o São Francisco</i></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><i>Um vem-vem voejando tão arisco</i></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><i>Quando achou Pernambuco, fez morada</i></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><i>Outro mito pisou Serra Talhada</i></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><i>E fez-se pó junto ao pó de Virgulino</i></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><i><b>Uma vaca matou Zé Marcolino</b></i></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><i><b>E eu não dava José numa boiada</b></i></span></p><p style="text-align: justify;"><i style="font-size: x-large;"><span style="color: #fcff01;"><br /></span></i></p><p style="text-align: justify;"><i style="font-size: x-large;"><span style="color: #fcff01;">Foi a vaca o motivo desse choro</span></i></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><i>Sem querer nos causou tanta saudade</i></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><i>Um poeta tem mais utilidade</i></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><i>Do que carne de vaca, leite e couro</i></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><i>Era filho de Prata e valeu ouro</i></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><i>Criatura telúrica e inspirada</i></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><i>Escreveu um poema pra estrada</i></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><i>E sucumbiu nas estradas do destino</i></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><i><b>Uma vaca matou Zé Marcolino</b></i></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><i><b>E eu não dava José numa boiada.</b></i></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><i><b><br /></b></i></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"></span></p><p style="text-align: justify;"><b><i><span style="color: #fcff01; font-size: x-small;">Fonte: Musixmatch</span></i></b></p><div style="text-align: justify;"><b><i><span style="color: #fcff01; font-size: x-small;">Fonte: Poetas, Serra Talhada, ZÉ MARCOLINO</span></i></b></div><p style="text-align: justify;"><b><i><span style="color: #fcff01; font-size: x-small;">http://cultura.serratalhada.pe.gov.br/personagens-da-historia-ze-marcolino/</span></i></b></p><div style="text-align: justify;"><br /></div>Blog da Folha Patuensehttp://www.blogger.com/profile/14372539843078443479noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5714290950613218993.post-42597738401210608852023-06-26T07:50:00.003-07:002023-06-26T07:50:54.872-07:00Especial: Chiquinho do Acordeon.<p style="text-align: center;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgfwCO4k-NpGvEuj0jiqoVREi-ryU6EkmJ2Xr2a4SJ-pJjKr5wY3qhKQ9aHIrvEPb3q9H9V2aPUvYx0SVo7zb4xUHrACtc40IhN3Owcl6sVikYPm_IqvvfzViO_Y4fWgK1QwlWETNpsvKkOSYkViYI44CkwvaLBMLrTwIMJNQfy1x04Mj-y_r9kHSUu1TZu/s225/download%20(6).jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="224" data-original-width="225" height="224" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgfwCO4k-NpGvEuj0jiqoVREi-ryU6EkmJ2Xr2a4SJ-pJjKr5wY3qhKQ9aHIrvEPb3q9H9V2aPUvYx0SVo7zb4xUHrACtc40IhN3Owcl6sVikYPm_IqvvfzViO_Y4fWgK1QwlWETNpsvKkOSYkViYI44CkwvaLBMLrTwIMJNQfy1x04Mj-y_r9kHSUu1TZu/s1600/download%20(6).jpg" width="225" /></a></div><br /><span style="font-size: large;"><br /></span><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Romeo Seibel, mais conhecido como Chiquinho do Acordeon, nasceu na cidade gaúcha de Santa Cruz do Sul, em 7 de novembro de 1928 e faleceu no Rio de Janeiro em 13 de fevereiro de 1993. Chiquinho, que foi um bebê grande para a idade - aos 8 meses já pesava 12 kg - ganhou esse apelido por causa de um comediante da época chamado Chico Bóia. Mais tarde, já no Rio de Janeiro, quando começou a trabalhar na Rádio Nacional, incorporou o "do Acordeon". Era bisneto de alemães, o que explica a influência musical de valsas vienenses e polcas desde a infância. Em sua casa aconteciam frequentemente saraus, quando seu pai, João Walter Seibel tocava bandoleon e clarinete, acompanhado de sua esposa Julieta Seibel que tocava cítara. </span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJHHA5AlsJ66j7oVkExtMRFR3Eb3MML7xbKWWOCKieYdiawzBCD0Kn9BtKYCrIWI4fSCLugidnsZJSOE4rAdOydxP_mRdWUkzmP53s5wmRRV-_Va4LArn3FKccxpJmlm6elcyIySWVy2sBOdk59vpifQ2Us3HtbTZmueteyy8CmQnzs6ucVEtUj0iW0mUF/s242/download%20(8).jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="208" data-original-width="242" height="208" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJHHA5AlsJ66j7oVkExtMRFR3Eb3MML7xbKWWOCKieYdiawzBCD0Kn9BtKYCrIWI4fSCLugidnsZJSOE4rAdOydxP_mRdWUkzmP53s5wmRRV-_Va4LArn3FKccxpJmlm6elcyIySWVy2sBOdk59vpifQ2Us3HtbTZmueteyy8CmQnzs6ucVEtUj0iW0mUF/s1600/download%20(8).jpg" width="242" /></a></span></div><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Chiquinho começou a estudar acordeon em sua cidade natal em 1937, pois aos 8 anos, no Natal de 1936, seu pai lhe dera de presente seu primeiro acordeon, um "Alfred Arnold" importado da Alemanha. Um amigo de seu pai aconselhou-o que o menino estudasse com a professora Marieta Heuser, que muito o incentivou. Compôs sua primeira "polquinha" "Caixinha de Música". Ainda menino, formou seu primeiro conjunto, o Jazz Ideal. Fundou e trabalhou na Rádio local, a ZYE-8. Quando chegou ao Rio em 1949, aos 21 anos, Chiquinho foi trabalhar na boate Chez Aimée (que depois veio a ser a famosa Cantina Sorriento) levado por Paulo Tapajós. Depois trabalhou na boate Monte Carlo de Carlos Machado, o "Rei da Noite". Em 1951, gravou seu primeiro disco com o Regional Claudionor Cruz no estúdio Star. Foi um 78 rotações com dois choros: "Casca Grossa", de Guio Moraes e "Sereno", de José Menezes e Luiz Bittencourt. Trabalhou no programa "Música em surdina", na Rádio Nacional ao lado de Garoto e Fafá Lemos, do qual nasceu em 1952, o "TRIO SURDINA",composto pelos três. Gravaram 2 LPs de 10 polegadas na Musidisc a convite de Nilo Sérgio. O primeiro LP do Trio, lançado em 1953, chamou-se "Trio Surdina" e trazia músicas de Garoto como "Duas Contas " e "O Relógio da Vovó" de Chiquinho e Fafá Lemos.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjtNaUrgn4_xs7WNy9e0BA_ooEXKlPc2ZLcIqhJAhRjTJdLdqai_pz_CuwHA68GgYEC1dahgbhT2EubO0mcwpXgCF0Z9rn55gBouqZsP45mDGjL50uQq10ofw-6_TR8FxvDoydyZOLON5HeqeCup_4pFPkKK05w-CNGiTZcJi7jsr1jLbLQ1OFDTYoxNCDB/s232/download%20(4).jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="232" data-original-width="217" height="232" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjtNaUrgn4_xs7WNy9e0BA_ooEXKlPc2ZLcIqhJAhRjTJdLdqai_pz_CuwHA68GgYEC1dahgbhT2EubO0mcwpXgCF0Z9rn55gBouqZsP45mDGjL50uQq10ofw-6_TR8FxvDoydyZOLON5HeqeCup_4pFPkKK05w-CNGiTZcJi7jsr1jLbLQ1OFDTYoxNCDB/s1600/download%20(4).jpg" width="217" /></a></span></div><span style="color: #fcff01; font-size: large;"> Esta última tornou-se um grande sucesso e marcou definitivamente a autonomia artística do conjunto. Ainda em 1953, o grande maestro Radamés Gnatalli convidou-o a fazer parte da Grande Orquestra Brasileira da Rádio Nacional, incorporando-se assim oficialmente ao "elenco" da emissora. Nesse mesmo ano, Chiquinho fundou seu próprio conjunto, o "Chiquinho e seu Conjunto" que tocou em clubes como o Tijuca Tênis Clube e o Bola Preta, entre outros, e em muitos bailes de Formatura. Em 1954, Chiquinho passou a integrar o Sexteto de Radamés Gnatalli. Chiquinho gravou cerca de 10 discos como SOLISTA. Como COMPOSITOR, entre muitas polcas, o destaque foi a música "São Paulo Quatrocentão"(1953) para as comemorações do IV Centenário da fundação da cidade de São Paulo. Composta em parceria com o amigo violonista Garoto e com letra de Avaré, ficou um ano em primeiro lugar nas paradas de sucessos, tendo vendido mais de 700 mil cópias. Entre outras músicas de sua autoria destacam-se: "Esquina da Saudade" (com Radamés e Alberto Ribeiro), gravada por Jamelão, "Relógio da Vovó" (com Fafá Lemos e Garoto), "Dobrado 27 de Fevereiro" (com Radamés), "Um baile em Santa Cruz", "Sinimbu", "Polquinha Gaúcha", "Estrela". </span><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjuQtbusNobPKGFGEmdo6eZrsdcpCdWbSC-86TWK77pNm9dBICzw8YVKyFYSE1qujBH2kBxW-tmgVXRqqQO64SQLsat4BjwXoVAbad5sBY9ZfCKqAOGi904BpZYdf1b57IQ6dkP7BsIeahRdAspl6Gj3n-JqW7zuncxwBGoV71WktaG9mnzvM2V19eclw-h/s225/download%20(7).jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="225" data-original-width="225" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjuQtbusNobPKGFGEmdo6eZrsdcpCdWbSC-86TWK77pNm9dBICzw8YVKyFYSE1qujBH2kBxW-tmgVXRqqQO64SQLsat4BjwXoVAbad5sBY9ZfCKqAOGi904BpZYdf1b57IQ6dkP7BsIeahRdAspl6Gj3n-JqW7zuncxwBGoV71WktaG9mnzvM2V19eclw-h/s1600/download%20(7).jpg" width="225" /></a></span></div><span style="color: #fcff01; font-size: large;">Compôs também arranjos para "jingles", para vários músicos e cantores. Participou da gravação de trilhas sonoras para cinema, com diversos maestros além de Radamés Ghatalli, tais como Lírio Panicali, Edino Krieger, Remo Usai, Guerra-Peixe e outros. Em 1960, excursionou pela Europa apresentando-se em Portugal, França, Inglaterra, Itália e Alemanha com o Sexteto de Radamés, na III Caravana Oficial de Música Popular Brasileira. Foi diretor musical da TV-Excelsior de 1963 a 1967. Um dos mais solicitados acordeonistas para gravações em estúdio, Chiquinho acompanhou, entre outros, Elisete Cardoso, Araci de Almeida, Carmélia Alves, Carlos Lira, Maria Creusa, Marinês, Fagner, MPB-4, Luiz Gonzaga, Dominguinhos, Altamiro Carrilho, Sivuca e outros músicos e cantores da MPB. Em 1977, Radamés compôs especialmente para Chiquinho o primeiro "Concerto para Acordeon e Orquestra", apresentado em 1978, na estréia, na Sala Cecília Meireles e reapresentado no Teatro Municipal. Em 1984 gravou com Sivuca o LP "Sivuca e Chiquinho do Acordeon", pela Barclay no qual estão presentes duas composições da dupla "Acalanto para Juliana" e "Rabo de fita". </span><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="color: #fcff01; font-size: large;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi2k1W3KkbLsdnrt0UjzVUKLZLIPh4xEmRbTJBOzOAOdY1qKq78zxlGAyZvuUKX-sQCAP01eSdCmxjqyhmQCymumIe4OE3J2qy8QoH8pwGlmvgHAv-4hdDw8j0advBSq3ldynbs2bc6GZpgmZgvaSKMtMgL6r3SisQjyvuNzp6VCo02kpyxuXPXnS2szUGC/s255/download%20(5).jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="198" data-original-width="255" height="198" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi2k1W3KkbLsdnrt0UjzVUKLZLIPh4xEmRbTJBOzOAOdY1qKq78zxlGAyZvuUKX-sQCAP01eSdCmxjqyhmQCymumIe4OE3J2qy8QoH8pwGlmvgHAv-4hdDw8j0advBSq3ldynbs2bc6GZpgmZgvaSKMtMgL6r3SisQjyvuNzp6VCo02kpyxuXPXnS2szUGC/s1600/download%20(5).jpg" width="255" /></a></span></div><span style="color: #fcff01; font-size: large;">No início de sua carreira no Rio de Janeiro, contou Chiquinho que pensava assim, a respeito de tantos músicos maravilhosos que passou a conhecer pessoalmente: "Para entrar "nessa turma", ou me faço músico, ou vou morrer de fome!" Convenhamos: era pura modéstia do Chiquinho, considerado por todos eles como excelente instrumentista, de uma honestidade e coerência musical enormes e um grande amigo, conforme afirmou Sivuca ao entregar-lhe o troféu Cândido Mendes do Projeto Meio-Dia de Música Instrumental em 1986. Além desse, Chiquinho recebeu muitos prêmios e títulos, destacando-se a medalha de "Melhor Instrumentista de 1963", aos 35 anos de idade, concedida pelo Governo do Estado; três prêmios Sharp, sendo dois em 1989, como melhor arranjador e melhor disco na categoria instrumental e um em 1990 como melhor música instrumental. Romeo Seibel atuou com quase todos os intérpretes e instrumentistas deste país e alguns do Exterior, como Astor Piazzolla, tendo acumulado mais de 50 mil horas de estúdio "em gravações que exigissem o som magistral do seu amado acordeon".</span><p></p><p style="text-align: justify;"><b><i><span style="color: #fcff01;">Fonte: http://chiquinhodoacordeon.inf.puc-rio.br/biografia.htm</span></i></b></p><div style="text-align: justify;"><br /></div>Blog da Folha Patuensehttp://www.blogger.com/profile/14372539843078443479noreply@blogger.com0