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quarta-feira, 25 de setembro de 2019

Patu 129 Anos de Emancipação Política.

Segundo informações contidas no livro História do Município de Patu, do historiador Petronilo Hemetério Filho, o município de Patu fica situado na microrregião serrana do Rio Grande do Norte, a 300 km da capital, Natal. Localizado na zona Oeste Potiguar, é uma zona de agricultura e pecuária, que no início da colonização estava ligado ao ciclo dos currais.
Segundo o historiador Luís da Câmara Cascudo, “Patu” em língua tupi quer dizer “terra alta”, “chapada”, “planalto”, “chapada sonora”, “serra do estrondo”. Os primeiros habitantes da terra foram os índios “Cariris”. Depois vieram os colonos criadores de gado, por volta do século XVIII. Os primeiros povoadores vieram de Apodi, entre eles o Padre Francisco Pinto de Araújo, o Coronel Antônio de Lima, Abreu Pereira, e os Capitães Leandro Saraiva de Moura e Geraldo Saraiva de Moura. Algumas das primeiras casas do povoado ainda existem.
Geraldo Saraiva de Moura instalou sua casa de fazenda no pé da serra de Patu. Em 07 de julho de 1777, ele foi escolhido para ser o administrador do patrimônio de Nossa Senhora das Dores; nesta data, ele recebeu a 1ª escritura de doação do Capitão Inácio de Azevedo Falcão, medindo 40×80 braças, iniciando-se assim a formação do referido patrimônio.
Com o tempo, o povoado foi crescendo com o nome de Patu de Dentro, e, em 1852 foi aprovada a sua fundação pelo Governador da Província, o Dr. José Joaquim da Cunha com o nome de Distrito de Paz de Patu, sendo subordinada à cidade da Imperatriz, hoje Martins.
Na metade do século XIX, o Capitão José Severino de Moura, sucessor do fundador, conseguiu a aprovação da fundação do povoado com o presidente da província do Rio Grande do Norte. Depois passou a chefia do município a seu filho José Severino de Moura Júnior e seu sobrinho Raimundo Basílio de Moura, que durou até o início da República.
O Governador Pedro Velho de Albuquerque Maranhão elevou o povoado à categoria de vila e o Distrito a município em 1890, quando o município de Patu foi desmembrado de Martins.
Do município de Patu foram desmembrados os seguintes municípios: Almino Afonso, Messias Targino, Olho D´água do Borges e Rafael Godeiro. Com a expansão da criação de novos municípios no Estado, esses Distritos conseguiram a sua autonomia política, por proposições da Assembleia Legislativa e por força de Leis do Governo Estadual.
Os administradores de Patu a partir do ano 1.777 são os seguintes:
     Capitão Leandro Saraiva de Moura
1 – Capitão Geraldo Saraiva de Moura.
2 – Capitão José Severino de Moura.
3 – José Severino de Moura Júnior.
4 – Raimundo Basílio de Moura.
5 – Bento Saraiva de Moura. (1891).
6 – Emílio Dias da Cunha. (1896).
7 – Coronel Justino Leite da Costa. (1897 a 1907. 
8 – Antônio Ferreira da Silva. (Período de 1908 a 1909).
9 – Clodomir Cavalcante Chaves. (Período de 1909 a 1911).
10 – Joaquim Godeiro da Silva. (1912 a 1917).
11 – Tirbutino Lira de O e Silva. (interino)
12 – Rafael Godeiro da Silva. (1918 a 1930).
13 – Ascendino de Almeida. (1930 a 1932).
14 – Enéas Hipólito Dantas. (1932 a 1933).
15 – Roque de Macedo. (1933).
16 – João Gomes. (1934).
17 - Pompeu Teixeira de Lira. (1934 a 1935).
18 – Júlio Fernandes da Costa. (1935 a 1936).
19 – Rafael Godeiro da Silva. (1936 a 1940).
20 – Dr. Aderson Dutra de Almeida. (1941 a 1942).
21 – Raimundo Belarmino. (1943).
22 – Pedro Heráclito. (1944).
23 – Tenente Álvaro Nunes. (1944 a 1945).
24 – Arcílio Arilio Trigueiro. (1945).
25 – Rafael Godeiro da Silva. (1945 a 1946).
26 – Antônio Suassuna Barreto. (1947 a 1948).
27 – Felinto de Paiva Gadelha. (1948 a 1952).
28 – Lauro Maia. (1953 a 1954).
29 – Petronilo Augusto de Paiva. (1954 a 1955).
30 – Antônio Suassuna Barreto. (1955 a 1958).
31 – Aderson Dutra de Almeida. (1958 a 1962).
32 – José Belarmino de Azevedo. (Três Meses ano de 1963).
33 – João Pereira de Araújo. (1963 a 1969).
34 – Lourival Rocha. (1969 a 1973).
35 – João Pereira de Araújo. (1973 a 1976).
36 – José Tavares de Holanda. (1977 a 1983).
37 – Epitácio Andrade. (1983 a 1988).
38 – Sebastião Petronilo de Moura. (Três meses ano de 1986).
39 – Ednardo Benigno de Moura. (1989 a 1992).
40 – Lair Solano Vale. (1993 a 1996).
41 – Ednardo Benigno de Moura. (1997 a 2000).
42 – Possidônio Queiroga da Silva Neto. (2001 a 2004).
43 – Possidôno Queiroga da Silva Neto. (2005 a 2008).
44- Alexandrino Suassuna Barreto Filho. (Três meses no ano de 2009).
45 – Evilásia Gildênia de Oliveira. (2009 a 2012).
46 – Evilásia Gildênia de Oliveira. (2013 a 2016).
47 – Rivelino Câmara. (2017 aos dias atuais).


Reportagem: Aluísio Dutra de Oliveira.
Fonte: História do Município de Patu.
Autor: Petronilo Hemetério Filho.


Galeria de Fotos dos Administradores de Patu-RN
Raimundo Basílio 
(1.884 - 1.900)
Joaquim Godero
 (1.915)
Rafael Godeiro da Silva
(1.923 - 1929) (1936 - 1940) (1945 - 1946)
Felinto de Paiva Gadelha
(1.948 - 1.952)

Petronilo Augusto de Paiva
(1954-1955)
Antônio Suassuna Barreto
(1955-1958)


Aderson Dutra de Almeida
(1.941-1942) (1958-1962)



João Pereira de Araújo
(1963 - 1969) (1973 - 1976)

Lourival Rocha
(1969 - 1973)
José Tavares de Holanda (Zequinha Tavares)
(1977 - 1982)

Epitácio Andrade
(1983 - 1988)
Sebastião Petronilo de Moura
(Três meses no ano de 1986)

Ednardo Benigno de Moura
(1989 - 1992) (1997 - 2000)

Lair Solano Vales
(1993 - 1996)

Possidônio Queiroga da Silva Neto
(2001 - 2004) (2005 - 2008)

Alexandrino Suassuna Barreto Filho "Xanxan"
(Período de Três Meses no ano de 2009)

Evilásia Gildênia de Oliveira
(2009 - 2012) (2013 - 2016)

Rivelino Câmara
(2017 aos dias atuais)









sábado, 14 de setembro de 2019

História da Feira da Cultura Patu RN

Em Patu, antes da Feira da Cultura, a festa da padroeira do município, Nossa Senhora Dores, se resumia nas realizações das novenas, leilões e barracas defronte a Igreja, vendendo comidas e bebidas. Os recursos que ficavam para a Igreja eram poucos. No ano de 1984 o pároco era o padre Silvano Schoenberger, ele saia pela zona rural em um Jipe emprestado pelo prefeito da época, Epitácio Andrade, solicitando dos fazendeiros e demais produtores e agropecuaristas da zona rural do município doações e prendas para a Festa de Nossa Senhora das Dores, principalmente animais como: galinhas, carneiros, ovelhas, bodes e bois para serem arrematados em leilão, prática ainda em vigor nas atuais festas da padroeira de Patu. Sentindo a necessidade de um melhor incremento na festa da padroeira, no sentido de se proporcionar maior participação da população e melhorar a renda para a igreja, a senhora Lourdinha Holanda, primeira-dama do município, teve a ideia de criar uma festa cultural dentro das festividades da padroeira Nossa Senhora das Dores. 
Em reunião com o padre Silvano, jovens católicos da paróquia e outros paroquianos, bem como o apoio do prefeito Epitácio Andrade, dona Lourdinha recebeu o aval e incentivo e assim foi realizada a primeira Feira da Cultura, que foi instalada na Praça João Carlos, defronte ao prédio Castelo Branco. A abertura da primeira Feira da Cultura de Patu, aconteceu na sacada do Prédio Castelo Branco, usaram da palavra as seguintes pessoas: Prefeito Epitácio Andrade, Padre Silvano Shoemberger, primeira Dama Lourdinha Holanda entre outras autoridades locais. Os primeiros  locutores da Feira da Cultura foram: Miguel Câmara Rocha e o professor Canuto Saraiva que do palco instalado próximo ao Banco do Estado do Rio Grande do Norte, hoje Câmara Municipal, anunciavam as atrações como: grupo de danças das escolas, jograis, Grupo Folclórico o Boi de João de Artur, pequenas peças teatrais e apresentações de cantores da terra. Assim nascia a primeira Feira da Cultura de Patu.
 A partir da realização da segunda feira, um palco fixo foi construído na praça João Carlos, ainda hoje existente, servindo de palco para as autoridades pela ocasião do desfile cívico de 25 de setembro, data das festividades de emancipação política de Patu. Uma frase que ficou marcada na quarta edição da Feira da Cultura estava estampada no palco com os seguintes dizeres "Cultura é toda produção humana". A feira da Cultura de Patu teve continuidade nos anos seguintes e foi crescendo, sendo realizadas no pátio da Igreja Matriz. O palco principal das atrações teve vários locais ao longo dos anos, como: o patamar da Igreja, defronte a residência de Zilar Rocha, de Fronte ao antigo Banco do Nordeste e ao lado da agência do Banco do Brasil. Na primeira gestão do prefeito Ednardo Moura, várias atividades culturais foram acrescentadas, como: Show de Calouros e Gincana Cultural Cidade x Cidade, atraindo a participação de várias cidades do Médio Oeste Potiguar e da Paraíba e apresentação da Banda de Música Luiz de França Dantas, sob a regência do Maestro Josineudo Moreira . O locutor oficial da Feira da Cultura era Francimar Godeiro, conhecido por Atimar Godeiro. Na gestão do Prefeito Lair Solano Vale a Feira da Cultura foi se ampliando, sendo criado o FEMUP – Festiva de Música de Patu. Os locutores oficiais dessa época eram os patuenses Atimar Godeiro, Josemar Matias e Fábio Praxedes. Josa Kung Fú, se especializou na apresentação do Show de Calouros, sendo a atração mais aguardada da Feira da Cultura. Na segunda gestão do prefeito Ednardo Moura, além das atrações já realizadas anteriormente, foram acrescentadas a Expoarte, criada na época da gestão da então secretária de Educação, Linderleide Almeida, conhecida carinhosamente como “Leleida”; concurso de Sanfoneiros, que participava sanfoneiros de Patu e da região, bem como nasceu o primeiro Festival de Repentistas de Patu no ano de 1999, patrocinado pelo poder público municipal, com organização dos poetas José Bezerra e Miro Pereira e apoio do professor Aluísio Dutra de Oliveira, na época diretor da Rádio Serrana FM que transmitia todas as atrações da Feira da Cultura ao vivo. A ideia da criação do festival de repentistas surgiu na feira da cultura do ano de 1998 quando foi realizada uma apresentação dos repentistas Sebastião da Silva, José Cardoso e Ivanildo Vila Nova, sendo um grande sucesso. O repentista Sebastião da Silva deu ideia para o poder público municipal inserir Patu no roteiro dos grandes festivais, sendo concretizado no ano seguinte. Nesse período também foi cria  a bandeira da cultura confeccionada pelo artista Rivaldo Maia Santos. Nas duas gestões do prefeito Possidônio Queiroga, tendo como Secretário de Cultura Ricardo Veriano, outras atrações culturais foram acrescentadas à feira da cultura, como: Acorda Patu está em festa, tendas culturais, espetáculo Auto de Jesuíno Brilhante, Cavalhada, Bazuqueiros Trelosos, Papangus Mirins, Cinema na Rua, concerto da Banda Luiz de Tutu, sob a regência do Maestro Francisco Janilson. Os locutores oficiais dessa época eram: Zilklênio Azevedo, Josa Kung Fú e Fábio Praxedes. Nesse período da gestão do Prefeito Possidônio Queiroga,  algumas atrações de nível nacional se apresentaram no palco da Feira da Cultura, como por exemplo: Morais Moreira e Babado Novo, que na época tinha como integrante a cantora Cláudia Leite. A partir desse período, se abriu uma janela para que outras atrações regionais e nacionais se apresentassem na feira da cultura de Patu. Na administração da prefeita Evilásia foi introduzida na Feira da Cultura a FLIPATU - Feira Literária de Patu, idealizada na gestão do Secretário de Educação de Patu, professor Aluísio Dutra de Oliveira, sendo a primeira edição realizada no ano de 2011 na estação Ferroviária, hoje Museu Padre Antônio Brilhante, localizada na praça José Pereira de Queiroz, conhecida como praça do povo, oportunizando a participação de escritores locais e de outras regiões a divulgarem e venderem suas produções literárias. Nesse período aconteceu a apresentação do "Auto de Patu", contando a história do município, bem como apresentações  de várias atrações regionais e nacionais como: Reginaldo Rossi, Amazan, Banda Magníficos, Gatinha Manhosa, Vicente Nery, concerto da Banda de Música Luiz de França Dantas, sob a regência do Maestro Josineudo Moreira, entre outras. Os locutores oficiais dessa época eram: Josa Kung Fú, Fábio Praxedes e Júnior de Alceno. A cada ano as festas iam ganhando dimensões em nível regional e também gerando insatisfações aos administradores da Paróquia de Nossa Senhora das Dores, em virtude das chamadas festas mundanas no pátio da Igreja. Ainda na gestão da prefeita Evilásia as atrações musicais da feira cultura foram transferidas para outro local, a praça Oliveira Rocha, onde permanece até os dias atuais na gestão do prefeito Rivelino Câmara. No pátio da Igreja Matriz, atualmente fica instalado o palco para as atrações culturais realizadas pelas instituições educacionais do município, bem como o festival de repentistas que se encontra atualmente na sua vigésima edição. Na edição da feira do ano de 2019 foi apresentado no pátio da Igreja Matriz o espetáculo "Contos e Histórias de Patu". Os locutores oficias de hoje continuam sendo: Júnior de Alceno e Josa Kung Fú, com participação especial do locutor Alexandre Henrique.  Hoje as opiniões se dividem no tocante ao local ideal da Feira da Cultura, uns defendem que a mesma volte a ser realizada no pátio da Igreja Matriz dando mais ênfase na parte cultural e outros que se continue da forma que está. Acredito que a criadora da Feira da Cultural, dona Lourdinha Holanda, não imaginava que a feira que ela idealizou chegasse a dimensão que chegou, sendo um dos maiores eventos culturais de nossa região. É bem verdade que os eventos culturais propriamente ditos necessitam ser o carro-chefe da feira, com complemento das atrações musicais. Patu é considerada uma cidade com um potencial cultural imenso e que essa produção cultural precisa cada vez mais ser apoiada e valorizada.
Dona Lourdinha Holanda e sua família


Dona Lourdinha Holanda e sua família


Reportagem: Aluísio Dutra de Oliveira.
Fonte: Blog A Folha Patuense.
Blog Cosmogonia.
Apoio:
Padre Silvano Shoemberger
Atimar Godeiro.
Maria das Neves.
Canuto Saraiva.
Margaria Saraiva.
Evandro Moura
Cládio Saraiva.