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quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Algo da História do Lima

Capítulo 21
Pe. Henrique Spitz e o Novo Santuário.

Silvano Schoenberger 
Devido aos intensos trabalhos e preocupações que enfrentava, Pe. Henrique sentiu-se doente. Em julho de 1967 foi internado no Hospital Centenário de Recife e o médico diagnosticou esgotamento, exigindo repouso total. Acontece que na época houve enchentes em Recife e no meio desta confusão, Pe. Henrique, sem dizer nada a ninguém, saiu do hospital, entrou no Jeep Overland e fez a viagem ao Lima. Aí chegando, verificou os trabalhos e deu as orientações necessárias. Em seguida voltou ao hospital de Recife para continuar o tratamento. Em 01 de abril de 1968, o polonês Pe. José Krusa, assumiu como vigário na Paróquia de Patu em substituição a Pe. Jacó Schlee. No Lima, Pe. Henrique Spitz mandou derrubar a capela de Iracema e a casa velha dos romeiros e mandou erguer dois arcos um na entrada da praça e outro no início da subida para a barragem. Começou a construir a cripta e o estrado com altar para as celebrações ao ar livre, encimado por um baldaquino de cimento armado. Na parte inferior providenciou a construção de pilares em pedra que sustentassem a Igreja de cima. Ao mesmo tempo iniciou as obras para os romeiros, com as dependências do zelador Valdemar Izídio de Lima. As paredes, muros e arcadas obedeciam ao estilo da Serra, com pedras granitas cortadas pelo perito na arte, Miguel Izídio de Lima, auxiliado por João de Eufrázio. Além de pessoas de Patu como Francisco Nascimento “Chico Velho”, Francisco Izídio de Lima, José Inácio de Oliveira, Ananias Agostinho de Medeiros, Raimundo de Bia, Antônio Lourenço, Chico Lourenço, José Lourenço, Vicente Lourenço, Lourival Izídio de Lima, Lindomar Izídio de Lima, Valdevino de Chica Boa, Zé Pequeno e Adonias Godeiro. Havia ainda pessoas vindas de outros estados, um dos quais é o conhecedor da arte da cantaria, José Trajano Alves o “Pernambuco”. Numa das arcadas, Pe. Henrique mandara escrever: “No dia 1º de janeiro de 1969: inauguração do novo Santuário começado em 20 de janeiro de 1967”. Na realidade, nesta data apenas estava concluída a parte inferior. Antes da conclusão da Igreja de cima ocorreram alguns contratempos. Devido a fortes chuvas, um muro logo abaixo da residência dos padres, caiu em cima da estrutura de ferros retorcendo tudo. O engenheiro exigiu nova compra de material. Pe. Henrique querendo evitar gastos maiores, trouxe Rosalvo de Catolé do Rocha, que levou seis meses para endireitar tudo e soldar no local onde hoje está a Igreja de cima.

Pe. Henrique Spitz (que estava internado no hospital em Recife-Pe), sem dizer nada a ninguém, saiu do hospital, entrou no Jeep Overland e fez a viagem ao Lima. Foto ilustrada.
Nota do Blog: O Padre era teimoso mesmo.
 Arco da Entrada do Santuário do Lima. Numa das arcadas, Pe. Henrique mandara escrever: “No dia 1º de janeiro de 1969: inauguração do novo Santuário começado em 20 de janeiro de 1967”. Na realidade, nesta data apenas estava concluída a parte inferior da Igreja. Veja foto do início do capítulo.


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